Luiz Gonzaga

Luiz Gonzaga foi um cantor e compositor brasileiro conhecido como o “Rei do Baião”. Ele nasceu em 1912, na cidade de Exu, em Pernambuco, e foi um dos responsáveis por popularizar a música nordestina no Brasil. Suas canções trazem temas como a vida no sertão, a cultura popular e a religiosidade. Além disso, Luiz Gonzaga foi um importante defensor da cultura nordestina e lutou para que ela fosse valorizada e reconhecida em todo o país. Sua obra inclui sucessos como “Asa Branca”, “Baião”, “Xote das Meninas”, entre muitos outros, e influenciou diversos artistas da música brasileira. Ele faleceu em 1989, deixando um legado imenso para a cultura brasileira.

De Teresina a São Luís

Peguei o trem em TeresinaPra São Luís do MaranhãoAtravessei o ParnaíbaAi, ai que dor no coração O trem danou-se naquelas brenhasSoltando brasa, comendo lenhaComendo lenha e soltando brasaTanto queima como atrasaTanto queima como atrasa Bom dia, CaxiasTerra morena de Gonçalves DiasDona Sinhá avisa pra seu DáQue eu tô muito avexadoDessa vez não vou ficar O […]

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A vida do viajante

Minha vida é andar por este paísPra ver se um dia descanso felizGuardando as recordaçõesDas terras onde passeiAndando pelos sertõesE dos amigos que lá deixei Chuva e solPoeira e carvãoLonge de casaSigo o roteiroMais uma estaçãoE a alegria no coração Minha vida é andar por esse paísPra ver se um dia descanso felizGuardando as recordaçõesDas

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Noites brasileiras

Ai que saudades que eu sintoDas noites de São JoãoDas noites tão brasileiras nas fogueirasSob o luar do sertãoDas noites tão brasileiras nas fogueirasSob o luar do sertão Meninos brincando de rodaVelhos soltando balãoMoços em volta à fogueira brincando com o coraçãoEita, São João dos meus sonhosEita, saudoso sertão, ai, ai Ai que saudades que

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Vem morena

Vem, morena, pros meus braçosVem, morena, vem dançarQuero ver tu requebrandoQuero ver tu requebrarQuero ver tu remexendoResfulego da sanfonaInté que o Sol raiar Esse teu fungado quenteBem no pé do meu pescoçoArrepia o corpo da genteFaz o véio ficar moçoE o coração de repenteBota o sangue em arvoroço Vem, morena, pros meus braçosVem, morena, vem

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A volta da asa branca

Já faz três noitesQue pro norte relampeiaA asa brancaOuvindo o ronco do trovãoJá bateu asasE voltou pro meu sertãoAi, ai eu vou me emboraVou cuidar da prantação A seca fez eu desertar da minha terraMas felizmente Deus agora se alembrouDe mandar chuvaPr’esse sertão sofredorSertão das muié sériaDos homes trabaiador Rios correndoAs cachoeira tão zoandoTerra moiadaMato

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Dança Mariquinha

Dança, dança, MariquinhaPara o povo apreciarEssa boa mazurquinhaQue pra você vou cantarOuça, meu bem,A sanfona tocar Quitiribom, quitiribom,Toca no baixo desse acordeomQuitiribom, quitiribom,Que mazurquinhaQue compasso bom Quando pego na sanfonaA turma se levantaE pede uma mazurcaQuando bato a mão no foleSei que a turma todaVai ficar maluca Todo mundo se admiraDo fraseada que a sanfona

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Dezessete e setecentos

Eu lhe dei vinte mil réisPra pagar três e trezentosVocê tem que me voltarDezesseis e setecentosDezessete e setecentosDezesseis e setecentos Mas se eu lhe dei vinte mil réisPra pagar três e trezentosVocê tem que me voltarDezesseis e setecentosMas dezesseis e setecentos?Dezesseis e setecentosPorque dezesseis e setecentos?Dezesseis e setecentos Mas se eu lhe dei vinte mil

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O fole roncou

O fole roncou no alto da serraCabroeira da minha terraSubiu a ladeira e foi brincar O Zé Buraco, Pé-de-Foice, Chico MancoPeba Macho, Bode BrancoTodo mundo foi brincarMaria Doida, Margarida FlorisbelaMuito triste na janela, não dançouNão quis entrar Naquela noite me grudei com JuventinaE o suspiro da menina era de arrepiarBaião bonito tão gostoso e alcoviteiroQue

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Pau-de-arara

Quando eu vim do sertãoSeu môço, do meu BodocóA malota era um sacoE o cadeado era um nó Só trazia a coragem e a caraViajando num pau-de-araraEu penei, mas aqui chegueiEu penei, mas aqui cheguei Trouxe um triângulo, no matolãoTrouxe um gonguê, no matolãoTrouxe um zabumba dentro do matolãoXóte, maracatu e baiãoTudo isso eu trouxe

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Pagode russo

Ontem eu sonhei que estava em MoscouDançando pagode russo na boate KossacouOntem eu sonhei que estava em MoscouDançando pagode russo na boate Kossacou Parecia até um frevo naquele cai e não caiParecia até um frevo naquele vai e não vaiParecia até um frevo naquele cai e não caiParecia até um frevo naquele vai e não

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No Ceará não tem disso não

Tenho visto tanta coisaNesse mundo de meu DeusCoisas que prum cearenseNão existe explicaçãoQualquer pinguinho de chuvaFazer uma inundaçãoMoça se vestir de cobraE dizer que é distração Vocês cá da capitalMe adesculpe esta expressão (Refrão)No Ceará não tem disso não,Não tem disso não, não tem disso nãoNo Ceará não tem disso não,Não tem disso não, não

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Danado de bom

Tá é danado de bomTá danado de bom meu compadeTá é danado de bomForrozinho bonitinhoGostosinho, safadinhoDanado de bom Olha o natamira na zabumbaO zé cupira no triânguloE Mariano no gonguêOlha meu compadre na violaMeu sobrinho na manolaE cipriano no melêOlha a meninada nas cuiéTá sobrando capiléE já tem bêbo pra danáTem nego grudado que nem

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Pau-de-arara

Quando eu vim do sertãoSeu môço, do meu BodocóA malota era um sacoE o cadeado era um nó Só trazia a coragem e a caraViajando num pau-de-araraEu penei, mas aqui chegueiEu penei, mas aqui cheguei Trouxe um triângulo, no matolãoTrouxe um gonguê, no matolãoTrouxe um zabumba dentro do matolãoXóte, maracatu e baiãoTudo isso eu trouxe

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Paraíba

Quando a lama virou pedraE Mandacaru secouQuando a ribaçã de sedeBateu asa e voouFoi aí que eu vim me emboraCarregando a minha dorHoje eu mando um abraçoPra ti pequenina Paraíba masculinaMuié macho, sim sinhô Eita pau pereiraQue em princesa já roncouEita ParaíbaMuié macho sim sinhô Eita pau pereiraMeu bodoque não quebrouHoje eu mandoUm abraço pra

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Balance eu

Quando eu tiver com sono, meu amorBalance eu, balance eu, balance euQuando eu tiver dormindo, meu amorAcorde eu, acorde eu, acorde eu Tanto perto de meu bemNão faltando o seu calorEu me sinto tão felizA vida assim tem mais valorQuero ta sempre acordadoVigiando meu amor Quero ta sempre de ôioPra meu benzinho não fugirSe ela

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A feira de Caruaru

A Feira de Caruaru,Faz gosto a gente vê.De tudo que há no mundo,Nela tem pra vendê,Na feira de Caruaru. Tem massa de mandioca,Batata assada, tem ovo cru,Banana, laranja, manga,Batata, doce, queijo e caju,Cenoura, jabuticaba,Guiné, galinha, pato e peru,Tem bode, carneiro, porco,Se duvidá… inté cururu. Tem cesto, balaio, corda,Tamanco, gréia, tem cuêi-tatu,Tem fumo, tem tabaqueiro,Feito de

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Xote dos cabeludos

Atenção senhores cabeludosAqui vai o desabafo de um quadradão Cabra do cabelo grandeCinturinha de pilãoCalça justa bem cintadaCosteleta bem fechadaSalto alto, fivelão Cabra que usa pulseiraNo pescoço medalhãoCabra com esse jeitinhoNo sertão de meu padrinhoCabra assim não tem vez nãoNão tem vez nãoNão tem vez não No sertão de cabra machoQue brigou com LampiãoBrigou com

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Qui nem jiló

Se a gente lembra só por lembrarO amor que a gente um dia perdeuSaudade inté que assim é bomPro cabra se convencerQue é feliz sem saberPois não sofreu Porém se a gente vive a sonharCom alguém que se deseja reverSaudade, entonce, aí é ruimEu tiro isso por mimQue vivo doido a sofrer Ai quem me

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O xote das meninas

Mandacaru quando “fulora” na seca É o sinal que a chuva chega no sertão Toda menina que enjoa da boneca É sinal que o amor já chegou no coração Meia comprida Não quer mais sapato baixo Vestido bem cintado Não quer mais vestir timão Ela só quer Só pensa em namorar Ela só quer Só

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Lorota boa

Dei u’a carrera num cabra qui mexeu c’a Maroquinha Cumeçou na Mata Grande e acabou na Lagoinha! Curri mais de sete légua, carregado cumo eu vinha Pois trazia na cabeça um balaio cheio de galinha Oh, oh, oh! (2x) Qui mintira qui lorota boa (2x) Certa noite muito escura atirei de brincadeira Espaiei dezesseis chumbo

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Baião da garoa

Na terra seca Quando a safra não é boa Sabiá não entoa Não dá milho e feijão Na Paraíba, Ceará, nas Alagoas Retirantes que passam Vão cantando seu rojão Tra, lá, lá, lá, lá, lá, lá Meu São Pedro me ajude Mande chuva, chuva boa Chuvisqueiro, Chuvisquinho Nem que seja uma garoa Uma vez choveu

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Juazeiro

Juazeiro, Juazeiro Me arresponda, por favor Juazeiro, velho amigo Onde anda o meu amor Ai, Juazeiro Ela nunca mais voltou Diz, Juazeiro Onde anda meu amor Juazeiro, não te alembra Quando o nosso amor nasceu Toda tarde à tua sombra Conversava ela e eu Ai, Juazeiro Como dói a minha dor Diz, Juazeiro Onde anda

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Olha pro céu

Olha pro céu, meu amor Vê como ele está lindo Olha praquele balão multicor Como no céu vai sumindo Olha pro céu, meu amor Vê como ele está lindo Olha praquele balão multicor Como no céu vai sumindo Foi numa noite igual a esta Que tu me deste o coração O céu estava assim em

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A morte do vaqueiro

Numa tarde bem tristonha Gado muge sem parar Lamentando seu vaqueiro Que não vem mais aboiar Não vem mais aboiar Tão dolente a cantar Tengo, lengo, tengo, lengo, tengo, lengo, tengo Ei, gado, oi Bom vaqueiro nordestino Morre sem deixar tostão O seu nome é esquecido Nas quebradas do sertão Nunca mais ouvirão Seu cantar,

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A letra I

Vai cartinha fechada Não deixa ninguém te abrir Àquela casa caiada Donde mora a letra I E diz que como a cacimba Do rio que o verão secou Meus óio chorou tanta mágoa Que hoje sem água Nem responde a dor Vai diz que o amor Fumega no meu coração Tal e qual fogueira Das

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Asa branca

Quando olhei a terra ardendo Qual fogueira de São João Eu perguntei a Deus do céu, ai Por que tamanha judiação Eu perguntei a Deus do céu, ai Por que tamanha judiação Que braseiro, que fornalha Nem um pé de plantação Por falta d’água perdi meu gado Morreu de sede meu alazão Por farta d’água

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