Noel Rosa

Noel Medeiros Rosa é filho de Marta de Medeiros Rosa e Manuel Medeiros Rosa, nasceu no bairro de Vila Isabel (RJ) em 11 de dezembro de 1910. Noel Rosa foi um dos mais importantes cantores/compositores da história da música popular brasileira. Compôs mais de 300 canções em seu pouco tempo de vida, entre elas estão marchinhas e sambas.

Junto com os músicos Braguinha, Almirante, Henrique Brito, Alvinho e Henrique Domingos formou, em 1929, o grupo chamado Bando de Tangarás. Ainda no mesmo ano, o conjunto gravou seu primeiro disco, com fortes influências da música sertaneja. A banda fez inúmeras apresentações em bares, rádios e teatros. Noel Rosa entrou na faculdade de medicina em 1931 e, no ano seguinte, já não frequentava mais a instituição de ensino. Durante o período gravou mais de 20 músicas enquanto ainda estudava. 

Conhecido como “O poeta da Vila”, Manuel Rosa era admirado por todos que produziam música popular. Era frequentemente procurado para realizar parcerias e tocar em outros conjuntos. Entre as principais músicas e colaborações em sua carreira estão: Com Que Roupa, seu primeiro sucesso, Conversa de Botequim, Feitiço da Vila e Fita Amarela.

Quem ri melhor

Pobre de quem já sofreu nesse mundoA dor de um amor profundoEu vivo bem sem amar a ninguémSer infeliz é sofrer por alguémZombo de quem sofre assimQuem me fez chorarHoje chora por mimQuem ri melhor é quem ri no fim Felicidade é o vil metal quem dáHonestidade ninguém sabe aonde estáAcaba mal quem é ruimPois […]

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Mulher indigesta

Mas que mulher indigesta!(Indigesta!)Merece um tijolo na testaEssa mulher não namoraTambém não deixa mais ninguém namorarÉ um bom center-half pra marcarPois não deixa a linha chutarE quando se manifestaO que merece é entrar no açoiteEla é mais indigesta do que pratoDe salada de pepino à meia-noiteEssa mulher é ladinaToma dinheiro, é até chantagistaArrancou-me três dentes

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Onde está a honestidade

Você tem palacete reluzenteTem jóias e criados à vontadeSem ter nenhuma herança nem parenteSó anda de automóvel na cidade E o povo já pergunta com maldade:Onde está a honestidade?Onde está a honestidade? O seu dinheiro nasce de repenteE embora não se saiba se é verdadeVocê acha nas ruas diariamenteAnéis, dinheiro e até felicidade Vassoura dos

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Voltaste (Pro Subúrbio)

Voltaste novamente pro subúrbio Vai haver muito distúrbio Vai fechar o botequim Voltaste E o despeito te acompanha E te guia na campanha Que tu fazes contra mim O guarda que apitava ressonando Anda alerta envergando O seu capote de lã Voltaste Para fabricar defunto Para fornecer assunto Aos diários da manhã Voltaste Novamente sem

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Vitória

Antes da vitória, não se deve cantar glória Você criou fama, deitou-se na cama… Eu que não estou dormindo Vou subindo, vou subindo enquanto você vai decaindo. Antes da vitória, não se deve cantar glória Você criou fama, deitou-se na cama… Eu que não estou dormindo Vou subindo, vou subindo enquanto você vai decaindo. Quero

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Vai Pra Casa Depressa (Cara ou Coroa)

Vai pra casa depressa Vai prevenir teu senhor Que vou cumprir a promessa Que fiz de possuir teu amor. Não quero ser um covarde Volta depressa pro teu barracão Antes que seja bem tarde Para salvar a tua situação. Quando a mulher desequilibra Dois malandros que têm fibra, Só há uma solução: Pra que brigar

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Três Apitos

Quando o apito da fábrica de tecidos Vem ferir os meus ouvidos Eu me lembro de você Mas você anda Sem dúvida bem zangada Ou está interessada Em fingir que não me vê Você que atende ao apito de uma chaminé de barro Porque não atende ao grito Tão aflito Da buzina do meu carro

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Taí

Taí Eu fiz tudo pra você gostar de mim Ah meu bem não faz assim comigo, não Você tem, você tem Que me dar seu coração Meu amor, não posso esquecer Se dá alegria, faz também sofrer A minha vida foi sempre assim Só chorando as mágoas que não tem fim A minha vida foi

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Picilone

Yvone (Yvone) Yvone (Yvone) Eu ando roxo Pra te dizer um picilone Já reparei outro dia Que o teu nome, ó Yvone Na nova ortografia Já perdeu o picilone É pra ganhar simpatia Que todo mundo se abaixa Pra te fazer cortesia Com os olhos fora da caixa Tem uma vida folgada Não faz mais

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Nêga

Nêga… Nêga… Já te dei tudo Agora chega Chega pro cordão Que eu sopro nos metá Pois eu sou da banda Do Batalhão Navá. Tu é nêga prosa Tu não é palpiteira Não vai á macumba Não dança em gafieira. Pode vir chegando Meu bem para o cordão Mas traz a bandeja Pra recolher tostão.

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Mentir

Mentir, mentir Somente para esconder A mágoa que ninguém deve saber Mentir, mentir Em vez de demonstrar A nossa dor num gesto ou num olhar Saber mentir é prova de nobreza Pra não ferir alguém com a franqueza Mentira não é crime É bem sublime o que se diz Mentindo para fazer alguém feliz É

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Lataria

Diálogo inicial: Almirante:Como é ,pessoal, Vamos fazer uma batucada? João de Barro:Vambora.Mas Cadê o pandeiro? Eduardo Souto: Pandeiro nada! Lata veia ta aí à beça. João de Barro: Todos vambora! Já que não temos pandeiro Pra fazer nossa batucada, Fabriquei o meu pandeiro Com lata de goiabada. ALMIRANTE: Pra poder formar no samba Para entrar

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Ingênua

Talvez eu lhe diga um dia Toda a melancolia de um coração Todo este sofrimento Que agora experimento Nesse infeliz momento De tão acerba dor Que crueldade! Eu era um sonhador Ela não entendeu meu amor Qual a razão Por que minha paixão Não a pode comover? Somente o Criador sabe do amor Que consagrei

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Gago Apaixonado

Mu-mu-mulher, em mim fi-fizeste um estrago Eu de nervoso estou-tou fi-ficando gago Não po-posso com a cru-crueldade da saudade Que que mal-maldade, vi-vivo sem afago Tem tem pe-pena deste mo-moribundo Que que já virou va-va-va-va-ga-gabundo Só só só só por ter so-so-sofri-frido Tu tu tu tu tu tu tu tu Tu tens um co-coração fi-fi-fingido

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Foi Ele

Quem roubou o meu capão de estimação? Foi ele… Quem abriu o meu portão para o ladrão? Foi ela… Depois ele tropeçou… ô… ô Mas meu galo não se machucou Quem parou porque a carroça atropelou? Foi ele… Foi um galo que cantou… có… có…ró…có Um cachorro que acordou… au, au, au, au, au… Quem

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Finaleto

Helena, linda flor de Cascadura Escravo sou da tua formosura Por ti serei poeta e trovador Eu dou a vida pelo teu amor Meu belo condutor de Cascadura Bancaste muitas vezes cara-dura Por ti fujo da casa do meu pai E vou casar contigo no Uruguai Bem que eu desconfiei de ti, sabido, Mas a

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Felicidade

Felicidade! Felicidade! Minha amizade foi-se embora com você Se ela vier e te trouxer Que bom, felicidade que vai ser! Trago no peito O sinal duma saudade Cicatriz de uma amizade Que tão cedo vi morrer Eu fico triste Quando vejo alguém contente Tenho inveja dessa gente Que não sabe o que é sofrer (Felicidade…)

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É Peso

É peso, estou pesado O meu viver é uma sentença Que eu fui condenado a cumprir Esta pena o remorso condena Eu serei sentenciado Se eu soubesse que a saudade Não se esquece nem querendo Não deixava essa amizade Para não ficar sofrendo Hoje eu quero e não me queres, E o remorso que me

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Dona Aracy

Dona aracy! dona aracy! Quero saber: Como anda isso por aí? Como vai o seu malhado? Seu marido em certidão Inda está desconfiado (inda está desconfiado) Que é lesado pelo irmão. Como vai a sua filha? Qua namora no porão Se a senhora não estrilha (se a senhora não estrilha) Quero uma apresentação. Como vão

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De Babado

REFRÃO: De babado, sim Meu amor ideal Sem babado não. Seu vestido de babado, Que é de fato alta-costura, Me fez sábado passado Ir a pé a Cascadura. (E voltei de cara-dura!) REFRÃO Com um vestido de babado Que eu comprei lá em Paris Eu sambei num batizado Não dei palpite infeliz. (Você não viu

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Cordiais Saudações

(Cordiais saudações…) Estimo que este mal traçado samba Em estilo rude, Na intimidade Vá te encontrar gozando saúde Na mais completa felicidade (Junto dos teus, confio em Deus) Em vão te procurei, Notícias tuas não encontrei, Eu hoje sinto saudades Daqueles dez mil réis que eu te emprestei. Beijinhos no cachorrinho, Muitos abraços no passarinho,

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Coração (Samba Anatômico)

Coração Grande órgão propulsor Transformador do sangue venoso em arterial Coração Não és sentimental Mas entretanto dizem Que és o cofre da paixão Coração Não estás do lado esquerdo Nem tampouco do direito Ficas no centro do peito – eis a verdade! Tu és pro bem-estar do nosso sangue O que a casa de correção

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Cidade Mulher

Cidade de amor e aventura Que tem mais doçura Que uma ilusão Cidade mais bela que o sorriso, Maior que o paraíso Melhor que a tentação Cidade que ninguém resiste Na beleza triste De um samba-canção Cidade de flores sem abrolhos Que encantando nossos olhos Prende o nosso coração Cidade notável, Inimitável, Maior e mais

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Araruta

Tu pedes Mandando “Faça o favor” a tua boca nunca diz. Tu cedes Negando Com esses olhos que para mim são dois fuzis. Sou mole, Manhoso, Teus impropérios retribuo com brandura Pois água mole Na pedra dura tanto bate até que fura! Tu beijas Mentindo A tua boca beija e mente sem sentir. Desejas Sorrindo

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Ao Meu Amigo Edgar (c/ João Nogueira)

Ja’ apresento melhoras Pois levanto muito cedo E deitar as nove horas Pra mim ja’ eh um brinquedo A injecao me tortura E muito medo ‘me mete’ Mas minha temperatura Nao passa de 37 Nessas balanças mineiras De variados estilos ‘Trepei’ de varias maneiras E pesei 50 quilos Deu resultado comum O meu exame de

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Agora

Agora, quem chora é quem me fez sofrer Eu bem sabia que tu ias padecer Hoje te vejo penando e procurando Quem queria contigo viver Tenho certeza De que pensas em voltar Mas, que tristeza! Já cansei de perdoar. Tu foste embora, Amezinaste minha vida, Só por isso vou agora Bendizer tua saída. Sempre vivi

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Adeus

Adeus! Adeus! Adeus! Palavra que faz chorar Adeus! Adeus! Adeus! Não há quem possa suportar Adeus é bem triste, que não se resiste Ninguém jamais com adeus, pode viver em paz (Foi o último…) Adeus! Adeus! Adeus! Palavra que faz chorar Adeus! Adeus! Adeus! Não há quem possa suportar Pra que foste embora? Por ti,

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Fita Amarela

Quando eu morrer, não quero choro nem vela Quero uma fita amarela gravada com o nome dela Se existe alma, se há outra encarnação Eu queria que a mulata sapateasse no meu caixão Não quero flores nem coroa com espinho Só quero choro de flauta, violão e cavaquinho Estou contente, consolado por saber Que as

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