O Baião, além de um estilo de dança, é um gênero musical nordestino baseado em um ritmo de metro duplo sincopado. As batucadas são construídas em cima da pulsação da zabumba, um bumbo achatado de duas cabeças. O instrumento é tocado pelos músicos com uma vara em uma mão e um martelo na outra, cada uma batendo em um tambor diferente ambos ao mesmo tempo. O som se alterna em notas altas e baixas e é quase sempre acompanhado por um acordeão e um triângulo.
O baião é um subgênero do forró, além de possuir características de repente e coco. O Baião foi popularizado pelo rádio na década de 1940, principalmente no estado de Pernambuco, atingindo o auge de popularidade na década de 1950.
Os povos ameríndios nativos do Nordeste deram origem ao Baião antes do século XX e, posteriormente, o ritmo incorporou elementos de muitas outras tradições indígenas, da música africana e europeia. Além disso, o baião ganhou uma reputação de música feita para dançar. A dança é popular desde o final do século XIX e foi impulsionado, em 1946, para a mídia pelo sucesso de Luiz Gonzaga que substituiu a moda do bolero no Brasil.
O baião, assim como a música sertanejo caipira, está associado à vida rural. Durante grande parte do século XX a reputação do Baião como música rural, apreciada principalmente pelas classes baixas, gerou uma recusa por grande parte da classe alta urbana. Embora não fosse muito conhecido fora do contexto regional, foi adotado pelos músicos da MPB e da Tropicália dos anos 1960, e dessa forma ocorreu um ressurgimento dos ritmos do baião. Um recorde fundamental neste período de renascimento foi o álbum de 1967 do Quarteto Novo.
Refletindo seu status de música, e dança tradicional no Nordeste, uma grande variedade de músicas está associada ao baião. Alguns artistas do estilo são Luiz Gonzaga, Sivuca, Selma do Côco, Dominguinhos e repentistas como Verde Lins.
O Xote é um outro subgênero musical brasileiro do forró. A palavra “xote” é uma adaptação da palavra alemã schottisch que significa escocês; a dança “schottische” foi trazida ao Brasil em 1851 e era uma dança popular entre as classes altas durante o reinado do imperador Pedro II.
Os escravos negros, posteriormente, dançavam suas próprias adaptações da dança, e foi nesse período que o estilo passou a ser conhecido como xote, onde o negros agregavam suas próprias influências, convertendo-a em uma dança mais popular e conhecida.
Já o xaxado é uma dança popular criada também no sertão de Pernambuco e era muito dançado pelos cangaceiros da região para comemorar a vitória após as batalhas; também era uma dança feita por toda a população local no período. O nome xaxado vem do barulho das sandálias dos cangaceiros ao baterem na areia durante a dança. Entre os principais artistas do estilo estão Elba Ramalho e Severino Januário.
Ai que saudades que eu sintoDas noites de São JoãoDas noites tão brasileiras nas fogueirasSob o luar do sertãoDas noites tão brasileiras nas fogueirasSob o luar do sertão Meninos brincando de rodaVelhos soltando balãoMoços em volta à fogueira brincando com o coraçãoEita, São João dos meus sonhosEita, saudoso sertão, ai, ai Ai que saudades que […]
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Se eu soubesse que tu me querias Tudo faria para te amar Amor eu tenho para te dar Quando passo e vejo ela debruçada na janela Dá vontade de passar a mão … nos cabelos dela Já não consigo nem dormir Se me deito com ela vou sonhar Lai, laiá… Pois faria tudo isso só