Maldito Hippie Sujo

Ei patrão, olha só quem vem ali
O hippie da cidade não quis ir embora não
Não dá pra acreditar que ele ainda está de pé
E caminhando em nossa direção
Foi muita coragem ter aparecido aqui
De certo a nossa língua não entende muito bem
Sempre que dissermos “saia” é pra sair
Mas se quiser ficar, pois bem

A discussão é natural em qualquer desentendimento
E tudo é só questão de opinião
Exatamente como eu estava lhe dizendo
Maldito hippie sujo
Quero que vá embora
Saia já daqui!

Ei patrão não sei mais o que fazer
Quanto mais eu bato nele, mais ainda ri de mim
Tava desde ontem pendurado pelas mãos
E nem parece achar ruim
Ei seu hippie imundo, o que há de errado com você?
Querendo esculhambar com a tradição do nosso povo
Pega o marcador de gado lá pra gente ver
Se ele vai aparecer aqui de novo

A discussão é natural em qualquer desentendimento
E tudo é só questão de opinião
Exatamente como eu estava lhe dizendo
Maldito hippie sujo
Quero que vá embora
Saia já daqui!

Ei patrão, não sei como lhe dizer
Mas eu vi mais de quarenta deles vindo pelo rio
Sei que lá no alto na estrada tinha uns cem
Ali no pasto, mais de mil
E o hippie se levanta e diz: “agora é minha vez!”
Quero que vocês, porcos, ouçam muito bem
É bom que amem mesmo a terra de vocês
Pois daqui não vai sair ninguém

Em pouco menos de uma hora já estavam todos mortos,
Todos espalhados pelo chão
De tudo isso resta o ódio como herança,
Nada de esperança
Só mais uma historia e que não acaba aqui


Letra Composta por: Donida
Melodia Composta por:
Álbum: MÚSICA PARA BEBER & BRIGAR
Ano: 2003
Estilo Musical:

12 comentários em “Maldito Hippie Sujo”

  1. Ele fala com o diabo (lúcifer, capeta, demônio, como acharem melhor) que é o patrão sobre Jesus (maldito hippie sujo como é chamado por alguns ateus). E no fim quem morre são os que estão servindo o diabo. Resumindo é isso.

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  2. Não acho que seja propriamente do diabo que ele fala, mas das sociedades pagãs que, primeiro, oprimiram o cristianismo (em Roma), mas, depois, foram elas as oprimidas/dizimadas. O “hippie” é Jesus, mas não é necessariamente a voz dele, mas dos seguidores, do movimento.

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  3. Não levei bem por esse lado religioso dos comentários anteriores. Apenas achei que a musica falava sobre uma situação onde uma certa sociedade (ou um grupo dela)não gostavam dos hippies, ai como um deles apareceu pela cidade, o “patrão” (no caso uma pessoa com bastante dinheiro, e que meio que governava a cidade, não necessariamente um prefeito ou coisa do tipo) mandou capturar e tortura esse hippie, só que o que os capangas do patrão e o próprio não contavam é que o hippie não estava sozinho, e ele disse “É bom que amem mesmo a terra de vocês Pois daqui não vai sair ninguém” e se vingou de toda a cidade, e no final um dos “funcionários” do patrão diz “De tudo isso resta o ódio como herança,Nada de esperança Só mais uma historia e que não acaba aqui”, ou seja um dia as pessoas daquela cidade se vingaram desses hippies. Pelo o que entendi foi isso.

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  4. Visto o nome do album em que eu conheci a música (“Música para beber e brigar”), a mensagem por trás da letra não deve ser muito mais do que ela diz, apesar de interpretações como a de Jesus ser o “hippie” serem totalmente válidas.

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  5. Ele fala sobre o MST (Moviemento Sem Terra). No caso os hippies são os Sem Terra, que estão invadindo as terras de, provavelmente, um grande latifundiário. A ordem foi dada para irem embora, mas como se recusaram a sair, acabaram sendo mortos pelos empregados desse latifundiário.

    Pra mim fica bem claro que se refere ao MST, principalmente por esses trechos: “hippie da cidade”, “querendo esculhambar com a tradição do nosso povo” e “É bom que amem mesmo a terra de vocês Pois daqui não vai sair ninguém”

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  6. Não, acho que não tem a ver com com o criatismo. No final ele fala
    “Todos espalhados pelo chão
    De tudo isso resta o ódio como herança,
    Nada de esperança
    Só mais uma historia e que não acaba aqui”

    se fosse sobre a perseguição cristã, será se restou o ódio como herança do cristianismo ao mundo, se tornou uma das religiões mais presentes no mundo, e que influenciou as pessoa a justamente lutarem contra o ódio, de qualquer jeito mesmo que os cristãos lutassem iria haver outra herança que não ódio? então por isso acho que não é uma crítica ào cristianismo.
    Deve ser sobre o MST mesmo, ele também fala “Só mais uma história, e que não acaba aqui” dando a ideia de que é um problema recorrente e que ainda assola a atualidade, como os sem terra não tem nenhum idealismo sobre ódio ou amor no mundo, suas tentativas de invasão de terra não deixam outra mensagem que não ódio, não significam esperança nem para eles nem para quem vê de fora, e é um problema que vai continuar e continua acontecendo, como ele disse: só mais uma história e que não acaba aqui”.

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  7. Bom eu não acredito q tenha nada a ver com religiosidade ou MST eu realmente acredito q não passa do a letra diz uma sociedade de pessoas q não gostam dos hippies e um determinadao hippie spareceu e se sucederam os fatos ppresentes na musica!

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  8. Sendo simples e objetivo, penso que essa música fala de intolerância e a violência que acontece em função dela. Isso através de um conflito comum entre conservadores e questionadores (por falta de um termo melhor) levado ao extremo, de modo esdrúxulo e muito divertido!

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  9. Deixando a mente viajar livremente, essa música me faz refletir sobre a possibilidade de uma violência latente no ser humano, independe de cultura e ideologia, tendo o ódio como um dos maiores motivadores de qualquer pessoa.
    Uma visão bem hobbesiana. Basta algum isolamento da sociedade, já que o cenário é uma propriedade rural particular, para que a guerra de todos contra todos tenha seu lugar.

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    1. Vinícius Ferreira

      eu tenho essa MESMA DÚVIDA hahaha!! ouço essa música desde criança e nunca soube exatamente quem morreu, os + de 1140 hippies ou os funcionários e o patrão kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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