Nação Zumbi

Tempo Amarelo

Amarelo do papel que embrulha a viagem Amarelo, amarelo Amarelo como o canário do antigo império Amarelo, amarelo Amarelo do cabo da enxada Vivendo no chão ja cansado e antigo De cara rachada Do sorriso encardido No rosto do povo fudido e sofrido Com a carapaça cansada Amarelo, amarelo Amarelo, amarelo da Oxun Tempo amarelo, […]

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Propaganda

Comprando o que parece ser Procurando o que parece ser O melhor pra você Proteja-se do que você Proteja-se do que você vai querer Para as poses, lentes, espelhos, retrovisores Vendo tudo reluzente Como pingente da vaidade Enchendo a vista, ardendo os olhos O poder ainda viciando cofres Revirando bolsos Rendendo paraísos nada artificiais Agitando

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No Olimpo

Todos os dias nascem deuses Alguns maiores e outros menores do que você Todos os dias nascem deuses Alguns maiores e outros menores do que você Esse é o alvorecer de tudo que se quer ver Sem fazer sombra na melhor hora do sol Eternidade duradoura com sossego então Melhor que fique assim Todos os

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Mormaço

Tá fazendo sol, tá fazendo sol Vai chover, vai chover Já nasceu mais um Pra morrer, pra morrer Tá fazendo sol Vai chover, vai chover Já nasceu mais um Pra morrer, pra morrer Toalha nova não enxuga Que faça sol ou venha a chuva A vida aqui ainda é dura Minha sombra me acompanha Quando

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Malungo

´tamo aí mandando brasa ´tamo aí mandando brasa O dia que renova De sol pra sol De Malungo pra Malungo Pra Malungo de Malungo Pra Malungo ê Pra Malungo ê Nosso batuque será sua herança Assim falou, assim falou No elétrico lamaçal Um Malungo pelas peles da Nação Zumbi Onde tem baque solto E baque

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Jornal da Morte

Vejam só este jornal Verdadeiro hospital Porta voz do bangue-bangue Da polícia central Treslocada, semi-nua Jogou-se do oitavo andar Porque o noivo não comprava Maconha pra ela fumar Sangue, sangue, sangue Um escândalo amoroso Com retratos do casal Um bicheiro assassinado Em decúbito dorsal Cada página é um grito Um homem caiu no mangue Só

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Futura

Esse pedaço de chão Esse pedaço de céu Comendo a imensidão Tinta nova no papel Com o sorriso quente na mão O sol, vassalo do céu Se anuncia presente Antigo pra escuridão Quando o melhor momento chegar Vai entrar sem bater E o chão vai tremer Alto como trovão E se perguntar ao coração Quanto

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Côco Dub

Cascos, cascos, cascos Multicoloridos, cérebros, multicoloridos Sintonizam, emitem, longe Cascos, cascos, cascos Multicoloridos, homens, multicoloridos Andam, sentem, amam Acima, embaixo do Mundo Cascos, caos, cascos, caos Imprevisibilidade de comportamento O leito não-linear segue Pra dentro do universo Música quântica ?

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Caranguejo da Praia das Virtudes

Digo sem receio que conheço esse meio Entre os balcões onde repousam garrafas Com mesas servindo pra batucadas Se responde as batidas com os calcanhares É sempre aí que não deixo sobrar nada Pisou macio com leveza gravitacional A lâmina corria A vista escurecia E a multidão nem via Se espremia toda a cidade Caranguejo

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Meu Maracatu Pesa Uma Tonelada

Carrego pr’onde vou O peso do meu som Lotando minha bagagem Meu maracatu pesa uma tonelada de surdez E pede passagem Meu maracatu pesa uma tonelada… Sempre foi atômico Agora biônico, eletro-soulsônico Alterando as batidas No azougue pesado Em ritmo crônico Tropa de todos os baques existentes De longe tremendo e rachando os batentes Mutante

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