Alo, alo amigos vamos ser realistas
Sabemos que a morte ela não marca hora
Aqueles que quiserem falar depois da vida
Terá que escrever antes lhe explicando agora
E como eu queria falar depois da morte
Então estou falando que eu já sou outrora
Dizendo adeus amigos meus fãs meus familiares
Meu coração parou já estou indo embora
Televisões e rádios vocês estão ouvindo
Também vê minha foto em todos os jornais
Dizendo que eu morri e é pura verdade
O dono desta voz já não existe mais.
Aqueles que puderem venham em meu velório
Amigos e parentes meu fãs venham também
O último adeus eu quero de vocês
Será o maior presente que eu levo pro além
Será a última noite que eu passo com vocês
Deitado em minha caixa junto aos que eu quero bem
Não e preciso choro sorriam para mim
Responde em meu silêncio, depois o padre vem
Encomendar meu corpo pra Deus lá no infinito
Depois peguem nas alças, carreguem o meu caixão
Me levem por favor pra última morada
Cantando a minha música de gaita e violão.
“Quero que as duplas cantem, em dueto chore os aís
Quero um bom declamador, se não e pedir demais
Quero dois bons trovadores em dez minutos de rima
Enquanto o povo me atira todas as flores por cima
Não ponha- me na parede, quero o túmulo sobre o chão
Meu busto de bronze encima, abraçado ao violão
O busto será mais tarde, fazer a família mande
Marque o lugar que descansa, o cantador do Rio Grande.’
Aqui fica meu corpo minha alma vai pro céu
Pagar os meus pecados se eu fui pecador
Se eu puder voltar espiritualmente
Quero fazer o bem ao povo sofredor
Aonde houver crianças cuidando as estarei
Curando as enfermas amenizando a dor
As que tiverem fome arranjarei o pão
Me ajude a fazer isso meu cristo salvador
Cantores e cantoras também vou proteger
Cantar foi o que eu fiz quando na terra andei
Chame pelo meu nome quem precisar de mim
Se deus me der licença contigo eu estarei.
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