Análise de Letras

Terra seca

Trabáia nêgo!


O nêgo tá, moiado de suó
Trabáia, trabáia, nêgo!
Trábaia, trabáia nêgo!


As mãos do nêgo tá que é calo só
Trabáia, trabáia nêgo!
Trabáia, trabáia, nêgo!


Ai! Meu sinhô, nêgo tá véio, 
Não agüenta!
Essa terra tão dura, tão seca, poeirenta...


Trabáia, trabáia nêgo!
Trabáia, trabáia, nêgo!


O nêgo pede licença prá falá
Trabáia, trabáia, nêgo!
Trabáia, trabáia, nêgo!
Nêgo não pode mais trabaiá


Quando o nêgo chegou por aqui
Era mais vivo e ligeiro que o saci
Varava estes rios, estas matas, estes campos sem fim
Nêgo era moço, e a vida, um brinquedo prá mim


Mas esse tempo passou
Essa terra secou ô ô
A velhice chegou e o brinquedo quebrou


Sinhô, nêgo véio tem pena
De têr-se acabado!
Sinhô, nêgo véio carrega
Este corpo cansado


Pois esse tempo passou
Essa terra secou ô ô
A velhice chegou e o brinquedo quebrou


Sinhô, nêgo véio tem pena
De têr-se acabado!
Sinhô, nêgo véio carrega
Este corpo cansado


Nêgo cantou!
Ogum!

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