Análise de Letras

Como Nossos Pais

Não quero lhe falar meu grande amor das coisas que aprendi nos discos
Quero lhe contar como eu vivi e tudo o que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar, eu sei que o amor é uma coisa boa
Mas também sei que qualquer canto é menor do que a vida de qualquer pessoa
Por isso cuidado meu bem, há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal está fechado prá nós que somos jovens
Para abraçar seu irmão e beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço, o seu lábio e a sua voz
Você me pergunta pela minha paixão

Digo que estou encantada com uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade, não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento o cheiro da nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva do meu coração

Já faz tempo eu vi você na rua, cabelo ao vento, gente jovem reunida
Na parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais
Nossos ídolos ainda são os mesmos e as aparências não enganam não
Você diz que depois deles não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer que eu 'tô por fora', ou então que eu 'tô inventando'
Mas é você que ama o passado e que não vê
É você que ama o passado e que não vê
Que o novo sempre vem

Hoje eu sei que quem me deu a idéia de uma nova consciência e juventude
Tá em casa guardado por Deus contando vil metal
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo, tudo, tudo o que fizemos

Nós ainda somos os mesmos e vivemos
ainda somos os mesmos e vivemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
como nossos pais

Comentários

Luizão

14/12/2012

Essa Música é uma grande crítica ao sistema e a Ditadura ocorrida no Brasil e que mesmo tendo acabado, muitos ditadores extão ainda reinando entre nossos políticos se passando por "bons Meninos".. A Letra é de Belchior, e ficou perfeita na interpretação de Elis Regina!!

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Klewds

01/11/2012

o comentário Comentário by Andreia Pavie — 2 de abril de 2011 é perfeito, menos no final quando diz dos ídolos, aí diz que nós vencemos, mas que os lobos da ditadura continuam lá, agora com peles de cordeiro, e aí vão Sarneys, Magalhães... tudo de ruim que esta terra já viu!

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Lucas

09/10/2012

Ela fala da nossa luta contra o capitalismo, e quando nos pensamos que nossas lutas foram bem sucedida na verdade a verdade esta camuflada na nossa frente, e vivemos como nossos pais nas mesmas regras e disciplinas.

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Erico

06/07/2012

Essa música sempre que ouço enche minha cabeça de questionamentos. Ela explica de forma impar o processo de amadurecimento para a sobrevivência. Acho fantástico o confronto das duas formas de encarar a realidade. Até que ponto devemos ceder à realidade crua nossos sonhos e pontos de vista e evitar confrontos? Ate que ponto devemos pensar na nossa sobrevivência? Confrontar até as últimas circunstâncias nos leva à morte. Mas ser complacente com uma realidade infausta também nos leva à morte, mesmo simbolicamente. Sonho/idealizações e realidade se confrontam. Não é fácil transformar sonhos em realidade, mas quando se consegue é único. Interpreto essa canção como um diálogo entre esses dois extremos. Hoje precisamos de pessoas que causem ruptura e promovam a mudança mas também precisamos das pessoas que se preocupam com a continuidade da vida, não sacrificando-a muitas vezes tolamente. Esse contraste, na realidade mais simples e cotidiana se faz presente, e encontrar esse meio termo para mim é sinônimo de sabedoria e auto-conhecimento. Parabens a todos pelas visões que sempre se complementam.

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Sandra

14/04/2012

Resumindo em poucas palavras "A luta continua companheiros, na roda da vida".

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Catarina

13/03/2012

Eu fico impressionada como tem pessoas que não tem um pingo sequer de cultura e são capazes de criticar de uma forma nem um pouco criativa o trabalho de artistas maravilhosos. Não conhecem a história do proprio país, por isso não tem conteudo para fazer um comentario decente.

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fin4ndo

12/03/2012

colocação muito bem feita de Andreia Pavie, captou o que o artista quis expressar.

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matheus

14/02/2012

Esta musica e so para pessoas gays como eu sera que nao tem musica melhor.(EU SOU UM DOS MENORES ALUNOS DA ESCOLA PASTOR EMILIO).

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Matheus

06/11/2011

Já falaram bastante coisa boa aí embaixo, então vou só dar a minha breve opinião do que penso ser o tema principal da música. No meu entendimento, essa belissima música fala, basicamente, da diferença do pensamento jovem pro pensamento de alguém "maduro", mesmo que esses sejam as mesmas pessoas. Quando somos jovens, estamos na rua, cabelo ao vento. Nessa época, achamos que vamos mudar o mundo. Porém, apesar de termos feito tudo que vivemos, chega a idade e terminamos exatamente como nossos pais, jogando no lixo todo o pensamento utópico que poderíamos vir a ter anteriormente. A verdade é que somos absorvidos pelo sistema e paramos de criticá-lo ou de lutar contra ele, simplismente aceitamos isso. E terminamos em casa, contando nossos metais, exatamente como nossos pais. Linda música.

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Como nossos | Addapost

13/09/2011

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JorgeNeves

31/07/2011

Bom Comentario

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Mauricio

23/05/2011

Bom, algumas observações aqui foram interessantes, mas não retratam inteiramente como eu percebo essa canção. Sim, concordo com o tom professoral narrador, ao estilo "meninos eu vi", descrevendo os horrores de lutar contra a ditadura. Mas creio que não foi só a ditadura militar a qual os jovens queriam lutar contra. A ditadura de tudo. A ditadura da classe média conservadora em uma época em que ter pais separados era considerado tão "indesejável" quanto ter filhos homossexuais hoje em dia (afinal no discurso da maioria hoje. A revolução de costumes pela qual o Brasil passava na década de sessenta é um importante ingrediente que acompanhou a revolta contra a ditadura política ao ponto de as duas coisas se confundirem no espaço iberoamericano - coisa que não aconteceu no resto do mundo ocidental, onde continuava a prevalecer a democracia. A juventude a qual o narrador se refere lutava pela liberdade de tudo: de poder eleger o seu próprio destino, de poder casar sem ser virgem, de poder não ter que casar porque a namoradinha engravidou, de poder experimentar drogas, de poder escolher qual religião, de poder escolher seus proprios amigos, de poder caminhar e cantar (contra a ditadura ao estilo "Para não dizer quer não falei de flores"), ou sem lenço (revolucionário comunista) ou documento (como era exigido de todo cidadão trabalhador perante a ditadura) (ao estilo de Caetano Veloso), de nao querer se conformar em aspirar a rotineira vida de classe média cujo objetivo foi sempre ter um bom casamento, uma boa familia, um bom emprego. Os jovens então pregavam que tinham direito a errar por conta própria, que preferiam aprender da vida com empregos não-convencionais (viver do esporte, das artes, pq não?) a almejar passar num concurso público e virar telefonista ou office-boy de uma grande firma na cidade grande. Queriam romper o esquema de que se alguém não se casasse até os 22 anos e não tivesse um filho até os 25, a pessoa estava velha e passada. Esta mesma juventude, em alguns casos extremos, chegava inclusive a ser reacionária a tudo o que cheirasse essa classe média conservadora - eram contra o que se falasse em inglês, contra a Jovem Guarda, contra a introdução da guitarra elétrica (yankee) na música popular (autêntica) brasileira, contra o que não fosse engajado - chegando a vaiar o Caetano Veloso no 3o Festival da Canção quando este queria cantar o tema "É proibido proibir" com o "não-engajado e brejeiro" Odair José. A luta contra tudo isso foi extremamente desgastante para essa geração. E depois de um período extremamente desgastante tanto para essa geração quanto para a junta militar, acontece em 1979 a anistia aos exilados. Os revolucionários de antes, agora mais velhos, sabem que também têm uma família para sustentar. A sobrevivência ao sistema fez com que essa geração conseguisse progressos (a anistia e a promessa de que um dia a ditadura iria embora foi em si uma grande conquista política, assim como a sociedade brasileira passa a ser mais tolerante com comportamentos menos ortodoxos ... o divórcio foi legalizado em 1977!) mas também fez com que ela tivesse que se enquadrar de alguma forma. O aborto nunca foi legalizado, a Elis teve que cantar o Hino Nacional em um evento da ditadura e, de certa forma, a sobrevivência ao sistema, dentro do sistema, nos aproximou dos nossos pais em todos os bons e maus sentidos. Afinal, quem não teme a retaliação violenta da ditadura, querendo proteger mulher, marido, filhos, familiares e amigos? Quem não quer prover o melhor padrão de vida aos seus? Por mais lúdico e libertário possa parecer viajar pelo Brasil-continente ou pela América Latina, criar raízes e ter alguma estabilidade coadunam com propiciar um lar para a sua família. E quem sabe, tal geração pôde então se ver, com horror em alguns casos, nos seus próprios pais. De reacionário, passou-se a ser conservador; de vendido, passou-se a ser pragmático. Em 2012, muita gente ainda acredita no âmago da metamorfose ambulante de alguns políticos brasileiros. Para melhor ou para pior. Talvez este maravilhoso tema já seja a nossa síntese como nação. Gostamos de mudanças, mas não de rupturas e revoluções. Tudo no Brasil muda em qq direção, mas sempre a passos lentos. Muito lentos.

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Andreia Pavie

02/04/2011

Minha anáise em relação a "Como nossos pais" é de uma mãe que fala a seu filho as suas experiências. "Não quero lhe falar meu grande amor das coisas que aprendi nos discos Quero lhe contar como eu vivi e tudo o que aconteceu comigo(ELA VAI MOSTRAR AS SUAS PRÓPIAS EXPERÊNCIAS, O QUE ELA MESMA SENTIU E VIVEU.NÃO É NADA QUE ELA TENHA APRENDIDO,MAS SIM VIVIDO,PARTICIPADO.) Viver é melhor que sonhar(é melhor que ele permaneça vivo), eu sei que o amor é uma coisa boa(ela compreende as suas ideias) Mas também sei que qualquer canto é menor do que a vida de qualquer pessoa (MAS APESAR DE COMPREENDER,NÃO O QUER EM UMA CADEIA,PRISÃO, "QUALQUER CANTO É MENOR QUE A VIDA ...") ." "Por isso cuidado meu bem, há perigo na esquina Eles venceram e o sinal está fechado prá nós que somos jovens(O ALERTA DELA A SEU FILHO,PARA ELE TER CUIDADO,A DITADURA E SUA REPRESSÃO VENCEU) Para abraçar seu irmão e beijar sua menina na rua É que se fez o seu braço, o seu lábio e a sua voz( ELA DIZ QUE ELE FOI FEITO PARA VIVER(ABRACANDO,BEIJANDO...) E NÃO PARA CORRER ATRÁS DE MUDANÇAS).Você me pergunta pela minha paixão(PODEMOS ENTENDER PAIXÃO AQUI COMO OBJETICO,MOTIVO DE EXISTIR)" Nesse proximo momento da música ela responde a ele que ela está em outro momento da vida,n vai retornar ao passado e suas ideias,ela sabe de tudo isso que ele está passando,ela já passou está tudo vivo na ferida de seu coração. "Digo que estou encantada com uma nova invenção Eu vou ficar nesta cidade, não vou voltar pro sertão Pois vejo vir vindo no vento o cheiro da nova estação Eu sei de tudo na ferida viva do meu coração" O filho então diz "Já faz tempo eu vi você na rua, cabelo ao vento, gente jovem reunida" (ELE MOSTRA QUE ELA TAMBÉM JÁ TEVE SONHOS E LUTOU) "Na parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais" ( E ISSO DÓI NELE AO VER QUE DESISTIU) Em resposta a mãe diz: "Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo o que fizemos(lutado,apanhado,sofrido...) Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais Nossos ídolos ainda são os mesmos e as aparências não enganam não( os objetivos continuam iguais) Você diz que depois deles não apareceu mais ninguém Você pode até dizer que eu 'tô por fora', ou então que eu 'tô inventando' Mas é você que ama o passado e que não vê É você que ama o passado e que não vê Que o novo sempre vem (tem de mudar,esquecer essas ideias,tentativa de convencimento para que se esqueça as ideias de revoluçaõ)" "Hoje eu sei que quem me deu a idéia de uma nova consciência e juventude Tá em casa guardado por Deus contando vil metal(DEPOIS DE TUDO O QUE EU PASSEI,EU SEI QUE NADA ADIANTOU, TODOS OS QUE NA MINHA JUVENTUDE TAMMBÉM TINHAM ESSES IDEAIS ESTÃO EM CASA CONTANDO DINHEIRO,MAS VIVOS A SALVOS) Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo, tudo, tudo o que fizemos Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais (MESMO DEPOIS DE TUDO O QUE EU FIZ, MINHA DOR É PERCEBER QUE EU ME TORNEI OS MEUS PAIS EM CASA A SALVA " CONTANDO VIL METAL" E TENTANDO FAZER VOCÊ DESISTIR)."

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Joao Paulo

14/03/2011

Pode-se perceber que o autor faz uma critica a sociedade dizendo que convivemos pacificamente com os paradigmas, que nosso conhecimento é baseado no empirismo, repedindo as ações das gerações anteriores. Diz que na maior parte da sociedade não existe a ocorrência de um pensamento crítico filosófico, baseado na razão em que as pessoas busquem conhecer a essência, conhecer o objeto através as águas do rio da razão sem serem poluídas pelo senso comum. Além disso, ele diz que as pessoas que buscam a conhecimento quebrando os paradigmas, são destacadas e incompreendidas pela sociedade.

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Marcos Antônio

26/01/2011

Acho que a mensagem principal da música é para não nos acomodarmos na vida, pois a acomodação é uma tendência nas pessoas de um modo em geral.

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erica

22/11/2010

nós naum precisamos mudar,mas sim AJUDAR NOSSO PAIS a seguir em frente... assim como akele ditado diz- somos iguais a todos porem diferente em tudo,cada qual ajude da sua maneira mas da maneira madura e sábia..... dedica-se :)

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erica

17/11/2010

Destaco esta parte pois eu acho que esta é a alma da música ! Um diálogo entre amigos da época da ditadura militar onde os jovens eram unidos para “MUDAR” o Brasil. Hoje eu sei que quem me deu a idéia de uma nova consciência e juventude

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erica

17/11/2010

a musica nos mostra tudu akilo k passamos.Toda via nos alerta a abrir os olhos e ver as coisas como elas são... são no modo maduro um olhar de guerra

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Gabriel Aragçao

28/10/2010

Cara a letra é do Belchior e não da Elis Regina. Esta letra demonstra a decepção de ver os movimentos sociais e da juventude cairem por terra como cairam, tendo forte referência, por exemplo, ao Maio Francês. Inclusive "Hoje eu sei que quem me deu a idéia de uma nova consciência e juventude. Tá em casa guardado por Deus contando vil metal" Se refere ao Sartre, filósofo francês, que escreveu muita coisa boa com relação ao mundo mas seus atos negaram sua filosofia.

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valtair

09/10/2010

O refrão da música por si só já resume tudo, na época em que a música foi escrita o país respirava a lama de dor que a ditadura havia deixado para trás. A letra aparentemente é um romance, mas tem um fundo politico enorme: " Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo o que fizemos Nós ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais" - neste trecho Belchior critica o fato de apesar de tanta luta pra tornar o Brasil um país a frente de seu tempo, nós estagnamos e nos tornamos tão conservadores quanto a geração que nos antecedeu. Com toda certeza o eu lirico desta música é alguém cheio de lembranças boas mais muito dolorosas de um tempo em que muito se lutou por mudanças, mas que no fim pouco conseguiu alcançar. A múscia fala também das expectativas daqueles que chegavam do sertão em busca de vida nova, existem várias realidades dentro desta letra e é isso que mais me comove. Belchior conseguiu falar do brasileiro como um todo, o brasileiro sofrido, esperançoso, enganado, cansado, romantico, sertanejo... E eternizou suas idéias na voz da magnifica, inesquecivel e antológica Elis Regina

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Ana Luiza

26/08/2010

Essa é uma música belíssima. Acho que ao fazer a comparação entre os jovens e os seus pais "ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais", o autor quer dizer que apesar de ter mudado o cenário e os personagens, as atitudes e os objetivos ainda são os mesmos. Há uma rebeldia que é natural da juventude, uma inquietação, o fato de não aceitar tudo de formar pronta e querer buscar novo, pelo diferente. E isso indiretamente aprendemos em casa com os nossos pais.

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Rafael Lima

10/07/2010

Talvez seja uma pessoa que perdeu alguém muito próximo com as torturas da ditadura mira militar e diante do túmulo desta pessoa ela começa contar o que realmente aconteceu na época, inclusive do milagre economico e da imigração sertaneja, ou seja ela fala de todo o contesto histórico no tempo de crises e ditadura militar. As partes que mais me chamam atenção são: "Viver é melhor que sonhar".:Pois do que adianta voçê ter minhares de sonhos e ideais sem o poder de lutar por eles. "Digo que estou encantada com uma invenção, eu vo fica nesta cidade não vou voltar pro sertão pois vejo vir vindo no vento o cheiro da nova estação"...-ela simplesmente fala dessa migração seraneja que surjiu na época no governo médici. "já faz tempo eu vi voçê na rua cabelo ao vento gente jovem reunida na parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais"...-Muitos jovens eram torturado e até mesmo mortos ou seja essa pessoa para qual Elis estaria cantando talvez fora torturado ou até morta pelos militares daquela época. Conclusão a mùsica traz muito do contexto histórico da época...

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Betty

28/06/2010

Esta letra não é "de" Elis, ELA SÓ CANTAVA! A letra é de Belchior!

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Leonardo

20/01/2010

Quando se diz que ainda somos os mesmos, o autor pretende retratar a realidade do amadurecimento do ser humano, quando somos jovens com idéias rebeldes e revolucionarias achamos que nossos pais são caretas e por fora, e o mundo está errado, com o passar do tempo nós envelhecemos. Aí a coisa muda de figura e chegamos a conclusão que eles tinham a razão e às vezes pode ser muito tarde. Por mais que tentamos, nós não mudamos, é ilusão, somos como nossos pais, que nos criaram e nos ensinaram a vida, nossos heróis viram os mesmos. Depois de um bom tempo de vida você começa a interpretar assim.

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Kiany

16/01/2010

Essa música é fantástica. Por muito tempo não tinha escutado uma canção que mexe-se tanto comigo. Nossa, tenho apenas 17 anos, mas a consciência, do que fui a Ditadura Militar no nosso BRASIL.Onde milhares de pessoas perderam a liberdade de expressão, perderam a própria dignidade, em meio a essa luta que idealizava metas elitistas. Acabando com a nossa cultura, e impondo o que 'eles' chamavam de: 'ordem e progresso'. É muito triste,quando nos deparamos com o passado dessa forma tão cruel. Mas o pior não é isso. O pesadelo maior é saber que as pessoas não mudaram, ou simplesmente não enxergam a realidade. É duro, mas é fato!

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Carlos Eduardo

27/11/2009

Esqueci de uma observação, eu gosto mais da versão do BELCHIOR.

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Carlos Eduardo

27/11/2009

"já faz tempo eu vi você na rua, cabelo ao vento, gente jovem reunida Na parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo o que fizemos Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais Nossos ídolos ainda são os mesmos e as aparências não enganam não Você diz que depois deles não apareceu mais ninguém Você pode até dizer que eu 'tô por fora', ou então que eu 'tô inventando' Mas é você que ama o passado e que não vê É você que ama o passado e que não vê Que o novo sempre vem Hoje eu sei que quem me deu a idéia de uma nova consciência e juventude Tá em casa guardado por Deus contando vil metal Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo, tudo, tudo o que fizemos" Destaco esta parte pois eu acho que esta é a alma da música ! Um diálogo entre amigos da época da ditadura militar onde os jovens eram unidos para "MUDAR" o Brasil. Só que após muitos anos eles perceberam que nada foi mudado, os ideais da juventude reunida ficou estampado na parede. Os jovens, muitos deles, não sabiam que estavam sendo usados como soldados de uma elite que hoje são os nossos representantes do governo. "Tá em casa guardado por Deus contando vil metal". E o pior é perceber que apesar de tudo que eles passaram, torturas, estupros, mortes ... ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais, ou seja não mudamos nada !!!

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