Um dia a areia branca
Seus pés irão tocar
E vai molhar seus cabelos
A água azul do mar
Janelas e portas vão se abrir
Pra ver você chegar
E ao se sentir em casa
Sorrindo vai chorar
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar
De um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade
De ficar mais um instante
As luzes e o colorido
Que você vê agora
Nas ruas por onde anda
Na casa onde mora
Você olha tudo e nada
Lhe faz ficar contente
Você só deseja agora
Voltar pra sua gente
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar
De um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade
De ficar mais um instante
Você anda pela tarde
E o seu olhar tristonho
Deixa sangrar no peito
Uma saudade, um sonho
Um dia vou ver você
Chegando num sorriso
Pisando a areia branca
Que é seu paraíso
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar
De um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade
De ficar mais um instante
Comentários
tifany
30/07/2014
a professora passou essa atividade foi muito bom é bem interessante
Erlon Andrade
09/03/2013
Fico velho e não aprendo tudo. Muito bacana saber dessa história.
Uemor
29/12/2012
Esta música foi feita para Caetano Veloso, mas para que o tal "rei" fosse visto como um cantor que também foi contra o regime militar. Afinal ele não tinha problemas com a ditadura porque possuía boa relação com os militares. Enquanto vários cantores se uniam contra a ditadura ele a apoiava. Não merece ser chamado de rei esse cantor filho da mãe.
Gidalva
13/10/2012
Eu me lembro dos exilados, eles sofriam muito, com ausência dos familiares e do País. O Roberto; sou muito Fã dele. Adorei esta homenagem feita para o Caetano, de quem sou também, muito Fã. Esta música registra uma época muito difícil de nossa história. Más, é um lamento uma homenagem aos lindos cabelos de Caetano.
Geraldo
29/06/2012
A Areia Branca citada na canção é uma referência a Lagoa de Abaeté, localizada em Salvador, Bahia.
Marcos
23/04/2012
Muito bonita essa musica! Debaixo dos Caracois dos Seus Cabelos fez muito sucesso, meu pai sempre cantava essa musica quando era mais novo. Um abraço!
lais araújo
10/11/2011
Esta letra não é do Caetano. É do Roberto Carlos! que a compôz como uma forma de ser solidário ao Caetano, que encontrava-se no exílio, em Londres, para onde fora deportado em 1969 pela Ditadura Militar. Caetano já havia composto para Roberto algumas músicas que se tornaram clássicos. Com o amigo em desgraça, resolveu fazer algo para homenageá-lo. Roberto nunca teve problemas com a censura, muito menos com a repressão militar. Então, como fazer um texto que fosse ao mesmo tempo engajado politicamente, e romântico, como sempre foram suas letras? a saída encontrada foi em nenhum momento citar o nome do Caetano, mas enfatizar sua marca registrada naquela época: seus enormes cabelos encaracolados (aliás, até pouco tempo atrás pouquíssimas pessoas tinham conhecimento que a saudosa personagem do poema era o Caetano, e não uma figura feminina, marca registrada do Roberto). A letra é bem simples e não foge às suas características. O legal está justamente no inusitado da coisa; o clima romântico da melodia nos faz imaginar que é a saudade de uma pessoa apaixonada pela ausência da outra, e não o protesto de um amigo solidário. E na estrutura da letra o Roberto procurou colocar justamente aquilo que o Caetano possivelmente mais sentia saudade na fria Londres: o mar da Bahia, o que só ajudou para fixar a marca dos famosos caracóis de Caetano. lais-dia-11/11/11 itumbiara
Gustavo Carneiro
21/09/2011
Desculpe o erro,Caetano Veloso ESTAVA exilado na época.
Gustavo Carneiro
21/09/2011
Muito bem representado o sofrimento de um grande homem,Roberto Carlos faz uma bela canção para Caetano,que esta exilado em Londres por um governo bruto,injusto e autoritário. Essa música é um grande simbolo para a nossa história.
Ana Maria
16/03/2011
A forma terna e até sensível com que é escrita a música não só retrata a situação dolorosa que os músicos viviam, mas tb a forte repressão que tirava a esperança, mas não a expectativa de mudança
EDILSON VELOSO
23/11/2010
ROBERTO CARLOS VISITOU CAETANO EM LONDRES DURANTE O EXÍLIO. NA VOLTA, ROBERTO FEZ A CANÇÃO QUE É HOMENAGEM A CAETANO VELOSO. QUANDO ELE CITA "um dia areia branca/seus pés irão tocar" REFERE-SE AS PRAIAS DO BRASIL.
Jonathan Lopes
04/10/2010
A forma que é descrito o sofrimento, e a solidariedade são pouco evidentes, o que era necessário por conta de um regime autoritário, que reprimia um gesto fútil que fosse da sociedade. A mania de controlar tudo, foi o que acelerou o processo de redemocratização do Brasil.
Hellen Santos
09/03/2010
Uma sacada maravilhosa de Roberto Carlos de mesmo camuflado seu romantismo em forma de protesto que sofri no seu exilio com saudades de sua patria de onde foi obrigado a deixar
Paulo Hellmann
12/08/2009
Apenas para deixar registrado que a ditadura não exilou o Caetano, ele simplesmente pediu para sair fugiu, não enfrentando como outros, os militares, seja através de armas ou outro modo. Marighela ficou, Lamarca ficou, Ulisses ficou e outros guerreiros que não fugiram à luta. Grandes covardes: Caetano e Gil
sérgio
05/09/2008
Esta letra não é do Caetano. É do Roberto Carlos! que a compôz como uma forma de ser solidário ao Caetano, que encontrava-se no exílio, em Londres, para onde fora deportado em 1969 pela Ditadura Militar. Caetano já havia composto para Roberto algumas músicas que se tornaram clássicos. Com o amigo em desgraça, resolveu fazer algo para homenageá-lo. Roberto nunca teve problemas com a censura, muito menos com a repressão militar. Então, como fazer um texto que fosse ao mesmo tempo engajado politicamente, e romântico, como sempre foram suas letras? a saída encontrada foi em nenhum momento citar o nome do Caetano, mas enfatizar sua marca registrada naquela época: seus enormes cabelos encaracolados (aliás, até pouco tempo atrás pouquíssimas pessoas tinham conhecimento que a saudosa personagem do poema era o Caetano, e não uma figura feminina, marca registrada do Roberto). A letra é bem simples e não foge às suas características. O legal está justamente no inusitado da coisa; o clima romântico da melodia nos faz imaginar que é a saudade de uma pessoa apaixonada pela ausência da outra, e não o protesto de um amigo solidário. E na estrutura da letra o Roberto procurou colocar justamente aquilo que o Caetano possivelmente mais sentia saudade na fria Londres: o mar da Bahia, o que só ajudou para fixar a marca dos famosos caracóis de Caetano.