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Um trem para as estrelas

São 7 horas da manhã
Vejo Cristo da janela
O sol já apagou sua luzas
E o povo lá embaixo espera
Nas filas dos pontos de ônibus
Procurando aonde ir
São todos seus cicerones
Correm pra não desistir
Dos seus salários de fome
É a esperança que eles tem
Neste filme como extras
Todos querem se dar bem

Num trem pras estrelas
Depois dos navios negreiros
Outras correntezas

Estranho o teu Cristo, Rio
Que olha tão longe, além
Com os braços sempre abertos
Mas sem proteger ninguém
Eu vou forrar as paredes
Do meu quarto de miséria
Com manchetes de jornal
Pra ver que não é nada sério
Eu vou dar o meu desprezo
Pra você que me ensinou
Que a tristeza é uma maneira
Da gente se salvar depois

Num trem pras estrelas
Depois dos navios negreiros
Outras correntezas

Eu Quero Alguém

Eu quero alguém
Na areia da praia
Eu quero alguém
Que use calça ou saia
Quero alguém
É melhor que nada
Quero alguém
Pra ter do meu lado

Pessoa rica
Pessoa pobre
Pessoa que ouve
Pessoa surda
Fria, bonita
Suja, cheirosa

Estou tão só
Meus pais não me conhecem
Meus amigos são chatos
Meu cachorro não me lambe
Mas eu quero alguém
Quero alguém

Eu quero alguém
Que me dê um cigarro
Quero alguém
Que puxe o meu saco
Quero alguém
Pra ir no cinema
Quero alguém
Não sou exigente

Quero alguém
Que seja gentil
Quero alguém
Que pareça com gente
Quero alguém
Na hora do jantar
Quero alguém
No Shopping da Barra

Pessoa jovem
Pessoa velha
Pessoa estranha
Pessoa santa
Diabólica, matemática
Emocionada, despreparada

Estou tão só
Meus pais não me conhecem
Meus amigos são chatos
Meu cachorro não me lambe
Mas eu quero alguém
Quero alguém

Eu quero alguém
Eu quero alguém
Eu quero alguém
Eu quero alguém

Todo Amor que Houver Nessa Vida

Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia

E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno antimonotonia

E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio, o mel e a ferida
E o corpo inteiro como um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente não

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria

(mais…)

O Nosso Amor a Gente Inventa (Estória Romântica)

O teu amor é uma mentira
Que a minha vaidade quer
E o meu, poesia de cego
Você não pode ver…

Não pode ver
Que no meu mundo
Um troço qualquer morreu
Num corte lento e profundo
Entre você e eu…

O nosso amor
A gente inventa
Prá se distrair
E quando acaba
A gente pensa
Que ele nunca existiu…

O nosso amor
A gente inventa
Inventa
O nosso amor
A gente inventa…

Te ver
Não é mais tão bacana
Quanto a semana passada
Você nem arrumou a cama
Parece que fugiu de casa…

Mas ficou tudo fora de lugar
Café sem açucar, dança sem par
Você podia ao menos me contar
Uma história romântica…

O nosso amor
A gente inventa
Prá se distrair
E quando acaba
A gente pensa
Que ele nunca existiu…

Mas ficou tudo fora de lugar
Café sem açucar, dança sem par
Você podia ao menos me contar
Uma história romântica…

O nosso amor
A gente inventa
Prá se distrair
E quando acaba
A gente pensa
Que ele nunca existiu…

O nosso amor
A gente inventa
Inventa
O nosso amor
A gente inventa…

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Brasil

Não me convidaram
Prá esta festa pobre
Que os homens armaram
Prá me convencer
Apagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada
Antes de eu nascer…

Não me ofereceram
Nem um cigarro
Fiquei na porta
Estacionando os carros
Não me elegeram
Chefe de nada
O meu cartão de crédito
É uma navalha…

Brasil!
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Prá gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim…

Não me convidaram
Prá essa festa pobre
Que os homens armaram
Prá me convencer
Apagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada
Antes de eu nascer…

Não me sortearam
A garôta do Fantástico
Não me subornaram
Será que é o meu fim?
Ver TV a cores
Na taba de um índio
Programada
Prá só dizer “sim, sim”

Brasil!
Mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Prá gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim…

Grande pátria
Desimportante
Em nenhum instante
Eu vou te trair
Não, não vou te trair…

Brasil!
Mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Prá gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim…(2x)

Confia em mim
Brasil!!

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Codinome Beija-Flor

Pra que mentir
Fingir que perdoou
Tentar ficar amigos sem rancor
A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou…

Pra que usar de tanta educação
Pra destilar terceiras intenções
Desperdiçando o meu mel
Devagarzinho, flor em flor
Entre os meus inimigos, beija-flor

Eu protegi o teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor
Não responda nunca, meu amor
Pra qualquer um na rua, Beija-flor

Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador

Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
Prendia o choro e aguava o bom do amor

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17 Anos de Vida

17 anos de vida
Eu tô perdido
Do joelho até o umbigo
Tudo é perigo

Resolve logo
Ou transa ou sai de cima
Mas não me olha assim
Mas não me ri assim
Que eu piro

Arranjo emprego
Monto apartamento
Te levo em lua-de-mel
Pra onde você quiser

Só, brotinho, não me obrigue
A usar cinismo
17 anos de vida
Eu também tive
Ah eu tô perdido

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Amor ou Amizade

A amizade é uma das coisas mais preciosas da vida e fica melhor ainda quando vira amor.
(quero beijá-la e abraçá-la para viver em paz).
Quero dizer-lhe que te amo, no começo confundi com carinho mas hoje tenho certeza que é amor.
(quero beijá-la e abraçá-la para viver em paz).
Você é especial eu te conheço
e sei que é uma pessoa compreensiva e que me entenderá.
(quero beijá-la e abraçá-la para viver em paz).
Não quero que isso abale a nossa amizade, apenas quero que se complete mais.
(quero beijá-la e abraçá-la para viver em paz).
Espero ansioso que me procure,porque quero beijá-la e abraçá-la, pois só quando ver-me em seus braços poderei sentir PAZ.

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A Inocência do Prazer

Já passou, fomos perdoados
Por todos os deuses do amor
Acabou, podemos ser claros
Como era antes, seja lá como for
Alguém tentou desesperadamente
Sentir algo decente
Sou feliz, pois já fui julgada
Daqui pra frente, tudo é meu
Então fala baixo
Fala baixo e sente
Eu vou te dar um presente

Vento novo, flores e cores
Fim do verão tropical
Novos ares, novos amores
Tudo volta ao seu estado normal
Sou feliz e trago as provas
Nos meus olhos molhados
E vejo a vida tão diferente
Eu já posso entender
A inocência do prazer
Então fala baixo
Fala baixo e sente
Eu vou te dar um presente

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Vida Louca Vida

Vida louca vida
Vida breve
Já que eu não posso te levar
Quero que você me leve
Vida louca vida
Vida imensa
Ninguém vai nos perdoar
Nosso crime não compensa

Se ninguém olha quando você passa você logo acha ‘Eu to carente’
‘Eu sou manchete popular’
Tô cansado de tanta babaquice, tanta caretice
Desta eterna falta do que falar

Se ninguém olha quando você passa você logo acha que a vida voltou ao normal
Aquela vida sem sentido, volta sem perigo
É a mesma vida sempre igual
Se niguém olha quando você passa você logo diz ‘Palhaço’
Você acha que não tá legal
Corre todos os perigos, perde os sentidos
Você passa mal

Vida louca vida
Vida breve
Já que eu não posso te levar
Quero que você me leve
Vida louca vida
Vida imensa
Ninguém vai nos perdoar
Nosso crime não compensa

Se ninguém olha quando você passa você logo acha ‘Eu tô carente’
‘Eu sou manchete popular’
Tô cansado de tanta caretice, tanta babaquice
Desta eterna falta do que falar

Vida louca vida
Vida breve
Já que eu não posso te levar
Quero que você me leve
Vida louca vida
Vida imensa
Ninguém vai nos perdoar
Nosso crime não compensa

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Ideologia

Meu partido
É um coração partido
E as ilusões
Estão todas perdidas
Os meus sonhos
Foram todos vendidos
Tão barato
Que eu nem acredito
Ah! eu nem acredito…

Que aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Frequenta agora
As festas do “Grand Monde”…

Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma prá viver
Ideologia!
Eu quero uma prá viver…

O meu prazer
Agora é risco de vida
Meu sex and drugs
Não tem nenhum rock ‘n’ roll
Eu vou pagar
A conta do analista
Prá nunca mais
Ter que saber
Quem eu sou
Ah! saber quem eu sou..

Pois aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Agora assiste a tudo
Em cima do muro
Em cima do muro…

Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma prá viver
Ideologia!
Prá viver…

Pois aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Agora assiste a tudo
Em cima do muro
Em cima do muro…

Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma prá viver
Ideologia!
Eu quero uma prá viver..
Ideologia!
Prá viver
Ideologia!
Eu quero uma prá viver…

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Faz Parte Do Meu Show

Te pego na escola e encho a tua bola com todo o meu amor
Te levo pra festa e testo o teu sexo com ar de professor
Faço promessas malucas tão curtas quanto um sonho bom
Se eu te escondo a verdade, baby, é pra te proteger da solidão

Faz parte do meu show
Faz parte do meu show, meu amor

Confundo as tuas coxas com as de outras moças
Te mostro toda a dor
Te faço um filho
Te dou outra vida pra te mostrar quem sou
Vago na lua deserta das pedras do Arpoador
Digo ‘alô’ ao inimigo
Encontro um abrigo no peito do meu traidor

Faz parte do meu show
Faz parte do meu show, meu amor

Invento desculpas, provoco uma briga, digo que não estou
Vivo num ‘clip’ sem nexo
Um ‘pierrot’ retrocesso
meio bossa nova e ‘rock’n roll’

Faz parte do meu show
Faz parte do meu show, meu amor

Meu amor, meu amor, meu amor…

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O Tempo Não Pára

Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou um cara
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara

Mas se você achar
Que eu tô derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não pára

Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta

A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára

Eu não tenho data pra comemorar
Às vezes os meus dias são de par em par
Procurando uma agulha num palheiro

Nas noites de frio é melhor nem nascer
Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer
E assim nos tornamos brasileiros
Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro
Transformam o país inteiro num puteiro
Pois assim se ganha mais dinheiro

A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára

Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta

A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára

(mais…)

Exagerado

Amor da minha vida
Daqui até a eternidade
Nossos destinos
Foram traçados
Na maternidade…

Paixão cruel
Desenfreada
Te trago mil
Rosas roubadas
Pra desculpar
Minhas mentiras
Minhas mancadas…

Exagerado!
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado…

Eu nunca mais vou respirar
Se você não me notar
Eu posso até morrer de fome
Se você não me amar…

Por você eu largo tudo
Vou mendigar, roubar, matar
Até nas coisas mais banais
Prá mim é tudo ou nunca mais…

Exagerado!
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado…

E por você eu largo tudo
Carreira, dinheiro, canudo
Até nas coisas mais banais
Prá mim é tudo ou nunca mais…

Exagerado!
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado…

Jogado aos teus pés
Com mil rosas roubadas
Exagerado!
Eu adoro um amor inventado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado…

(mais…)

Preciso Dizer Que Te Amo

Quando a gente conversa
Contando casos, besteiras
Tanta coisa em comum
Deixando escapar segredos
E eu não sei que hora dizer
Me dá um medo, que medo

É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É, eu preciso dizer que eu te amo
Tanto

E até o tempo passa arrastado
Só pra eu ficar do teu lado
Você me chora dores de outro amor
Se abre e acaba comigo
E nessa novela eu não quero
Ser teu amigo

É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É, eu preciso dizer que eu te amo, tanto

Eu já nem sei se eu tô misturando
Eu perco o sono
Lembrando em cada riso teu
Qualquer bandeira
Fechando e abrindo a geladeira
A noite inteira

Eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
Eu preciso dizer que eu te amo, tanto

(mais…)