Noite fria, tão fria de junho.
Os balões para o céu vão subindo,
Entre as nuvens, aos poucos sumindo,
Envoltos num tênue véu.
Os balões devem ser, com certeza,
As estrelas daqui deste mundo,
E as estrelas do espaço profundo
São os balões lá do céu.
Balão do meu sonho dourado,
Subiste enfeitado, cheinho de luz.
Depois, as crianças tascaram,
Rasgaram teu bojo de listas azuis.
E tu, que invejava as estrelas,
Sonhavas, ao vê-las, ser astro no céu.
Hoje, balão apagado, acabas rasgado
Em trapos ao léu.
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