Zé Ramalho

Avohai

Um velho cruza a soleira De botas longas, de barbas longas De ouro o brilho do seu colar Na laje fria onde coarava Sua camisa e seu alforje de caçador Oh meu velho e invisível Avôhai Oh meu velho e indivisível Avôhai Neblina turva e brilhante em meu cérebro coágulos de sol Amanita matutina e […]

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Chão de Giz

Eu desço dessa solidão Espalho coisas sobre um chão de giz Há meros devaneios tolos A me torturar Fotografias recortadas em jornais de folhas, amiúde… Eu vou te jogar Num pano de guardar confetes Disparo balas de canhão É inútil pois existe um grão-vizir Há tantas violetas velhas Sem um colibri Queria usar quem sabe

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