Lágrimas negras

Na frente do cortejo
O meu beijo
Forte como o aço
Meu abraço
São poços de petróleo
A luz negra dos seus olhos
Lágrimas negras caem, saem, dóem

Por entre flores e estrelas
Você usa uma delas como brinco
Pendurada na orelha
Astronauta da saudade
Com a boca toda vermelha
Lágrimas negras caem, saem, dóem
São como pedras de moinhos
Que moem, roem, moem
E você baby vai, vem, vai
E você baby vem, vai, vem

Belezas são coisas acesas por dentro
Tristezas são belezas apagadas pelo sofrimento
Lágrimas negras caem, saem, doem


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3 comentários em “Lágrimas negras”

  1. A música lágrimas negras falam sobre como era a escravidão e como tratavam os escravos. De modo que sofriam constantemente devido aos maltratos. A música além de cita esse problema estrutural que existe em todo o mundo, fala também sobre a beleza ou seja a felicidade que no passado eram apagadas e consequentemente se transformando em tristezas apagadas pelo sofrimento. Citação que demostra como os escravos se sentiam e como eram vistos.

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  2. Ricardo A Salgueiro

    A análise da letra de “San Vicente”, (M.Nascimento e F. Brant) não deve ser plana, única.
    Em breve observação, vejo a referência por inserção do autor, (dos autores), no ambiente repressivo e militarizado dos anos 1960-1970 no Brasil e na América Latina, daí a composição em arranjos de referência hispano-latino-americana.
    Do Brasil que acontecia, a América Latina que acontecia, e acontece na necro cultura escravocrata, da contiguidade opressora sobre o Trabalho, de filas de sofrimento, do negro clima que anoitece, se acentua.
    A realidade dura, a materialidade diária de sacrifícios, de mortes e assassinatos repressivos, da luta do trabalhar, de acidentes, morte, “vidro e corte”, adocicados e estranhamente apresentados em “sabor de chocolate”, que na verdade é uma derrota, um revés, do negro escravizado, do trabalhador, explorados, mulheres e homens, submetidos a “San Vicentes”, do africanismo colhido na América mineira, na festa em contraponto de “vida e morte”.
    “San Vicente” é a realidade ainda atual em todos estamos, se conscientes, acordados do estranho sonho que nos impoem.

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