Adriana Calcanhotto

Adriana Calcanhotto é uma cantora e compositora brasileira que se tornou conhecida por suas letras poéticas e sua voz suave e marcante. Nascida em Porto Alegre em 1965, ela começou a carreira na música na década de 1980 e se destacou em meados dos anos 1990 com o álbum “Senhas”. Adriana é conhecida por misturar diferentes gêneros musicais, como MPB, pop e bossa nova, em suas músicas. Ela também é uma grande referência na produção de trilhas sonoras para cinema e teatro. Com uma carreira de mais de 30 anos, Adriana Calcanhotto é uma das mais respeitadas artistas brasileiras da atualidade.

2 de junho

No país negro e racistaNo coração da América LatinaNa cidade do RecifeTerça-feira 2 de junho de dois mil e vinteVinte e nove graus CelsiusCéu claroSai pra trabalhar a empregadaMesmo no meio da pandemiaE por isso ela leva pela mãoMiguel, cinco anosNome de anjoMiguel OtávioPrimeiro e únicoTrinta e cinco metros de vooDo nono andarCinquenta e nove […]

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Era só

Gostar de você minha razão de viverPerdidaGostar de gostar de gostar de vocêMinha razão pra rima Gostar de você minha razão de viverPerdidaGostar de gostar de gostar de vocêMinha razão pra rima Era só era sóEu estar com vocêServiaEra só era sóEu amava por nósSozinha Era só era sóEu estar com vocêServiaEra só era sóEu

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Era pra ser

Era pra ser canção de amorEra o amor em versosEra pra ser sobre vocêE eu e meu desertoEra pra ser para você Sempre você pra sempreEra pra poder ficar eternamente no presente O amor soprou de outro lugarPra derrubar o que houvesse pela frenteTenho que te falarQue esta canção não fala mais da gente

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Seu pensamento

A uma hora dessas por onde estará seu pensamento Terá os pés na pedra ou vento no cabelo? A uma hora dessas por onde andará seu pensamento Dará voltas na Terra ou no estacionamento? Onde longe Londres Lisboa ou na minha cama? A uma hora dessas por onde vagará seu pensamento Terá os pés na

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Vamos comer Caetano

Vamos comer Caetano Vamos desfrutá-lo Vamos comer Caetano Vamos começá-lo Vamos comer Caetano Vamos devorá-lo Degluti-lo, mastigá-lo Vamos lamber a língua Nós queremos bacalhau A gente quer sardinha O homem do pau-brasil O homem da Paulinha Pelado por bacantes Num espetáculo Banquete-ê-mo-nos Ordem e orgia Na super bacanal Carne e carnaval Pelo óbvio Pelo incesto

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Naquela estação

Você entrou no trem E eu na estação Vendo um céu fugir Também não dava mais Para tentar Lhe convencer A não partir… E agora, tudo bem Você partiu Para ver outras paisagens E o meu coração embora Finja fazer mil viagens Fica batendo parado Naquela estação…. E o meu coração embora Finja fazer mil

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Cariocas

Cariocas são bonitos Cariocas são bacanas Cariocas são sacanas Cariocas são dourados Cariocas são modernos Cariocas são espertos Cariocas são diretos Cariocas não gostam de dias nublados Cariocas nascem bambas Cariocas nascem craques Cariocas tem sotaque Cariocas são alegres Cariocas são atentos Cariocas são tão sexys Cariocas são tão claros Cariocas não gostam de sinal

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Asas

Suas asas, amor Quem deu fui eu Para ver você conquistar o céu. Observe tudo embaixo ser Menor do que você, Como tudo é. E enquanto arde a coragem dos desejos seus, Sem véus, (proteus). Abra seus poros, e papilas, e pupilas. À luz da manhã. E muito acima de Ipanema, tão pequena, tão vã.

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Aquele plano para me esquecer

E tudo isso um dia vai passar Se deslocar no tempo, esmaecer Deverá desbotar, desimportar Então seu plano para me esquecer Esqueça, esqueça, esqueça, esqueça… E aquele amor aonde quer que esteja Se bulir, vai ver ‘inda lateja E se no fim, no fundo, permaneça Aquele plano para me esquecer Esqueça, esqueça, esqueça, esqueça…

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Água Perrier (Adriana Calcanhotto e Antônio Cícero)

Não quero mudar você, Nem mostrar Novos mundos Porque eu, meu amor, acho graça até mesmo em clichês. Adoro esse olhar blasé Que não só Já viu quase tudo Mas acha tudo tão déjà vu mesmo antes de ver. Só proponho Alimentar seu tédio. Para tanto, exponho A minha admiração. Você em troca cede o

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Abril

Sinto o abraço do tempo apertar E redesenhar minhas escolhas Logo eu que queria mudar tudo Me vejo cumprindo ciclos, gostar mais de hoje E gostar disso Me vejo com seus olhos, tempo Espero pelas novas folhas Imagino jeitos novos para as mesmas coisas Logo eu que queria ficar Pra ver encorparem os caules Lá

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Aconteceu

Aconteceu quando a gente não esperava Aconteceu sem um sino pra tocar Aconteceu diferente das histórias Que os romances e a memória Têm costume de contar Aconteceu sem que o chão tivesse estrelas Aconteceu sem um raio de luar O nosso amor foi chegando de mansinho Se espalhou devagarinho Foi ficando até ficar Aconteceu sem

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