Alceu Valença

Alceu Valença nascido em 1 de julho de 1946 é um compositor, escritor, ator e poeta brasileiro. Alceu Valença nasceu no interior de Pernambuco. É considerado um cantor de muito sucesso por alcançar um equilíbrio entre a música tradicional nordestina e os sons e efeitos eletrônicos da música pop. 

É possível encontrar referencias de maracatu, coco e “repentes de viola” na maioria de suas músicas. Alceu utilizou em suas composições sua guitarra, o baixo elétrico e, até mesmo, um sintetizador.

Alceu conseguiu recriar a música tradicional nordestina, como baião, maracatu e frevo. Tudo isso cantado com um fundo ora rock ora alternativo e seus temas intangíveis, universais e ilimitados. No entanto, sua base é a música nordestina genuinamente brasileira. Quando jovem ouvia músicas de Dalva de Oliveira, Orlando Silva, Sílvio Caldas e outros grandes nomes nacionais. 

Aos 5 anos participou de um concurso de música cantando uma canção de Capiba, no entanto, ele só ganhou sua própria guitarra quando tinha 15 anos. Alguns anos depois, sua mãe adoeceu. Sua família mudou-se para Recife para morar na casa de sua tia. Nesse período, Valença se interessou por alguns instrumentos musicais, como violão e viola. 

Em 1970, Valença formou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Recife. No entanto, ele apenas seguiu a carreira por alguns meses. Na verdade, no início dos anos 1970, a razão pela qual ele não teve tempo para uma carreira de advogado foi que ele já havia se lançado na direção musical.

Iniciou a carreira musical em 1968. Sua primeira banda foi o grupo Underground Tamarineira Village, mais tarde conhecido como Ave Sangria. Também tocou com Zé Ramalho e Elba Ramalho neste período. Em 1972, ingressou em Geraldo Azevedo. Juntos, participaram de diversos festivais e, nos mesmos anos, gravaram seu primeiro álbum: “Alceu Valença & Geraldo Azevedo”, também conhecido como Quadrafônico.

Ao longo da carreira, Valença gravou mais de 20 discos e viajou por vários países, como Portugal, França e Estados Unidos. Na verdade, ele é considerado um dos maiores expoentes da música pernambucana e nordestina.

No total Alceu Valença lançou mais de 50 disco, entre eles álbuns de estúdio, álbuns ao vivo e compilações de seu maiores sucessos e cover de parceiros musicais. “Cavalo de Pau” é um dos discos mais populares e vendidos de sua carreira. 

Por fim, com o lançamento de “Três Tons de Alceu Valença” em 2013, um box com as antigas Cinco Sentidos (1981), Anjo Avesso (1983) e Mágico (1984) toda a obra solo de Alceu Valença está disponível em CD. Em 2014, seu álbum “Amigo da Arte” foi indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum do Brazilian Roots.

Em janeiro de 2015, Alceu lançou um livro de poesias. A obra chamada “O Poeta da Madrugada”, segundo escreveu o jornalista José Eduardo Agualusa, tem versos que “já trazem consigo a música, uma melodia interna, que permanece em nós, que continua reverberando, mesmo depois que nos afastamos.

No ano de 2016, durante seu show no carnaval do Recife na madrugada de 9 para 10 de fevereiro, marco esperado anualmente por pernambucanos e turistas, Alceu convidou à todos a irem assistir ao lançamento de seu filme. 

Uma mostra chamada Ocupação Alceu Valença, organizada pelo Instituto Itaú Cultural em São Paulo de dezembro de 2019 a fevereiro de 2020, apresenta audiovisuais com a trajetória do artista de 73 anos. O longa-metragem “A Luneta do Tempo”, musical com direção e participação de Alceu, venceu como melhor trilha musical no Festival de Gramado em 2014. 

Já que o som não acabou

Dançou no bom sentido bom meninoDançar desse jeitinho meu amorNo ritmo do toque do zabumbaDa sanfona, do pandeiroJá que o som não acabou Dançou no bom sentido bom meninoDançar desse jeitinho meu amorNo ritmo do toque do zabumbaDa sanfona, do pandeiroJá que o som não acabou Já que o som não acabou e nunca vai […]

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Novena

Sei que são nove dias, nove apenasEnquanto espero, aumentamO mundo se faz esquecidoNa terra dos homens de luzesColoridasEnquanto família reza a novenaAs notíciasQue montam cavalos ligeirosVão tomando todo o mundoNa casa, no larEsquecidos, todos ficam longeDe saber o que foi que aconteceuE ali ninguém percebeuTanta pedra de amor cairTanta gente se partirNo azul dessa incrível

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Papagaio do futuro

Estou montado no futuro indicativoJá num corro mais perigoNada tenho a declararTerno de vidro costurado a parafusoPapagaio do futuroNum para-raio ao luar Eu fumo e tussoFumaça de gasolinaEu fumo e tussoFumaça de gasolinaEu fumo e tusso Estou montado no futuro indicativoJá num corro mais perigoNada tenho a declararTerno de vidro costurado a parafusoPapagaio do futuroNum

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Pastorinhas

A estrela d’alvaNo céu despontaE a lua anda tontaCom tamanho esplendorE as pastorinhasPra consolo da luaVão cantando na ruaLindos versos de amor Linda pastoraMorena da cor De MadalenaTu não tens penaDe mim Que vivo tontoCom o teu olharLinda criançaTu não me sais Da lembrançaMeu coração Não se cansaDe sempre E sempre te amar

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Espelho cristalino

essa rua sem céu, sem horizontesfoi um rio de águas cristalinasserra verde molhada de neblinaolho d’agua sangrava numa fontemeu anel cravejado de brilhantessão os olhos do capitão coriscoe é a luz que incendeia meu ofícionessa selva de aço e de antenasbeija-flor estou chorando suas penas derretidas na insensatez do asfalto mas eu tenho meu espelho

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A moça e o polvo

Havia a moça na tarde De besta me comovia Tão linda com seu cachorro E a noite mordia o dia E a violenta Ipanema Atropelando o poema Que nunca mais eu faria  Ai a solidão das capitais É um não vou, não vens, não vais Ela me olhava e não me via  E havia o povo na tarde De besta se iludia A moça, o

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A seca (Naná Vasconcelos, Alceu Valença, Dino Braia e Mércia Rangel)

A seca Nas patas do meu cavalo Galopei do meu sertão Vi a seca, vi a fome Lobisomem e assombração Riacho virou caminho Graveto virou tição E as pedras ardendo em brasa (Repete introdução) Asa Branca na amplidão Riacho virou caminho De pedras ardendo em fogo No poço secou a água Menino morreu sem nome

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Solidão

A solidão é fera, a solidão devora. É amiga das horas prima irmã do tempo, E faz nossos relógios caminharem lentos, Causando um descompasso no meu coração. A solidão é fera, a solidão devora. É amiga das horas prima irmã do tempo, E faz nossos relógios caminharem lentos, Causando um descompasso no meu coração. A

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Girassol

Mar e Sol Gira, gira, gira Gira, gira, gira, gira, girassol Um girassol nos teus cabelos Batom vermelho, girassol Morena flor do desejo Ah, teu cheiro em meu lençol!!! Desço pra rua, sinto saudade Gata selvagem, sou caçador Morena flor do desejo Ah, teu cheiro matador!!! Mar e Sol Gira, gira, gira Gira, gira, gira,

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Coração bobo

Meu coração tá batendo Como quem diz: “Não tem jeito!” Zabumba bumba esquisito Batendo dentro do peito… Teu coração tá batendo Como quem diz: “Não tem jeito!” O coração dos aflitos Pipoca dentro do peito O coração dos aflitos Pipoca dentro do peito… Coração-bôbo Coração-bola Coração-balão Coração-São-João A gente Se ilude, dizendo: “Já não há

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