Bezerra da Silva

Um dos últimos ícones da linhagem de “sambistas malandros”, Bezerra da silva foi um ritmista, compositor e cantor brasileiro. Ainda criança aprendeu a tocar trompete e zabumba em Recife. Ingressou na escola da Marinha Mercante quando jovem e foi expulso após dois anos de serviço. Sua história é marcada pelo estigma da marginalidade, pois foi preso vária vezes durante os anos 70. 

Bezerra da Silva não compartilha o estilo “de raiz”, embora aproximou-se da conhecida “velha guarda” do samba. A estética “raiz” defende a autenticidade e a pureza do gênero para a retomada do sucesso do passado. Nos anos 80 também não aderiu ao pagode, promovido por músicos como Zeca Pagodinho, Almir Guineto e Jorge Aragão. O estilo que é mais próximo ao que Bezerra da Silva produzia era o “sambandido”. Nesse gênero a ênfase era nos instrumento de percussão, o canto era falado e o havia o uso constante de melodia-clichês. Além disso, se destaca a temática marginal e a relação de comando estabelecida pelo intérprete com os instrumentistas. 

Bezerra da Silva gravou, entre 1981 e 1993, um álbum novo por ano. Essa discografia lhe rendeu 11 discos de ouro, 1 disco de platina dupla e 3 discos de platina. Firmou-se ao longo dos anos como intérprete de músicas de compositores desconhecidos como em Malandragem Dá um Tempo, Sequestraram Minha Sogra e Overdose de Cocada.

Candidato caô caô

Candidato caô caô Caô, caô a justiça chegou … Ele subiu o morro sem gravatadizendo que gostava da raça, foi lána tendinha, bebeu cachaça e atébagulho fumou Foi no meu barracão, e láusou lata de goiabada como pratoeu logo percebi é mais um candidato As próximas eleiçõesAs próximas eleiçõesAs próximas eleições Fez questão de beber […]

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Piranha

Piranha não dá no mar, piranha Somente na água doce se apanha Tá ouvindo piranha? (Refrão) Piranha não dá no mar, piranha Somente na água doce se apanha Tá ouvindo piranha? Não quero mais para mim Aquela falsa mulher Me comeu a carne toda Deixou meu esqueleto em pé E eu que fui dono de

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É Ladrão Que Não Acaba Mais

Quando Cabral aqui chegou E semeou sua semente Naturalmente começou A lapidação do ambiente… Roubaram o ouro Roubaram o pau Prá ficar legal Ainda tiraram o couro Do povo Desta terra original… E só deixaram A má semente Presente de Grego Que logo se proliferou E originou a nossa gente… É ladrão que não acaba

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Da Pesada

Ele se diz da pesada, pesado fica no chão! Da pesada é trem de carga, descarga de caminhão! Ele se diz da pesada, pesado fica no chão! Da pesada é trem de carga, descarga de caminhão! Da pesada é dente inflamado; a conta do telefone; andar de sapato apertado; vizinho aprendendo trombone; mocotó apimentado; mulher

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As Favelas que não Exaltei

Daqueles morros voltei pra falar das favelas Hoje exalto aquelas que nos dois sambas eu não exaltei Daqueles morros voltei pra falar das favelas Hoje exalto aquelas que nos dois sambas eu não exaltei Errô, Selva de Pedra, Cavalo de Aço Chapéu Mangueira, Nova Brasília e faz quem quer Caracol, Barreira do Vasco, Morro dos

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A Semente

Meu vizinho jogou Uma semente no seu quintal De repente brotou Um tremendo matagal (Meu vizinho jogou…) Quando alguém lhe perguntava Que mato é esse que eu nunca vi? Ele só respondia Não sei, não conheço isso nasceu ai Mas foi pintando sujeira O patamo estava sempre na jogada Porque o cheiro era bom E

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A Necessidade

A Necessidade obrigou Você a me procurar. Você era, orgulhosa. Mas a necessidade acabou com a sua prosa. Você era, orgulhosa. Mas a necessidade acabou com a sua prosa. “Sou Genaro soalheiro, nome conhecido no samba inteiro” “Se você não acredita é só perguntar a quem é partideiro” “Artisticamente falando Bezerra da Silva tem muito

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