Análise de Letras

A morte de Chico Preto

Na morte de Chico Preto


Houve muita tristeza no arraiá


Ele era cumpadre de todos


Não havia criança pagã no lugar


Os grandes rezavam uma incelência


A criança chamando


O padrinho a chorar


Era mestre em benzedura


Curava quebranto, tosse e queimadura


Picada de cobra


Não soube curar


Lalalaiá, laiá lalaiá Lalalaiá, lalaiá, lalaiá, laiá, laiá


Nós estava na lavoura


Pra ganhar algum dinheiro


Urutu tava na moita


Urutu tava na moita


E picou meu companheiro


À comadre Dona Benta


Ele deixou como herança


Um banquinho, uma esteira


E também quatro crianças


Três machos barrigudinhos


Moringa e um violão


Que Chico Preto tocava


Sob o luar do sertão


Deixou também Mariinha


A pobre e triste menina


Tão pequenina a coitada


Mas já tem a sua sina


Vocês aqui nada sabem


Do que vai pelo sertão


Menina quando é bonita


É presente pro filho do patrão

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