Skip to main content

Segredo

Ele
Tinha tanto medo de sofrer que preferiu ficar sem ninguém
Mas na solidão sofreu por medo de sofrer por alguém

Tinha tanto medo mas o mundo viu esconder o medo é guarda-se da chuva no frio
Nunca ainda é cedo
Viver no vazio triste de quem guarda de alguém tudo o que sentiu

Ele
Tinha tanto peso que pensar era sentir-se refém
Desprezo a sí mesmo causa dor no outro também
Tentou manter segredo mas o mundo viu
Esconder o medo é guarda-se da chuva no frio
Nunca ainda é cedo
Viver no vazio
Triste de quem guarda de alguém tudo o que sentiu

Ela
Tinha tanto medo de sofrer que preferiu ficar sem ninguém
Mas na solidão sofreu por medo de sofrer por alguém
Tinha tanto medo mas o mundo viu esconder o medo é guarda-se da chuva no frio
Nunca ainda é cedo
Viver no vazio
Triste de quem guarda de alguém tudo o que sentiu

Ela
Tinha tanto peso que pensar era sentir-se refém
Desprezo a sí mesmo causa dor no outro também
Tentou manter segredo mas o mundo viu
Esconder o medo é guarda-se da chuva no frio
Nunca ainda é cedo
Viver no vazio
Triste de quem guarda de alguém tudo o que sentiu

Olha amor quero lhe falar
Eu pensei
Mas deixa pra lá

Desempena

Quando você se fartar
De viver mais ou menos
Vai ter menos tempo
Vai sair correndo
Vai lembrar de mim

Ô disciplicente
Não sente que o tempo
Te come de quatro e
Um quarto de tempo
É o que tens pra emplacar
Ou aplacar a dor

O tanto que eu te quero bem
É o tanto que eu brigo
E de tanto que eu brigo
Eu te obrigo a amar-se
A reinventar sonhos

Deixa de ser maluvido
Teu medo me deixa fudido
Coragem eu aprendi contigo
Bobagem é viver assim

Quando você se fartar
De viver mais ou menos
Vai ter menos tempo
Vai sair correndo
Vai lembrar de mim

Ô displicente
Não sente que o tempo
Te come de quatro e
Um quarto de tempo
É o que tens pra emplacar
Ou aplacar a dor

Sei que vontades opostas
Um oposto furado
Uma voz impostada
Um amor impostou
Veneno cura a dor

Para dispor essa pena
Desempena
Desempena
Desempena
Desempena
Desempena
Desempena
Desempena
Desempilha a pena
Empina tua vontade

Posso ir com você?
Arrumo teu mundo

Não te deixo aqui
Não me deixe assim
Não me deixe a fim
De se perder aqui
Assim, de mim

Não me deixe aqui
Não me deixe assim
Não me deixe a fim
Do fim, do fim

Não te deixo aqui
Não me deixe assim
Não me deixe a fim
De se perder aqui
Assim, de mim

Não me deixe aqui
Não me deixe assim
Não me deixe a fim
Do fim, do fim!

Não te deixo aqui
Não me deixe assim
Não me deixe a fim
De se perder aqui
Assim, de mim

Não me deixe aqui
Não me deixe assim
Não me deixe a fim
Do fim, do fim!

Quantos homens tem o mesmo nome

Como eu vim para aqui?
A fé que eu tenho em Deus vale tudo isso?

Pedi perdão
Até por coisas que eu não fiz
Pedi pra ir pro inferno

Vinte minutos esperando o engano
Vinte horas gritando
Vinte dias chorando
Como tudo muda em vinte anos!

Vodu de alguém-ninguém
Peleja infeliz
Corpo-baú de pragas

Quantos homens tem o mesmo nome?
Quanto são parecidos?
Quem são meus irmão e meus amigos?
Sumiram minha história, somaram meus castigos

Me roubaram de viver
Deram fim a minha luz
Otário etéreo ser!

Invólucro Caruaru

Não sou nenhum cascateiro
Invólucro Caruaru
Quem vê teu tecido solto
Que envolve esse povo
Envolve-se todo
Devolve esse encanto de novo

Transito no quinto dos bairros
Translado do lado de lá
No centro tem gente cadente
Que sente que se sente
Que se sente, que se sente
Que se sente, que se sente…

Decente!

Na feira que é desse tamanho
Sandália de couro pra andar
É um passa passa de gente
Quem vende? Quem mente?
Quem leva? Quem pega?
Quem sossega? Quem sossega?
Quem sossega? Quem sossega?

Quem?

Na velocidade

O que é que você sente quando olha
E não vê nada ao redor?
É que o sentimento passa
Na velocidade por você

E quando você olha e não vê o que acredita
Nem acredita no que vê
Seu sorriso mergulha no silêncio

É você não chega à tempo
Nem perde a chance de ser normal
E é tão diferente da decoração do ambiente

Eu te olho e você percebe
Alguma coisa estranha no meu olhar
Mas o sentimento passa
Na velocidade por você

São João do Carneirinho

Eu não sei
Quem deixou no varal todo céu
Pendurado no azul

Eu não sei
Quantas formas tem Deus
Quantos véus
Quantos anjos são seus

Eu não sei
Quem deixou no varal todo céu
Pendurado no azul

Eu não sei
Quantas formas tem Deus
Quantos véus
Quantos anjos são seus

Quantos andam nus?
Quantas luzes são?
Pra fazer São João do Carneirinho?

Tecem suas lãs
Nascem seus natais
Brincam nos quintais os passarinhos

Dentro dos olhos teus
Dentro dos olhos meus
Dentro dos olhos teus
Dentro dos olhos

Eu não sei
Quem deixou no varal todo céu
Pendurado no azul

Eu não sei
Quantas formas tem Deus
Quantos véus
Quantos anjos são seus

Eu não sei
Quem deixou no varal todo céu
Pendurado no azul

Eu não sei
Quantas formas tem Deus
Quantos véus
Quantos anjos são seus

Quantos andam nus?
Quantas luzes são?
Pra fazer São João do Carneirinho?

Tecem suas lãs
Nascem seus natais
Brincam nos quintais os passarinhos

Dentro dos olhos teus
Dentro dos olhos meus
Dentro dos olhos teus
Dentro dos olhos

Quantos andam nus?
Quantas luzes são?
Pra fazer São João do Carneirinho?

Tecem suas lãs
Nascem seus natais
Brincam nos quintais os passarinhos

Dentro dos olhos teus
Dentro dos olhos meus
Dentro dos olhos teus
Dentro dos olhos