Caetano Veloso

Caetano Emanuel Viana Telles Veloso nascido em 7 de agosto de 1942 é um compositor, cantor, músico, escritor e ativista político brasileiro.
Veloso ficou conhecido pela primeira vez por sua participação no movimento musical brasileiro Tropicalismo, que englobava teatro, poesia e música na década de 1960, no início da ditadura militar brasileira. As letras de Caetano Veloso são uma influência criativa e artística constante desde então.

Caetano nasceu na cidade de Santo Amaro da Purificação, na Bahia. Mudou-se para Salvador como estudante universitário em meados da década de 1960. Logo depois, Caetano ganhou um concurso de música e assinou com sua primeira gravadora.

Tornou-se um dos fundadores do Tropicalismo com um grupo de vários outros músicos e artistas – entre eles sua irmã Maria Bethânia – no mesmo período. Posteriormente, ele se tornou popular fora do Brasil nas décadas de 1980 e 1990.

A obra de Veloso foi muitas vezes caracterizada pela frequente fusão não só de estilos internacionais, mas também de estilos e ritmos folclóricos brasileiros. As letras de Caetano Veloso sempre tiverem críticas ao regime militar e a opressão por parte dos governantes no país.

Sua popularidade aumentou fora do Brasil na década de 1980, em países como Portugal, França e África. Seus discos lançados nos Estados Unidos, como “Estrangeiro”, ajudaram a conquistar um público internacional e difundir a cultura brasileira para o mundo.

“Caetano Veloso” é o primeiro disco solo do artista, lançado em 1968. Caetano Veloso já havia lançado “Domingo” no ano anterior em colaboração com Gal Costa.

Foi um dos primeiros trabalhos da Tropicália, e conta com arranjos de Júlio Medaglia, Damiano Cozzella e Sandino Hohagen, além de um conjunto eclético de influências, demonstrando a “antropofagia” (canibalismo artístico) do movimento Tropicália.

Sons psicodélicos, rock, pop, música indiana, bossa nova, música baiana e outros gêneros aparecem no álbum, que Inclui os sucessos “Alegria, Alegria“, “Tropicália” e “Soy loco por ti, América“.

O terceiro festival de música popular da Tv Record, foi um momento emblemático onde Letras de Caetano Veloso como “Alegria, Alegria” e “Domingo no Parque” de Gilberto Gil se tornam hinos nacionais de liberdade.

“Caetano Veloso” (conhecido como Álbum Branco) foi lançado em 1969, sendo o terceiro álbum de Caetano Veloso, seu segundo solo. É considerada por muitos uma das melhores obras do cantor.
Os vocais e violões do álbum foram gravados em um pequeno estúdio de gravação em Salvador, onde Veloso foi confinado por desafiar o autoritário governo brasileiro da época.
O disco, assim como seu antecessor, é bastante eclético (característica do movimento Tropicália), com canções que vão desde Bossa Nova, Rock Psicodélico, Música Tradicional Baiana, Fado, Tango, entre outros.

Possui músicas em três línguas: português, espanhol e inglês. Composições como “Lost In The Paradise”, “Marinheiro só” e “Atrás do Trio Elétrico” fazem parte do álbum.
“Caetano Veloso” é o terceiro álbum homônimo do cantor Caetano Veloso. O disco foi gravado na Inglaterra, no período que o artista estava exilado pelo governo brasileiro durante a ditadura militar.

É cantado principalmente em inglês e retrata um tom triste, refletindo seus sentimentos sobre saudades de casa, a ausência de sua família e amigos; foi lançado primeiro na Europa e depois no Brasil, em 1971. Em 1972, Veloso voltou para seu país natal e mais uma vez começou a gravar e se apresentar.

Com um total de 9 prêmios Grammy Latino e 2 prêmios Grammy, Caetano Veloso recebeu mais do que qualquer outro artista brasileiro. Em 14 de novembro de 2012, Caetano também foi homenageado como Personalidade do Ano da Academia Latina da Gravação.

As letras de Caetano Veloso são reconhecidas internacionalmente e o cantor foi chamado de “um dos maiores compositores do século” e “um músico/poeta/cineasta/ativista político pop cuja estatura no panteão de músicos pop internacionais está no mesmo nível de Bob Dylan, Bob Marley, e Lennon/McCartney”.

Soy loco por ti, America

Soy loco por ti, AméricaYo voy traer una mujer playeraQue su nombre sea MartiQue su nombre sea MartiLoco por ti de amoresTenga como coloresLa espuma blanca de LatinoaméricaY el cielo como banderaY el cielo como banderaLoco por ti, AméricaSoy loco por ti de amoresSoy loco por ti, AméricaLoco por ti de amoresSorriso de quase nuvemOs […]

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O seu amor

O seu amorAme-o e deixe-oLivre para amarLivre para amarLivre para amar O seu amorAme-o e deixe-oIr aonde quiserIr aonde quiserIr aonde quiser O seu amorAme-o e deixe-o brincarAme-o e deixe-o correrAme-o e deixe-o cansarAme-o e deixe-o dormir em paz O seu amorAme-o e deixe-oSer o que ele éSer o que ele éSer o que ele

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Chuck berry fields forever

Trazidos d’África pra Américas de Norte e SulTambor de tinto timbre tanto tonto tom tocouE neve, garça branca, valsa do Danúbio AzulTonta de tanto embalo, num estalo desmaiou Vertigem verga, a virgem branca tomba sob o solRachado em mil raios pelo machado de XangôE assim gerados, a rumba, o mambo, o samba, o rhythm’n’bluesTornaram-se os

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Atrás da Verde-e-Rosa só não vai quem já morreu (Samba enredo Mangueira 1994)

Me leva que eu vouSonho meuAtrás da verde-e-rosaSó não vai quem já morreuBahia é luzDe poeta ao luarMisticismo de um povoSalve todos orixásQuem me mandouEstrelas de láFoi São SalvadorPra noite brilharMangueira !Jogando flores pelo marSe encantou com a musaQue a Bahia dáObá berimbau ganzáÔ capoeiraJoga um verso pra iaiáCaetano e Gil ôCom a tropicália no

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Enquanto seu lobo não vem

Vamos passear na floresta escondida, meu amorVamos passear na avenidaVamos passear nas veredas, no alto meu amorHá uma cordilheira sob o asfalto (Os clarins da banda militar…)A Estação Primeira da Mangueira passa em ruas largas(Os clarins da banda militar…)Passa por debaixo da Avenida Presidente Vargas(Os clarins da banda militar…)Presidente Vargas, Presidente Vargas, Presidente Vargas(Os clarins

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Parque industrial

Retocai o céu de anilBandeirolas no cordãoGrande festa em toda a naçãoDespertai com oraçõesO avanço industrialVem trazer nossa redenção Tem garotas propagandaAeromoças e ternura no cartazBasta olhar na paredeMinha alegria num instante se refazPois temos o sorriso engarrafadoJá vem pronto e tabeladoÉ somente requentar e usarÉ somente requentar e usarO que é made, made, madeMade

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Minha senhora

Minha senhoraOnde é que você mora?Em que parte desse mundo?Em que cidade escondida?Dizei-me, que sem demoraLá também quero morar Onde fica essa morada?Em que reino, qual parada?Dizei-me por qual estradaÉ que eu devo caminhar Minha senhoraOnde é que você mora?Venho da beira da praiaTantas prendas que eu lhe tragoPulseira, sandália e saiaSem saber como entregar

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Verdura

De repenteMe lembro do verdeDa cor verdeA mais verde que existeA cor mais alegreA cor mais tristeO verde que vestesO verde que vestisteO dia em que te viO dia em que me viste De repenteVendi meus filhosA uma família americanaEles têm carroEles têm granaEles têm casaA grama é bacanaSó assim eles podem voltarE pegar um

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Vampiro

Eu uso óculos escurosPara as minhas lágrimas esconderQuando você vem para o meu ladoAs lágrimas começam a correr Sinto aquela coisa no meu peitoSinto aquela grande confusãoSei que eu sou um vampiroQue nunca vai ter paz no coração Às vezes eu fico pensandoPorque é que eu faço as coisas assimE a noite de verão ela

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Oração ao tempo

És um senhor tão bonitoQuanto a cara do meu filhoTempo, tempo, tempo, tempoVou te fazer um pedidoTempo, tempo, tempo, tempo Compositor de destinosTambor de todos os ritmosTempo, tempo, tempo, tempoEntro em um acordo contigoTempo, tempo, tempo, tempo Por seres tão inventivoE pareceres contínuoTempo, tempo, tempo, tempoÉs um dos deuses mais lindosTempo, tempo, tempo, tempo Que

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Trilhos urbanos

O melhor o tempo escondeLonge, muito longeMas bem dentro aquiQuando o bonde dava a volta aliNo cais de Araújo PinhoTamarindeirinhoNunca me esqueci Onde o imperador fez xixi Cana doce, Santo AmaroGosto muito raroTrago em mim por tiE uma estrela sempre a luzirBonde da Trilhos Urbanos Vão passando os anosE eu não te perdiMeu trabalho é te traduzir

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Tudo se transformou

Vai, meu sambaTudo se transformouNem as cordas do meu pinhoPodem mais amenizar Há dor onde havia a luz do solUma nuvem se formouOnde havia uma alegria para mimOutra nuvem carregouA razão desta tristezaÉ saber que o nosso amor passou Violão, até um diaQuando houver mais alegriaEu procuro por vocêCansei de derramarInutilmente em tuas cordasAs desilusões

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Uns

Uns vãoUns tãoUns sãoUns dãoUns nãoUns hão deUns pésUns mãos Uns cabeçaUns só coraçãoUns amamUns andamUns avançamUns tambémUns cemUns semUns vêmUns têmUns nada têmUns malUns bemUns nada alémNunca estão todos Uns bichosUns deusesUns azuisUns quase iguaisUns menosUns mais Uns médiosUns por demaisUns masculinosUns femininosUns assimUns meusUns teusUns ateusUns filhos de DeusUns dizem fimUns dizem simE não há

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Zabelê

Minha sabiáMinha zabelêToda meia-noite eu sonho com vocêSe você duvida, eu vou sonhar pra você ver Minha sabiáVem me dizer, por favorO quanto que eu devo amarPra nunca morrer de amor Minha zabelêVem correndo me dizerPor que eu sonho toda noiteE sonho só com você Se você não me acreditaVem pra cá, vou lhe mostrarQue

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Tigresa

Uma tigresa de unhas negras e íris cor de melUma mulher, uma beleza que me aconteceuEsfregando a pele de ouro marrom do seu corpo contra o meuMe falou que o mal é bom e o bem cruel Enquanto os pelos dessa deusa tremem ao vento ateuEla me conta, sem certeza, tudo o que viveuQue gostava

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Beleza pura

Não me amarra dinheiro não!Mas formosuraDinheiro não!A pele escuraDinheiro não!A carne duraDinheiro não!… Moça preta do CuruzuBeleza Pura!FederaçãoBeleza Pura!Boca do rioBeleza Pura!Dinheiro não!… Quando essa pretaComeça a tratar do cabeloÉ de se olharToda trama da trançaTransa do cabeloConchas do marEla manda buscarPrá botar no cabeloToda minúcia, toda delícia… Não me amarra dinheiro não!Mas elegância… Não

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Qualquer coisa

Esse papo já tá qualquer coisaVocê já tá pra lá de MarrakeshMexe qualquer coisa dentro, doidaJá qualquer coisa, doida, dentro mexeNão se avexe não, baião de doisDeixe de manha, ‘xe de manha, poisSem essa aranha, sem essa aranha, sem essa aranha!Nem a sanha arranha o carroNem o sarro arranha a EspanhaMeça: tamanha!Meça: tamanha!Esse papo seu

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Terra

Quando eu me encontrava presoNa cela de uma cadeiaFoi que vi pela primeira vezAs tais fotografiasEm que apareces inteiraPorém lá não estavas nuaE sim coberta de nuvens… Terra! Terra!Por mais distanteO errante naveganteQuem jamais te esqueceria?… Ninguém supõe a morenaDentro da estrela azuladaNa vertigem do cinemaMando um abraço prá tiPequenina como se eu fosseO saudoso

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O quereres

Onde queres revólver, sou coqueiroE onde queres dinheiro, sou paixãoOnde queres descanso, sou desejoE onde sou só desejo, queres nãoE onde não queres nada, nada faltaE onde voas bem alto, eu sou o chãoE onde pisas o chão, minha alma saltaE ganha liberdade na amplidão Onde queres família, sou malucoE onde queres romântico, burguêsOnde queres

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Eu sou neguinha?

Eu tava encostad’ali minha guitarra No quadrado branco vídeo papelão Eu era o enigma, uma interrogação Olha que coisa mais que coisa à toa, boa boa boa boa boa Eu tava com graça… Tava por acaso ali, não era nada Bunda de mulata, muque de peão Tava em Madureira, tava na bahia No Beaubourg no

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Two Naira Fifty Kobo

No meu coração da mata gritou. Pelé, PeléFaz força com o pé na ÁfricaO certo é ser gente linda e dançar, dançar, dançarO certo é fazendo músicaA força vem dessa pedra que canta Ita- poãFala tupi, fala iorubáÉ lindo vê-lo bailando ele é tão pierrô, pierrô,Ali no meio da rua, lá Oohh.. No meu coração

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Eclipse oculto

Nosso amorNão deu certoGargalhadas e lágrimasDe pertoFomos quase nadaTipo de amorQue não pode dar certoNa luz da manhãE desperdiçamosOs blues do Djavan… Demasiadas palavrasFraco impulso de vidaTravada a mente na ideologiaE o corpo não agiaComo se o coraçãoTivesse antes que optarEntre o inseto e o inseticida… Não me queixoEu não soube te amarMas não deixoDe

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Meia lua inteira

Meia Lua Inteira sopapoNa cara do fracoEstrangeiro gozadorCocar de coqueiro baixoQuando engano se enganou São dim, dão, dãoSão BentoGrande homem de movimentoMartelo do tribunalSumiu na mata adentroFoi pego sem documentoNo terreiro regional Uera rá rá ráUera rá rá ráTerça-FeiraCapoeira rá rá ráTô no pé de onde derRá rá rá ráVerdadeiro rá rá ráDerradeiro rá rá

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Outras palavras

Nada dessa cica de palavra triste em mim na bocaTravo, trava mãe e papai, alma buena, dicha loucaNeca desse sono de nunca, “jamais” nem never moreSim, dizer que sim pra Cilu, pra Dedé, pra Dadi e DóCrista do desejo, o destino deslinda-se em beleza Outras palavras, outras palavrasOutras palavras, outras palavras Tudo seu azul, tudo

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Sorte

Tudo de bom que você me fizerFaz minha rima ficar mais raraO que você faz me ajuda a cantarPõe um sorriso na minha cara Meu amor, você me dá sorteMeu amor!Você me dá sorte, meu amor!Você me dá sorte na vida! Quando te vejo não saio do tomMas meu desejo já se reparaMe dá um

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Meu primeiro amor (Lejania)

Meu primeiro amorTão cedo acabou, só dor deixouNesse peito meuMeu primeiro amorFoi como uma flor que desabrochouLogo morreuNessa solidão sem ter alegriaO que me alivia são meus tristes aisSão prantos de dor que dos olhos caemÉ por que bem sei quem eu tanto ameiNão verei jamais Saudade palavra triste quando se perde um grande amorNa

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Podres poderes

Enquanto os homens exercemSeus podres poderesMotos e fuscas avançamOs sinais vermelhosE perdem os verdesSomos uns boçais Queria querer gritarSetecentas mil vezesComo são lindosComo são lindos os burguesesE os japonesesMas tudo é muito mais Será que nunca faremos senão confirmarA incompetência da América católicaQue sempre precisará de ridículos tiranosSerá, será, que será?Que será, que será?Será que

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Lua de São Jorge

Lua de São Jorge, lua deslumbranteAzul verdejante, cauda de pavãoLua de São Jorge, cheia, branca e inteiraOh, minha bandeira solta na amplidãoLua de São Jorge, lua brasileiraLua do meu coração! Lua de São Jorge, lua deslumbranteAzul verdejante, cauda de pavãoLua de São Jorge, cheia, branca e inteiraOh, minha bandeira solta na amplidãoLua de São Jorge,

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Queixa

Um amor assim delicadoVocê pega e desprezaNão devia ter despertadoAjoelha e não reza Dessa coisa que mete medoPela sua grandezaNão sou o único culpadoDisso eu tenho a certeza Princesa, surpresa, você me arrasouSerpente, nem sente que me envenenouSenhora, e agora, me diga onde eu vouSenhora, serpente, princesa Um amor assim violentoQuando torna-se mágoaÉ o avesso

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Rapte-me, camaleoa

Rapte-me camaleoaAdapte-me a uma cama boaCapte-me uma mensagem à toaDe um quasar pulsando lôaInterestelar canoa… Leitos perfeitosSeus peitos direitosMe olham assimFino menino me inclinoPro lado do sim… Rapte-meAdapte-meCapte-meIt’s up to meCoraçãoSer querer serMerecer serUm camaleão… Rapte-me camaleoaAdapte-me ao seuNe me quitte pas…

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Felicidade

Felicidade foi-se embora E a saudade no meu peito ainda mora E é por isso que eu gosto lá de fora Porque eu sei que a falsidade não vigora A minha casa fica lá detrás do mundo Onde eu vou num segundo quando começo a cantar O pensamento parece uma coisa à toa Mas como

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Bonina (Caetano Veloso e Capinan)

A bonina que é flor roxaTô preso no pelourinhoSe me soltar ê ê ê êEu vou-me embora Menina, minha meninaNão solte o seu canarinhoSe soltar quero pegarNas asas do passarinho Me traga um limão maduroPara matar minha sedeVim precisado de tudoDe água, ternura e rede A bonina que é flor roxaTô preso no pelourinhoSe me

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Big bang bang (Caetano Veloso e Zé Miguel Wisnik)

Se tudo começou no big bang Tinha que acabar no big mac Só tinha que acabar no big mac Se tudo começou no big bang Tinha que acabar no big mac Que acabar no big mac Mas se a partida já estava começada Quarenta minutos antes do nada Então, é fla-flu Então é maracanã lotado

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Beleza pura

Não me amarra dinheiro não! Mas formosura Dinheiro não! A pele escura Dinheiro não! A carne dura Dinheiro não!… Moça preta do Curuzu Beleza Pura! Federação Beleza Pura! Boca do rio Beleza Pura! Dinheiro não!… Quando essa preta Começa a tratar do cabelo É de se olhar Toda trama da trança Transa do cabelo Conchas

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Asa

Pássaro um Pássaro pairando um Pássaro momento um Pássaro ar Pássaro ímpar Parou pousar Parou repousar Pássaro som Pássaro parado um Pássaro silêncio um Pássaro ir Pássaro ritmo Passar voou Passar avoou Pássaro par Pássaro um Pássaro pairando um Pássaro momento um Pássaro ar Pássaro ímpar Parou pousar Parou repousar

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As várias pontas de uma estrela (Milton Nascimento e Caetano Veloso)

Estrela de cinco pontas Cinco estrelas no cruzeiro Trilhões de estrelas no céu Três pontas mil corações E o menino brasileiro Com os olhos duas contas Atravessa o imenso véu De brilhos e escuridões Que Deus segue esse menino Que deuses o seguirão Meu verso de sete patas Notas desta melodia Quem me ensina essa

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As ayabás (Caetano Veloso e Gilberto Gil)

Nenhum outro som no arPra que todo mundo ouçaEu agora vou cantarPara todas as moçasEu agora vou baterPara todas as moçasEu agora vou dançarPara todas as moçasPara todas ayabásPara todas elas Iansã comanda os ventosE a força dos elementosNa ponta do seu florimÉ uma menina bonitaQuando o céu se precipitaSempre o princípio e o fim

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Argonautas

O Barco! Meu coração não aguenta Tanta tormenta, alegria Meu coração não contenta O dia, o marco, meu coração O porto, não!… Navegar é preciso Viver não é preciso…(2x) O Barco! Noite no teu, tão bonito Sorriso solto perdido Horizonte, madrugada O riso, o arco da madrugada O porto, nada!… Navegar é preciso Viver não

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Aracaju (Caetano Veloso, Tomás Improta e Vinícius Cantuária)

Céu todo Azul Chegar no Brasil por um atalho Aracaju Terra cajueiro papagaio Araçazu Moqueca de cação no João do Alho Aracaju Voltar ao Brasil por um atalho Ser feliz O melhor lugar é ser feliz O melhor é ser feliz Mas Onde estou Não importa tanto aonde vou O melhor é ter amor Aracaju

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Ângulos (Arrigo Barnabé, Eduardo Gudin e Caetano Veloso)

Curvas dos sapatosEspelhando esquinasNúmeros exatosCortam-se na brisaSóis luzem nos dentesVocê me dizVamos pararOs ângulos retosDomam seus cabelosAutomóveis pretosRefletem sapatosLábios quase opacosVocê me dizVamos pararNa sua vozPassam tantas notasQue não param pra notarDedos na mãoQue dorme à sombra do momentoContam tempos soltos pelo barE o amorNuvem nos toposNão encontra lagosA curva dos coposReflete automóveisOlhos quase secosVocê

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Acrilirico (Rogério Duarte, Caetano Veloso e Rogério Duprat)

Olhar colíricoLirios plásticos do campo e do contracampoTelástico cinemascope teu sorriso tudo issoTudo ido e lido e lindo e vindo do vividoNa minha adolescidadeIdade de pedra e paz Teu sorriso quieto no meu canto Ainda canto o ido o tido o ditoO dado o consumidoO consumadoAtoDo amor morto motor da saudade Diluído na grandicidadeIdade de

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A terceira margem do rio (Milton Nascimento e Caetano Veloso)

Oco de pau que diz: Eu sou madeira, beira Boa, dá vau, triztriz Risca certeira Meio a meio o rio ri Silencioso, sério Nosso pai não diz, diz: Risca terceira Água da palavra Água calada, pura Água da palavra Água de rosa dura Proa da palavra Duro silêncio, nosso pai Margem da palavra Entre as

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Jóia

Beira de mar Beira de mar Beira de mar na América do Sul Um selvagem levanta o braço Abre a mão e tira um caju Um momento de grande amor De grande amor Copacabana Copacabana Louca total e completamente louca A menina muito contente Toca a coca-cola na boca Um momento de puro amor De

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Escandalo

Ó doce irmã, o que você quer mais? Eu já arranhei minha garganta toda Atrás de alguma paz. Agora, nada de machado e sândalo. Você que traz o escândalo, Irmã-luz. Eu marquei demais, tô sabendo Aprontei demais, só vendo Mas agora faz um frio aqui. Me responda, tô sofrendo: Rompe a manhã da luz em

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Muito

Eu sempre quis muito Mesmo que parecesse ser modesto Juro que eu não presto Eu sou muito louco, muito Mas na sua presença O meu desejo Parece pequeno Muito é muito pouco, muito Broto você é muito, muito Broto você é muito, muito Eu nunca quis pouco Falo de quantidade e intensidade Bomba de hidrogênio

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Haiti

Quando você for convidado pra subir no adro Da fundação casa de Jorge Amado Pra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos Dando porrada na nuca de malandros pretos De ladrões mulatos e outros quase brancos Tratados como pretos Só pra mostrar aos outros quase pretos (E são quase todos pretos) E

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Saudosismo

Eu, você, nós dois Já temos um passado, meu amor Um violão guardado Aquela flor E outras mumunhas mais Eu, você, João Girando na vitrola sem parar E o mundo dissonante que nós dois Tentamos inventar tentamos inventar Tentamos inventar tentamos A felicidade a felicidade A felicidade a felicidade Eu, você, depois Quarta-feira de cinzas

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Baby

Você precisa Saber da piscina Da margarina Da Carolina Da gasolina Você precisa Saber de mim Baby, baby Eu sei Que é assim Baby, baby Eu sei Que é assim Você precisa Tomar um sorvete Na lanchonete Andar com gente Me ver de perto Ouvir aquela canção Do Roberto Baby, baby Há quanto tempo Baby,

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Superbacana

Toda essa gente se engana Ou então finge que não vê que eu nasci Pra ser o superbacana Eu nasci pra ser o superbacana Superbacana Superbacana Superbacana Super-homem Superflit, Supervinc Superist, Superbacana Estilhaços sobre Copacabana O mundo em Copacabana Tudo em Copacabana Copacabana O mundo explode longe, muito longe O sol responde O tempo esconde

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Onde andarás (Ferreira Gullar e Caetano Veloso)

Onde andarás nesta tarde vazia Tão clara e sem fim Enquanto o mar bate azul em Ipanema Em que bar, em que cinema te esqueces de mim Enquanto o mar bate azul em Ipanema Em que bar, em que cinema te esqueces… Eu sei, meu endereço apagaste do teu coração A cigarra do apartamento O

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No dia em que eu vim me embora (Gilberto Gil e Caetano Veloso)

No dia em que eu vim-me embora minha mãe chorava em ai Minha irmã chorava em ui e eu nem olhava pra trás No dia que eu vim-me embora não teve nada de mais Mala de couro forrada com pano forte brim cáqui Minha avó já quase morta, minha mãe até a porta Minha irmã

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Clarice

Há muita gente Apagada pelo tempo Nos papéis desta lembrança Que tão pouca me ficou Igrejas brancas Luas claras nas varandas Jardins de sonho e cirandas Foguetes claros no ar Que mistério tem Clarice Que mistério tem Clarice Pra guardar-se assim tão firme, no coração Clarice era morena Como as manhãs são morenas Era pequena

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Um dia

Como um dia numa festa Realçavas a manhã Luz de sol, janela aberta Festa e verde o teu olhar Pé de avenca na janela Brisa verde, verdejar Vê se alegra tudo agora Vê se para de chorar Abre os olhos, mostra o riso Quero, careço, preciso De ver você se alegrar Eu não estou indo-me

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Cajuína

Existirmos: a que será que se destina? Pois quando tu me deste a rosa pequenina Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina Do menino infeliz não se nos ilumina Tampouco turva-se a lágrima nordestina Apenas a matéria vida era tão fina E éramos olharmo-nos intacta retina A cajuína cristalina em

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Terra

Quando eu me encontrava preso na cela de uma cadeia Foi que vi pela primeira vez as tais fotografias Em que apareces inteira, porém lá não estavas nua E sim coberta de nuvens Terra, Terra, Por mais distante o errante navegante Quem jamais te esqueceria? Ninguém supõe a morena dentro da estrela azulada Na vertigem

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Sampa

Alguma coisa acontece No meu coração Que só quando cruzo a Ipiranga E a Avenida São João… É que quando eu cheguei por aqui Eu nada entendi Da dura poesia Concreta de tuas esquinas Da deselegância discreta De tuas meninas… Ainda não havia para mim Rita Lee A tua mais completa tradução Alguma coisa acontece

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Um Sonho

lua na folha molhada brilho azul-branco olho-água, vermelho da calha nua tua ilharga lhana mamilos de rosa-fagulha fios de ouro velho na nuca estrela-boca de milhões de beijos-luz lua fruta flor folhuda ah! a trilha de alcançar-te galho, mulher, folho, filhos malha de galáxias tua pele se espalha ao som de minha mão traçar-lhe rotas

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Sozinho

Às vezes, no silêncio da noite Eu fico imaginando nós dois Eu fico ali sonhando acordado, juntando O antes, o agora e o depois Por que você me deixa tão solto? Por que você não cola em mim? Tô me sentindo muito sozinho! Não sou nem quero ser o seu dono É que um carinho

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