Blunt of Judah

Eu tô bem na minha altura
Onde na fadiga do vento
É que o veneno circula
E o remédio nem deve saber
Que acabou o descanso
Pra encontrar a cura
Fêmea soñadora, seus devaneios
Me faz ver através das portas
E até atravessar espelhos
Tô no caminho do Blunt of Judah
Pra ficar sonhando depois que acordar
Interado com fumaça ativa
Flutuando sem nenhuma esteira
Em plena menção sativa
Escaneando o dia
Revelando a seqüência inteira
Se ligando pelos olhos e ouvidos
Verdadeira Odisséia na cera
Sempre ativo na interzona
Janela viva e acesa
Via erva santa sem amônia
Tô no caminho do Blunt of Judah
Pra ficar sonhando depois que acordar
O vermelho e o amarelo
Na quentura do véu
A fumaça era grande
E sumia no céu
Iluminismo no dubismo dos zumbis
A Babilônia não está tão longe
Pela quantidade que se consome
O paraíso dessa vez vem logo
Como um lugar sem nome
Tô no caminho do Blunt of Judah
Pra ficar sonhando depois que acordar


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6 comentários em “Blunt of Judah”

  1. Apesar da declaração de dü Peixe no DVD propagando: “Blunt of Judah é o que você quiser”, mas da pra ver sim, referências a maconha.

    Eu tô bem na minha altura
    -altura, high, em inglês uma gíria pra “alterado” “sob efeito”.

    Onde na fadiga do vento
    É que o veneno circula
    – em geral se o uso da droga é feito escondido, “em casa”, pois a sociedade recrimina o usuário.

    Fêmea soñadora, seus devaneios
    -Fêmea soñadora, a maconha também é conhecida como Marijuana(espanhol).

    Me faz ver através das portas
    E até atravessar espelhos
    -Me faz ver através das portas…, aqui seria uma citação ao poeta William Blake: “If the doors of perception were cleansed everything would appear to man as it is, infinite.”

    Pra ficar sonhando depois que acordar
    -Alucinações

    bom essa é minha analise, não falei de tudo mas creio que da pra entender o que seria “Blunt of Judah”

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  2. Adicionaria como complemento dessa análise o trecho uma parte mais mais “explícita” : “Janela viva e acesa,via erva santa se amônia..” Na quentura do véu a fumaça era grande e sumia no céu..”

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  3. “Eu tô bem na minha altura”
    Alusão a High – alto, alterado.

    “Onde na fadiga do vento
    É que o veneno circula”
    Quando se fuma maconha, prende-se a respiração para que faça mais efeito, ou seja, na fadiga, sem ar “vento”, é que o “veneno” circula, faz mais efeito.

    “E o remédio nem deve saber
    Que acabou o descanso
    Pra encontrar a cura”
    A erva, planta, não sabe que é usado para cura.

    Fêmea soñadora, seus devaneios
    “Marijuana”, fêmea; o Ñ faz alusão ao idioma espanhol (casteliano) onde o ñ tem som de nh.

    “Me faz ver através das portas”
    O consumo da erva expande os sentidos, audição fica mais aguçada, podendo “enxergar” através das portas.

    “E até atravessar espelhos”
    Leva à auto análise, o espelho sendo o reflexo daquele que o atravessa.

    “Tô no caminho do Blunt of Judah
    Blunt- charuto ou envólucro usado para fazer o cigarro de maconha
    Judah- tribos de Judah, que além de fazer parte do judaísmo também fazem parte da religião rastafari.

    “Pra ficar sonhando depois que acordar”
    Não são necessariamente alucinações, mas devaneios, onde o pensamento viaja.

    “Interado com fumaça ativa”
    Alusão à fumaça da maconha, “fuma sativa”

    “Flutuando sem nenhuma esteira”
    Sensação de quem faz uso da erva

    Em plena menção sativa
    A própria música fazendo menções à erva

    “Escaneando o dia
    Revelando a seqüência inteira
    Se ligando pelos olhos e ouvidos”
    Fica mais análitico e com hipersensibilidade auditiva e visual.

    “Verdadeira Odisséia na cera
    Sempre ativo na interzona
    Janela viva e acesa
    Via erva santa sem amônia”
    Odisséia- viagem
    sem amônia- in natura, sem aditivos que traficantes usam

    Tô no caminho do Blunt of Judah
    Pra ficar sonhando depois que acordar

    “O vermelho e o amarelo
    Na quentura do véu
    A fumaça era grande
    E sumia no céu”
    Cores da brase, fumaça se dissipando

    “Iluminismo no dubismo dos zumbis
    A Babilônia não está tão longe
    Pela quantidade que se consome
    O paraíso dessa vez vem logo
    Como um lugar sem nome”
    Babilônia para os rastafaris é onde vivemos, o sistema, o mundo; com a erva se aproxima do paraíso, mas sem sair do mundo real.

    Tô no caminho do Blunt of Judah
    Pra ficar sonhando depois que acordar

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  4. nielson flavio

    Em minha opnião, é uma das letras e harmonias mais bem feitas que ouvi. Tenho 40 anos de idade e ouço Chico Science & Nação Zumbi desde 1994, quando foi lançado às lojas o CD Da lama ao caos. Posso chamar essa música de canção ou declaração de amor !
    Nem nacionais nem internacionais, sim, não conheço uma música que fale tão elegantemente de Maryjuana e usando essa linguagem tão culta !
    Pegue essa letra, sem a música,e cite numa reunião da ONU, numa sessão plenária do Senado, ou na posse de algum presidente…
    Parabéns a Jorge Du Peixe !
    O Planet Hemp, Cypress Hill, Cone Crew Diretoria têm ótimas canções falando de Maryjuana, mas, BLUNT OF JUDAH está no topo, em 1° lugar no meu ponto de vista !

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    1. Tá carecendo de referências hein amigo
      Elegante? A música parece que foi escrita no Gerador de Lero Lero!
      Ele saiu jogando referências à maconha a letra inteira sendo que tem trechos que soam mega esquisito. Zero sutileza. Falta harmonia e coesão na vocal e na letra.
      Black Stone Cherry – Mary Jane fala sobre maconha também mas é muito mais interessante já que o autor faz o paralelo entre um relacionamento com uma garota e com a marijuana
      Tool – The Pot faz um paralelo entre as drogas e a hipocrisia de uma forma que faz explodir sua mente.
      E isso eu estou falando apenas da letra

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