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Começar pelo recomeço

Não vou lamentar
Lamento muito, mas agora não dá
Não me lembro mais do tal momento
Que você me deu, que você me deu
Doeu, meu bem, doeu
Mas não vou lamentar
O que nem sequer aconteceu
Agradeço mas prefiro recomeçar
Pelo recomeço
Agradeço o seu preço
E pelo seu endereço
Peço perdão, de coração
Peço perdão

Bate verão

Bate coração, bate no chão
Bate no pé, pandeiro
Bate coração, bate saudade no meu corpo inteiro

Canto pra você, canto o verão
Janeiro e fevereiro
Canto pra você no carnaval o ano todo, inteiro

Te procurei no Rio de Janeiro
Foi na Bahia que senti seu cheiro
Felicidade que eu não conhecia até então
Na avenida, foi por um segundo
Fiquei feliz, me desliguei do mundo
Você me deu amor mais verdadeiro
Contagiou meu coração inteiro
Agora…

Bata com a cabeça

Quem falar por mim
Que ao menos apareça
Porque vai dançar, onde for
Bata com a cabeça

Quem não respirar ar, ar
Com a força da certeza
Vai voar, vendaval
Bata com a cabeça

Chega destino
Cresça e apareça
No céu domínio
No chão um terço

Quem falou por mim
Falar quem por mim
Quem falou por mim

Baby Rose

Zé… zé… zé… zé…
Bra… bra… bra… bra…
Zil… zil… zil… zil…
Rá… rá… rá… rá…

Meu recinto está fechado
Minha loja também
Fechado para almoço
Amor livre também
Fechado para o sexo

Hoje tudo está fechado
Eu relembro meu passado
Hoje tudo está fechado
Eu relembro meu passado

Eu estou com Baby Rose
Tudo certo, o que que houve?
Baby lá da Zona Sul
Tudo azul, tudo azul

Azul com Baby Rose
Azul com Baby Rose
Azul com Baby Rose
Azul com Baby Rose

Amnésia

Twist, eu sei que existiu
Rock’n’Roll, não sei se eu vou
Não sei se a onda é samba
Se é moda ou tudo onda
Twist, eu sei que existiu
Rock’n’Roll, não sei se eu vou
Lembro hully-gully, break posso dançar
Bossa Nova, novo vem de qualquer lugar
Da África, Marrocos, do Estácio de Sá
Sonhos de um roqueiro podem incomodar
Mais doze repentistas eu não vou te enganar
Tu viste eu sei que existiu
Rock’n’Roll, não sei se eu vou

Abundantemente morte

Sou peroba
Sou a febre
Quem sou eu
Sou um morto que viveu
Corpo humano que venceu
Ninguém morreu
Ninguém morreu
Ninguém morreu

Tabuletas
Grandes letras feito eu
Abundantemente breu
Abundantemente fel
Ninguém morreu
Ninguém morreu
Ninguém morreu

Conforme fiquei
O tempo me embalava
Se a chuva é mais forte
A enchente levava
Colete de couro
Com fios de nylon
No dia seguinte
O seguinte falhou

A dança da morte
Ninguém frequentava
A cruz a distância
Do povo de nada
Um morto mais vivo
De vida privado
No dia seguinte
O seguinte falhou

A nata do Natal

O natal chegou e se mostrou feliz em um segundo 
Natal de toda gente, natal de todo mundo 
Natal fartura sobre a mesa, natal futuro sem pobreza 
Que todos possam ter durante o ano essa certeza 

O natal chegou e se mostrou feliz em um segundo 
Natal de toda gente, natal de todo mundo 
Natal fartura sobre a mesa, natal futuro sem pobreza 
Que todos possam ter durante o ano essa certeza….

Ébano

Meu nome é ébano
Venho te felicitar sua atitude
Espero te encontrar com mais saúde
Me chamam ébano
O novo peregrino sábio dos enganos
Seu ato dura pouco tempo se tragando

Eu grito ébano
O couro que me cobre a carne
Não tem planos
A sombra da neurose te persegue
Há quantos anos

Do Rio de Janeiro estou te sacando
Do centro da cidade vou te assemelhando
No núcleo do seu crânio
Eu nós três manchando
Quem é quente te amando
Quem sou eu passando
Quem sou eu ficando nu

Feeling da música (co-autores Ricardo Augusto e Hildon)

Eu vou tocar meu violão
A música não pode parar
Eu vou tocar meu violão
A música não pode parar

De que adianta o carnaval?
Sem música
Passar a noite de natal
Sem música

De que adianta tanto amor?
Sem música
Também dançar no xilindró
Sem música

Fazer a coreografia
Sem música
Dançar axé lá na Bahia
Sem música

Só tem que ter afinação prá música soar
Subir no tom dessa canção
Não pode vacilar

Um toque no seu coração
Que tudo vai vibrar
A minha banda tem seu feeling
É só organizar

Tem solo na harmonia
Tem black na bateria
Tem arranjo de metais

Eu vou tocar meu violão
A música não pode parar
Eu vou tocar meu violão
A música não pode parar

De que adianta o alto astral?
Sem música
Vir do sertão pro litoral
Sem música

Poder gritar alô rocinha
Sem música
Apertar a buzina do Chacrinha
Sem música

Não satisfaz nadar em grana
Sem música
Prefiro até ficar na lama
Com música

Só tem que ter afinação prá música soar
Subir no tom dessa canção
Não pode vacilar

Um toque no seu coração
Que tudo vai vibrar
A minha banda tem seu feeling
É só organizar

Tem solo na harmonia
Tem black na bateria
Tem arranjo de metais

Eu vou tocar meu violão
A música não pode parar
Eu vou tocar meu violão
A música não pode parar

Esse filme eu já vi (co-autor Renato Piau)

Tô na rua fim de semana
Não venha me por medo
Eu já saio um rochedo
Não te vi, não te conheço
Você tá falando grego
Esse filme eu já vi

Tô na rua tô rua
Em toda esquina tem cenário
E eu visível de otário
E eles servindo a nossa dor
Amanheceu na minha tela, otário
Pode apagar seu barco à vela
Que esse filme eu já vi

Amanheceu lá na calçada
Morreu de amor ou craqueada
De porrada ou viciada
Passo eu a navalha na noite
Fatiando o que não vi
Passo eu a navalha na noite
Esse filme eu já vi

Anoiteceu na minha garganta
Um mistério afogado
Frente à luz, frente ao estado
Frente à cara do guri
Dei mais dois pra não sorrir
Esse filme eu já vi
Dei mais dois pra conhecer a vida
Esse filme eu já vi

Ilha de Cuba

Ao som da maraca
Do tambor do bambu
Ao som da maraca
Do tambor do bambu
Eu vou pra ilha de Cuba
Eu vou pra ilha de Cuba
Eu vou numa caravela
A velha Santa Maria
Que passa domingo de noite
Pelo Rio de Janeiro
Que passa domingo de noite
Pelo Rio de Janeiro
Se você quiser também
Entre na embarcação
E vamos sorrindo pro mundo
Na velha Santa Maria
E vamos sorrindo pro mundo
Na velha Santa Maria
É que ao som da maraca
E do tal tamborim
Eu vou pra ilha de Cuba

Paquistão

Paquistão, Paquistão

Cai nos meus braços, você não tem onde cair
Sacode a poeira, sai fora daqui
Estou desarmado, mas estou com Isabel
Senhor mensageiro me traga um papel

Paquistão, Paquistão

Sou fraco de guerra, dono da madrugada
Sou mestre do beijo, sou faca molhada
Sou dono da moça do olho encarnado
Ela me mata, me prende, sou pobre coitado

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Paquistão, Paquistão
Paquistão, Paquistão

Casa de cobalto um rato no salto
Me largo, não sei onde que vou cair
morena faceira do dia de agora
Brilhantes rotinas do anjo daqui

Paquistão, Paquistão
Paquistão, Paquistão

E assim foi indo
E assim ficou
E assim Paquistão continuou
E assim Paquistão continuou

Paquistão, Paquistão
Paquistão, Paquistão

Fadas

Devo de ir, fadas
Inseto voa em cego sem direção
Eu bem te vi, nada
Ou fada borboleta, ou fada canção

As ilusões fartas
Da fada com varinha virei condão
Rabo de pipa, olho de vidro
Pra suportar uma costela de Adão

Um toque de sonhar sozinho
Te leva a qualquer direção
De flauta, remo ou moinho
De passo a passo passo…

Cara a cara (co-autor Renato Piau)

Cara, cara
Quando vejo você
De calcinha preta
Você me deixa louco
Você me deixa de careta

Pelo telefone
Ouço, vejo você de veneta
Você me deixa louco
Você me deixa de careta

Nova York, novo Brasil

Você mentiu
É tudo espoleta
Você me deixa louco
Você me deixa de careta

Peço um beijo
Então não dá
Diz pra mim o que é que há
Desperta pra mim
Perfume como aquela flor

Rosa, dália, turmalina
Fruto novo de se ver
No escuro acordado
Te vejo de toda cor

Quando o carnaval chegou (Célio José)

Carnaval, carnaval, carnaval
Fico tão triste quando chega o carnaval
Eu me lembro duas noites de alegria
E recordo que perdi minha Maria

Maria, era minha alegria
Quando chegava o carnaval
Nós brincávamos noites e dias

Ela era minha Maria
Ela era minha alegria
Que morreu no terceiro dia de folia
Carnaval

Mary

Mary está de castigo
Porque brigou comigo, Mary?
Oh Mary, oh Mary
Assim eu não consigo
Seu show é um perigo, Mary
Oh Mary, oh Mary

Mary com show, Mary está
Mary está de amargar
Mary com seu show, Mary está
Mary está de amargar

Estácio, eu e voce

Vamos passear na praça
Enquanto o lobo não vem
Enquanto sou de ninguém
Enquanto quero te ver

Vamos passear na praça
Enquanto sou de você
Enquanto quero sofrer
Curtindo dessa donzela, donzela

Hoje o tempo está mais firme
Abre mais meu apetite
Cura e seca minha bronquite
Algumas folhas de hortelã

Poderoso gangster (Guida Moura)

Ó deus, poderoso gangster,
Com as suas metralhadoras
Armadas de acontecimentos,
Com seus mil relógios
Marcando mil horas,
Milênios,
Mil eras… diferentes.
Ai, dai-me o que fazer,
Preciso dos seus benefícios
Mas não me peça para abandonar
Os vícios.
Ai, quero estar junto a ti,
Por temor e por temer-me.
Estou assustado, senhor,
Com o que estou vendo,
Com o que estou vivendo,
Com o que estou sonhando.
Preciso de munição,
Preciso de munição.

Juventude transviada

Lava roupa todo dia, que agonia
Na quebrada da soleira, que chovia
Até sonhar de madrugada, uma moça sem mancada
Uma mulher não deve vacilar

Eu entendo a juventude transviada
E o auxílio luxuoso de um pandeiro
Até sonhar de madrugada, uma moça sem mancada
Uma mulher não deve vacilar

Cada cara representa uma mentira
Nascimento, vida e morte, quem diria
Até sonhar de madrugada, uma moça sem mancada
Uma mulher não deve vacilar

Hoje pode transformar, e o que diria a juventude
Um dia você vai chorar, vejo clara as fantasias

Sub-anormal (co-autor Ricardo Augusto)

Se preocupe comigo
Sinal verde virtual
Não pulo no seu trapézio
Pra não cair, me dar mal
Cheirando, farejo tudo
Instinto de animal
Não sendo herói nem bandido
Tô mais pra sub-anormal
Linda gazela banguela
Crianças mortas nas telas
Da cerca do teu quintal
Bandeira verde magrela
Com grana, sangue e miséria
Confeito o teu carnaval
Mas se a pobreza te assusta
A cretinice te rói
Sub-anormal, sobre o mundo
Que te lapida e destrói

Estácio, Holly Estácio

Se alguém quer matar-me de amor
Que me mate no Estácio
Bem no compasso, bem junto ao passo
Do passista da escola de samba
Do Largo do Estácio

O Estácio acalma o sentido dos erros que faço
Trago, não traço, faço, não caço
O amor da morena maldita domingo no espaço

Fico manso, amanso a dor
Holiday é um dia de paz
Solto o ódio, mato o amor
Holiday eu já não penso mais

Amor

Da vida é amiga é amiga da vida
Segredos são momentos de horror
Os porcos extraviam amor
Com as feras o amor é amor

Ô gente eu faço isso eu choro sangue pra ninguém me pegar
O medo é meu vizinho, pai de todos mora em todo lugar

A cor do seu sangue é vermelho
Vermelho é a cor do amor
Amor são palavras citadas
Que um dia, tal poeta citou

Eu fico nessa esquina tão divina, mas não fale de amar
Por mera coincidência nessa esquina vinha um cara tombar

Amor são palavras citadas
Que um dia, tal poeta citou
Que um dia, tal poeta citou
O poeta sempre é malandro
O poeta sempre é malandro
O poeta sempre é malandro

Mistério da raça

Vim de lá, vim da praça mistério da raça
Cachaça pra se beber … se beber
Qualquer um, no enredo da graça
Nos somos cachaça pra se beber … se beber

Lá do sul, eu frequento Ipanema
Sistema, cachaça pra se beber … se beber

No sonho dos meus sonhos
Quando eu sonho o mundo está pra se acabar
No fato, no relato, quando eu faço
O mundo está pra se acabar

Mas quem não pisa na terra não sente o chão
Luz é vida, pulsação

Onde o sol bate e se firma

Estou em torno da cidade
Trajes elegantes sobre mim
Vejo vitrines, vejo boutiques
Só não vejo quem eu quis
Os transeuntes me agitam
Me perco sobre a multidão
Mas vejo através das lentes negras
Lindo, teu corpo lindo
Serás amor minha canção
Giro a cidade sem juízo
Caminhe e se encontre lá comigo
Pois ainda sou o seu amor
A minha blusa tem seu nome
Mas perto bem perto da esquina
Onde o sol bate e se firma

A voz do morro

Eu sou o samba
A voz do morro sou eu mesmo sim senhor
Quero mostrar ao mundo que tenho valor
Eu sou o rei do terreiro

Eu sou o samba
Sou natural daqui do Rio de Janeiro
Sou eu quem levo a alegria
Para milhões de corações brasileiros

Salve o samba, queremos samba
Quem está pedindo é a voz do povo de um país
Salve o samba, queremos samba
Essa melodia de um Brasil feliz

Mulato latino (Papa Kid)

Yo nasci aqui nessa província de San Salvador
Trago purpurina sabor de anilina, sabor de amor

Gosto de dançar a conga
Gosto de bailar baião
Gosto de sentir a brisa
das palmeiras do meu sertão

Vale quanto pesa

Quanto você ganha pra me enganar
Quanto você paga pra me ver sofrer
É quanto você força pra me derreter
Sou forte feito cobra coral
Semente brota em qualquer local
Um velho novo cartão postal, cartão postal
Aquela madrugada deu em nada, deu em muito, deu em sol
Aquele seu desejo me deu medo, me deu força, me deu mal
Ai de mim, de nós dois
Ai de mim, de nós dois
Vale quanto pesa, reza a lesa de nós dois
Ai de mim, de nós dois
Temos um passado já marcado não podemos mentir
Beijos demorados afirmados não podemos mentir
Sou feito cobra coral
Semente brota em qualquer local
Um velho novo cartão postal, cartão postal
Aquela madrugada deu em nada, deu em muito, deu em sol
Aquele seu desejo me deu medo, me deu força, me deu mal

O morro não engana (co-autor Ricardo Augusto)

Subi o morro, subi cansado
Pobre de mim, pobre de nada
Morro do medo
Morro do sonho
Morro do sono
Morro no asfalto
Morro do clima lá em cima
O morro é de morar
Cá no terraço cada espaço
Claro quero tocar
Cadência morta paciência
Inda chego até lá, subi
A estrela d’alva ilumina
Soneto numa casa pequenina
O samba de roda tem mais clima
Na dança fluvial de uma menina

Magrelinha

O por do sol vai renovar brilhar de novo o seu sorriso
E libertar da areia preta e do arco-íris cor de sangue, cor desangue, cor de sangue …
O beijo meu vem com melado decorado cor de rosa
O sonho seu vem dos lugares mais distantes terras dos gigantes Super Homem, super mosca, Super Carioca, super eu, super eu …
Deixa tudo em forma é melhor não sei
Não tem mais perigo digo já não sei
Ela está comigo o som e o sol não sei
O sol não advinha baby é magrelinha
O sol não adivinha baby é magrelinha
No coração do Brasil
No coração do Brasil
No coração, no coração
No coração do Brasil
No coração, no coração

Pérola negra

Tente passar pelo que estou passando
Tente apagar este teu novo engano
Tente me amar pois estou te amando
Baby, te amo, nem sei se te amo

Tente usar a roupa que eu estou usando
Tente esquecer em que ano estamos
Arranje algum sangue, escreva num pano
Pérola Negra, te amo, te amo

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Rasgue a camisa, enxugue meu pranto
Como prova de amor mostre teu novo canto
Escreva num quadro em palavras gigantes
Pérola Negra, te amo, te amo

Tente entender tudo mais sobre o sexo
Peça meu livro querendo eu te empresto
Se inteire da coisa sem haver engano

Baby, te amo, nem sei se te amo
Baby, te amo, nem sei se te amo
Baby, te amo, nem sei se te amo