Barracão é seu vou desocupar
Coração é meu vou desabafar
Me dá meu violão que eu vou-me embora
Quero mostrar à senhora que eu tenho aonde morar
Me dá meu violão que eu vou-me embora
Quero mostrar à senhora que eu tenho aonde morar
Barracão é seu
Eu vou desocupar
Quero mostrar à senhora que eu tenho onde morar
Se o barracão é seu
Pode ir fingida mulher
Tens um coração de anjo e as feições de Lucifer
Barracão
Barracão é seu vou desocupar
Coração é meu vou desabafar
Me dá meu violão que eu vou-me embora
Quero mostrar à senhora que eu tenho aonde morar
Me dá meu violão que eu vou-me embora
Quero mostrar à senhora que eu tenho aonde morar
Uma dúzia de mulheres
Eu queria governar
Seu jogar de três Marias prejudique desde Omar
Eu queria ser balaio
Da colheita do café para andar dependurado
Na cintura da mulher
Barracão
Barracão é seu vou desocupar
Coração é meu vou desabafar
Me dá meu violão que eu vou-me embora
Quero mostrar à senhora que eu tenho aonde morar
Me dá meu violão que eu vou-me embora
Quero mostrar à senhora que eu tenho aonde morar
Lá vem a morte pescando
De caniço e samburá
Quando a morte pesca peixe que fome não há por lá
Ao cantar este samba me lembro do maestre fom-fom
Gravando na Companhia Odeon
Barracão
Barracão é seu vou desocupar
Coração é meu vou desabafar
Me dá meu violão que eu vou-me embora
Quero mostrar à senhora que eu tenho aonde morar
Me dá meu violão que eu vou-me embora
Quero mostrar à senhora que eu tenho aonde morar
Não quero mais teu amor
Nem tampouco teus carinhos
Prefiro viver nas matas como vive os passarinhos
Vai-te embora enganadeiras não me venha se enganar
Não me venha dar o papo que me deu a Guiomar
Barracão
Barracão é seu vou desocupar
Coração é meu vou desabafar
Me dá meu violão que eu vou-me embora
Quero mostrar à senhora que eu tenho aonde morar
Me dá meu violão que eu vou-me embora
Quero mostrar à senhora que eu tenho aonde morar(…) do céu que brilho
No azul do firmamento
O nome daquele ingrato não me sai do pensamento
Da Bahia me mandaram
Um presente num balaio
Era um corpo de gente
Cabeça de papagaio
Barracão é seu vou desocupar
Coração é meu vou desabafar
Me dá meu violão que eu vou-me embora
Quero mostrar à senhora que eu tenho aonde morar
Me dá meu violão que eu vou-me embora
Quero mostrar à senhora que eu tenho aonde morar
Eu queria ser balaio
Balaio eu queria ser
Para andar dependurado nas cadeiras de você
Eu sou o João da Gente
Não nego meu natural
Eu defendo a Portela
No dia de carnaval
Barracão
Barracão é seu vou desocupar
Coração é meu vou desabafar
Me dá meu violão que eu vou-me embora
Quero mostrar à senhora que eu tenho aonde morar
Me dá meu violão que eu vou-me embora
Quero mostrar à senhora que eu tenho aonde morar
Sou a mana Clementina
Conhecida devagar
Oi lá em Mangueira todo mundo quer saudar-me
Quem não pode não intima
Deixa quem pode intimar quem não pode na carreira
Vai andando devagar
Barracão
Barracão é seu vou desocupar
Coração é meu vou desabafar
Me dá meu violão que eu vou-me embora
Quero mostrar à senhora que eu tenho aonde morar
Me dá meu violão que eu vou-me embora
Quero mostrar à senhora que eu tenho aonde morar
Minha mãe me botou fora
Foi no tempo da miséria
Tinha eu quatorze anos veja que tamanho eu era
De Mangueira vem Cartola
Do Estácio Ismael
Da Portela vinha o Paulo
Que era o nosso Deus no chão
Barracão
Barracão é seu vou desocupar
Coração é meu vou desabafar
Me dá meu violão que eu vou-me embora
Quero mostrar à senhora que eu tenho aonde morar
Me dá meu violão que eu vou-me embora
Quero mostrar à senhora que eu tenho aonde morar
Me dá meu violão que eu vou-me embora
Quero mostrar à senhora que eu tenho aonde morar
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