Caminhando contra o vento
Sem lenço e sem documento
No sol de quase dezembro
Eu vou...
O sol se reparte em crimes
Espaçonaves, guerrilhas
Em cardinales bonitas
Eu vou...
Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes, pernas, bandeiras
Bomba e Brigitte Bardot...
O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia
Eu vou...
Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores vãos
Eu vou
Por que não, por que não...
Ela pensa em casamento
E eu nunca mais fui à escola
Sem lenço e sem documento,
Eu vou...
Eu tomo uma coca-cola
Ela pensa em casamento
E uma canção me consola
Eu vou...
Por entre fotos e nomes
Sem livros e sem fuzil
Sem fome, sem telefone
No coração do Brasil...
Ela nem sabe até pensei
Em cantar na televisão
O sol é tão bonito
Eu vou...
Sem lenço, sem documento
Nada no bolso ou nas mãos
Eu quero seguir vivendo, amor
Eu vou...
Por que não, por que não...
Por que não, por que não...
Por que não, por que não...
Por que não, por que não...
Comentários
Rogério
09/02/2013
‘L’ucy in the ‘S’ky with ‘D’iamond” dos Beatles não faz referência ao LSD! Os Beatles já desmentiram isso uma infinidade de vezes, dizendo ser apenas coincidência. E já assumiram diversas vezes músicas como I'M ONLY SLEEPING, SHE SAID SHE SAID e GOT TO GET YOU INTO MY LIFE entre outras fazem referência às drogas. Inclusive são músicas lançadas antes de Lucy in the sky with diamonds. Eles mentiriam sobre ela por medo de polêmicas? Não! John Lennon já disse q eram maiories q Jesus Cristo e Paul em entrevista assumiu o uso de divesas drogas. Ringo Star já disse que fumaram maconha no dia de receber a condecoração pela rainha da Inglaterra e John Lennon devolveu sua condecoração quando a Inglaterra entrou na guerra. Não seria o q disseram numa música q iriam esconder. Certamente eles não tinham nenhum medo de assumir o q faziam.
roberta
03/09/2012
alguem tira essa duvida,essa musica e mesmo caetano veloso????? sim ou nao.
Mª Alexandra M. Wanderley Melo
18/08/2012
Excelente análise sobre esse período que o brasil passou.
Lua
30/06/2012
http://www.claretianafm.com.br/podcast/?pod=191&cat=191#_=1341092071137&count=horizontal&id=twitter-widget-0&lang=en&original_referer=http%3A%2F%2Fwww.claretianafm.com.br%2Fpodcast%2F%3Fpod%3D191%26cat%3D191&size=m&text=Podcast%20-%20An%C3%A1lise%20Musical%20-%20Prof.%20Dr.%20Juscelino%20Pernambuco-%20Caetano%20Veloso%20-%20Alegria%2C%20Alegria&url=http%3A%2F%2Fwww.claretianafm.com.br%2Fpodcast%2F%3Fpod%3D191%26cat%3D191&via=claretianafm
Johann Alex de Souza
21/01/2012
Gostaria de acrescentar que na terceira estrofe, quando o autor diz: O sol nas bancas de revista, ele também está se referindo a um jornal alternativo que existia na época que se chamava o Sol.
Alexandre Castilho
25/12/2011
Bom, li todos os comentarios, e espero fazer uma sintese deles com o meu, e acrescentar mais algumas coisas: Caminhando contra o vendo sem lenço e sem documento no sol de quase dezembro eu vou... o autor, encontrando-se em um regime politico em que ja dava as caras de ser ditadura, ja manifestava a ideia de discordancia com a situação. "caminhando contra o vento" oferece a ideia de resistencia, o que ja introduz a posição do autor a respeito da politica. "sem lenço e sem documento". eram acessorios obrigatorios para se andar nas ruas, entao andar sem o lenço reforçava a ideia de resistencia e rebeldia, e o documento, seria para dificultar a sua identificação ao ser abordado pela policia. uma estrategia dos rebeldes do sistema politico. O sol se reparte em crimes Espaçonaves, guerrilhas Em cardinales bonitas Eu vou… Ele se refere nessa estrofe às pessoas que se manifestavam contra o regime e eram presas. o sol se repartia entre as grades da janela da prisao pra onde iam os que praticavam o crime de nao concordar com o regime politico. Espaçonaves na verdade sao os tanques de guerra que eventualmente circulavam as ruas como forma de opressão da ditadura. Em caras de presidentes Em grandes beijos de amor Em dentes, pernas, bandeiras Bomba e Brigitte Bardot… Agora, neste paragrafo, faz referencia aos Estados Unidos e sua cultura. Os EUA foram um dos paises que mais incentivaram a ditadura militar no Brasil, cujos motivos nao cabem à essa analise. Caras de presidentes: DOLARES. Grandes beijos de amor: marca registrada de filmes hollywoodianos que invadiam o brasil. Dentes, pernas, bandeiras: imagem nacionalista que os EUA pregavam, com propagandas com pessoas sorrindo, mulheres limpando casas enquanto maridos chegavam do trabalho. Era o tipico sonho americano (american dream). Bomba e brigitte bardot: referencia à ogivas nucleares dos EUA, e ao cinema, denovo. O sol nas bancas de revista Me enche de alegria e preguiça Quem lê tanta notícia Eu vou… Referencia à censura. O governo controlava todos os meios de comunicação e tudo que era divulgado ao povo. Sendo assim, o autor faz pouco do veiculo de comunicação, uma vez que ele é controlado pelo governo e mostra somente coisas positivas sobre o mesmo, nao servindo para qualquer pessoa que quisesse formar uma opinião imparcial sobre o que acontecia a sua volta. Por entre fotos e nomes Os olhos cheios de cores O peito cheio de amores vãos Eu vou Por que não, por que não… Agora o autor procura incentivar o ouvinte a resistir à ditadura em nome do que importa pra ele: as lembranças, de quando o brasil era diferente, as amizades, as alegrias que um futuro diferente traria, e as pessoas amadas. A ideia é se por contra o governo para defender essas causas, como incentivo. Ela pensa em casamento E eu nunca mais fui à escola Sem lenço e sem documento, Eu vou… Ainda procurando incentivar a população a se voltar contra a ditadura, o autor tenta mostrar que o cidadão nao precisa abdicar de sua vida (ela pensa em casamento... eu vou), e que o fato de a educação ser precaria no pais nao deveria ser motivo para a população achar que nao era capaz de realizar uma mudança no sistema. Eu tomo uma coca-cola Ela pensa em casamento E uma canção me consola Eu vou… Iniciando a finalização da musica, no primeiro verso dessa estrofe o autor mostra para a população que nao é necessario rejeitar a cultura importada dos EUA. No segundo verso, ele reforça a ideia de que o cidadão nao precisa realizar grandes sacrificios pessoais para se levantar contra o governo (embora o governo pudesse realizar verdadeiros estragos na vida dos cidadaos, a intenção do autor na musica é, tambem, mostrar que o cidadao pode fazer pequenos atos, de maneira a nao se prejudicar). O terceiro verso indica a tristeza que grande parte da população ja sentia em relação a situação em que estavam submetidos, e procura incentiva-los (novamente) a se animarem e procurar mudar o quadro nacional. Por entre fotos e nomes Sem livros e sem fuzil Sem fome, sem telefone No coração do Brasil… Como mensagem final, o autor procura, neste paragrafo, mostrar como o cidadão deve se levantar contra o estado: incentivado (primeiro paragrafo) ignorando a ausencia de educação, sem violencia, sem sacrificios a ponto de poder ser preso e passar fome, e comunicando-se sobre a rebeliao somente verbalmente, uma vez que telefones eram grampeados pelo governo. Ela nem sabe até pensei Em cantar na televisão O sol é tão bonito Eu vou… O autor, Caetano Veloso, mostra que ele ja havia cogitado a ideia cantar na televisao para melhor transmitir a mensagem. Porem, mostra que ele tinha a certeza de que se fizesse isso, seria preso. "o sol é tao bonito" mostra que ele ama a liberdade, e nao quer ver o "sol repartido" entre as barras da prisão. Sem lenço, sem documento Nada no bolso ou nas mãos Eu quero seguir vivendo, amor Eu vou… Os dois primeiros versos exemplificam o modo de ir para as ruas, protestar. Para que, se o rebelde for capturado pela policia militar, ele tenha o minimo de chances de ser identificado. O terceiro verso demonstra um sentimento tipico de quem quer mudar sua situação para poder ser feliz. "quero seguir vivendo, amor" é como se o autor se explicasse para alguem sobre o porque de estar envolvido em uma rebeliao, e o motivo é de nao aceitar aquela situação em sua vida. Para ele, aquilo não é vida. Por que não, por que não… Por que não, por que não… Por que não, por que não… Por que não, por que não… o "porque não" nao deve ser entendido como uma pergunta, e sim como uma resposta. Demonstrando que o autor Simplesmente nao aceita a situação do Brasil: uma ditadura militar autoritaria, violenta e repressiva. EM RESUMO: O autor encontra-se em um regime ditatorial no brasil, e com esta musica, procura conscientizar e incentivar a população a se rebelar e protestar contra o governo da época. Assim como muitas outras musicas de grandes artistas desse contexto. Obrigado, esta é a minha analise. Por Favor, comentem sobre ela (:
CLAUDIANE
06/12/2011
eu gostaria q fizeses comentario que esplicase o que a ditadura minlitar e a musica de caetano velozo tem a ver e para um trabalho de escola
Brenda Nunes
24/11/2011
Adorei a analise do internalta Fellipe A. Ferreira, concordo com tudo que ele diz, me foi de grande ajuda. obg.
geiici siilva
11/11/2011
muita lindo como um canto de luta e de verdade
ThalitaBas.
09/11/2011
Gostei muito de todos os comentários que vi. Muito obrigada!! Mas acho que Caetano compôs essa música em relação a ditadura.
mika_funkeera@hotmail.com
09/11/2011
JÁ É OBVIO QUE CAETANO VELOSO FEZ ESSA MÚSICA PARA PODER EXPRESSAR O QUE SE PASSAVA ALI, MESMO NÃO PODENDO FAZÊ-LO. NA MÚSICA ELE TRATA A FELICIDADE E A LIBERDADE COMO UM SONHO DISTANTE. UMA COISA MEIO PLATÔNICA. É COMO SE NESSA MÚSICA ELE ESTIVESSE EXPRIMINDO O SENTIMENTO DE TODOS QUE VIVIAM NAQUELA ÉPOCA...COMO FORMA DE REVOLUÇÃO SILENCIOSA, COMO TANTAS OUTRAS MÚSICAS EXISTENTES. PARA ANALISAR O TEXTO É NECESSÁRIO TER UMA ALMA ÍNTEGRA E SABER DISTINGUIR O QUE SE LEVA EM CONTA. COMO POR EXEMPLO NA PARTE EM QUE CAETANO CITA "CAMINHANDO CONTRA O VENTO SEM LENÇO E SEM DOCUMENTO" ELE PÕE O VENTO COMO O GOVERNO, A DITADURA EM SI... SEM LENÇO E SEM DOCUMENTO POIS NAQUELA ÉPOCA NÃO IMPORTAVA QUEM OU O QUE VOCÊ ERA ... SE FOSSE CONTRA AQUILO TUDO SERIA PRESO, CATIGADO, TORTURADO OU ATÉ MORTO
Luana
24/10/2011
EU QUERIA QUE ALGUÉM DISSESSE ALGO MAIS CLARO SOBRE A MUSICA E QUAL A SUA MENSAGEM?É PARA UM TRABALHO NO COLÉGIO?
sans
18/08/2011
Claro que um cantor e compositor como o Caetano jamais iria compor uma musica com todos os detalhes,principalmente se tratando daquela epoca de OPRESSAO,alguns trechos sao apenas para desviar a atencao dos opressores,os que sao realmente a ideia do que ele queria transmitir quem nao viveu aquela epoca tem que queimar MASSA CINZENTA.
Wender
07/07/2011
Por entre fotos e nomes Os olhos cheios de cores O peito cheio de amores vãos Eu vou Por que não, por que não… Esaa e a parte que eu mais gosto....pois mostra, uma coisa assim de esperança, de que tudo ficara bem....e enguanto alguns comentarios acima eu nao acho que quando o Caetano fez a musica nao ele nao estava doido, estava sim doidao pelas barbaridades que era cometida na epoca da Ditadura.... Parabens Caetano pela musica.
Rafael De Oliveira
04/07/2011
Lenço Sem Documento o cara era doidão usava uma droga lascada o começo da canção têm as iniciais de LSD lenço sem documento é uma mensagem subliminar
Fernanda
04/07/2011
Amei esta música de Caetano Veloso,que vem retratando um pouco do que muitas pessoas passaram na época da ditadura militar no Brasil;que está passando na novela Amor e revolução. Irei cantar a música ALEGRIA,ALEGRIA no festival de calouros da minha cidade no interior da Bahia,onde defenderei a música popular brasileira. Tchauuuuuu!!!!!!!!
ezequiel
19/05/2011
é mais ou menos com a ditadura
Murilo Serafim
06/03/2011
Caminhando contra o vento, pra mim faz menção ao clima de guerrília vivido, um tática para não se achado pelo cheiro por cães por exemplo. - Sem lenço sem documento, não podia ser identificado como alguém contra a ditadura. - Só uma opinião do que possa signficar esta letra, mas a música me intriga muito, bela música.
ANTONIO SILVEIRA
16/11/2010
NÃO PODEMOS ESQUECER QUE UMA MÚSICA, ENQUANTO TEXTO, PERTENCE AO GÊNERO LÍRICO, POÉTICO, LOGO, UM TEXTO ESSENCIALMENTE SUBJETIVO. ENQUANTO OBRA LITERÁRIA, NÃO PODEMOS ESQUECER TAMBÉM QUE O CONTEXTO HISTÓRICO É DE EXTREMA IMPORTÂNCIA NA CONSTITUIÇÃO DA MESMA. NESTE SENTIDO, ACREDITO MAIS QUE ESTA MÚSICA FAZ SIM REFERÊNCIA ÀS CONDIÇÕES DE VIDA IMPOSTAS PELA DITADURA. O MAIS FANTÁSTICO E MÁGICO (...nada no bolso ou nas mãos - ilusionismo dos mágicos). NESTA COMPOSIÇÃO É A MANEIRA COMO O AUTOR, CAETANO VELOSO, UTILIZOU OS RECURSOS LINGUÍSTICOS PARA BURLAR A CENSURA DA ÉPOCA. SOMENTE UM LEITOR EXTREMAMENTE COMPETENTE É CAPAZ DE ENCONTRAR OS PONTOS DE FUGA NO TEXTO E ATINGIR A VERDADEIRA MENSAGEM DE SUA COMPOSIÇÃO. UM VERDADEIRO "CÓDIGO DA VINCE".
kaynã das neves
26/10/2010
essa musica é um lixo Ñ fala nada de bom essa é a verdade dela !
MILLA
24/10/2010
Pra quem esta enterresado em pesqueisa sobre a musica aki e um otimo site ... Mais, aqui so fala de partes da musica. O legal mesmo seria o que cada pessoa acha da musica por completo...seria melhor analizarmos todos os comentarios, duvidas e etc, sobre cada opiniao. Facaria assim de enterdemos melhor.. Millaa
Sérgio Soeiro
22/09/2010
Géssica B. Achei sua análise muito boa e desejo parabenizá-la. Muito legal, mesmo. Quanto à observação sobre meu comentário, creio que houve um pequeno equívoco. Eu não disse que Caetano "se lixava para a Ditadura". Eu deixei claro que ele não estava interessado em ENGAJAMENTO político. Na minha opinião, a principal proposta da Tropicália era uma mudança de costumes. Ela propunha uma revolução a partir do comportamento das pessoas em busca de uma liberdade plena de pensamento. Ou seja, cada cidadão poderia ser o que desejasse, sem estar amarrado a qualquer tipo de "orientação" imposta pelo establishment. Abraços, e mais uma vez, Parabéns.
Géssica B.
21/09/2010
Contrária ao Sérgio Soeiro,não seria radical ao ponto de dizer que Caetano "pouco se lixava para ditadura".Ao debater sobre o movimento tropicalista ele mesmo disse das influências sofridas pelo contexto,aliás,como sofre o artista em geral.Porém,Caetano também não queria escrever política,não queria se prender a um tema.E "alegria,alegria" é bem essa liberdade,essa tirada de rótulos.A melodia é simples,mas em uma combinação muito bem elaborada com a letra.Gil descreve muito bem o texto neste fragmento:" em Alegria, Alegria as palavras com sentido de atualidade e interesse - guerrilha, Brigitte Bardot, coca-cola, caras de presidentes, espaçonaves - despertam e encaminham á percepção das pessoas para o sentido total das coisas que estão sendo ditas. E a familiaridade, o senso de participação na criação de Veloso tornam Alegria, Alegria, de repente, uma canção da consciência de toda uma classe-média urbana latino-americana".O tropicalismo,AlegriaAlegria,Caetano,Gil e muitos outros artistas querem ir muito além da crítica à ditadura!p
Dagoberto Sant'Anna
03/09/2010
Concordo com os comentários de Carlos Ferreira Viana de 04/08/10. Apesar de alguns trechos da letra ("caminhando contra o vento, sem lenço sem documento" ou "sem livros e sem fuzil") possam fazer referencia a situação política da época, o tom blasé utilizado pelo autor faz mais pensar num estilo de vida descontraido muito próprio da filosofia hippye que também vigorava naqueles tempos.Recentemente O próprio autor negou a referencia a LSD, embora tenha declarado que o usou e odiou. (famoso "tomei-te e Old Eight". O fato desta música ser considerada como o inicio do Movimento Tropicalista, deve-se provavelmente a clara antropofagia que o personagem realiza diante da banca de revista, absorvendo todas as sensações sem sentido de ordem ou importancia, sem julgar se os fatos estão ou não relacionados ao establishment ou ao dominio economico estrangeiro("eu tomo uma Coca-Cola , ela pensa em casamento")e a escolha de guitarras (Beat Boys) para acompanhá-lo, o que na época era visto como traição aos sentimentos de brasilidade que imperava na Bossa Nova e recente MPB.
claudio singer
31/08/2010
"eu vou, por que não? por que não?" isso é pelo direito de ir e vir... liberdade
Karoliny
30/08/2010
é eu não curto muito essas coisas mais tenho amigos que sim
airam soares
23/08/2010
Caetano só critica a sociedade e qualquer condicionamento, faz apologia a liberdade, até ao uso da droga, sem necessariamente "L"enço "S"em "D"ocumento, enfatiza o ócio e o desinteresse por tantos assuntos q não levariam a nada .Ele vai e pronto, pq não? Quem tem o direito de mudar seu caminho? Casamento pra q?, responsabilidade?, documento? Nada a ver com política, talvez mais com o movimento hippie.
carlos ferreira viana
04/08/2010
Concordo que a letra possa ter um duplo sentido, o primeiro criticando a ditatura,por que não as drogas(LSD) também. Mas, além dessa interpretação mais complexa existe uma muito mais simples e clara:A de um jovem que está chegando numa cidade pra tentar vida nova(sem nada no bolso ou nas mãos,sem telefone,no coração do Brasil) que está com a cabeça leve(coisa de jovem que tem alegria de viver), sem preocupações,numa tarde ensolarada e preguiçosa de dezembro.Esse jovem está caminhando, alegremente, sem pensar em nenhum tipo de problemas e se depara com uma banca de jornal, e com um Jornal que existia na época que se chamava "O SOL"L. Então o jovem despretensiosamente começa a ver as noticias do jornal:assuntos sobre politica(em caras de presidente), guerra(bombas), cinema(Brigitte Bardot), etc. Mas esse jovem se contrapõe as noticias que lê, e aos problemas do mundo e prefere encarar as noticias do sol como um passatempo(O sol nas bancas de revista Me enche de alegria e preguiça Quem lê tanta notícia Eu vou…)um passatempo que ele gosta(pois entre fotos e nomes seu peito se enche de amores), mas que não passa disso.Pra cada noticia que ele lê ele pensa nele mesmo apenas e não na noticia(Ela pensa em casamento, Eu bebo uma coca cola,eu nunca mais fui a escola,Ela nem sabe mas até pensei em cantar na televisão,etc) A moral dá letra está no fim:ele termina de ler o jornal volta a reparar no sol da tarde e continua seu caminho sossegado, e só quer viver alegre,cantando,e os problemas do jornal ele já deixou pra trás: "O sol é tão bonito Eu vou…,Sem lenço, sem documento ,Nada no bolso ou nas mãos Eu quero seguir vivendo, amor Eu vou… Por que não, por que não… Por que não, por que não… Por que não, por que não… Por que não, por que não… "
thiago silas leme
31/05/2010
concordo com os comentarios do felipe sobre o inicio da musica,acredito que todos os trechos onde ele cita o sol ele esteja falando do jornal o sol, uma homenagem ao jornal que atingia a todos como ja dis esse trecho da musica: O sol se reparte em crimes Espaçonaves, guerrilhas Em cardinales bonitas Eu vou… Em caras de presidentes Em grandes beijos de amor Em dentes, pernas, bandeiras Bomba e Brigitte Bardot… O sol nas bancas de revista Me enche de alegria e preguiça Quem lê tanta notícia Eu vou… pelo menos é como eu entendi
mana
22/05/2010
CAMINHANDO CONTRA O VENTO, SEM LENÇO , SEM DOCUMETO : ELE ESTA ATRAS DA LIBERDADE, DENTRO DA DITADURA MILITAR ;DDD
Professor Salmir
10/05/2010
Bem, li todos os comentários e concordo com muito do que foi postado aqui. Entretanto, a maioria dos comentários não esclarecem o quanto essa canção é complexa, uma vez que o poeta percebendo a repressão ditatorial teve de usar recursos literários para disfarçar o que realmente queria dizer, ou seja é claro que há nessa letra trechos que servem apenas de disfarce.Uma análise completa eu possuo, mas para postar aqui ficaria muito grande, então vou apenas expor alguns comentários sobre o que já foi dito: -É uma letra direcionada à situação política e social da época "Ditadura, Influência estrangeira etc." -o Trecho: "Caminhando contra o vento" foi bem interpretado pelo internalta Fellipe.A.Ferreira, mas quanto ao trecho "sem lenço sem documento..." não concordo com ele, pois andar sem documento era um tática dos reprimidos pela ditadura, enquanto os repressores perdiam tempo tentando identificar um que não portava documento vários outros reprimidos ganhavam tempo para serem informados e fugirem. -No trecho seguinte percebe-se o que eu já havia dito no início, sobre os recursos literários, o poeta joga um verso meio vago(1) e lança outro aparentemente mais claro que dá o ar de romântico(2), para tirar o foco dos manifestantes com cartazes e fotos de presidentes enaltecidos ou discriminados pela sociedade(1). Em "dentes, pernas, bandeiras (3)" significam respectivamente: coragem para manifestar, fuga da repressão e mais uma vez faixas ilustradas ou escritas penduradas em forma de bandeiras. (1) "Em caras de presidentes (2) Em grandes beijos de amor (3) Em dentes, pernas, bandeiras Bomba e Brigitte Bardot…" Espero ter contribuído com esse blog que merece um elogio pela iniciativa de reunir os pensamentos evoluídos de poucos que se interessam pela história do nosso país.
Professor Salmir
10/05/2010
Bem, li todos os comentários e concordo com muito do que foi postado aqui. Entretanto, a maioria dos comentários não esclarecem o quanto essa canção é complexa, uma vez que o poeta percebendo a repressão ditatorial teve de usar recursos literários para disfarçar o que realmente queria dizer, ou seja é claro que há nessa letra trechos que servem apenas de disfarce.Uma análise completa eu possuo, mas para postar aqui ficaria muito grande, então vou apenas expor alguns comentários sobre o que já foi dito: -É uma letra direcionada a situação política e social da época "Ditadura, Influência estrangeira etc." -o Trecho: "Caminhando contra o vento" foi bem interpretado pelo internalta Fellipe.A.Ferreira, mas quanto ao trecho "sem lenço sem documento..." não concordo com ele, pois andar sem documento era um tática dos reprimidos pela ditadura, enquanto os repressores pediam tempo tentando identificar um que não portava documento vários outros reprimidos ganhavam tempo para serem informados e fugirem. -No trecho seguinte percebe-se o que eu já havia dito no início, sobre os recursos literários, o poeta joga um verso meio vago(1) e lança outro aparentemente mais claro que dá o ar de romântico(2), para tirar o foco dos manifestantes com cartazes e fotos de presidentes enaltecidos ou discriminados pela sociedade(1). Em "dentes, pernas, bandeiras (3)" significam respectivamente: coragem para manifestar, fuga da repressão e mais uma vez faixas ilustradas ou escritas penduradas em forma de bandeiras. (1) "Em caras de presidentes (2) Em grandes beijos de amor (3) Em dentes, pernas, bandeiras Bomba e Brigitte Bardot…" Espero ter contribuído com esse blog que merece um elogio pela iniciativa de reunir os pensamentos evoluídos de poucos que se interessam pela história do nosso país.
Shriver_4', o rei da química !!!
20/04/2010
Caetano usa palavras como Brigitte Bardot, Cardinales (em referência à atriz ítalo-americana Claudia Cardinale) para fazer referência à cultura importada, ao cinema, à sétima arte.
Adriane Almeida
04/04/2010
A música “Alegria, alegria”, traz um olhar de caráter mais conformativo e positivo sobre a resistência a fortes convicções políticas de esquerda no contexto histórico do movimento contra cultural vivido no Brasil. Por ser uma canção usualmente concernida ao Tropicalismo, é de cunho revolucionário; no entanto, não é extremista, tal como uma série de artistas que eclodiram com a mesma ideologia; fadados à depressão, segregação e afins. Conterrâneos de Caetano, adeptos de uma mesma linha ideológica, os “Novos Baianos” - banda muito atuante na década de 70 - levantou o mesmo questionamento em sua música “Besta é tu”: “Por que não viver nesse mundo, se não há outro mundo?”, do álbum “Acabou Chorare” de 1972. Tal pensamento também é encontrado em forma de desejo, na música “Pedaço de mim” de Chico Buarque, onde o autor declara: “Oh metade exilada de mim; leva os teus sinais”. O sentimento de impotência diante de tantas controvérsias aos princípios de artistas simpatizantes ao Tropicalismo, faz da música um alívio e uma argumentação para a escolha do caminho mais moderado que a vida torna como o único viável para quem deseja viver com saúde. O que é expresso nos versos: “Os olhos cheios de cores, o peito cheio de amores vãos”. “Eu quero seguir vivendo, amor”, “Porque não?”. Cláudia Cardinale, atriz libertária com um posicionamento político sólido e figura muito conhecida da época – também por sua atuação em filmes de grande projeção e por sua aparência física – é citada na música de Caetano, evidenciando, ironicamente, a hipocrisia e a inutilidade do meio extremista de vida, em sua visão. Embora a imagem de desvincular-se de seus princípios ideológicos seja melancólica, Caetano Veloso a mostra não de uma forma triste, com lamentos e frustrações; mas sim, alegre, desde o título à seu último verso. Beeeeijos!
ELTON
27/02/2010
BOM PRIMEIRO ACHEI ESSA MUSICA INCRIVEL E SE NAO TIVESSE PESQUISADO NUNCA SABERIA QUE SE TRATAVA DE DITADURA.POR QUE SERA QUE CAETANO QERIA FALAR DE DITADURA OU POLITICA DE FORMA TAO DUBIA E ESCONDIDA SE NENHUMA CIDADAO COMUM ENTENDERIA?AXO QUE ESSA INTERPRETACAO PODE SER VERDADEIRA SIM , MAS NAO FAZ SENTIDO PARA MIM PELO FATO DE NAO SER UMA UMA ARMA CONTRA DITADURA JA QUE SAO VERSOS DIFICEIS DE ENTENDIMENTO.E ISSO QUE TORNA A MUSICA UMA ARTE CADA UM TEM SUA INTERPRETACAO!
Amy
24/12/2009
Como dizer que essa musica não tem nada à ver com a ditadura? Isso fica explicito a cada parágrafo, e quem disse que Caetano estava pouco se lixando para a ditadura? Essa foi a unica época de sua carreira em que Caetano lutava por um ideal, e esse era sim o fim da Ditadura civil-militar!
sofiaandressa
07/11/2009
eu quero saber sobre gentes que foram expulsas do brasil na epoca da ditadura e pq?
maiane
04/11/2009
por que antes era lsd e agora nao e mais?
caroliny stefhany silva santos
22/10/2009
Olááh eu gostaria de saber sobre o q a letra dessa musica fala? preciso pra fazer um trabalho...para o dia 22 de outubro por favor me respondem!
Ana Paula
01/10/2009
Alegria, alegria a música fala basicamente em ser um cidadão do mundo não de apenas um país, quando ele fala ''Sem lenço e sem documento'' de um mundo que n precise se identificar
cristina
16/08/2009
Essa música de Caetano é altamente política e veja porque: “O Sol nas bancas de revista, me enche de alegria e preguiça, quem lê tanta notícia...”. Ao ouvir a música “Alegria, Alegria”, de Caetano Veloso, nem sempre há uma lembrança do seu real sentido, o jornal-escola “O Sol”. E foi com o propósito de resgatar o significado deste veículo, modificador da vida de muitos, que, em 2004, Tetê Morais e Martha Alencar reuniram antigos amigos de profissão e, por meio de relatos inéditos sobre “O Sol”, lançado, em 1967, foi possível montar o documentário. A partir das relações entre personalida-des como Ana Callado, Reynaldo Jardim, Caetano Velosos, Gilberto Gil, Chico Buarque, Betty Faria, Ziraldo, entre outros, com o jornal, a história dá vez aos reprimidos para contar os fatos de uma época obscura. Relatos particulares se misturam com a situação política da época, o que forma uma rede de fatos, tornando o longa mais uma fonte de informação sobre acontecimentos da época.
fellipe.a.ferreira
03/04/2009
olá sergio,sumiu!? quando poder me manda um e-mail eu mandei um pra vc faz quase um mes.. quando puder me passa umas musicas valeu sergio,desculpa o encomodo é que suas analises sao muito boas. até mais
Sérgio Soeiro
03/04/2009
Sem desejar polemizar com a Lu, sinceramente, por tudo que já pesquisei sobre Caetano Veloso, tenho convicção que "Alegria, Alegria" não é uma música panfletária. Não é o perfil de Caetano. Caetano sempre declarou que seu trabalho nunca foi voltado diretamente à política partidária, mas, sim, à transformação da sociedade como um todo: aos costumes, à estética, visão humanitária, etc. Não à toa, quando sua música "É proibido proibir" foi vaiada na eliminatória do III FIC por uma platéia de estudantes altamente politizados, ele fez um discurso ferrenho contra todo o sistema. Alguns trechos do discurso: “Mas é isso que é a juventude que diz que quer tomar o poder?”. “Vocês não estão entendendo nada, nada, nada, absolutamente nada. Hoje não tem Fernando Pessoa. Eu hoje vim dizer aqui, que quem teve coragem de assumir a estrutura de festival e fazê la explodir foi Gilberto Gil e fui eu...”. “Vocês estão por fora...!” “Vocês são iguais sabem a quem? Àqueles que foram na Roda Viva e espancaram os atores! Vocês não diferem em nada deles, vocês não diferem em nada”. “Vocês estão querendo policiar a música brasileira”. “Gilberto Gil está comigo, para nós acabarmos com o festival e com toda a imbecilidade que reina no Brasil” “Nós, eu e Gil, tivemos coragem de entrar em todas as estruturas e sair de todas. E vocês? Se vocês forem, em política, forem como são em estética, estamos feitos!”. De qualquer forma, é apenas uma opinião. Abraços.
lu
29/03/2009
caminhando contra o vento quer dizer que caetano estava caminhando contra a ditadura sim. mostra que ele não tinha armas, não tinha lenço e nem documento, e mesmo assim lutava contra os anos de chumbo, lutava contra a ditadura, apenas usando a sua palavra.
Sérgio Soeiro
25/03/2009
Desculpe, felipe: Mas "Alegria, Alegria" foi composta antes de 1967, e o exílio de Caetano e Gil foi no período de 1969 a 1972, ok?
felipe
12/03/2009
Na minha opnião, "caminhando contra o vento" significa, quando ele foi expulso do país, caminhando contra o país de origem. "Sem lenço sem documento" é por que lenço antigamente era utensílio "obrigatório", como chapéu na década de 20,e sem documento, pq nem documento ele levou, foi sem nada.
Sérgio Soeiro
11/03/2009
Caro Felipe, prazer. Obrigado pelo comentário e não concordo quando você diz que a minha análise está mais embasada que a sua. Na verdade, Caetano não é um artista muito fácil de analisar, haja vista sua obra cheia de metáforas e dubiedades, ou seja, sua análise pode muito bem estar mais correta que a minha. quem saberá?... possivelmente só o caetano. Meu e-mail é: cbloe10@eln.gov.br. Se você desejar escrever para trocarmos idéias sobre músicas será um grande prazer. valeu.
fellipe
08/03/2009
sergio,prazer! valeu ai de acrescentar a sua ideia,nao discordo de nada que voce explicou e fica claro que voce tem um embasamento maoir do que eu,eu tenho apenas 17 anos e comecei a pegar esse gosto por musica agora. vc poderia passar seu e-mail pra gente trocar uma idéia? caso contrario,ja valeu ai..
Sérgio Soeiro
06/03/2009
Apenas a título de cooperação ao Fellipe; não creio que "Alegria, Alegria" faça alguma contestação à ditadura vigente na época. Na verdade, Caetano pouco se lixava para engajamento político. Sua "briga" com o establishment se restringia tão somente aos costumes, à estética, enfim, a tudo aquilo que ele achava "careta". Não à toa, durante este período arranjou grandes desafetos como Vandré e Gonzaguinha, estes sim, altamente engajados politicamente. Voltando à música, acho que ao contrário de uma crítica à ditadura, acho que o Caetano critica, sim, TODAS AS PESSOAS ENVOLVIDAS, sejam a favor ou contra a ditadura. Os versos mostram claramente um mosaico, uma grande mistura de todos os apelos pop da época: espaçonaves, bombas, Cláudia Cardinale, capas de revistas, coca-cola, etc, para mostrar que no meio de tudo isto, ele quer seguir sua vida usufruindo de tudo, curtindo tudo, inclusive o ócio ("o sol nas bancas de revistas, me enche de alegria e preguiça; quem lê tanta notícia?"). Enfim, Caetano quer mostar na sua obra que a Ditadura é uma grande bobagem, e as pessoas que pegaram em armas para lutar contra a mesma, também eram bobões e ele, "sem lenço, sem documento. Nada no bolso ou nas mãos queria apenas seguir vivendo o amor"... por que não?
Fellipe.A.Ferreira
04/03/2009
vamos lá ''caminhando contra o vento'' 1º porque caminhando?? o caminhar mostra a resistencia a ditadura,ele caminha ele nao marcha,ele nao aceita a ditadura. 2º contra o vento,porque contra o vento?? o vento é a ditadura,assim como o vento a ditadura vem forte e derrubando tudo,mas nao é pra sempre,um dia a ditadura passa...como o vento,o vento que ele caminha contra. ''sem lenço sem documento'' atençao! ''sem 'L'enço 'S'em 'D'ocumento'' LSD caetano mostra nesse verso que a liberdade dele nao é relacionada com as drogas,ao contrario de uma musica famosa dos BEATLES que em época de woodstock e ''sexo,drogas e rock'n roll'' faz uma alusao a essa mesma droga. a musica é '' 'L'ucy in the 'S'ky with 'D'iamond''. minha analise para por aqui,quem souber fazer o resto ou quiser corrigir a minha...por favor.