Flor de Lis

Valei-me, Deus
É o fim do nosso amor
Perdoa, por favor
Eu sei que o erro aconteceu
Mas não sei o que fez
Tudo mudar de vez
Onde foi que eu errei?
Eu só sei que amei
Que amei, que amei, que amei

Será talvez
Que minha ilusão
Foi dar meu coração
Com toda força
Pra essa moça
Me fazer feliz
E o destino não quis
Me ver como raiz
De uma flor de lis

E foi assim que eu vi
Nosso amor na poeira, poeira
Morto na beleza fria de Maria

E o meu jardim da vida
Ressecou, morreu
Do pé que brotou Maria
Nem margarida nasceu
E o meu jardim da vida
Ressecou, morreu
Do pé que brotou Maria
Nem margarida nasceu


Letra Composta por: Djavan
Melodia Composta por:
Álbum: A voz, o violão, a música de Djavan
Ano: 1976
Estilo Musical:

15 comentários em “Flor de Lis”

  1. Essa música fala da história do próprio Djavan, que tinha uma esposa com nome “MARIA” e teve complicações no parto onde o médico perguntou ao Djavan se preferia salvar a vida dela ou a do bebê. Djavan pediu ao médico para tentar salvar as duas vidas até o último minuto. A filha se chamaria MARGARIDA…
    As duas morreram no parto.

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  2. Sérgio Soeiro

    Na verdade esta é uma das poucas letras do Djavan que traz uma temática simples e conta um fato (um drama) corriqueiro. A música tem um texto de fácil assimilação, bem diferente do caminho trilhado por Djavan nos seus trabalhos seguintes, onde preponderam fragmentos de textos, e nunca contam uma história.
    Como já citado, o tema é simples e narra a tristeza do Eu-Lírico pelo fim de um relacionamento que parecia ser perfeito. Ele fica se perguntando o que pode ter acontecido para aquela pessoa perfeita a quem tanto amava, ter mudado tão bruscamente.
    Fato consumado, ele faz uma auto-crítica e se questiona por haver se entregado tão fortemente a um relacionamento que no final, não passou de decepção.
    Ela, que parecia ser uma pessoa meiga e única (daí o “flor de Lis”, que, além de ser o símbolo da candura, é uma flor muito rara) mostrou-se, no final, ser uma pessoa fria e insensível. Ou pior, uma pessoa comum e banal, uma vez que na temática do “jardim” que ele usou para contar seu drama, longe de Maria ser uma flor de lis, ela não foi sequer uma Margarida, que é uma das flores mais comuns e banais que existem.

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  3. Sobre a música FLOR DE LIS, conforme consta no próprio site do Djavan (www.djavan.com.br) essa história do drama pessoal dele ter perdido esposa, é pura lenda urbana, pois isso não aconteceu. Circulou por e-mail e se elastrou, mas não é essa a interpretação da música, já que tais fatos NÃO EXISTIRAM. Então, tentem observá-la com outro foco.
    Abçs

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  4. Sérgio Soeiro

    Marcia, se não me engano, foi exatamente o que eu fiz, certo?… Ou você leu apenas o primeiro comentário?

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  5. Sem querer ser clichê, a música não mais é de quem a escreveu. A interpretação da morte, mesmo não tendo ocorrido, é verdadeira se assim quiser o leitor. Música é arte, não documentário. Não existe A interpretação. Todas são válidas.

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  6. Olá Juliana, concordo com você na forma que se refere a arte, mas o “x” da questão é: atribuir a história das mortes… ao verdadeiro motivo da letra, por Djavan. Isso é errado.

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  7. Rafael Nasic

    A minha interpretação é de um cara que tinha uma esposa (ou outro relacionamento sério) que acaba esfriando, ficando monótono, apesar de manter outras qualidades. Uma coisa segura, firme, enraizada.

    O cidadão acaba se envolvendo com uma outra pessoa, uma nova paixão, que parece diferente da sua atual, já monótona e comum em sua vida.

    Essa nova paixão acaba por levá-lo a terminar o relacionamento com Maria, mas no fim, essa nova pessoa que parecia tão especial acabou deixando o cara… foi só mais uma margarida em seu jardim.

    As flores do seu jardim são as mulheres de sua vida. E desse jardim onde uma vez encontrou Maria (que fora um relacionamento verdadeiro e durarouro) e de onde esperava colher outro relacionamento especial (Flor de Lis), acabou em nada (nem uma ordinária margarida, nasceu).

    “Do pé que brotou Maria nem margarida nasceu.”

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  8. Quando a linguagem é fortemente poética, só mesmo o autor para fornecer as explicações. Os versos dessa música são um ótimo exemplo, uma vêz que dão margem a múltiplas interpretações. Djavan é quem deve explicar o tipo de inspiração que o moveu para compor tão belos versos.

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