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Brixton, Bronx ou Baixada

O que as paredes pichadas têm prá me dizer
O que os muros sociais têm prá me contar
Porque aprendemos tão cedo a rezar
Porque tantas seitas têm, aqui seu lugar

É só regar os lírios do gueto que o Beethoven
Negro vêm prá se mostrar
Mas o leite suado é tão ingrato que as gangues
Vão ganhando cada dia mais espaço

Tudo, tudo, tudo ,tudo ,tudo ,tudo , tudo ,todo igual
Brixton, Bronx ou Baixada (refrão)

A poesia não se perde ela apenas se converte
Pelas mãos no tambor

Que desabafam histórias ritmadas como único
Socorro promissor

Cada qual com seu James Brown
Salve o samba, hip-hop, reggae ou carnaval
Cada qual com seu Jorge Bem
Salve o jazz, baião, e os toques da macumba
Também
Da macumba também

A Todas as Comunidades do Engenho Novo

Eu moro na comunidade do Engenho Novo
À todas as comunidades do Engenho Novo

Tenho referencial para chegar no
Bairro então
Souza Barros 24 e a Marechal Rondon
Tem Buraco do Padre para quem
Quiser passar
Tem igreja Conceição para quem
Quiser rezar

À todas as comunidades do Engenho Novo
Eu moro na comunidade do Engenho Novo

Em todo lugar pela-saco tem
No Engenho não é diferente
Tem pela-saco também
Pra não parecer que é marra minha,
Meu irmão no Engenho tem gente fina
Gatinha e sangue bom
Todo mundo diz que o funqueiro
É um animal
Pela-saco falador tem tudo que
Tomar um pau
Quando chega a tarde a sensação
É o futebol
E a noite com a gatinha
Curtir um baile na moral

É, a todos os bailes eu quero agradecer
Tem Sargento, Magnatas e também
o Garnier
Céu Azul, Matriz, Rato Molhado, Jacaré,
São João, Mangueira, Sampaio, fiquei na fé

Cabeça feita em casa ou em qualquer lugar
Pra quem gosta do assunto vamos
Logo “shapear”
Quando chega a tarde
No Parque Santos Dumont
Pra quem não conhece o Engenho
Tá convidado sangue bom

Eu moro na comunidade do Engenho Novo,
À todas as comunidades do Engenho Novo

Partideiro que é partideiro não
Pode vacilar
Quando entra no samba tem
Que versar
Quando entra no samba
Não pode ficar de blá-blá-blá
Muitas pessoas vão se
Influenciar
E vão falar pra você
Não aparecer mais por lá
Só que a questão
Camarada sangue bom
É tudo sem interesse
É tudo de coração
Quem fuma, quem fuma,
Quem bebe, quem cheira
Tem que chegar no sapatinho
E não ficar de bobeira

Porque quem está lá em cima
Não tá de vacilação
Está de olho no movimento
Está de olho na situação

Quem está lá em cima
Não está de bobeira não
Está ligado no movimento
Está ligado na situação

Morteiro na mão,
Estrondo no ar
Avisando que a polícia
Qualquer hora vai chegar

O morro amado
Ao mesmo tempo temido
Do comandado por irmãos
Comandado por amigo
Só que a questão
Camarada sangue bom
É tudo sem interesse
É tudo coração

Como já dizia Cartola
As rosas não falam
Se eles choram
Por que é que eu vou chorar
Eu vou me emocionar
Quando a minha escola
Na avenida entrar
Mostrando ao mundo
O que eu quero ver

Como já dizia Renatinho,
Valtinho, Cotoco
É mangueira verdadeira
Área de lazer

Quarta e sexta-feira
Rola o futebol
O morro desce em peso
Pra jogar na moral
A regra aqui uma falta
Não existe
Se não gostou vacilão
Fica de fora e assiste

É, eu moro lá, eu moro lá,
Engenho Novo, Engenho Novo

Whisky para um Condenado

Rápido garçom, me traga seu melhor whisky
Esse seu amigo aqui só tem mais meia hora
Até que diabo descubra que morri
E venha me levar embora

Desculpe garçom pela pressa
Mas eu não tenho outra saída
Eis todo meu dinheiro
Traga-me tudo em bebida

O pouco tempo que me resta
Que seja bem aproveitado
Não faço questão de festa
Mas quero estar embriagado

Nada eu levo da vida
O que eu tenho é o que há no meu carro
Meus vinte melhores amigos
Estão num maço de cigarros

Adeus meu bom amigo
Adeus e muito obrigado
Espero beber contigo
No bar que há lá do outro lado.

Tombstone City

Bom dia é uma cerveja de manhã
Uma dose de conhaque e tudo bem
E com o sol a pino no deserto em Tombstone
Sóbrio e acordado não há ninguém

Toda diversão que imaginar
Bebendo que o diabo é mais feliz
E lá no fim do fundo do inferno fica o bar
Não tem copo, você bebe nos barris

E confusão, sinuca e black jack
Com quarenta dançarinas de Paris
É meu camarada, aqui é Tombstone City
E toda noite é o mal pela raiz

Bom dia é uma cerveja de manhã
Uma dose de conhaque e tudo bem
E com o sol a pino no deserto em Tombstone
Sóbrio e acordado não há ninguém

Toda diversão que imaginar
Bebendo que o diabo é mais feliz
E lá no fim do fundo do inferno fica o bar
Não tem copo, você bebe nos barris

E confusão, sinuca e black jack
Com quarenta dançarinas de Paris
É meu camarada, aqui é Tombstone City
E toda noite é o mal pela raiz

Todo Ódio da Vingança de Jack Buffalo Head

Meio dia eu pego o trem
Que dessa cidade eu já cansei
Toda puta eu já comi
E o que tinha de roubar eu já roubei

Sei lá, eu tava muito doido
Quando eu botei fogo no salloon
E não sobrou nenhum
Até o xerife matei
Com uma garrafa de rum
Aumenta a recompensa por assassinato,
Vil fora-da-lei

Nunca ouvi mamãe dizer
Deixe as armas em casa que é melhor
E aprenda a atirar bebum
Pra de noite não levar a pior

Quem vai me dizer se eu tô errado
Se eu tô vivo e muito bem
E não tem pra ninguém
Quem tentou me segurar
Pro inferno mandei
Procurado vivo ou morto
No retrato até que eu fiquei bem

Todo ódio da vingança de Jack Buffalo Head

Tempo Ruim

Ergam seus copos por quem vai partir
Longo será o caminho a seguir
Nada será como costuma ser
Nada vai ser fácil pra você

Não faça o mesmo que fez o seu pai
Não leve armas lá onde vai
Tantos eu já vi pagando pra ver
Não dá tempo de se arrepender
Nada que já não deva saber
Não há nada que não possa ter

Quero que a estrada venha sempre até você
E que o vento esteja sempre a seu favor
Quero que haja sempre uma cerveja em sua mão
E que esteja ao seu lado, seu grande amor

Eu me despeço de todos vocês
Muitos aqui não verei outra vez
Fora o inverno e o tempo ruim
Eu não sei o que espera por mim
Mas pouco importa o que venha a ser
Se eu tiver um dia a quem dizer

Quero que a estrada venha sempre até você
E que o vento esteja sempre a seu favor
Quero que haja sempre uma cerveja em sua mão
E que esteja ao seu lado, seu grande amor.

Taberneira, Traga o Gim

Eu tinha tanto a lhe dizer
Pena que você não queira nem saber
Passa direto por mim
Toda vida foi assim
Mas tudo bem não tem nada não

Só me trata com desdém
Diz na minha cara que eu não sou ninguém
Desde a primeira vez
Que você fugiu de mim
Fica a cada drink mais bonita
E eu fico me lembrando o tempo todo de você
Que fica a cada drink mais bonita
E agora toda a noite eu vou, vou, vou
É pro bar

Taberneira, traga o gim
Tem uma mulher aí
Que não quer mais saber de mim
Taberneira, não me deixei aqui sozinho
Vem me traga uma ânfora de vinho

Eu tinha tanto a lhe dizer
Pena que você não queira nem saber
Passa direto por mim
Toda vida foi assim
Mas tudo bem não tem nada não

Só me trata com desdem
Diz na minha cara que eu não sou ninguem
Desde a primeira vez q você fugiu de mim
Fica a cada drink mais bonita
E eu fico me lembrando o tempo todo de você
Que fica a cada drink mais bonita
E agora toda a noite eu vou, vou, vou
É pro bar

(3x)
Taberneira traga o gim
Tem uma mulher aí
Que não quer mais saber de mim
Taberneira não me deixei aqui sozinho
Vem me traga uma ânfora de vinho

Santanico

Podia ser só mais um lindo entardecer em San Miguel
Se eu não soubesse o que acontece quando a lua está no céu
Mas quem mora por ali sabe bem como as coisas são
Sei que essa noite eles virão
E não vai sobrar nada de ninguém

Mas somente o velho lembra como tudo aconteceu
Ele era novo no momento em que o primeiro apareceu
Mas quem mora por ali sabe bem como as coisas são
Sei que essa noite eles virão
E não vai sobrar nada de ninguém

E não a nada que os detenha quando a noite cai
E nem nada que os acalme quando a lua cheia sai
(2X)

Podia ser só mais um lindo entardecer em San Miguel
Se eu não soubesse o que acontece quando a lua está no céu
Mas quem mora por ali sabe bem como as coisas são
Sei que essa noite eles virão
E não vai sobrar nada de ninguém

E não a nada que os detenha quando a noite cai
E nem nada que os acalme quando a lua cheia sai
(2X)

Santa Madre Cassino

Quem se lembra de El Diablo de Chee O’Wawa
Naquela noite no convento em San José
Teve a lenda do seu nome escrita à bala
Em meio à comemoração do festejo de Santa Fé

Se me disser – Vai!
Cair no mal – Vai!
Rawhide!
Uma noite se passou
E o convento então virou
Santa Madre Cassino

Freqüentava só o pior da bandidagem
A noite a dentro nas mesas de vinte e um
As capetas de calcinha-sacanagem
E ninguém podia ir embora sem que estivesse bebum

Se me disser – Vai!
Cair no mal – Vai!
Rawhide!
Uma noite se passou
E o convento então virou
Santa Madre Cassino
(x2)

Sabendo Que Posso Morrer

Não deveria fazer o que eu faço
Passar o que eu passo,beber o que
Eu bebo
Não deveria dizer o que eu digo
Vivendo em perigo,o que é que eu
Recebo?

Coisas que eu faço sabendo que
Eu posso morrer
Coisas que eu faço na hora em que
Eu penso em você

Não saberia dizer o que eu quero
Quem eu espero,em quem acredito
Não saberia dizer o que vejo
Quando eu desejava era ter destruído

Coisas que eu faço sabendo que
Eu posso morrer
Coisas que eu faço na hora em que
Eu penso em você

Não poderia ser de outro jeito
O que eu tenho feito não é bonito
Não poderia ser diferente
Com toda essa gente me olhando
Esquisito.

Coisas que eu faço sabendo que
Eu posso morrer
Coisas que eu faço na hora em que
Eu penso em você

Não deveria fazer o que eu faço
Passar o que eu passo,beber o que
Eu bebo
Não deveria dizer o que eu digo
Vivendo em perigo,o que é que eu
Recebo?

Coisas que eu faço sabendo que
Eu posso morrer
Coisas que eu faço na hora em que
Eu penso em você x2

Rio de Whisky

Lá de cima onde desce o rio de whisky
E até lá embaixo nos campos de algodão
São as terras do velho doido Willie
Pior da família, matador e beberrão

Country hardcore no celeiro
E tudo o que há de ruim no Tenessee
Do mais fundo e obscuro lado negro
Ye ole,Thunder Dope Hardcore Jamboree

Dia treze, meia-noite, sexta-feira
E o baile começando em pleno ritual vodu
Do índio escalpelado o que sobrou foi a caveira
Servindo de garrafa com sangue de belzebu
Com o uivo do coiote em lua cheia
E os ventos da má sorte que sopram do Dellaware
Todos os ladrões de banco que fugiram da cadeia
Dando tiro pro alto, bebendo e batendo o pé

Ressaca Sem Fim

Violenta, imoral, injustificável
Qualidades da cachaça que acabou comigo
Consciente da ruína desse estado lamentável
Posso dizer que vou parar, mas eu sei que não consigo

Ressaca sem fim

Muita dor de cabeça
Puro gosto de gin
Sede insaciável
Maldita ressaca sem fim

Convivendo com a verdade do dia seguinte
As idéias que eram boas são insuportáveis
A mulher que era linda vai ficando muito feia
Os que eram seus amigos são apenas miseráveis

Quem Perde Sai

Aproveita agora pra fazer piada
Por que você vai sair daqui sem nada
E como você vai voltar pra casa,eu não
Sei

Quando você blefa sua mão se move
Agora eu sei que você não tem mais
Que um par de noves
E eu tenho um four de reis

Gostou de apostar
Mas quando todo seu dinheiro acabar
Você vai repensar
Tudo aquilo que fez
E que não fez
E que não vai

Quem perde sai
Fica só quem sabe jogar
Cada um que saiba de si
Pague e desocupe o lugar

Só de ficha aqui vai um dinheiro forte
Acho que alguém vai precisar de sorte
Se não tiver o jogo na sua mão

Não quero aqui te chamar de otário
Mas você já tá fora desse páreo
E o que é hilário,você já perdeu sua
Mansão.

Quem Leva a Sério o Que?

Desconheço quem tenha razão
Acho perda de tempo qualquer
Discussão
Em defesa daquilo que o serve
Muito se fala,pouco se escreve
Há quem saiba o que ninguém mais sabe
E quem veja o que ninguém mais vê

Quem leva a sério o quê?
Quem quer saber de quê?
Quem pode me dizer
Como exatamente todo mundo deveria
Ser

Coerência na persuasão
Pré-estabelecida está a conclusão
Se eu falar sobre o que não entendem
Poucos escutam,muitos se ofendem
A verdade é que não há verdade
Tudo é porque não há não ser.

Quanto Mais Feio

Eu acordava todo dia ouvindo tiro
Minha mãe da janela e o meu pai do meu quintal
Trocando bala com os vizinhos lá de cima
Aqui por essas bandas nada é mais tradicional
Eles queriam meu futuro diferente
Longe da miséria do meu pai, do meu avô
Mas eu cresci fazendo tudo exatamente
Do jeito mais errado, do jeito mais horror

E quanto mais sujo mais ela me ama
Mais ela me quer
E quanto mais sujo mais ela me ama
Mais forte eu vejo o brilho nos olhos dessa mulher
E por aí vai!

Se você acha que onde eu vivo é lamacento
Pro seu conhecimento para mim é como um lar
Depois que pára de chover começa o vento
E anoitece antes de qualquer outro lugar
Há quem duvide que ela não reclame disso
Por que outro motivo ela sempre acorda aqui
Vem sorridente me trazer café na cama
Tem mais de uma semana que eu não sei o que é sair

E quanto mais sujo mais ela me ama
Mais ela me quer
E quanto mais sujo mais ela me ama
Mais forte eu vejo o brilho nos olhos dessa mulher
E por aí vai!

Quanto mais feio, quanto mais sujo
Quanto mais forte o bafo
Mais ela gosta de mim
Quanto mais feio, quanto mais sujo

Quando Bebe Desse Jeito

Segunda-feira, dia do bebum profissional
Mal a noite cai, já vai cair no mal
Nunca vai faltar um bom motivo pra quem quer se divertir
Não precisa de momento nem de ocasião
Todo dia é dia, é só chamar que vai
Tudo que não presta, certamente, deixa a vida mais feliz

Sabe bem como é que fica
Quando bebe desse jeito
Qualquer coisa você briga e xinga
E não tem mais respeito por ninguém
Depois acaba arrebentado
E acorda com a lambida do cachorro
Mas eu sei que vai fazer tudo de novo
Antes da hora do jantar

Conhecido no emprego como o “volto já”
Todo mundo sabe onde é o logo ali
Que assunto muito sério é esse que precisa resolver
Quando volta vem o bafo a lhe denunciar
Pela cara nem precisa dar explicação
E o chefe da seção, já muito puto, querendo lhe bater

Mas falando no diabo, olha quem chegou
Acompanhado de uma bela depressão
A gente tava aqui, justamente falando mal de você
Pois se quando está feliz é ruim de segurar
Cheio de problema assim vai ser o cão,
É chato meu amigo, mas eu tenho a obrigação de lhe dizer

Pé na Porta, Soco na Cara

Pra quem já viu, não passa de um imbecil
Não tem ninguém com quem esteja de bem

Não te peço consideração
Ou você tem ou não
Antes havia mais gente ao redor
Hoje é cada vez mais só

E toda paciência um dia chega ao fim
Inevitavelmente isso termina assim

Ooooooooooooooooo na cara
Reto que arrebenta o nariz
Essa noite vai dormir feliz
Pé na porta e soco na cara

Achou, por bem, acabar com o dia de alguém
Então, sendo assim, tinha que escolher justo a mim

Conta o que eu não tenho, diz o que eu não posso
O que é meu é meu, o que é seu é nosso
Qualquer infeliz tem mais o que fazer
Só você não parece ter

E eu não tenho nada mais a lhe dizer
O papo com você agora tem que ser…

(refrão 2x)

Ooooooooooooooooo na cara
Ooooooooooooooooo na cara
Ooooooooooooooooo na cara
Ooooooooooooooooo na cara

Pandemonium

Essas coisas que acontecem todo dia
Sem motivo e nem razão
O garçom servindo a mesa
O outro pega, puxa e mete um cadeirão
Miolo e osso tudo misturado
Caem num prato de patê
Você vê que o talher à sua frente
Não é só para comer

Deu azar
Foi passar
Por aqui
Nunca vi
Nada assim
Tão ruim
Quem matei
Vou saber
Só depois

Não me lembro de nada
Não me conte o que eu fiz
Acordei de ressaca
Muito mais feliz

Essa voz na sua cabeça que não pára
E que não te deixa pensar
É o mal que te domina
Possuído, você só pensa em matar
Olha só pro restaurante inteiro
Que você sozinho detonou
E lembra da barbearia
Pela hora aquela porra não fechou

O Último Bar

O último bar quando fecha de manhã
Só me lembra que não tenho aonde ir.
Bourbon tenho demais,
Mas que diferença faz se você não está aqui pra dividir?

Nada hoje em dia é como costumava ser,
Do jeito que era divertido um tempo atrás.
Varava noite adentro pelos bares por aí,
Enchendo a cara e perturbando a paz.

Não é nenhuma novidade ficar uma semana sem dormir,
Em cada esquina tem um bar, em cada copo uma vontade de sumir de vez daqui.
Mas se eu voltei pra essa cidade, foi atrás de muito tempo que eu perdi.
E cada vez que passa um Cadilac eu fico procurando se é você a dirigir.

Toda noite tem sempre alguém pra lhe dizer,
Que mulher que vai querer te ver assim.
Pleno festival, mulherada, carnaval e eu aqui
Com uma garrafa já no fim.

(Repete)

O Chamado do Bar

Dia quente, pestilento, sem porquê.
Não consigo nem pensar no que fazer…
Eis que de repente eu vejo tudo melhorar,
Como se eu pudesse ouvir o copo me chamar!

Vem pro bar, vem pro bar, vem pro bar!
Vem pro bar, vem pro bar, vem pro bar!

Não devo nada pra ninguém,
Bebo se eu estiver a fim.
Minha vida é minha,
E a sua que se foda!

O Caminho da Escada e da Corda

Eu fui condenado a ser enforcado
Hoje ao meio dia pra sua alegria
Não me deram nada, nem mesmo um cigarro
Me jogaram pedra, mas passou de lado

Veio muita gente pra me ver morrendo
Bem na minha frente, para o reverendo
Oportunidade que eu diria rara
De chamar seu nome e cuspir na cara

Todos ao diabo, antes que eu me esqueça
Corda no pescoço, preço na cabeça
E não importa o que aconteça
Eu volto do inferno pra pegar todos vocês

Não sinto remorso, muito menos medo
Não contei os mortos, não guardei segredo
Não existe nada em que eu acredite
A minha verdade era a dinamite

Mesmo procurado por assassinato
Fui comer a puta, fui capturado
Eis me aqui agora, com o destino à frente
E uma bola de ferro presa na corrente.

Mesa de Saloon

Primeiro dia fora da cadeia estadual
Ela que eu encontro bem na porta a me esperar
Num conversível com motor ligado
Que acabara de roubar
De volta na estrada, hoje é comemoração
Um maço de cigarros e uma garrafa de gin
Saindo da cidade estacionou e disse:
“Espera aqui por mim”.

Movimentação estranha e tiroteio
Um saco de dinheiro voa no banco de trás
Agora são mais duas horas sem pisar no freio
Tanque cheio, pé embaixo, não me pega mais

Esse destino que de novo me enganou
Meu primeiro dia livre começou
Comigo em fuga outra vez

Foi numa mesa de bar que a conheci
Bem no meio do saloon me apaixonei
E logo na manhã seguinte eu descobri
Com ela eu não consigo mais viver dentro da lei

Tanto tempo tinha que eu não via um pôr-do-sol
Melhor seria sem tanta sirene atrás de mim
Há muito tempo que eu não via a confusão
Ficando feia assim
E toda hora entra mais um na perseguição
Há quase quatro dias dirigindo sem dormir
E mesmo com a estrada bloqueada
Ela não pára de sorrir

Passando pelo posto de gasolina
Em meio a um vazamento na tubulação de gás
Eu vou sentir saudades desses olhos de menina
A ponta de cigarro acesa voa lá pra trás
O meu relógio no minuto em que parou
Foi achado tão longe de onde estou
Com ela em paz sem mais ninguém

Foi numa mesa de bar que a conheci
Bem no meio do saloon me apaixonei
E logo na manhã seguinte eu descobri
Com ela eu não consigo mais viver dentro da lei
3x

Meio Psicopata

Estava parado, bebendo cerveja, sozinho na porta do bar
Mas como nada é perfeito, to vendo um sujeito que vem reclamar
Dizendo que a vaga em que eu tinha parado meu carro era particular,
Tinha um tal que é dono da rua, e fica na sua que o cara já ta vindo aqui,
Te matar…

É impressionante como eu nunca faço nada.
É sempre a confusão que vem até aqui.
Falo isso para o meu psiquiatra,
Mas é claro, ele não entende.

No dia seguinte parei a pick-up num posto perto daqui,
Não tinha placa dizendo que tipo de música devia ouvir,
Podiam pedir de maneira educada, mas preferiram latir.
Peguei a chave de roda que sempre resolve esse tipo de situação
Por aqui…

É impressionante como eu nunca faço nada.
É sempre a confusão que vem até aqui.
Falo isso para o meu psiquiatra,
Mas é claro, ele não entende.

Matarei

Não havia aquela hora mais ninguem no bar
Alem do garçon que arrumava ali
Esperei ate a ultima luz se apagar
Não me viu chegar não me viu sair
Tudo exatamente como eu planejei
Sabe o que acontece agora que matei

Matarei
Matarei
Matarei
Matarei

Num instante ouvi um tiro e tudo escureceu
Todo chão se foi tudo mais se foi
Teve so tempo de ouvir o que eu tinha a dizer
Pra lembrar de mim antes de morrer

Tudo exatamente como eu planejei
Sabe o que acontece agora que matei

Matarei
Matarei
Matarei
Matarei

Tudo exatamente como eu planejei
Sabe o que acontece agora que matei

Matarei
Matarei
Matarei

Matanza em Idaho

Ye, ye, ye.
A coisa não vai bem
Não sobro quase nada de sayem
O terror acabou com bufalo
O mal impera o matanza um yadaho

E o matanza em yadaho
E o matanza em yadaho

Ye, ye, ye.
A coisa não vai bem
Não sobro quase nada de sayem
O terror acabou com bufalo
O mal impera o matanza um yadaho

E o matanza em yadaho
E o matanza em yadaho

Ye, ye, ye.
A coisa não vai bem
Não sobro quase nada de sayem
O terror acabou com bufalo
O mal impera o matanza um yadaho

E o matanza em yadaho
E o matanza em yadaho

Maldito Hippie Sujo

Ei patrão, olha só quem vem ali
O hippie da cidade não quis ir embora não
Não dá pra acreditar que ele ainda está de pé
E caminhando em nossa direção
Foi muita coragem ter aparecido aqui
De certo a nossa língua não entende muito bem
Sempre que dissermos “saia” é pra sair
Mas se quiser ficar, pois bem

A discussão é natural em qualquer desentendimento
E tudo é só questão de opinião
Exatamente como eu estava lhe dizendo
Maldito hippie sujo
Quero que vá embora
Saia já daqui!

Ei patrão não sei mais o que fazer
Quanto mais eu bato nele, mais ainda ri de mim
Tava desde ontem pendurado pelas mãos
E nem parece achar ruim
Ei seu hippie imundo, o que há de errado com você?
Querendo esculhambar com a tradição do nosso povo
Pega o marcador de gado lá pra gente ver
Se ele vai aparecer aqui de novo

A discussão é natural em qualquer desentendimento
E tudo é só questão de opinião
Exatamente como eu estava lhe dizendo
Maldito hippie sujo
Quero que vá embora
Saia já daqui!

Ei patrão, não sei como lhe dizer
Mas eu vi mais de quarenta deles vindo pelo rio
Sei que lá no alto na estrada tinha uns cem
Ali no pasto, mais de mil
E o hippie se levanta e diz: “agora é minha vez!”
Quero que vocês, porcos, ouçam muito bem
É bom que amem mesmo a terra de vocês
Pois daqui não vai sair ninguém

Em pouco menos de uma hora já estavam todos mortos,
Todos espalhados pelo chão
De tudo isso resta o ódio como herança,
Nada de esperança
Só mais uma historia e que não acaba aqui

Mais Um Dia por Aqui

Mais um dia por aqui, mais uma noite sem dormir
Mais uma briga e outra confusão no bar
Um estampido e lá se vai estilhaçada
Outra vidraça pelo ar

Um vagabundo com uma bala na cabeça
Olhando fixo pra baixo nunca mais vai perturbar
E esse cheiro insuportável de carniça
Onde quer que a gente vá

Eu era ainda bem moleque quando ouvia umas histórias
Muito boas que meu pai vinha contar
Sobre todos os quarenta estados
Que ele não podia atravessar

De quando ele fugiu da Califórnia
Reto no deserto à Dashville
E a polícia que o caçava nunca soube
Como foi que ele sumiu

Mais uma noite por aqui inebriada pelas luzes
Que iluminam a portaria dos bordéis
E pela rua todo tipo de suspeito
No entra e sai dos cabarés

Aquela paz inabalada do deserto
Toda noite interrompida pelos tiros de canhão
À cada taça levantada, à cada brinde
À cada comemoração

Mais um dia que começa e outra noite que se acaba
E mais um monte de bebum pra carregar
E como sempre só uns quatro ou cinco
Ainda conseguem caminhar

E até o velho fundador dessa cidade
Aquele derrubado logo ali
É orgulhoso de saber que este foi
Só mais um dia por aqui

Interceptor V6

Nem o demônio eu vi bebendo tanta gasolina
Diplomata interceptor v6
Nem um trator vai conseguir passar por cima
Trans-Am Continental 4.3
É o demonio turbo diesel digger valvulado
(fire burnout)
Top fuel nitro metano em cada cilindrada
Tem que voar
Que o diabo que beber

V6
Interceptor v6
V6
Interceptor v6

Nem o demônio eu vi bebendo tanta gasolina
Diplomata interceptor v6
Nem um trator vai conseguir passar por cima
Trans-Am Continental 4.3
É o demonio turbo diesel digger valvulado
(fire burnout)
Top fuel nitro metano em cada cilindrada
Tem que voar
Que o diabo que beber

V6
Interceptor v6
V6
Interceptor v6
Interceptor v6

Nem o demônio eu vi bebendo tanta gasolina
Diplomata interceptor v6
Nem um trator vai conseguir passar por cima
Trans-Am Continental 4.3
Interceptor v6

V6
Interceptor v6
V6
Interceptor v6
V6
Interceptor v6
V6
Interceptor v6

Imbecil

Quando eu acabar
Ninguém vai esquecer
De quem foi o pior
Do mundo, vocês vão ver
Que o mal vai renascer
E não vai sobrar nenhum
Porque eu vou dinamitar
Explodir é um por um

E quando eu acabar
Ninguém vai me chamar
De imbecil

E agora eu quero ver
Quem é que vai falar
Depois que eu acabar
Com a raça de vocês…
Que o mal vai renascer
E não vai sobrar nenhum
Poque eu vou dinamitar
Explodir é um por um

E quando eu acabar
Ninguém vai me chamar
De imbecil

Eu Não Gosto de Ninguém

Não me faça nenhum favor
Não espere nada de mim
Não me fale seja o que for
Sinto muito que seja assim

Como se fizesse diferença
O que você acha ruim
Como se eu tivesse prometido
Alguma coisa pra você
Eu nunca disse que faria o que é direito
Não se conserta o que já nasce com defeito
Não tem jeito
Não há nada a se fazer

Mesmo que eu pudesse controlar a minha raiva
Mesmo que eu quisesse conviver com a minha dor
Nada sairia do lugar que já estava
Não seria nada diferente do que sou

Não quero que me veja
Não quero que me chame
Não quero que me diga
Não quero que reclame
Eu espero que você entenda bem
Eu não gosto de ninguém

Eu Não Bebo Mais

Eu não bebo mais
Chega de beber conhaque de alcatraz
Gasolina de avião e óleo diesel
“num” copo com limão

Eu não bebo mais
Show no Mercy, reign in blood, death rite
Cicuta club soda, gin é foda
e Pau pereira nunca mais

Há muito tempo eu chego em casa muito mal
Sem saber direito o quê que aconteceu
Eu parei, eu jurei pra minha mulher
O problema é que ela bebe mais que eu!

Eu não bebo mais
Chega de beber conhaque de alcatraz
Gasolina de avião e óleo diesel
“num” copo com limão

Eu não bebo mais
Show no Mercy, reign in blood, death rite
Cicuta club soda, gin é foda
e Pau pereira nunca mais

Há muito tempo eu chego em casa muito mal
Sem saber direito o quê que aconteceu
Eu parei, eu jurei pra minha mulher
O problema é que ela bebe mais que eu!

Ela Roubou Meu Caminhão

Ela roubou meu caminhão
Ela roubou meu caminhão
Ela escreveu dizendo que não me agüentava mais
E foi embora com meu caminhão

Foi embora e me deixou aqui
Foi embora e me deixou aqui
Quando eu acordei e vi, meu caminhão não tava mais
E nunca mais na vida eu vou dormir

Eu que tinha até tatuado o nome dela
Eu pensava nela toda noite nesses dez anos
Que eu passei trancado naquela prisão
Essa foi demais! Isso não se faz!
Ninguém vai acreditar
Ela roubou meu caminhão

Ela já deve tá bem longe daqui
Ela já deve tá bem longe daqui
Daqui pode ter pego qualquer rodovia federal
E foi reto na reta até sumir

Só me pergunto o que é que aconteceu
Só me pergunto o que é que aconteceu
Ela ter ido embora tudo bem eu não tô nem aí
Perder meu caminhão foi que doeu

Eu que tinha até tatuado o nome dela
Eu pensava nela toda noite nesses dez anos
Que eu passei trancado naquela prisão
Essa foi demais! Isso não se faz!
Ninguém vai acreditar
Ela roubou meu caminhão

Sinceramente eu pensei que dessa vez fosse me regenerar
Trabalhando honestamente com uma esposa ali cuidando do lar
Uma vida bem normal pra envelhecer em paz
Mas se o destino quis assim agora tanto faz
Do bar não saio nunca mais

Ela roubou meu caminhão
Ela roubou meu caminhão
Ela escreveu dizendo que não me agüentava mais
E foi embora com meu caminhão
Foi embora e me deixou aqui
Foi embora e me deixou aqui
Quando eu acordei e vi, meu caminhão não tava mais
E nunca mais na vida eu vou dormir

Eu que tinha até tatuado o nome dela
Eu pensava nela toda noite nesses dez anos
Que eu passei trancado naquela prisão
Essa foi demais! Isso não se faz!
Ninguém vai acreditar
Ela roubou meu caminhão

E Tudo Vai Ficar Pior

Faz idéia do tempo que eu esperei
Desde o dia em que você atirou em mim
Uma bala pelas costas, traidor
Ter morrido desse jeito foi o fim

E foi por isso que ansioso eu esperei
Pelo teu dia de aparecer aqui
E te mostrar o quê é que foi que eu planejei
Nesse tempo todo que eu fiquei aqui

E o diabo prometeu você pra mim
Eu prometi que vou fazer você sofrer
Eu tenho a eternidade toda pra fazer
Isso daqui ficar pior

Mas uma coisa é boa eu devo admitir
Nessa vida quando morre é de uma vez
Daqui do inferno não tem jeito de fugir
Vou te explicar agora o que você me fez

Eu tava bem naquela mesa de saloon
Com um maldito jogo bom na minha mão
Mais uma carta então fazia vinte e um
Mas não com a bala atravessando o meu pulmão

E o diabo prometeu você pra mim
Eu prometi que vou fazer você sofrer
Eu tenho a eternidade toda pra fazer
Isso daqui ficar pior
2x

Dashville Chainsaw Massacre

Gritaria e desespero em Dashville
Caos total, anarquia e tiroteio
Puta merda maior zorra do caralho
Incendiado o gabinete do prefeito

(Refrão)
Dashiville chainsaw massacre (2x)

Era um inferno na festa do rodeio
Só porrada comendo pra todo lado
Tanta zona que nunca ninguém viu
E que deixou o oeste inteiro horrorizado

(Refrão)

(Refrão)

Clube dos Canalhas

Vai chegar de madrugada e ela vai querer saber
Onde foi, aonde esteve e o que foi fazer
Mas à todas as perguntas sabe responder
Tem um plano A e tem um plano B

Se você nunca se contradiz
Não abre mão do que te faz feliz
Se não há nada que abale sua paz
Já nasceu sabendo como é que se faz
e tudo segue do jeito que sempre quis

Temos um sócio no Clube dos Canalhas
Não admitimos que apontem nossas falhas
Queremos todo dia tudo isso que a vida tem de bom

Farra para tudo é um bom remédio
Só um idiota completo morre de tédio
Queremos todo dia tudo isso que a vida tem de bom

Sabe o quanto é importante não dar muita explicação
Não há nada de extraordinário na situação
O segredo do sucesso é a moderação
ter um dia sim e ter um dia não

Se você nunca se contradiz
Não abre mão do que te faz feliz
Se não há nada que abale sua paz
Já nasceu sabendo como é que se faz
e todo segue do jeito que sempre quis

Temos um sócio no Clube dos Canalhas
Não admitimos que apontem nossas falhas
Queremos todo dia tudo isso que a vida tem de bom

Farra para tudo é um bom remédio
Só um idiota completo morre de tédio
Queremos todo dia tudo isso que a vida tem de bom.

Bota com Buraco de Bala

Hoje ela se foi pra nunca mais
E se eu a conheço acho ruim que volte atrás
Lá vou eu pro bar
Ficar das oito da manhã até de noite no bilhar
Se um dia ela quiser falar comigo
Nem vai ter que procurar

E só o que sobrou na minha bota
Foi um buraco de bala
É a maneira carinhosa que ela tem de me dizer
Que não quer ver o meu focinho nunca mais
Se ela pensa que vai me deter
Nem que seja no inferno, ela vai ter que me dizer
O que foi que eu fiz, baby
Que eu já nem me lembro mais?!

Diz que me odeia e me amaldiçoa
Mas vai morrer de raiva
Se me vir com outra pessoa
Eu sei que ela me ama e eu vivo só por isso
Mas não exatamente um paraíso
Com ela eu não discuto
É sempre “sim, senhora”
E quando fica puta pega as coisas e vai embora
Não há nada que eu diga
Não há nada que eu peça
Com essa vagabunda eu não consigo
Ter um pingo de conversa

Hoje ela se foi pra nunca mais
E se eu a conheço acho ruim que volte atrás
Lá vou eu pro bar
Ficar das oito da manhã até de noite no bilhar
Se um dia ela quiser falar comigo
Nem vai ter que procurar

E só o que sobrou na minha bota
Foi um buraco de bala
É a maneira carinhosa que ela tem de me dizer
Que não quer ver o meu focinho nunca mais
Se ela pensa que vai me deter
Nem que seja no inferno, ela vai ter que me dizer
O que foi que eu fiz, baby
Que eu já nem me lembro mais?!

Diz que me odeia e me amaldiçoa
Mas vai morrer de raiva
Se me vir com outra pessoa
Eu sei que ela me ama e eu vivo só por isso
Mas não exatamente um paraíso
Com ela eu não discuto
É sempre “sim, senhora”
E quando fica puta pega as coisas e vai embora
Não há nada que eu diga
Não há nada que eu peça
Com essa vagabunda eu não consigo
Ter um pingo de conversa

Bom É Quando Faz Mal

Tá fazendo o que em casa?
Por acaso esta doente?
Ver TV é deprimente, não tem nada mais sem graça
Bom de noite é ir pra rua
Mesmo quando está chovendo
Eu que nunca me arrependo
Tá errado, eu tô fazendo
Vai saber o que é normal?
Só que eu posso lhe dizer:
Bom é quando faz mal

20 caixas de cerveja
Um barril de puro whisky
Quilos de carne vermelha
Fique longe não se arrisque
Não importa onde esteja
E sempre onde tem mais barulho, maior cheiro de bagulho
Disso eu me orgulho
Vai saber o que e normal?
E só que eu posso lhe dizer:
Bom é quando faz mal

Conseqüência qualquer coisa traz
Quando é bom nunca é demais
E se faz bem ou mal tanto faz, tanto faz, tanto faz

Tá fazendo o que em casa?
Por acaso esta doente?
Ver TV é deprimente, não tem nada mais sem graça
Bom de noite é ir pra rua
Mesmo quando está chovendo
Eu que nunca me arrependo
Tá errado, eu tô fazendo
Vai saber o que é normal?
Só que eu posso lhe dizer:
Bom é quando faz mal

Conseqüência qualquer coisa traz
Quando é bom nunca é demais
E se faz bem ou mal tanto faz, tanto faz, tanto faz

Bebe, Arrota e Peida

Parece um burro velho quando impaca,
Mais cabeça dura que aqui não há nenhum
Diz que acorda todo dia de ressaca
Mas sempre que aparece tá bebum

Chega já pedindo a saideira
Mas é saideira uma atrás da outra
e assim, lá pela décima terceira,
Já tá trocando o nome da garota

Não vá não, fique por aqui
Você não tem nenhuma condição de dirigir
Mal consegue se manter de pé
Bebe, arrota e peida bem na frente da mulher

Se ela foi embora eu só lamento
Você sabe que não pode reclamar
Talvez se não ficasse tanto tempo
Ancorado no balcão do bar

Tudo o mais seria diferente
Fatalmente iria perceber
Que a vida passa bem na sua frente
Mas você já tá bebum demais pra ver

Não vá não, fique por aqui
Você não tem nenhuma condição de dirigir
Mal consegue se manter de pé
Bebe, arrota e peida bem na frente da mulher

As Melhores Putas do Alabama

As melhores putas do Alabama
E uma boa garrafa de uísque rei
Pra quem passou a vida toda em cana
Monte Gringo nunca mais eu voltarei

Aprendi a jogar pôquer bem
Aprendi a não perder mais de ninguém
É um lugar ruim
Mas é pra cá que todo mundo vem

Aprendi tudo que sei com Nightrider
O maior apostador que já se viu
Preso por assalto em Santo Antonio
E de lá esse nunca mais saiu

Hoje vivo afogado em cassinos
E no resto dos meus dias jogarei
Pelas putas do Alabama
E a garrafa de uísque rei

A Arte do Insulto

Nada mal prum boçal,
Retardado mental, infeliz.
Tanto quis ser o tal,
Conhecido entre os mais imbecis.

Muito bem: você tem
O talento que faz de você
Tão proeminente panaca,
Dos que não são comuns de se ver.

Começou fazendo bobagem desde que chegou,
Não parou nem quando o bar todo esvaziou.

Bebe demais, fala demais,
Mas na real não diz merda nenhuma!

Só fica aí cheio de si,
Mas não resolve as cagadas que arruma.

Enquanto você fica aí arrumando tumulto,
Eu vou me aprimorando na arte do insulto.

Estamos Todos B?bados

Nós estamos todos bêbados
Bêbados de cair
E todos que não estiverem bêbados
Dêem o fora daqui

Lançava-se ao mar,
o comandante Nobrum
Passava o dia no barco pescando
mas nunca nos trouxe um atum
Tanta sabedoria e prática além do comum
Dizem que se atribuía
a várias garrafas de rum

Somos amigos em terra
Somos amigos no mar
Juntos fomos à guerra
Juntos estamos no bar

Nós estamos todos bêbados
Bêbados de cair
E todos que não estiverem bêbados
Dêem o fora daqui

O açougueiro sem dedo
que trabalhava no cais
Passava o dia fazendo piada
da falta que o dedo lhe faz
Dizia com riso amarelo: "Ouça bem meu rapaz,
Ao trabalhar com o cutelo nunca beba demais"

Somos amigos em terra
Somos amigos no mar
Juntos fomos à guerra
Juntos estamos no bar

Nós
Estamos todos bêbados
Bêbados de cair
E todos que não estiverem bêbados
Dêem o fora daqui

Marquade alimentava as caldeiras do velho vapor
A despeito do vento, sufocava o calor
O teto de ferro fundido, sol direto na chapa
Tudo já resolvido com duas garrafas de grapa.

Somos amigos em terra
Somos amigos no mar
Juntos fomos à guerra
Juntos estamos no bar

Nós
Estamos todos bêbados
Bêbados de cair
E todos que não estiverem bêbados
Dêem o fora daqui

(mais…)