Não quero lhe falar meu grande amor das coisas que aprendi nos discos
Quero lhe contar como eu vivi e tudo o que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar, eu sei que o amor é uma coisa boa
Mas também sei que qualquer canto é menor do que a vida de qualquer pessoa
Por isso cuidado meu bem, há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal está fechado prá nós que somos jovens
Para abraçar seu irmão e beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço, o seu lábio e a sua voz
Você me pergunta pela minha paixão
Digo que estou encantada com uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade, não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento o cheiro da nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva do meu coração
Já faz tempo eu vi você na rua, cabelo ao vento, gente jovem reunida
Na parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais
Nossos ídolos ainda são os mesmos e as aparências não enganam não
Você diz que depois deles não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer que eu ‘tô por fora’, ou então que eu ‘tô inventando’
Mas é você que ama o passado e que não vê
É você que ama o passado e que não vê
Que o novo sempre vem
Hoje eu sei que quem me deu a idéia de uma nova consciência e juventude
Tá em casa guardado por Deus contando vil metal
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo, tudo, tudo o que fizemos
Nós ainda somos os mesmos e vivemos
ainda somos os mesmos e vivemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
como nossos pais
Letra Composta por: Belchior
Melodia Composta por:
Álbum: Falso brilhante
Ano: 1976
Estilo Musical:
“já faz tempo eu vi você na rua, cabelo ao vento, gente jovem reunida
Na parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais
Nossos ídolos ainda são os mesmos e as aparências não enganam não
Você diz que depois deles não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer que eu ‘tô por fora’, ou então que eu ‘tô inventando’
Mas é você que ama o passado e que não vê
É você que ama o passado e que não vê
Que o novo sempre vem
Hoje eu sei que quem me deu a idéia de uma nova consciência e juventude
Tá em casa guardado por Deus contando vil metal
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo, tudo, tudo o que fizemos”
Destaco esta parte pois eu acho que esta é a alma da música !
Um diálogo entre amigos da época da ditadura militar onde os jovens eram unidos para “MUDAR” o Brasil.
Só que após muitos anos eles perceberam que nada foi mudado, os ideais da juventude reunida ficou estampado na parede. Os jovens, muitos deles, não sabiam que estavam sendo usados como soldados de uma elite que hoje são os nossos representantes do governo. “Tá em casa guardado por Deus contando vil metal”. E o pior é perceber que apesar de tudo que eles passaram, torturas, estupros, mortes … ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais, ou seja não mudamos nada !!!
Esqueci de uma observação, eu gosto mais da versão do BELCHIOR.
Essa música é fantástica. Por muito tempo não tinha escutado uma canção que mexe-se tanto comigo.
Nossa, tenho apenas 17 anos, mas a consciência, do que fui a Ditadura Militar no nosso BRASIL.Onde milhares de pessoas perderam a liberdade de expressão, perderam a própria dignidade, em meio a essa luta que idealizava metas elitistas. Acabando com a nossa cultura, e impondo o que ‘eles’ chamavam de: ‘ordem e progresso’.
É muito triste,quando nos deparamos com o passado dessa forma tão cruel. Mas o pior não é isso. O pesadelo maior é saber que as pessoas não mudaram, ou simplesmente não enxergam a realidade. É duro, mas é fato!
Quando se diz que ainda somos os mesmos, o autor pretende retratar a realidade do amadurecimento do ser humano, quando somos jovens com idéias rebeldes e revolucionarias achamos que nossos pais são caretas e por fora, e o mundo está errado, com o passar do tempo nós envelhecemos. Aí a coisa muda de figura e chegamos a conclusão que eles tinham a razão e às vezes pode ser muito tarde. Por mais que tentamos, nós não mudamos, é ilusão, somos como nossos pais, que nos criaram e nos ensinaram a vida, nossos heróis viram os mesmos. Depois de um bom tempo de vida você começa a interpretar assim.
Esta letra não é “de” Elis, ELA SÓ CANTAVA! A letra é de Belchior!
Tá filha. Ninguém disse isso. Aqui é pra escrever sua análise e opinião da música. Ninguém perguntou quem escreveu ox
Talvez seja uma pessoa que perdeu alguém muito próximo com as torturas da ditadura mira militar e diante do túmulo desta pessoa ela começa contar o que realmente aconteceu na época, inclusive do milagre economico e da imigração sertaneja, ou seja ela fala de todo o contesto histórico no tempo de crises e ditadura militar. As partes que mais me chamam atenção são:
“Viver é melhor que sonhar”.:Pois do que adianta voçê ter minhares de sonhos e ideais sem o poder de lutar por eles.
“Digo que estou encantada com uma invenção, eu vo fica nesta cidade não vou voltar pro sertão pois vejo vir vindo no vento o cheiro da nova estação”…-ela simplesmente fala dessa migração seraneja que surjiu na época no governo médici.
“já faz tempo eu vi voçê na rua cabelo ao vento gente jovem reunida na parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais”…-Muitos jovens eram torturado e até mesmo mortos ou seja essa pessoa para qual Elis estaria cantando talvez fora torturado ou até morta pelos militares daquela época.
Conclusão a mùsica traz muito do contexto histórico da época…
Essa é uma música belíssima. Acho que ao fazer a comparação entre os jovens e os seus pais “ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais”, o autor quer dizer que apesar de ter mudado o cenário e os personagens, as atitudes e os objetivos ainda são os mesmos. Há uma rebeldia que é natural da juventude, uma inquietação, o fato de não aceitar tudo de formar pronta e querer buscar novo, pelo diferente. E isso indiretamente aprendemos em casa com os nossos pais.
O refrão da música por si só já resume tudo, na época em que a música foi escrita o país respirava a lama de dor que a ditadura havia deixado para trás. A letra aparentemente é um romance, mas tem um fundo politico enorme: ” Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo o que fizemos
Nós ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais” – neste trecho Belchior critica o fato de apesar de tanta luta pra tornar o Brasil um país a frente de seu tempo, nós estagnamos e nos tornamos tão conservadores quanto a geração que nos antecedeu.
Com toda certeza o eu lirico desta música é alguém cheio de lembranças boas mais muito dolorosas de um tempo em que muito se lutou por mudanças, mas que no fim pouco conseguiu alcançar. A múscia fala também das expectativas daqueles que chegavam do sertão em busca de vida nova, existem várias realidades dentro desta letra e é isso que mais me comove. Belchior conseguiu falar do brasileiro como um todo, o brasileiro sofrido, esperançoso, enganado, cansado, romantico, sertanejo… E eternizou suas idéias na voz da magnifica, inesquecivel e antológica Elis Regina
sua análise está perfeita!
Cara a letra é do Belchior e não da Elis Regina. Esta letra demonstra a decepção de ver os movimentos sociais e da juventude cairem por terra como cairam, tendo forte referência, por exemplo, ao Maio Francês.
Inclusive “Hoje eu sei que quem me deu a idéia de uma nova consciência e juventude. Tá em casa guardado por Deus contando vil metal” Se refere ao Sartre, filósofo francês, que escreveu muita coisa boa com relação ao mundo mas seus atos negaram sua filosofia.
a musica nos mostra tudu akilo k passamos.Toda via nos alerta a abrir os olhos e ver as coisas como elas são… são no modo maduro um olhar de guerra
Destaco esta parte pois eu acho que esta é a alma da música !
Um diálogo entre amigos da época da ditadura militar onde os jovens eram unidos para “MUDAR” o Brasil.
Hoje eu sei que quem me deu a idéia de uma nova consciência e juventude
nós naum precisamos mudar,mas sim AJUDAR NOSSO PAIS a seguir em frente…
assim como akele ditado diz- somos iguais a todos porem diferente em tudo,cada qual ajude da sua maneira mas da maneira madura e sábia…..
dedica-se 🙂
Acho que a mensagem principal da música é para não nos acomodarmos na vida, pois a acomodação é uma tendência nas pessoas de um modo em geral.
Pode-se perceber que o autor faz uma critica a sociedade dizendo que convivemos pacificamente com os paradigmas, que nosso conhecimento é baseado no empirismo, repedindo as ações das gerações anteriores.
Diz que na maior parte da sociedade não existe a ocorrência de um pensamento crítico filosófico, baseado na razão em que as pessoas busquem conhecer a essência, conhecer o objeto através as águas do rio da razão sem serem poluídas pelo senso comum.
Além disso, ele diz que as pessoas que buscam a conhecimento quebrando os paradigmas, são destacadas e incompreendidas pela sociedade.
Minha anáise em relação a “Como nossos pais” é de uma mãe que fala a seu filho as suas experiências.
“Não quero lhe falar meu grande amor das coisas que aprendi nos discos
Quero lhe contar como eu vivi e tudo o que aconteceu comigo(ELA VAI MOSTRAR AS SUAS PRÓPIAS EXPERÊNCIAS, O QUE ELA MESMA SENTIU E VIVEU.NÃO É NADA QUE ELA TENHA APRENDIDO,MAS SIM VIVIDO,PARTICIPADO.)
Viver é melhor que sonhar(é melhor que ele permaneça vivo), eu sei que o amor é uma coisa boa(ela compreende as suas ideias)
Mas também sei que qualquer canto é menor do que a vida de qualquer pessoa (MAS APESAR DE COMPREENDER,NÃO O QUER EM UMA CADEIA,PRISÃO, “QUALQUER CANTO É MENOR QUE A VIDA …”) .”
“Por isso cuidado meu bem, há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal está fechado prá nós que somos jovens(O ALERTA DELA A SEU FILHO,PARA ELE TER CUIDADO,A DITADURA E SUA REPRESSÃO VENCEU)
Para abraçar seu irmão e beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço, o seu lábio e a sua voz( ELA DIZ QUE ELE FOI FEITO PARA VIVER(ABRACANDO,BEIJANDO…) E NÃO PARA CORRER ATRÁS DE MUDANÇAS).Você me pergunta pela minha paixão(PODEMOS ENTENDER PAIXÃO AQUI COMO OBJETICO,MOTIVO DE EXISTIR)”
Nesse proximo momento da música ela responde a ele que ela está em outro momento da vida,n vai retornar ao passado e suas ideias,ela sabe de tudo isso que ele está passando,ela já passou está tudo vivo na ferida de seu coração.
“Digo que estou encantada com uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade, não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento o cheiro da nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva do meu coração”
O filho então diz “Já faz tempo eu vi você na rua, cabelo ao vento, gente jovem reunida” (ELE MOSTRA QUE ELA TAMBÉM JÁ TEVE SONHOS E LUTOU)
“Na parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais” ( E ISSO DÓI NELE AO VER QUE DESISTIU)
Em resposta a mãe diz:
“Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo o que fizemos(lutado,apanhado,sofrido…)
Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais
Nossos ídolos ainda são os mesmos e as aparências não enganam não( os objetivos continuam iguais)
Você diz que depois deles não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer que eu ‘tô por fora’, ou então que eu ‘tô inventando’
Mas é você que ama o passado e que não vê
É você que ama o passado e que não vê
Que o novo sempre vem (tem de mudar,esquecer essas ideias,tentativa de convencimento para que se esqueça as ideias de revoluçaõ)”
“Hoje eu sei que quem me deu a idéia de uma nova consciência e juventude Tá em casa guardado por Deus contando vil metal(DEPOIS DE TUDO O QUE EU PASSEI,EU SEI QUE NADA ADIANTOU, TODOS OS QUE NA MINHA JUVENTUDE TAMMBÉM TINHAM ESSES IDEAIS ESTÃO EM CASA CONTANDO DINHEIRO,MAS VIVOS A SALVOS)
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo, tudo, tudo o que fizemos Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais (MESMO DEPOIS DE TUDO O QUE EU FIZ, MINHA DOR É PERCEBER QUE EU ME TORNEI OS MEUS PAIS EM CASA A SALVA ” CONTANDO VIL METAL” E TENTANDO FAZER VOCÊ DESISTIR).”
Bom, algumas observações aqui foram interessantes, mas não retratam inteiramente como eu percebo essa canção. Sim, concordo com o tom professoral narrador, ao estilo “meninos eu vi”, descrevendo os horrores de lutar contra a ditadura. Mas creio que não foi só a ditadura militar a qual os jovens queriam lutar contra. A ditadura de tudo. A ditadura da classe média conservadora em uma época em que ter pais separados era considerado tão “indesejável” quanto ter filhos homossexuais hoje em dia (afinal no discurso da maioria hoje. A revolução de costumes pela qual o Brasil passava na década de sessenta é um importante ingrediente que acompanhou a revolta contra a ditadura política ao ponto de as duas coisas se confundirem no espaço iberoamericano – coisa que não aconteceu no resto do mundo ocidental, onde continuava a prevalecer a democracia. A juventude a qual o narrador se refere lutava pela liberdade de tudo: de poder eleger o seu próprio destino, de poder casar sem ser virgem, de poder não ter que casar porque a namoradinha engravidou, de poder experimentar drogas, de poder escolher qual religião, de poder escolher seus proprios amigos, de poder caminhar e cantar (contra a ditadura ao estilo “Para não dizer quer não falei de flores”), ou sem lenço (revolucionário comunista) ou documento (como era exigido de todo cidadão trabalhador perante a ditadura) (ao estilo de Caetano Veloso), de nao querer se conformar em aspirar a rotineira vida de classe média cujo objetivo foi sempre ter um bom casamento, uma boa familia, um bom emprego. Os jovens então pregavam que tinham direito a errar por conta própria, que preferiam aprender da vida com empregos não-convencionais (viver do esporte, das artes, pq não?) a almejar passar num concurso público e virar telefonista ou office-boy de uma grande firma na cidade grande. Queriam romper o esquema de que se alguém não se casasse até os 22 anos e não tivesse um filho até os 25, a pessoa estava velha e passada. Esta mesma juventude, em alguns casos extremos, chegava inclusive a ser reacionária a tudo o que cheirasse essa classe média conservadora – eram contra o que se falasse em inglês, contra a Jovem Guarda, contra a introdução da guitarra elétrica (yankee) na música popular (autêntica) brasileira, contra o que não fosse engajado – chegando a vaiar o Caetano Veloso no 3o Festival da Canção quando este queria cantar o tema “É proibido proibir” com o “não-engajado e brejeiro” Odair José.
A luta contra tudo isso foi extremamente desgastante para essa geração. E depois de um período extremamente desgastante tanto para essa geração quanto para a junta militar, acontece em 1979 a anistia aos exilados. Os revolucionários de antes, agora mais velhos, sabem que também têm uma família para sustentar. A sobrevivência ao sistema fez com que essa geração conseguisse progressos (a anistia e a promessa de que um dia a ditadura iria embora foi em si uma grande conquista política, assim como a sociedade brasileira passa a ser mais tolerante com comportamentos menos ortodoxos … o divórcio foi legalizado em 1977!) mas também fez com que ela tivesse que se enquadrar de alguma forma. O aborto nunca foi legalizado, a Elis teve que cantar o Hino Nacional em um evento da ditadura e, de certa forma, a sobrevivência ao sistema, dentro do sistema, nos aproximou dos nossos pais em todos os bons e maus sentidos. Afinal, quem não teme a retaliação violenta da ditadura, querendo proteger mulher, marido, filhos, familiares e amigos? Quem não quer prover o melhor padrão de vida aos seus? Por mais lúdico e libertário possa parecer viajar pelo Brasil-continente ou pela América Latina, criar raízes e ter alguma estabilidade coadunam com propiciar um lar para a sua família. E quem sabe, tal geração pôde então se ver, com horror em alguns casos, nos seus próprios pais. De reacionário, passou-se a ser conservador; de vendido, passou-se a ser pragmático.
Em 2012, muita gente ainda acredita no âmago da metamorfose ambulante de alguns políticos brasileiros. Para melhor ou para pior. Talvez este maravilhoso tema já seja a nossa síntese como nação. Gostamos de mudanças, mas não de rupturas e revoluções. Tudo no Brasil muda em qq direção, mas sempre a passos lentos. Muito lentos.
Bom Comentario
Pingback: Como nossos | Addapost
Já falaram bastante coisa boa aí embaixo, então vou só dar a minha breve opinião do que penso ser o tema principal da música.
No meu entendimento, essa belissima música fala, basicamente, da diferença do pensamento jovem pro pensamento de alguém “maduro”, mesmo que esses sejam as mesmas pessoas.
Quando somos jovens, estamos na rua, cabelo ao vento. Nessa época, achamos que vamos mudar o mundo. Porém, apesar de termos feito tudo que vivemos, chega a idade e terminamos exatamente como nossos pais, jogando no lixo todo o pensamento utópico que poderíamos vir a ter anteriormente. A verdade é que somos absorvidos pelo sistema e paramos de criticá-lo ou de lutar contra ele, simplismente aceitamos isso. E terminamos em casa, contando nossos metais, exatamente como nossos pais.
Linda música.
Exatamente o que eu pensei em contribuir; tentamos lutar contra o sistema, mas ele nos engolfa; então paramos de dar murros em pontas de faca; o “ novo” está sempre vindo para sairmos do statusquo; porém o novo nunca é novo, ele se retroalimenta do mesmo… apenas vem em “formato diferente” conforme a sociedade moralista vai rotulando, e criando novos excluídos os “marginalizados”. ( postos às margens da sociedade) antes mãe solteira, etc; hj orientação sexual, poligamia etc….
Esta musca e uma bosta……….
Esta musica e so para pessoas gays como eu sera que nao tem musica melhor.(EU SOU UM DOS MENORES ALUNOS DA ESCOLA PASTOR EMILIO).
colocação muito bem feita de Andreia Pavie, captou o que o artista quis expressar.
Eu fico impressionada como tem pessoas que não tem um pingo sequer de cultura e são capazes de criticar de uma forma nem um pouco criativa o trabalho de artistas maravilhosos. Não conhecem a história do proprio país, por isso não tem conteudo para fazer um comentario decente.
Resumindo em poucas palavras
“A luta continua companheiros, na roda da vida”.
olha essa musica e muito gay mas alem disso goste bem que poderia ter mas emoção e fixção gosto de coisas mas eroticas entao por favor ver se tomam vergonha na cara e publica algo de ultiu pra pessoas carentes e que gostao de usar o banheiro 24 horas por dia como meu aigo
Essa música sempre que ouço enche minha cabeça de questionamentos. Ela explica de forma impar o processo de amadurecimento para a sobrevivência. Acho fantástico o confronto das duas formas de encarar a realidade. Até que ponto devemos ceder à realidade crua nossos sonhos e pontos de vista e evitar confrontos? Ate que ponto devemos pensar na nossa sobrevivência? Confrontar até as últimas circunstâncias nos leva à morte. Mas ser complacente com uma realidade infausta também nos leva à morte, mesmo simbolicamente. Sonho/idealizações e realidade se confrontam. Não é fácil transformar sonhos em realidade, mas quando se consegue é único. Interpreto essa canção como um diálogo entre esses dois extremos. Hoje precisamos de pessoas que causem ruptura e promovam a mudança mas também precisamos das pessoas que se preocupam com a continuidade da vida, não sacrificando-a muitas vezes tolamente. Esse contraste, na realidade mais simples e cotidiana se faz presente, e encontrar esse meio termo para mim é sinônimo de sabedoria e auto-conhecimento. Parabens a todos pelas visões que sempre se complementam.
Ela fala da nossa luta contra o capitalismo, e quando nos pensamos que nossas lutas foram bem sucedida na verdade a verdade esta camuflada na nossa frente, e vivemos como nossos pais nas mesmas regras e disciplinas.
o comentário Comentário by Andreia Pavie — 2 de abril de 2011 é perfeito, menos no final quando diz dos ídolos, aí diz que nós vencemos, mas que os lobos da ditadura continuam lá, agora com peles de cordeiro, e aí vão Sarneys, Magalhães… tudo de ruim que esta terra já viu!
Essa Música é uma grande crítica ao sistema e a Ditadura ocorrida no Brasil e que mesmo tendo acabado, muitos ditadores extão ainda reinando entre nossos políticos se passando por “bons Meninos”..
A Letra é de Belchior, e ficou perfeita na interpretação de Elis Regina!!
A música pode claramente ser notada como a vivência de hoje em meio a revoluções e manifestos Elis retrata a difente forma de pensar de ontem e de hoje.
Vejam a interpretação desta música na voz de Thiango Abravanel….
Cada comentário babaca!!.. Pô, o autor da música É O BELCHIOR!… Nada a ver com revoluções, passeatas, ditadura militar, etc. Belchior faz simplesmente um desabafo aos jovens que se deixam enganar por idolatrias (de todas as espécies) e se engajam nas “lutas”. Com a chegada da maturidade percebem que nada daquilo valeu à pena, pois chegam à conclusão que ideologias são meros engodos, e na verdade o que os ídolos querem mesmo é “se dar bem”. Simples assim.
Parabens Diana, é exatamente com voce comentou. Náo faltou nada, matou a pau. Uma linda musica que não foi bem interpretada na época, porem foi uma clara mensagem para os jovens tanto os de direta, mas principalmente os inocentes incentivados a lutar acreditando que estavam buscando um pais melhor quando na verdade iram fanatizados por demonios comunstas. Aí diz o trecho da musica : -” Hoje eu sei
Que quem me deu a idéia
De uma nova consciência
E juventude
Tá em casa
Guardado por Deus
Contando vil metal…
Logicamente fazendo uma alusão aos comunistas de gabinete que incentivaram a luta armada e enquanto isso estavam seguros em alguns pais da Europa seguros em suas casas só arquitentando a guerra…
Obrigada pelo elogio, Cícero. Na verdade, o Belchior faz uma crítica aos jovens que ficam encegueirados por ídolos, principalmente, musicais(“Mas também sei que qualquer canto é menor do que a vida de qualquer pessoa”) e deixam de ter suas próprias maneiras de pensar, e passam a agir de acordo com o que pregam seus ídolos, tal qual marionetes, para depois descobrirem que na verdade tudo o que aquele artista “fodão” estava afim, era de grana, e zero de ideologia.
Cícero e Diana, fiquei feliz de ver o comentários de vocês. 🙂 Fez bastante sentido, de fato. Mas poderiam me ajudar com esse pedaço? Não consegui relacionar ele com o que vocês disseram. Têm alguma ideia do que poderia significar?
“Por isso cuidado meu bem, há perigo na esquina”
Que perigo?
“Eles venceram e o sinal está fechado prá nós que somos jovens”
Quem venceu? O que exatamente foi fechado para os jovens?
“Para abraçar seu irmão e beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço, o seu lábio e a sua voz”
Qual a relação disso com a questão de ter ídolos e tudo mais?
“Você me pergunta pela minha paixão
Digo que estou encantada com uma nova invenção”
?
“Pois vejo vir vindo no vento o cheiro da nova estação”
Aqui ele demonstra um certo otimismo, certo? Mas depois ele diz que nós ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais! Qual é o sentido disso?
“Já faz tempo eu vi você na rua, cabelo ao vento, gente jovem reunida
Na parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais”
?
Sou músico e compositor, e pra mim a riqueza das letras que escrevo está em ter diversas interpretações. Quando escrevo uma música, está significando uma coisa pra mim naquele momento, e não necessariamente vai significar a mesma coisa anos depois…
Gosto de perguntar as pessoas o que entenderam da letra que escrevi, e quando dizem uma coisa diferente da intenção que tive quando a criei acho maravilhoso! E me questiono, eu não pensei assim, mas que legal que alguém enxergou isso na letra que fiz! Não acho que a pessoa está errada, ela só está observando de outra janela…
Costumo dizer que minhas músicas são fotografias das fases da minha vida, as fases passam, o que ficam são as canções…
COMO NOSSOS PAIS é um clássico da música popular brasileira, na minha opinião uma das mais lindas canções do gênero, e digam o que disserem, sendo nós os mesmos ou não, esta canção vai ser sempre lembrada e admirada por quem aprecia a verdadeira música de qualidade.
Mauricio vc disse TUDO, perfeitamente!
Rafaela
“Eles venceram e o sinal está fechado prá nós que somos jovens”
Quem venceu? O que exatamente foi fechado para os jovens?
Os conservadores venceram, a velhice o comodismo.
O sinal fechado singnifica uma estagnação da geração que um dia foi ativa.
“Para abraçar seu irmão e beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço, o seu lábio e a sua voz”
Qual a relação disso com a questão de ter ídolos e tudo mais?
Ta relacionado com o viver da vida, dos protestos e do processo de mudança de uma geração.
“Você me pergunta pela minha paixão
Digo que estou encantada com uma nova invenção”
?
“Pois vejo vir vindo no vento o cheiro da nova estação”
Aqui ele demonstra um certo otimismo, certo? Mas depois ele diz que nós ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais! Qual é o sentido disso?
Talvez seja sobre as novas gerações que estavam por vir. Tambem tem a ver com a vagorosa caminhada para a democracia.
“Já faz tempo eu vi você na rua, cabelo ao vento, gente jovem reunida
Na parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais”
As lembranças da juventude sonhadora e ativa (seja na politica, seja no processo de mudança cultural que atravessaram). Nostalgia da juventude que virou lembrança já, e que sempre vira para todo mundo.
Amigos, naquele tempo, o Brasil vivia uma ditadura, iniciada pelo Golpe de 64 e que seguiu na direção da opressão e proibição de coisas corriqueiras, como por exemplo reuniões, namoros noturnos em pça publica, os jovens se reuniam em cinemas, ou em locais ocultos; esta musica é um claro protesto contra a ditadura, contra as vidas tiradas sem motivo algum, e condenaçoes sumariamente aplicadas sem julgamentos, o estado vivia uma sangria desatada … Há perigo na esquina e o sinal está fechado para nos, retratam a vigilancia constante para que nao houvesse revolta e organização dos jovens “subversivos”
Só quero fazer uma correção e dar os créditos a quem é de direito!
A música é do Belchior e não de Elis Regina, ela somente interpretou.
Como Nossos Pais | Elis Regina | Análise de Letras de Musicas
A musica em palavras mais claras:
Não acredite na notícia que você ouve, estou te contando os fatos que eu presenciei. Falar de amor é bom, mas essa não é uma hora boa para nos desfocarmos porque tem polícia por toda a parte, os EUA venceram de novo com seu capitalismo e não temos direito de sermos iguais, livres e construir o mundo que queremos. E se você sente vontade de abraçar alguém, amar alguém que eles achem que você não deva amar, ame assim mesmo porque seu corpo foi feito para isso, proteste (grite).
perguntam qual o meu ideal, eu digo que vou continuar nessa cidade porque nela tenho força de grupos para a luta, para criar um novo mundo (nova estação – primavera = estado social), pois eu já sofri demais com a desigualdade social (a ferida está viva).
Faz tempo que não podemos sair livres (cabelo ao vento e juventude = liberdade) isso dói muito, porque não somos mais livres. E o pior é saber que apesar de tudo o que fizemos as coisas não mudaram (devido a força internacional).
Nossos ideais e heróis são os mesmos de antigamente porque depois deles não encontramos outras figuras políticas dignas de serem seguidas, podem dizer que eu tô enlouquecendo, mas são eles que não veem que o futuro pode ser maravilhoso.
Hoje eu sei que quem me mostrou essa verdade está acomodado contando dinheiro, muito dinheiro. o pior é saber que muitos de nós morreram e nada mudou.
IMPORTANTE: vivia-se na ditadura militar, a repressão era muita e a censura também, era necessário passar a mensagem pelas entrelinhas.
Gabriel, não vamos começar com ideologia politica, por favor? “Blablabla malvados dos EUA capitalistas”…. Não vamos diminuir a musica; Essa musica fala sobre como a juventude é dita como a esperança, e acaba se tornando aquilo que seus pais foram: Pessoas que não fizeram nada, e vão empurrar mudanças e responsabilidades para a proxima juventude. E tem uma critica ali em relação a estagnação das pessoas, com o passar da idade, em relação a nostalgia exagerada, o amor cego ao passado, que ignora o que é novo. “oje eu sei que quem me deu a idéia de uma nova consciência e juventude
Tá em casa guardado por Deus contando vil metal” Essa é a parte mais importante da musica. As pessoas envelhecem, conseguem sucesso, e esquecem de seus ideais, de como o mundo precisa de ajuda, de mudanças, e de atitudes…. Afinal, já estão com segurança, representado pelo “Guardado por Deus”, e tem dinheiro ( Vil metal)….
Comment by Rafaela — 26 de agosto de 2013-
Então Rafaela, esta linda canção foi escrita nos tempos da ditadura, onde a criatividade deveria ser muita para se passar um recado.
Quando você questiona sobre a parte:
“Já faz tempo eu vi você na rua.. e esta lembrança é o fato que dói mais…” O autor se refere aos que mudaram de lado! Que eram contra a opressão de depois viraram politicos, militares ou delatores. Veja o caso do Prefeito de Belo Horizonte…
Para mim, Elis falava de sua disilusão da luta contra o sistema imperante e da comodidade de juventuda da época. Uma parte da juventude foi para as ruas e “apesar do tanto que fizeram”, a sociedade vivia como antigamente (como nossos pais). Apesar de poesia dos anos 60/70, ainda é muito atual. Não mudamos nada e em alguns aspectos parece até que retrocedemos. LAMENTÁVEL, NA VOZ DE OUTRO POETA: Êh. oô, vida de gado! Povo marcado, povo feliz!
A Interpretação de Elis Regina a maior cantora brasileira e a letra de Belchior me levam apenas uma lembrança, que a vida e a mesma em qualquer época, e que a juventude é sem duvida a melhor fase da vida, no futuro de que adianta contarmos os vil metais, como muitos que vivem somente para isso sem se darem conta do real sentido da vida, e viver. Todos nós nascemos jovens e bonitos, mas logo somos nos vemos apenas na parede da memoria, e é o que doí mais.
Mudam-se os brinquedos mas a vida e a mesma.