Fonte de mel
Nos olhos de gueixa
Kabuki, máscara
Choque entre o azul
E o cacho de acácias
Luz das acácias
Você é mãe do sol
A sua coisa é toda tão certa
Beleza esperta
Você me deixa a rua deserta
Quando atravessa
E não olha pra trás
Linda
E sabe viver
Você me faz feliz
Esta canção é só pra dizer
E diz
Você é linda
Mais que demais
Vocé é linda sim
Onda do mar do amor
Que bateu em mim
Você é forte
Dentes e músculos
Peitos e lábios
Você é forte
Letras e músicas
Todas as músicas
Que ainda hei de ouvir
No Abaeté
Areias e estrelas
Não são mais belas
Do que você
Mulher das estrelas
Mina de estrelas
Diga o que você quer
Você é linda
E sabe viver
Você me faz feliz
Esta canção é só pra dizer
E diz
Você é linda
Mais que demais
Você é linda sim
Onda do mar do amor
Que bateu em mim
Gosto de ver
Você no seu ritmo
Dona do carnaval
Gosto de ter
Sentir seu estilo
Ir no seu íntimo
Nunca me faça mal
Linda
Mais que demais
Você é linda sim
Onda do mar do amor
Que bateu em mim
Você é linda
E sabe viver
Você me faz feliz
Esta canção é só pra dizer
E diz
Letra Composta por: Caetano Veloso
Melodia Composta por:
Álbum: Uns
Ano: 1983
Estilo Musical:
Olá..Estou fazendo uma análise sobre a letra dessa canção..na verdade é um paralelo sobre a letra e a imagem da mulher que a letra passa… gostaria de saber se alguém sabe algo que esteja subtendido na composição de : Você é linda? Pois a única interpretação que tive é a exautação da mulher, da beleza da força..
Beijão
esta musica é uma canção de amor o trovador ou seja o cantante assume o eu lirico masculino ou seja é o homen quem fala é cativo enlouquecido sofredor idealiza a mulher pelas qualidades físicas (beleza), morais(bondade, lealdade)e sociais ( falar bem, de grande valor), expressa a dor amorosa do trovador por amar uma mulher inacessível e a quem rende vassalagem amorosa, o cenário é a natureza.
espero ter ajudado se quiser mande a resposta da sua pesquisa ok.
ana
Disse tudo, Ana. É isso mesmo.
Bem, ao contrario do que muitos pensam essa música tem uma incrível historia, que poucos conhecem, a música fez muito sucesso e ficou frequentemente na boca e na mente dos brasileiros, mais realmente oque caetano queria demonstrar?
No show de caetano veloso, enquanto ele cantava ele prenunciou um trecho da música dizendo “Onde Voçê mora” Neste instante apareceu uma fã e gritou “ONDINA” logo após ele prosseguiu com a música dizendo “Como é seu nome” Neste momento a mesma fã gritou Cristina” Numa incrivel coincidência Caetano encontrou cristina quando estava conversando com os amigos, ele gritou Cristina! Cristina! Ela veio até ele porem hesitou envergonhada e atravessou a rua correndo Daí o trecho da música “Você me deixa a rua deserta
Quando atravessa”
Cristina era loira e muito bonita!
Daí a representação de caetano
“Fonte de mel
Nos olhos de gueixa
Kabuki, máscara
Choque entre o azul
E o cacho de acácias
Luz das acácias
Você é mãe do sol”
Cristina era mais nova que caetano veloso
Daí ele quis presenteá-la com a música
intencionando mexer com as emoções dela!
“Esta canção foi só pra dizer me Diz”
Eu frequentei algumas festas em Santo Amaro da Purificação e fui umas dez vezes em festas no famoso quintal de D. Canô. Os 16 de setembro, aniversário dela, os Ternos de Reis, as Festas da Purificação, etc. Eu tive a sorte de ficar amigo de um dos melhores amigos de Caetano. Antônio Nunes estudou a escola primária na mesma sala de aula com Caetano Veloso. Todos os irmãos de Caetano tem dois “LL” no velloso. Só Caetano tem um por erro de cartório na certidão de nascimento. Essa música é uma grande pérola do cancioneiro brasileiro. A grande genialidade dessa música, além de citar o sexo de Cristina em ” .. a sua coisa é toda tão certa, beleza esperta…” Foi Caetano (ele mesmo me disse, senão, jamais saberíamos, nós ouvintes), ter colocado dentro da música, o apelido de Cristina. É simplesmente genial. Aos 00:02:40 dois minutos e quarenta segundos, na gravação original, o backing-vocal feminino diz: ” Cris” onde deveríamos ouvir diz quando Caetano canta ” …essa canção é só pra dizer e diz…”
Esta letra me pegou de surpresa durante uma viagem na estrada…
De forma epifânica veio a LUA em minha mente.
Quem é linda? Quem deixa a rua deserta quando atravessa? a Lua.
A Lua é forte, mãe do Sol, usa máscaras, etc…
A Lua é linda e inpira o amor de todo poeta.
Sim! O interlocutor, na minha leitura, é a LUA. Caetano, nessa canção , revela um sujeito lírico que se reporta à Lua.”Choque entre o azul e o cacho de acácias” “Luz das acácias” “Você é mãe do sol”. Considerando que cacho de acácias e luz das acácias são dois elementos que compõem uma metáfora para SOL, podemos conceber que o choque entre o azul – metáfora de Céu – e o Sol é justamente o elemento que falta na tríade Céu, Sol e Lua. Agora, se quiser saber porque cacho de acácias e luz das acácias podem compor a metáfora de Sol, pesquise sobre as acácias.
Eu penso igual. Só faltou ele falar G.: A.: D.: U.:
No meu modo se interpretar já foi bastante diferente
Para mim,nessa estrofe,ele descreve as características de uma asiática!
ola. ouvi dizer que o que ele canta é para iemanja. observe esse blogue: http://musicariabrasil.blogspot.com/2010_02_01_archive.html
Ei amigo to com uma duvida eu poderia caracterisar essa canção você é linda em Descritiva por descrever a belesa feminina?
mas q tipo de Descritiva – Subjetiva ou Objetiva. tem como vocês me ajudarem presiso disso com urgencia para hj dia 12/04/11. Por favor me ajudem envie para o meu Email: [email protected]
ou [email protected]
Identificar o que Caetano quis falar com essa música, é quase que sobrenatural. Mas, arisco-me em dizer, que próximo à Lagoa do Abaeté em Salvador, havia um travesti japonês que chamou a atenção dele. E pelo que parece ele teve um caso ao dizer na música ” a sua coisa é toda tão certa “, ” ir no seu íntimo, nunca me faça mal”. também diz que quando ele ou “ela” passava a rua ficava deserta, pois todos só olhavam para ela. E esse encontro ocorreu em um carnaval. E no refrão não o condena a homosexualidade ao dizer: “você é linda e sabe viver”
A célebre frase: “Você me deixa a rua deserta quando atravessa e não olha pra trás”, nada mais é que uma referência figurada à masturbação masculina. A rua fica deserta porque todos os homens correm para sua casa para masturbar-se. Embora pareça uma explicação sexualmente pejorativa, Caetano com toda a sua genialidade, apenas alude ao imaginário sexual machista do homem.
Não concordo com o que disseram sobre masturbação, no trecho “Você me deixa a rua deserta
Quando atravessa
E não olha pra trás”
quer dizer que ele só tem olhos pra ela, não vê mais ninguém; ele fica esperando que ela o note, mas ela continua andando sem se importar com seu admirador.
Se minha memoria não me trai, num clipe antigo aparecia uma loirinha lindinha com as letras “Cristina Mandarino”, e o Caetano num trecho dizia “Cris”. Isso parece bater com a informação dada pelo Thiago. E acho que tinha carinha ligeiramente japonesa (índia?).
Este site confirma isso:
http://glamurama.uol.com.br/materia_reformer-41449.aspx
Em outros se diz que Caetano declaro que ela tambem inspirou “O Quereres”.
acho que o caetano superou com essa mussica, é uma musica linda, para quem toca e para quem ouve, não tem nada de sexualidade ou homoxessualismo, é feita para enaltecer uma mulher, bela, sensual, que encanta e deixa o coração apaixonado de um homem a rua deserta, quando a busca sem poder toca-la . valeu a musica é linda para mulheres lindas comoa minha.
nesse trecho :
“Fonte de mel
Nos olhos de gueixa
Kabuki, máscara
Choque entre o azul
E o cacho de acácias
Luz das acácias
Você é mãe do sol”
o uso do sinestesia como Figura de Linguagem e perfeito … so o caetano e outros poucos cantores no brasil fazem musicas de verdade !!!!!!
Até agora ninguém disse o q essa musica remete.
Essa música fala sobre a fotossíntese:
“Gosto de ver
Você no seu ritmo
Dona do carnaval
Gosto de ter
Sentir seu estilo
Ir no seu íntimo
Nunca me faça mal”
Essa parte fala sobre o processo do anabolismo, em que a planta acumula energia a partir da luz.Assim como o trecho a seguir:
“E o cacho de acácias
Luz das acácias
Você é mãe do sol”
Bem, analisei alguns comentários sobre essa célebre canção e não concordo com algumas análises, principalmente Fernanda (Comentário by Fernanda — 18 de abril de 2012) e Josenilton (Comentário by Josenilton — 26 de novembro de 2011). Alias, a ultima analise foi muita inadequada. Mas, gostei dos comentários de Thiago (Comentário by Thiago— 20 de setembro de 2010) entre outros.
Creio que o autor utilizou excelentemente figuras de linguagem entre LUA, a MOÇA, porque não dizer `CRIS`, e também JANAINA ou IEMANJÀ como preferirem.
Digo a moça porque se realmente houve o ocorrido, ele a exalta, mas se não houve, ele exalta uma mulher de beleza incomum, como Vinicius de Moraes também fez.
Refiro-me a Iemanjá quando ele fala: “Você é mãe do sol” e “Onda do mar do amor que bateu em mim”. Isso pode ser percebido pela historia de Inaê, dona do mar e do amor das pessoas da Bahia, principalmente do cais, relacionando com as ondas do mar que é o local onde ela mora. Quando me refiro a Lua… acho que não preciso proferir nada a respeito não é mesmo? Mas se por ventura quiserem, mande mensagens.
Gosto de ver
Você no seu ritmo
Dona do carnaval
Gosto de ter
Sentir seu estilo
Ir no seu íntimo
Nunca me faça mal
este trecho demostra o carisma contagiante no andar , no olhar impressionar até a maneira de se vestir. mostra que mesmo que seja um travestir
ele consegue ver a alma feminina dentro do homem um verdadeiro monalisa.
VOCÊ É LINDA
Fiz para uma menina chamada Cristina, de quem eu gostei muito intensamente na Bahia, nos anos 80, e que morava defronte à minha casa, do outro lado da rua, em Ondina. É uma canção bem romântica.
Explicação dada por Caetano.
Discordo da ideia da música fazer uma referencia a masturbação, pois o fato da mulher passar pela rua, e ela ficar deserta, na minha opinião significa que quando ela passa, é como se nao houvesse mais ninguem na rua, só ela, pois só ela importa.
Esse site conta a história da música.
https://glamurama.uol.com.br/reformer-41449/
Essa reportagem da revista Época conta a história dessa música e de outras do Caetano:
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR61227-5856,00.html
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR61227-5856,00.html
Leia comentários de Caetano Veloso sobre suas músicas
Trechos do livro ‘Sobre as Letras’, de Caetano Veloso
AMERICANOS
Nunca chegou a ser uma canção. Não é um ‘rap’. Nem mesmo na medida em que ‘Haiti’ e ‘Língua’ são raps. Trata-se apenas de uma série de anotações que tomei para talvez fazer urna música. Nunca decorei sequer: eu lia as palavras em uma folha de papel no show Circuladô. Mas acho que, relendo hoje, ela representa muita esperteza nas observações da história sendo vivida.
BABY
Foi a primeira música a usar a expressão baby. Além disso, trazia uma frase em inglês, um tipo de coisa que começou a ser feita mais adiante. Houve momentos em que me arrependi desses artifícios, mas noutras ocasiões me senti orgulhoso de, naquela fase, ter sido meio pioneiro. Depois, quando chegamos ao ápice disso tudo, a ponto de um grupo como o Sepultura compor e cantar em inglês, achei maravilhoso, acabou-se qualquer problema.
BELEZA PURA
Tem uma referência direta à canção do Elomar, que eu adoro, que fala ‘viola, alforria, amor, dinheiro não’. ‘Beleza Pura’ é uma saudação ao início da ‘tomada’ da cidade de Salvador pelos pretos. Ela sempre foi uma cidade com muitos pretos mas, até os anos 70, eles ficavam mais ou menos ‘nos seus lugares’: puxadores de rede, de xaréu, tocadores de candomblé, pescadores, vendedores de acarajé, todos muito nobres, bonitos, mas cada um no seu lugar tradicional. E, nos anos 70, em grande parte por influência do movimento negro nrte-americano e sul-africano, mas também por desenvolvimento do mundo e do Brasil, os pretos tomaram conta da cidade da Bahia de outra maneira, e ‘Beleza Pura’ é uma saudação ao início desse acontecimento. Eu sempre estive ligado às origens dessas coisas, por isso jamais poderia sentir a antipatia que os pretensiosos do centro tinham com relação à axé music. Sem falar em ‘Atrás do Trio e Elétrico’, de anos antes.
DESDE QUE O SAMBA É SAMBA
Fiz para Gil e eu gravarmos no Tropicália 2. É uma celebração, um samba sobre o samba. Gosto muito da idéia de que ‘o samba ainda não chegou, o samba ainda vai nascer’, porque é uma coisa que está no João Gilberto e que é completamente oposta à posição dos protecionistas que defendem uma espécie de reserva indígena do samba. Nessa canção o samba é um projeto de Brasil, e eu gosto disso.
Recebi um grande presente na vida, que foi o João Gilberto chegar a gravar esse samba. Isso parecia impossível porque o João sempre esteve vacinado contra esse tipo de samba, que tem muitos cacoetes, que tem pinta de clássico, instant classic, cuja intenção vê-se logo. O João nem gosta muito de Noel Rosa, embora tenha gravado divinamente o ‘Palpite Infeliz’, uma canção de que ele gosta muito, que é do Noel sozinho. Mas, na época da Bossa Nova, nem falava em Noel, o que era uma atitude violenta. E isso eu sempre entendi confrontando as músicas de Wilson Batista, Herivelto Martins, Geraldo Pereira e Assis Valente com as dele, que são intencionais, cuja idéia inteligente e o propósito de fazer uma coisa interessante percebe-se nelas imediatamente. Além disso, ele ficou na moda como compositor célebre, autor de letras geniais, no final dos anos 40, nos anos 30, quando o João já estava pronto, sem que o Noel tivesse feito parte da formação dele. O João se aproximou de ‘Desde que o Samba é Samba’ por um caminho enviesado. Disse-me que nunca tinha escutado a música, mas, na verdade, talvez tivesse sim, fisicamente. O que ele queria realmente dizer é que não tinha ouvido nada de especial naquele samba; mas a Paulinha, minha mulher, disse a ele que o samba era bonito, e que ele devia gravá-lo; ele deve ter pensado que a Paulinha talvez tivesse razão e quem sabe a canção tivesse mesmo algo interessante. Deve ter procurado alguma coisa no samba e, depois, me apareceu com aquilo! Disseram que eu produzi o disco em que ele gravou a música, mas, na verdade, não produzi nada, eu apenas ia com ele para o estúdio. E o certo é que ninguém produz o João: na hora em que ele chega, canta o que quer; depois muda; não canta as coisas que a gente pede, embora diga que sim, que vai cantar; depois… E ele é um doce no estúdio, é engraçado, é complicado, fica agoniado porque já gravou e tem medo de como tudo vai ser mixado, como se não quisesse, de fato, que as gravações tivessem um fim. É uma coisa muito complexa. No entanto, ele gravou o ‘Desde que o Samba é Samba’. Isso para mim foi um presente inestimável. Ele fez uma coisa linda e o samba só então ficou sendo realmente o que as pessoas diziam – e que parecia uma idéia cafona: um clássico.
HAITI
Aqui, como em ‘O Cu do Mundo’, aparece uma visão da sociedade brasileira como mera degradação da condição humana. Claro que essas cenas de pesadelo surgem em mim num contexto de permanente preocupação com a idéia de Brasil. Tenho repetido que gostaria de que compositores e cineastas brasileiros precisassem cada vez menos tomar o Brasil como tema principal. Sempre que penso isso, as canções de letras mais pessimistas me parecem mais desculpáveis do que as outras. No caso de ‘Haiti’, acho que a abordagem da forma ‘rap’ em diapasão diferente, a força das imagens, o pioneirismo de explicitar a não-aceitação do massacre dos 111 presos do Carandiru, em suma, o fato de eu ter me antecipado aos melhores músicos e poetas do hip-hop nacional que vieram a atuar nos anos 90 são razões para eu gostar especialmente dessa composição. Ela foi feita para ser cantada com Gil no disco Tropicália 2 e inspirada por situação vivida numa festa do Olodum no Pelourinho. Fiz toda a letra e a música do refrão, inclusive a relação tonal entre o refrão e a harmonia que acompanha as estrofes. Gil criou o ‘riff’ de violão que vai sob as palavras.
ITAPUÃ
É sobre mim e Dedé, por isso eu chamei Moreno pra cantar comigo na gravação. Essa música me emociona, muitas vezes eu cantava e chorava.
MENINO DO RIO
Fiz por encomenda da Baby Consuelo, que me pediu uma música para ela cantar para um cara que ela achava bonito, o Peti. Ele, um surfista aqui do Rio, era muito meu amigo, visitava muito a gente, andávamos juntos, íamos ao cinema. Ele foi lá em casa um dia, e enquanto conversávamos me lembrei do pedido da Baby. Eu estava com o violão e fiz a música assim, conversando com o Peti e com Dedé na sala, cantando baixinho, só pra mim mesmo, e ficou pronta ali, em poucos minutos. Então mostrei à Baby, que adorou e gravou. Eu gravei também, porque mostrei aos músicos da minha banda e eles adoraram.
O LEÃOZINHO
Fiz para o contrabaixista Dadi, um amigo que eu adoro. Ele é lindo, e nessa época ele era novinho, era lindíssimo. Ele é de Leão, assim como eu.
O QUERERES
A estrutura é tirada de cordel. Mas também tem um pouco de ‘It Ain’t Me, Babe’, de Bob Dylan, que diz: ”it ain’t me you’re lookin” for, babe’. Lá é diferente, mas alguma coisa em ‘O Quereres’ lembra esse tema, do homem que fala para a mulher: ‘eu não estou onde você quer’.
ONDE O RIO É MAIS BAIANO
Durante muitos anos seguidos, Jamelão foi à festa de Iemanjá, em Salvador, no Rio Vermelho. Ficava em pé nas pedras, todo de branco, jogava flores, acompanhava o ritual. Eu era garoto ainda, e o via ali. Todo mundo sabia quem era. Diziam: ‘Jamelão…’. Mas ninguém importunava. Eu gostava de ver aquele homem, que parecia uma entidade.
UM ÍNDIO
Essa canção me deixa orgulhoso por eu ter posto na letra o nome de Bruce Lee, naquela altura, e rimando com Muhammad Ali, Peri, Filhos de Ghandi. Para mim, isso vale na música.
VACA PROFANA
Estava na Europa e, atendendo a um pedido de Gal, fiz essa canção de refrões mutantes que são difíceis de memorizar. Na verdade é também uma canção sobre Gal. Ou melhor: procura dialogar com a persona pública de Gal. Tem muitas sacações bacanas.
VOCÊ É LINDA
Fiz para uma menina chamada Cristina, de quem eu gostei muito intensamente na Bahia, nos anos 80, e que morava defronte à minha casa, do outro lado da rua, em Ondina. É uma canção bem romântica.
Acredito que na frase: “Você me deixa rua deserta Quando atravessa e nem olha pra trás” Ele quis expressar a sensação de não sentir medo da solidão.
Um professor me disse que era uma referência a Iracema de José de Alencar