Esquadros

Eu ando pelo mundo
Prestando atenção em cores
Que eu não sei o nome
Cores de Almodóvar
Cores de Frida Kahlo
Cores!

Passeio pelo escuro
Eu presto muita atenção
No que meu irmão ouve
E como uma segunda pele
Um calo, uma casca
Uma cápsula protetora
Ai, Eu quero chegar antes
Prá sinalizar
O estar de cada coisa
Filtrar seus graus…

Eu ando pelo mundo
Divertindo gente
Chorando ao telefone
E vendo doer a fome
Nos meninos que têm fome…

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle…

Eu ando pelo mundo
E os automóveis correm
Para quê?
As crianças correm
Para onde?
Transito entre dois lados
De um lado
Eu gosto de opostos
Exponho o meu modo
Me mostro
Eu canto para quem?

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle…

Eu ando pelo mundo
E meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço
Meu amor cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado…

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle…

Eu ando pelo mundo
E meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço
Meu amor cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado…

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle…


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39 comentários em “Esquadros”

  1. Eu ando pelo mundo
    Prestando atenção em cores
    Que eu não sei o nome
    Cores de Almodóvar
    Cores de Frida Kahlo
    Cores!

    A CANÇÃO SE INICIA FALANDO DE UMA VISÃO DE MUNDO ESPECÍFICA, DO OLHAR QUE PRESTA ATENÇÃO EM TUDO MAS QUE SE FIXA NO QUE É COLORIDO E VIVO – AS CORES VIVAS DOS ARTISTAS CITADOS: ALMODOVAR NO CINEMA E FRIDA NA PINTURA. É UM OLHAR DE QUEM GOSTA DE ARTE, AÍ A CANÇÃO PARECE UM TANTO RECORRENTE (NO TEMA) NA OBRA DA ADRIANA, ONDE A ARTE (MÚLTIPLAS) TEM SEMPRE UM ESPAÇO RESERVADO.

    Passeio pelo escuro
    Eu presto muita atenção
    No que meu irmão ouve
    E como uma segunda pele
    Um calo, uma casca
    Uma cápsula protetora
    Ai, Eu quero chegar antes
    Prá sinalizar
    O estar de cada coisa
    Filtrar seus graus…

    NA SEGUNDA ESTROFE O “PASSEIO PELO MUNDO” JÁ NÃO É O ARTÍSTICO E SIM O FAMILIAR, O “ESCURO” FAZ COM O QUE A PERCEPÇÃO AUMENTE E A MÚSICA QUE O IRMÃO OUVE (IRMÃO = PROTEÇÃO, MÚSICA = SEGUNDA PELE) CRESÇA E ASSUMA SEU GRAU DE IMPORTÂNCIA PARA A AUTORA, COMO ALGO INERENTE E PERMANENTE.

    Eu ando pelo mundo
    Divertindo gente
    Chorando ao telefone
    E vendo doer a fome
    Nos meninos que têm fome…

    O ANDAR PELO MUNDO TAMBÉM TRAZ O COTIDIANO – CANÇÃO BIOGRÁFICA QUE NOS VERSOS FALA DO QUE ELA PERCEBE NO SEU DIA A DIA DE TRABALHO (Divertindo gente), PESSOAL (Chorando ao telefone) e SOCIAL (Os meninos com fome).

    Pela janela do quarto
    Pela janela do carro
    Pela tela, pela janela
    Quem é ela? Quem é ela?
    Eu vejo tudo enquadrado
    Remoto controle…

    OUTRA VEZ A ARTE E O COTIDIANO, desta vez urbano, se misturando: o esquadro do título está aqui emoldurando as janelas, as telas – referência a pintura (arte) e a tv (urbanidade)… o esquadro também no enquadramento de padrões e no que é controlado pela sociedade (o Grande Irmão, o sistema).

    Eu ando pelo mundo
    E os automóveis correm
    Para quê?
    As crianças correm
    Para onde?
    Transito entre dois lados
    De um lado
    Eu gosto de opostos
    Exponho o meu modo
    Me mostro
    Eu canto para quem?

    O “Andar pelo mundo” no apressado ritmo urbano que não deixa tempo para se saber onde vai ou fazer o que, o lúdico se perde. O verbo “transitar” brincando com o trânsito (onde se perdem os automóveis), transitar entre os opostos, transitar na exposição (subliminar da canção).

    Pela janela do quarto
    Pela janela do carro
    Pela tela, pela janela
    Quem é ela? Quem é ela?
    Eu vejo tudo enquadrado
    Remoto controle…

    Eu ando pelo mundo
    E meus amigos, cadê?
    Minha alegria, meu cansaço
    Meu amor cadê você?
    Eu acordei
    Não tem ninguém ao lado…

    Pela janela do quarto
    Pela janela do carro
    Pela tela, pela janela
    Quem é ela? Quem é ela?
    Eu vejo tudo enquadrado
    Remoto controle…

    Eu ando pelo mundo
    E meus amigos, cadê?
    Minha alegria, meu cansaço
    Meu amor cadê você?
    Eu acordei
    Não tem ninguém ao lado…

    Pela janela do quarto
    Pela janela do carro
    Pela tela, pela janela
    Quem é ela? Quem é ela?
    Eu vejo tudo enquadrado
    Remoto controle…

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  2. Nossa legal a interpretação, Sofia. Essa música embora belíssima sempre foi um mistério pra mim.
    Obrigado

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    1. MONICA RODRIGUES

      CLOVIS DE BARROS FILHOS, filósofo, cita essa canção colocada na vida dele como janelas de avião pois ele realmente viaja mundo afora para palestrar e dá cursos pelas telas e dessa forma literalmente está enquadrado nessa janela que faz parte do seu cotidiano. E também analisa a falta de tempo até para encontrar amigos, se divertir e relaxar mais, pois todos precisam de lazer. O cotidiano nos sufoca e nos atinge sem dó.

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  3. Penso que está canção fala da própria experiência de Adriana. “Eu ando pelo mundo?Divertindo gente/Chorando ao telefone/ E vendo doer a fome”. Fala da profissão da cantora que viaja pelo mundo vendo a pobreza, sente saudades de casa, e trabalha entretendo o público. Também pode-se notar isso quando ela fala das janelas, do mundo sendo visto enquadrado. No final, a conclusão que tiro é de uma sensação de solidão da cantora: “Meus amigos cadê?/…Não tem ninguém ao lado”

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  4. Legionário

    Relevante a última ponderação sobre Esquadros, música belíssima e que trás um a conotação de solidão em alguns momentos, más, que se faz paradoxal as cores na primeira instância… não que as cores retrate um momento feliz, afinal, músicas são feitas para serem sentidas e interpretada de acordo com a necessidade de cada um, só a compositora “conhece” a verdadeira representação para a mesma, interessante todas as observações, más, até quando torna-se uma projeção nossa em cada interpretação? (rsrs). De todo modo, agradeço a oportunidade de exteriorizar o que penso principalmente ao se tratar de uma música tão trabalhada e de grande referência, abraços.

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  5. Acho que vou ficar com a interpretacão do Lucas. Eh o que eu vejo na letra também. As vezes o artista fala simples, basta a gente entender. A visão de Sofia eh muito complexa. Talvez eu que seja burro demais…

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  6. Vânia Louise

    “Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro.”

    (Mário Quintana)

    é né..
    talvez se as pessoas lessem um pouco mais, ao menos o que o texto quer dizer pra si,conseguiriam distinguir,pois nem sempre o autor deixa explícito o real sentido do que escreve.Sendo assim,não haveria necessidade deste site existir!
    Fica aew galera,pra vc’s..

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  7. QUANDO ELA FALA EM CORES DE ALMODAVAR ELA QUER DISER QUE VE MUITAS PESSOAS TRISTE E COM PROBLEMAS, DA ARTISTA PLASTICA FRIDA.PASEIO PELO ESCURO, MAS PRESTANDO ATENÇAO NO QUE SEU IRMAO FALA, OS CALOS SAO OS PROBLEMAS DA SOCIEDADE MAIS CARENTES ELA DIS QUE QUER CHEGAR ANTES PARA ALERTAR O SEU PROXIMO, SENDO A CAPISSULA PROTETORA. QUANDO ELA FALA QUE ANDA PELO MUNDO DIVERTINDO JENTE E UMA QUESTOA PESSOAL: CANTANDO, MAS AO MESMO TEMPO CHORANDO AO TELEFONE COM SAUDADE DAS PESSOAS QUE NAO ESTAO COM ELA. E SENTIDO NA PELE AS PESSOAS QUE PASSAM POR NESCECIDADE .QUANDO A AUTORA QUER DISER PELAS JANELAS DO CARRO, DE CASA ELA VE TUDO EM QUADRADO NAO CONSEGUE VE UM MUNDO LINDO.OS ALTOMOVEIS CORREM PARA QUE? BRIGA DE TRANSITOAS CRIANÇAS ESTAO TENDO BOA EDUCAÇAO? ÉLAS CORREM PARA ONDE? PARA AS DROGAS MORAM NAS RUAS.QUANDO ELA FALA QUE TRANSITA EM DOIS LADOS SAO OS DOIS LADOS DA SOCIEDADE UMA COM ABASTANÇA E OUTRAS COM FOME DE TUDO EDUCAÇÃO S AUDE, SEGURANÇA, PORISSO QUE ELA DIS QUE ESTA DO LADO OPOSTO.DO MAIS FRACOS.AU ANDO PELO MUNDO E MEUS AMIGOS CADE? ELA DIS QUE ACORDOU PORQUE NAO TEMOS AMIGOS DE VERDADE PARA DESABAFAR.NA VERDADE E UMA SINTESE DA SITUAÇAO DO BRASIL E DO MUNDO QUE VISA MUITO O DINHEIRO, E MEUS AMIGOS CADE? ISTO ACONTEÇE TODOS OS DIAS, PESSOAS QUE SE DISEM AMIGAS MAS QUANDO PRESISAMOS DELA PARA CHORAR NO SEU OMBRO ESTAS FOGEM, SAO MERCENARIAS. SO VISAM INTERECE

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  8. A aoutora estava, dormindo, e no sonho estava querendo cosertar as coisas do cotidiano, a fome,e a miseria que assola o mundo.

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  9. “Cores de Almodovar e de Frida Kahlo”.
    Almodôvar cineasta que abusa de cores em seus filmes, alguns filmes com dramas bem pesados, o que contrasta com o colorido.
    Frida kahlo pintora mexicana: “Pensavam que eu era uma surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade.” A vida de Frida foi compostas por uma sucessão de tragédias, que ela transportou tudo para sua arte. Porém, otimismo de Frida era invejável, mesmo com os percalços percorridos pela artista, exaltava a vida, em seus quadros muito coloridos.

    “Transito entre dois lados
    De um lado
    Eu gosto de opostos”

    Adriana escreveu isso quando resolveu assumir a homosexualidade, é como se dissesse “de uma lado eu gosto de opostos, do outro gosto de iguais”.

    “Passeio pelo escuro
    Eu presto muita atenção
    No que meu irmão ouve
    E como uma segunda pele
    Um calo, uma casca
    Uma cápsula protetora
    Ai, Eu quero chegar antes
    Prá sinalizar
    O estar de cada coisa
    Filtrar seus graus…

    Adriana tem um irmão cego, por isso, ” Passeio pelo escuro”. Ela cuidava do irmão..

    Eram essas minha considerações.
    Abç!

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    1. Auana Siqueira

      Sabendo dessa informação sobre o irmão na última estrofe que citou, podemos dizer que ela veste uma segunda pele, cantando nao exatamente o que vem a mente, mas preocupada com O que o irmão vai ouvir. Seria isso? Se for, bacana tbm

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  10. Dificil saber o que Adriana quis dizer com essa letra já que não foi ela a autora da música e sim BELCHIOR. Podem consultar!

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  11. Alessandra

    Eu ando pelo mundo
    Prestando atenção em cores
    Que eu não sei o nome
    Cores de Almodóvar
    Cores de Frida Kahlo
    Cores!

    QUANDO FALAMOS DE HOMOSEXUALISMO, PARADAS GAYS .. ETC .. IMAGINAMOS CORES, É .. CORES, MUITAS CORES. COLORIDOS, CONTRASTES (NESSAS).
    ENTÃO.. QUANDO ADRIANA REFERE-SE A CORES NO ÍNICIO DA MÚSICA E NELA ELA DIZ … ELA ANDA PELO MUNDO PRESTANDO ATENÇÃO NAS CORES (NO HOMOSSEXUALISMO) CORES QUE ELA NÃO SABE O NOME

    E CITA ALMODOVAR (CINEASTA E HOMOSSEXUAL)

    E FRIDA KAHLO (PINTORA SURREALIS E BI SEXUAL)
    cores ..

    não reparem nos erros ortográficos (se isso for possível)

    Passeio pelo escuro
    Eu presto muita atenção
    No que meu irmão ouve
    E como uma segunda pele
    Um calo, uma casca
    Uma cápsula protetora
    Ai, Eu quero chegar antes
    Prá sinalizar
    O estar de cada coisa
    Filtrar seus graus…

    agora ela não anda mas pelo mundo ELA PASSEA PELO ESCURO, em cima ela fala de cores agora de ESCURO. Talves o escuro queira retratar um lado HETERO. Então ela passea pelo lado hetero e não anda como anda no homo E ELA DIZ PRESTAR MUITA ATENÇÃO NO QUE O IRMÃO DELA OUVE. ela quer chegar antes (AO HOMOSSEXUALISMO?, TALVEZ?)para sinalizar ao irmão. Para alerta-lo COMO SE FIZESSE ISSSO ANTES PARA SABER E ALERTA-LO COMO UMA PROTETORA DELE. ENTÃO E PARA SINALIZAR AO MESMO O LUGAR DE CADA COISA. (O ESTAR)

    Eu ando pelo mundo
    Divertindo gente
    Chorando ao telefone
    E vendo doer a fome
    Nos meninos que têm fome…

    ACREDITO QUE ISSO JA É DO COTIDIANO DE ADRIANA E TERMINA ESSE DANDO ÊNFASE A FOME

    Pela janela do quarto
    Pela janela do carro
    Pela tela, pela janela
    Quem é ela? Quem é ela?
    Eu vejo tudo enquadrado
    Remoto controle…

    AI VEM O PQ DÓ NOME DA MÚSICA (ENQUADROS) ELA FALA DO USO DESSE, QUE MODELA E COLOCA AS COISAS NO LUGAR. E CITA OBJETOS CUJO TEM O USO DE ESQUDROS

    JANELA DO CARRRO
    JANELA QUARTO

    ppela TELA pela JANELA

    quem é ela? ( A FOME)
    quem é ela (A FOME)
    eu vejo tudo enquadrado (E NÃO EM QUADRADO)

    remoto conrole = controle remoto

    QUE É O OBJETO QUE USAMOS PARA MUDAR OU PASSAR E ETC .. SEM NOS MOVERMOS, ALÍ
    ESTÁTICOS
    APENAS COM O BUTÃO

    REMOTO CONROLE.

    Eu ando pelo mundo
    E os automóveis correm
    Para quê?
    As crianças correm
    Para onde?
    Transito entre dois lados
    De um lado
    Eu gosto de opostos
    Exponho o meu modo
    Me mostro
    Eu canto para quem?

    ai ela diz os automoveis correm para que
    e a crianças (AS QUE TEM FOME, A ENFASE NÃO ESQUECEM) PS: TO PORREES..

    POR EXEMPLO, ELAS VÃO CORRER PARA ONDE, SE TEM FOME, NÃO EM ALIMENTO, SE NÃO TEM NEM ALIMENTO, NÃO TEM EDUCAÇÃO E MUITO MENOS BOM SENSO, CORRERÃO PARA AS DROGAS, CRIMINALIDADE ETC ..

    O TRASITOS ENTRE DOIS LADOS DE OUTRO LADO ELA GOSTA DE OPOSTOS

    (ELA É HOMOSSEXUAL)
    ELA MOSTRA AÍ

    MAS ACHO QUE TO PEGANDO PESADO FALANDO QUE ELA SO FALA SE HOMOSEXUAL MAS QQUEM QUISER CNCORDAR CONCORDA, TIPO .. ELA TEM VIDA TBM. ELA NÃO É SO SAPATÃO;

    Exponho o meu modo
    Me mostro
    Eu canto para quem?

    expoe seu modo
    e se MOSTRA

    ela canta para que publico (QUER SABER ORA)

    Eu ando pelo mundo
    E meus amigos, cadê?
    Minha alegria, meu cansaço
    Meu amor cadê você?
    Eu acordei
    Não tem ninguém ao lado…

    OS AMIGOS DELA SUMIRAM (PRECONCEITO?)

    A ALEGRIA DELA (CANTAR) = AO CANSSAÇO DE ADRIANA

    AI ELA DIZ

    MEU AMOR, CADÊ VOCÊ EU ACORDEI NÃO TEM NIGUÉM AO LADO.

    A FILHA DO VINICIUS DE MORAES É NAMORADA DELA
    ELA TAMBÉM PODERIA TA NAMORANDO COM OUTRA NA ÉPOCA QUE ESCREVEU A MÚSICA E COLOCOU NA MÚSICA

    MEU AMOR CADÊ VOCÊ?
    EU ACORDEI, NÃO TEM NIGUÉM AO LADO (QUERENDO MOSTRAR A SAUDADE DESSA)
    (ACONTECEU, UM DIA, SEI LÁ. ELA SABE O QUE CANTA É UMA EXCELENTE COMPOSITORA) É BEM EXXPLICITA ESSA MÚSICA E TEM UMA VERSÃO QUE ELA CANTA COM RENATO RUSSO

    (BM HOMOSSEXUAL)

    CARA ..

    PODE NÃO TER A VER
    MASFIEM QUE TEEM.

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  12. Muitas contradiçoes, voces nao sabem o que significam, esquadros?
    A musica ela fala, da vida em sociedade: os esquadros, os dogmas, tabus existentes dentro da mesma.

    Fala dos padroes preestabelecidos por nos, que estao muitas vezes implicitos em nossas atitudes cotidianas de modo até mesmo inconciente.
    é a distinçao do que é normal o o que nao é
    por exemplo algumas pessoas sao muito preconceituosas em relaçao aos homossexuais, porque para elas isso nao é “normal”,e quem fez ela acreditar nisso foi a cultura.

    é bom entender que a sociedade constroi a cultura e a cultura determina a sociedade, e se essas pessoas sao homofobicas, foi por influencia da cultura, alias muito preconceituosa.
    Ah o irmao dela é AUTONOMO.

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  13. Jose Henrique

    Pobre pessoas que tentam entender a musica pela visao da Adriana Calcanhoto… essa musica é do BELCHIOR!

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  14. Pingback: Adriana analise | Tamihughson

  15. Gente, a música não é do Belchior. É da Adriana mesmo. Inclusive, isso pode ser conferido no site oficial da cantora, onde ela dedica a canção ao seu irmão Cláudio, que é cego. Por isso, ela inicia a canção falando cores de Almodóvar, cineasta famoso por colocar sempre cores fortes nos seus filmes e Frida Kahlo, pois são imagens que seu irmão nunca poderá desfrutar. E ela continua, quando diz: “passeio pelo escuro, eu presto muita atenção no que meu irmão ouve, e como uma segunda pele, um calo, uma casca, uma cápsula protetora, eu quero chegar antes pra sinalizar o estar de cada coisa, filtrar seus graus” – demonstrando o cuidado e a angústia que ela sente em protegê-lo, em sinalizar o mundo ao redor pra que ele não se machuque. Pode até ser que ela faça menção à sua sexualidade, mas acho despropositado, já que ela dedica a canção inteiramente ao irmão. É linda, é sensível e eu gosto ainda mais depois que soube.

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  16. Acho que a autora para pelo novo modelo estrutural aqui preconizado, que nos obriga à análise dos relacionamentos verticais entre as hierarquias diversas. Demonstrando , em axiomas o verdadeiro sentido prolixo de escrever textos sem sentido algum,para uma cabanda de atoa que finge ser intelectualizada. Oh bobagem !!!

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  17. Eu vejo nesta canção a história de uma mulher que começõu um relacionamento e uma vida de casal, com as comodidades do consumismo e das 3 telas quadradas que ele impõe (casa, carro e televisão) cujos respeitivos “quadrados” te permetem de observar passivamente a vida dos outros afastado de tudo, sem “te sujar”, sem viver. Quando o relacionamento acaba e ela acorda sozinha, ela está totalmente esvazeada na sua cama (a cama de casal é também quadrada!), não sabe o que fazer em casa, busca o rumo da vida nos outros e não encontra e sequer tem mais amigos (que como acontece muitas vezes, se deixa de frequentar), não tem alegria, emoções, sensações.

    É também uma denúncia da importância excessiva que as sensações visuais e acústicas estão tendo com respeito às tátis e olfativas neste tipo de mundo.

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  18. “Dedicada ao seu irmão Cláudio que é cego. Trata-se de composição belíssima e profundamente reflexiva, pois nos intima a refletir sobre tudo e sobre todos. Outros temas são também tratados, contudo enfatizarei os temas que incitam a atenção e o meu encantamento por esta música: desalienação e tolerância.

    A desalienação
    Eu ando pelo mundo.
    Prestando atenção em cores
    Que eu não sei o nome
    Cores de Almodóvar
    Cores de Frida Kahlo
    Cores!
    A tolerância

    “Transito entre dois lados.
    De um lado.
    Eu gosto de opostos.
    Exponho o meu modo.
    Me mostro.”

    Critica e repele de forma contundente o nosso extremo individualismo que reforça, cotidianamente, nossa alienação. Um sistema que de tudo faz pra que não estejamos unidos, não sejamos tolerantes e, “enquadrados”, nos força a olhar por um “esquadro” de tal maneira que não provoque qualquer tipo de dolo a este mesmo sistema.

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  19. Algumas músicas passamos a vida toda ouvindo sem nos dar conta da beleza de sua mensagem, até que em determinado momento, por algum motivo, temos uma espécie de epifania e a letra parece gritar de tanto sentido que ela passa a fazer. Para mim, é o caso dessa canção maravilhosa, que foi escrita por Adriana Calcanhoto (e me parece que com a participação de Renato Russo). Peço licença para compartilhar a minha interpretação.

    O próprio título da música dá a ideia principal: Esquadros. Trata-se de um eu lírico observador e atento, mas que apenas assiste a vida passar “pela janela do quarto, pela janela do carro, pela tela pela janela..”.

    “…Eu presto muita atenção no que meu irmão ouve
    E como uma segunda pele, um calo, uma casca,
    Uma cápsula protetora…”

    A falta de iniciativa e coragem para viver de fato, se jogando em cada experiência e saindo, assim, do lugar comum, da zona de conforto, acabam atraindo a solidão.

    “Eu ando pelo mundo e meus amigos, cadê?
    Minha alegria, meu cansaço?
    Meu amor cadê você?
    Eu acordei
    Não tem ninguém ao lado…”

    Eis o refrão da música. E um detalhe interessante é a última frase, que diz “remoto controle” (que dá a ideia de um controle remoto, no sentido de algo afastado, à distância, ou seja, o autor sente que exerce pouco o controle sobre a própria existência):

    “Pela janela do quarto
    Pela janela do carro
    Pela tela, pela janela
    (quem é ela, quem é ela?)
    Eu vejo tudo enquadrado
    Remoto controle…”

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  20. os automóveis correm para que?
    eu gosto de opostos.
    eu canto para quem?
    cores de frida kahlo
    meus amigos, cadê?
    cade meu amor?
    nao tem ninguem ao lado ao acordar.

    se isso nao for uma musica sobre lamentação e sofrimento pela vida, que muitos pensam ser ”top” como a de um artista cheia de cores vivas… mas na verdade o vazio é enorme, esta em todos os lugares, mas não está em nenhum.

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  21. Pra mim esta música é uma observação do mundo. De como as pessoas sentem e interpretam as coisas. A interpretação dos artistas, das crianças, da própria visão da autora. A forma de ver tudo enquadrado é uma forma estereotipada que segue para outro extremo, o de expor seu próprio modo, que se confirma pela afirmação de gostar de opostos. Tudo se resume a uma reflexão sobre o mundo, por vezes sob o ponto de vista de outros, e sobre si mesma, sobre suas razões e perspectivas.

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  22. Pedro Mathias

    De verdade, o que a autora quis dizer eu não sei a certo, contudo, pra diz muitas coisas. A depender do meu momento faço interpelações diferentes e, porque não, complementares. Apis6 ler as impressões de vocês todos amplio os pontos de vistas e agregou às minhas interpretações. O grande barato das artes é exatamente provocar essa diversidade de significação. Acredito que quando uma arte mostra apenas um significado é porque ela é pobre!

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