Ai, ai, que bom
Que bom, que bom que é
Uma estrada e uma cabocla
Cum a gente andando a pé
Ai, ai, que bom
Que bom, que bom que é
Uma estrada e a lua branca
No sertão de Canindé
Artomove lá nem sabe se é home ou se é muié
Quem é rico anda em burrico
Quem é pobre anda a pé
Mas o pobre vê nas estrada
O orvaio beijando as flô
Vê de perto o galo campina
Que quando canta muda de cor
Vai moiando os pés no riacho
Que água fresca, nosso Senhor
Vai oiando coisa a grané
Coisas qui, pra mode vê
O cristão tem que andá a pé
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Luiz Gonzaga além de brincar com as palavras, traz uma visão que só é vista quando se é “pobre”.
Pobre: Quem anda a pé, quem observa as coisas simples, quem para na correria do dia a dia.
Luiz Gonzaga deixa claro que para perceber as coisas simples e bonitas da vida é preciso DESACELERAR.