Samba maioral!
Onde é que você se meteu antes de chegar na roda meu irmão?
A responsabilidade de tocar o seu pandeiro é a responsabilidadede você manter-se inteiro
Por isso chegou a hora desta roda começar
Samba Makossa da pesada, vamos todos celebrar
Cerebral, é assim que tem que ser
Maioral, é assim que é
Som da cabeça e foguete do pé
Samba makossa sem hora marcada, é da pesada
Samba, samba, samba, samba, samba, samba, samba!
Onde é que você se meteu antes de chegar na roda meu irmão?
A responsabilidade de tocar o seu pandeiro é a responsabilidadede você manter-se inteiro
A responsabilidade de tocar o seu pandeiro
é a de você manter-se inteiro
Por isso chegou a hora desta roda começar
Samba Makossa da pesada, vamos todos celebrar
Cerebral, é assim que tem que ser
Maioral, é assim que é
Som da cabeça e foguete do pé
Samba makossa sem hora marcada, é da pesada
Samba, samba, samba, samba, samba, samba, samba!
Letra Composta por:
Melodia Composta por:
Álbum:
Ano:
Estilo Musical: Maracatu
cerebral é assim que tem que ser maioral
Samba Makossa
Um sampler misturando sons eletrônicos e percussão marca a transição para esta faixa
que mantém o ritmo da ciranda ouvido na canção anterior, mas promove sua mistura com o
samba duro e o gênero africano Makossa
108
, difundido no circuito massivo da world music
por Manu Dibango e outros músicos de Camarões. A guitarra pontua com timbres “limpos”
(sem distorção) comuns nas levadas de gêneros do african pop e da música caribenha. Sua
dicção segue técnicas comuns no highlife e seu desdobramento, o Ju-Ju109
.
A canção, composta por Science, é temática (como a anterior) e a letra dá continuidade
ao assunto abordado antes, a dança, mas focaliza um sujeito, o sambista. Ele é repreendido:
“Onde é que você se meteu antes de chegar na roda, meu irmão?”, mas é aceito por ser o
“maioral”. Sua chegada marca a hora da roda começar.
Os atributos desse sujeito são enumerados: é preciso tocar pandeiro e “manter-se intei-
ro” – corpo e mente: “Cerebral, é assim que tem que ser / Maioral é assim que é, bom da ca-
beça e foguete no pé”. A canção é curta, tem 3 minutos e 3 segundos, mas acrescenta infor-
mações que confirmam a proposta manguebeat de diálogo com a música periférica mundial –
seja ela tradicional ou midiatizada – procedimento do qual tanto o samba quanto a Makossa
são exemplos. A figura do maioral encontrará paralelos no próprio homem caranguejo, um ser
que dança e se diverte mas também usa a cabeça – difunde suas idéias e antena-se com o
mundo, conforme propõe o manifesto e se ouvirá adiante.
Mais uma vez a banda comunica que sua abertura sonora aos crossoveres não se limi-
tará à insistência em uma única fórmula. Se até então foi priorizado o diálogo entre as sonori-
108
“Ritmo tradicional de Camarões, no final dos anos 1970. Teve entre seus grandes inovadores Manu Dibango,
que mesclou as tradições nativas com o soul e a disco music” (DOURADO, 2004, p.192).
109
Highlife: “Gênero urbano da moderna música africana semelhante ao calipso, é encontrado na Nigéria, em
Gana e na África Ocidental. Tem perdido terreno, em diversas regiões, para uma versão mais moderna, chamada
Ju-Ju, que se baseia na música ioruba”. (DOURADO, 2004, p.161) 108
dades de Pernambuco e do mundo pop anglo-americano, os gêneros mobilizados nesta faixa
têm ligações com geografias distintas, da África contemporânea ao morro carioca.
(LEIA MAIS no site acima! O PDF em que foi retirada essa análise!)
Por TATIANA RODRIGUES LIMA
MANGUEBEAT – DA CENA AO ÁLBUM:
PERFORMANCES MIDIÁTICAS DE MUNDO LIVRE S/A
E CHICO SCIENCE & NAÇÃO ZUMBI
Dissertação apresentada à Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas, da
FACOM/UFBA, para obtenção do título de Mestre em Comunicação.
Samba Makossa
Um sampler misturando sons eletrônicos e percussão marca a transição para esta faixa
que mantém o ritmo da ciranda ouvido na canção anterior, mas promove sua mistura com o
samba duro e o gênero africano Makossa
108
, difundido no circuito massivo da world music
por Manu Dibango e outros músicos de Camarões. A guitarra pontua com timbres “limpos”
(sem distorção) comuns nas levadas de gêneros do african pop e da música caribenha. Sua
dicção segue técnicas comuns no highlife e seu desdobramento, o Ju-Ju109
.
A canção, composta por Science, é temática (como a anterior) e a letra dá continuidade
ao assunto abordado antes, a dança, mas focaliza um sujeito, o sambista. Ele é repreendido:
“Onde é que você se meteu antes de chegar na roda, meu irmão?”, mas é aceito por ser o
“maioral”. Sua chegada marca a hora da roda começar.
Os atributos desse sujeito são enumerados: é preciso tocar pandeiro e “manter-se intei-
ro” – corpo e mente: “Cerebral, é assim que tem que ser / Maioral é assim que é, bom da ca-
beça e foguete no pé”. A canção é curta, tem 3 minutos e 3 segundos, mas acrescenta infor-
mações que confirmam a proposta manguebeat de diálogo com a música periférica mundial –
seja ela tradicional ou midiatizada – procedimento do qual tanto o samba quanto a Makossa
são exemplos. A figura do maioral encontrará paralelos no próprio homem caranguejo, um ser
que dança e se diverte mas também usa a cabeça – difunde suas idéias e antena-se com o
mundo, conforme propõe o manifesto e se ouvirá adiante.
Mais uma vez a banda comunica que sua abertura sonora aos crossoveres não se limi-
tará à insistência em uma única fórmula. Se até então foi priorizado o diálogo entre as sonori-
108
“Ritmo tradicional de Camarões, no final dos anos 1970. Teve entre seus grandes inovadores Manu Dibango,
que mesclou as tradições nativas com o soul e a disco music” (DOURADO, 2004, p.192).
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Highlife: “Gênero urbano da moderna música africana semelhante ao calipso, é encontrado na Nigéria, em
Gana e na África Ocidental. Tem perdido terreno, em diversas regiões, para uma versão mais moderna, chamada
Ju-Ju, que se baseia na música ioruba”. (DOURADO, 2004, p.161) 108
dades de Pernambuco e do mundo pop anglo-americano, os gêneros mobilizados nesta faixa
têm ligações com geografias distintas, da África contemporânea ao morro carioca.
(LEIA MAIS no site! O PDF em que foi retirada essa análise!)
Por TATIANA RODRIGUES LIMA
MANGUEBEAT – DA CENA AO ÁLBUM:
PERFORMANCES MIDIÁTICAS DE MUNDO LIVRE S/A
E CHICO SCIENCE & NAÇÃO ZUMBI
Dissertação apresentada à Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas, da
FACOM/UFBA, para obtenção do título de Mestre em Comunicação.
Caraca Tatiana!!! Matou a pau!!! Já gostava da música, agora com toda essa análise, reforço ainda mais meu apreço por chico e nação!!!!
A Parte que se refere ao céu, a música quer se referir a São Paulo e a outras grandes metrópoles. Atrás de São Paulo tem outros locais aonde o “Brasil” não enxerga, justamente por que é sem estrelas”($)”