O alto comando da malandragem
Num catatau nervoso mandou lhe dizer
Que gente fina não vacila
Olha aí coisa ruim quem vacila é você
Você não sabe o que é vacilão
E nem gente fina também
Você tá jogando conversa fora
E nem sabe quem é quem
Quando a gente não sabe o que diz
É bem melhor ficar devagar
Porque se o bambu quebra no meio
Você pode levar um sapeca iaiá
Gente fina é malandro de primeira
E joga na linha de frente
Respeita Deus e o mundo
É considerado por toda gente
Não é caloteiro nem 1-7-1
E leva uma vida correta
Tem consciência de tudo o que faz
E sabe ser homem na hora certa
Veja bem vacilão não tem moral
E é um tremendo safadão
Disca denúncia a troco de nada
E tem muito prazer em vender os irmãos
E você com esse papo de 15
Se liga mané no que eu vou lhe dizer
Gente fina não vacila
Olha aí G.b.o quem vacila é você
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Claramente o eu lírico é um chefe do tráfico de drogas, que ameaça e da porrada nos seus denunciantes, ao mesmo tempo em que declina sua masculinidade. Um homem de verdade, segundo o eu lírico, leva uma vida correta, não é 171 e não denuncia os amigos a custo de nada.
Saber ser homem na hora certa implica em defender os companheiros da atividade “ilícita”, seja dos denunciadores, dos policiais ou de outros comandos que queiram tomar o ponto.
Para o chefe do tráfico, sua atividade é moral, visto que ele “respeita Deus e o mundo”, e os “vacilões” que denunciam serão castigados pelos chefes, porque querem impedir que aqueles que “têm consciência de tudo que faz(em)” estão agindo de maneira contrária aos interesses da comunidade.