Quantos aqui ouvem
Os olhos eram de fé
Quantos elementos
Amam aquela mulher
Quantos homens eram inverno
Outros verão
Outonos caindo secos
No solo da minha mão
Gemeram entre cabeças
A ponta do esporão
A folha do não-me-toque
E o medo da solidão
Veneno meu companheiro
Desata no cantador
E desemboca no primeiro
Açude do meu amor
É quando o tempo sacode
A cabeleira
A trança toda vermelha
Um olho cego vagueia
Procurando por um
Quantos aqui ouvem
Os olhos eram de fé
Quantos elementos
Amam aquela mulher
Quantos homens eram inverno
Outros verão
Outonos caindo secos
No solo da minha mão
Gemeram entre cabeças
A ponta do esporão
A folha do não-me-toque
E o medo da solidão
Veneno meu companheiro
Desata no cantador
E desemboca no primeiro
Açude do meu amor
É quando o vento sacode
A cabeleira
A trança toda vermelha
Um olho cego vagueia
Procurando por um
Comentários
Juca
15/06/2014
Trata-se de uma música sobre uma roda de amigos fumando maconha. Maconha é a mulher; "Outonos caindo secos no solo da minha mão" é o ato de desenchavar a erva: "folha do não-me-toque". "Medo da solidão" é a necessidade de se fumar em grupo, passando o "veneno" para o "companheiro". "O vento que sacode a cabeleira" é a sensação que se tem ao primeiro trago. "A trança toda vermelha" é a visão do baseado aceso "Um olho cego vagueia procurando por um" é a própria sensação de fumar a erva
Lordinaldo
03/03/2014
Claramente a letra é sobre um herói contando a história de como ele conquistou sua amada. Observe: "Quantos aqui ouvem os olhos eram de fé" É uma pergunta retórica, seus ouvintes antes não acreditavam, não tinham fé que ele conseguiria "Quantos elementos amam aquela mulher" A amada tinha muitos pretendentes, com os quais o herói teve que lutar "Quantos homens eram inverno outros verão" Eram homens de extremo,irredutíveis "Outonos caindo secos no solo da minha mão" Porém, no fim das contas, foram derrotados pelos heróis "Gemeram entre as cabeças a ponta do esporão" Outro verso sobre os homens sendo derrotados "A folha do não-me-toque e o medo da solidão" A mulher em questão era difícil de conquistar, mas tinha medo da solidão "Veneno meu companheiro desata no cantador E desemboca no primeiro açude do meu amor" Ele se tornou um homem mortífero na luta pelo seu amor, mas isso fez com que ela fosse conquistada. "É quando o vento sacode a cabeleira A trança toda vermelha Um olho cego vageia procurando por um…" Aqui Zé Ramalho constrói a imagem heroica e idealizada do conquistador, com cabelos ao ventos e olhares atentos.
dAsIlVa
06/02/2014
Ô mentes poluídas! Isolando o verso “a folha do não-me-toque e o medo da solidão” fica evidente que a música fala de uma mulher em busca do homem ideal, do príncipe encantado. Embora lhe apareçam muitos pretendentes e, apesar do “medo da solidão”, ela mantém uma atitude de “não-me-toque” enquanto espera pelo amor verdadeiro. Quantos aqui ouvem os olhos eram de fé (o narrador quer fazer que os ouvintes acreditem que ele é testemunha ocular da história que vai contar ou que a ouviu de testemunhas fidedignas). Quantos elementos amam aquela mulher (a história fala de uma mulher que tinha muitos pretendentes). Quantos homens eram inverno outros verão (a tal mulher aparentemente rejeita os pretendentes, talvez por serem muito frios ou quentes demais). Outonos caindo secos no solo da minha mão (parece que a mulher rejeitava alguns homens por serem velhos demais. Note-se a história não menciona o homem semelhante à primavera – representando homem ideal, o príncipe encantando tão esperado. É possível ainda que os homens fossem “secos” por serem incapazes de fazer germinar o amor na mulher). Gemeram entre as cabeças a ponta do esporão (esse verso fala da dor – semelhante à causada por um esporão – da rejeição amorosa sofrida pelos homens). A folha do não-me-toque e o medo da solidão (eis o dilema: permanecer pura à espera do que ela acredita ser o amor ideal ou ceder às investidas dos pretendentes para fugir da solidão?). Veneno meu companheiro desata no cantador (a solidão, com o tempo, transforma-se em amargura – o veneno que se torna seu companheiro e que fica tão evidente que é como se cantasse). E desemboca no primeiro açude do meu amor (a mulher tinha muito amor guardado mas, com o tempo, a amargura – ou o veneno – contamina o que antes era um reservatório de amor). É quando o vento sacode a cabeleira / A trança toda vermelha (esses versos, de imagens fortes de cabelos sacudidos pelo vento e tranças de cor vermelha me sugerem que a amargura da transformou-se em desespero – talvez ela sinta que esperou demais e, conforme sugere o próximo verso, resolveu por si própria sair à procura de seu amor ideal). Um olho cego vagueia procurando por um… (para uma visão perfeita são necessários dois olhos, de modo que a mulher procura o outro olho que a complete, porém devido à cegueira, não enxerga que o amor pode bem na sua frente).
Deivid Amorim
23/12/2013
acredito que essa musica representa,o amor de vários homens por uma mesma mulher,ou seja eles estão travando uma guerra por ela!e estes não descansaram enquanto um ainda tiver vivo,acredito que essa musica representa uma guerra entre países ,isso representado por uma disputa entre homens por uma mulher... A parte que mais me toca essa musica :É quando o vento sacode a cabeleira A trança toda vermelha Um olho cego vageia procurando por um… acho que representa um pouco o que eu falei!só para deixar de passagem, zé é um gênio!
cantador
06/09/2013
Pessoal essa musica pra mim é muito intrigante, assim como muitos é de um alto teor sexual, tb vejo a personagem como prostituta que morreu e ninguem sabia de seu passado, porém o narrador, na minha cabeça é tipo um cafetão, e está desmascarando a ideia que muitos tinha dela. "Quantos aqui ouvem os olhos eram de fé" - Quantos escutando acreditavam que ela era "pura".. "Quantos elementos amam aquela mulher" - Quantos presentes a amam, ou no sentido de quantos "pegam" ou desejam... "Quantos homens eram inverno outros verão" - No sentido de quantos dos que tiveram ela, queriam só pelo ato sexual, frio, ou trazia um calor de desejo. "Outonos caindo secos no solo da minha mão" - Ainda continuando como metafora as estações do ano por´me num sentido completamente diferente, sendo o dinheiro caindo na palma da mão do cafetão como as folhas que caem no outono. "Gemeram entre cabeças a ponta do esporão" - Seus amantes e ela gemeram com cabeças lado a lado na penetração do "esporão" (penis) "A folha do não-me-toque e o medo da solidão" - Acredito que é o fato de acordo normalmente onde nem tudo em um programa é aceito, ou ainda que ela não os desejava, e quanto ao medo do solidão fico um pouco perdido se seria dela, ou de seus amantes que a procuravam. "Veneno meu companheiro desata no cantador" - seria o cantor que teria alguma dst, ou algo do tipo... ou saindo da ideia que ela morreu o veneno poderia ser que o cantor poderia ter a engravidado, e que acabou com a possibilidade dela continuar ao exercicio da função... "E desemboca no primeiro açude do meu amor" - e que contaminou a "kenga"... ou indo com a ideia de que ela esta gravida, o semem desembocou na vagina da mulher. "É quando o vento sacode a cabeleira, a trança toda vermelha, um olho cego vagueia procurando por um" - esta é uma parte da musica que se olhar de encontro com o que veio antes ela é separada pelo descompassamento do ritmo, separando da sequencia dos fatos anteriores, voltando para a ideia da morte, este seria um prologo baseado no cenario de seu enterro, do vento batendo na cabeleira do cantor (ruivo) procurando uma nova pessoa para o sexo, onde o olho cego seria de seu penis. Sei lá meio loko... mas essa sempre foi minha interpretação...
Tifanny
06/07/2013
Pessoal, com certeza a música é totalmenta sexual! Por exemplo, "quando o vendo sacode a cabeleira, a tranca toda vermelha", quer dizer o penis ereto quando expoe a glande! "O olho cego vaguei procurando por um", claramente faz alusao ao anus desejando o orgao genital masculino!
Thiago Mello
19/05/2013
Quantos aqui ouvem os olhos eram de fé ( Quantos estao aqui ouvindo a musica eram quantos testemunharam o que ele esta prestes a falar) Quantos elementos amam aquela mulher ( Uma mulher poderosa que tinha muitos homens aos seus pés, isso facará cada vez mais nítido) Quantos homens eram inverno outros verão ( Tinha homens o ano inteiro do inverno ao veráo) Outonos caindo secos no solo da minha mão (Trocadilho de outros com outonos, reforçando a idéia de que nao só elas os tinha durante as 4 estaçoes -ano inteiro, mas os deixava loucos de amor, caindo secos na mao dela, comendo na mao dela) Gemeram entre as cabeças a ponta do esporão( Aqui ja visualizo um bordel ou bar, onde um desses homens decide se vingar dela, ele entra armado procurado-a, pois, gemeram entra as cabeças ouviram gemidos entre as pessoas, esporao é uma maneira antiga de chamar uma espingarda de dois canos, à ponta do esporao quer dizer sob a mira da espingarda) A folha do não-me-toque e o medo da solidão ( Expressa o sentimento dele) Veneno meu companheiro desata no cantador (Veneno meu companheiro é uma arma e desata ou seja atira no cantador, da uma nocao de tiroteio entre ela que tambem esta armada e ele) E desemboca no primeiro açude do meu amor (Acertou ele no peito - primeiro açude do meu amor ) É quando o vento sacode a cabeleira ( Ele atira e o vento é causado pela bala que sacode os cabelos quando acerta) A trança toda vermelha(O sangue escorrendo) Um olho cego vageia procurando por um… ( A bala acerta um dos olhos da pessoa deixando um olho cego.)
Antonio Tavares
19/02/2013
Quantos aqui ouvem os olhos eram de fé (os q viram e ouviram sabem q é verdade o q ele vai falar) Quantos elementos amam aquela mulher (a mulher é uma droga, precisamente a maconha como sugere as pistas nas musicas) Quantos homens eram inverno outros verão (todos os tipos de pessoas) Outonos caindo secos no solo da minha mão ( outono ligado a folhas, tons de cinza, cinzas do cigarro que caem) Gemeram entre as cabeças a ponta do esporão(entre a dele e a do cigarro a boca geme de prazer na outra ponta da droga puxando a fumaça) A folha do não-me-toque e o medo da solidão ( é o motivo...de um lado a maconha ilegal do outro o medo do vazio existencial, ele fez sua escolha) Veneno meu companheiro desata no cantador (ela o inspira abre a mente) E desemboca no primeiro açude do meu amor ( a folha onde ele escreve sua composição) É quando o vento sacode a cabeleira ( qd o efeito, o vendo, a fumaça da droga sobe pra cabeça) A trança toda vermelha(claramente maconha, cigarro entrançado queimando ja quase todo) Um olho cego vageia procurando por um… ( final do extase...cego sem rumo)
Juliano
14/01/2013
A MÚSICA FOI FEITA PARA A AMELINHA. EM UM RECENTE PROGRAMA NA GLOBO, A AMELINHA DISSE QUE ELA ERA MUITO ASSEDIADA NA ÉPOCA PELOS COMPOSITORES, QUE LHE OFERECIAM MÚSICAS PARA GRAVAR (Quantos elementos amam aquela mulher) E QUE O ZÉ RAMALHO FEZ A MÚSICA NESSE SENTIDO.
jrbc
16/03/2012
"Quantos aqui ouvem os olhos eram de fé" - tá fazendo uma chamada para os ouvintes. "Quantos elementos amam aquela mulher Quantos homens eram inverno outros verão" ralmente é uma prostituta que passa inverno e verão homens de todas as espécies e ela permanece lá. "Outonos caindo secos no solo da minha mão" - anos se passam e os viciados na prostituição sempre voltam. "Gemeram entre as cabeças a ponta do esporão" são os que chegaram em casa com aidis e dsts de toda a espçie. "A folha do não-me-toque e o medo da solidão - são os que acham que só são homens se trairem as famílias. "Veneno meu companheiro desata no cantador E desemboca no primeiro açude do meu amor" aparcm os convites toda hora at'qu ele cai novamente. "É quando o vento sacode a cabeleira A trança toda vermelha Um olho cego vageia procurando por um… "É quando o vento sacode a cabeleira A trança toda vermelha Um olho cego vageia procurando por um…" ai ele já está perdido na prostituição e fica como cego sem rumo.
Hugo
11/01/2012
Particularmente sempre vi a personagem da música como uma prostituta. "Quantos elementos amam aquela mulher" (entenda como seus clientes) "Quantos homens eram inverno outros verão" (cada pessoa tem uma forma distinta de estimulo sexual, é fato que uns se estimulam mais fáceis que outros) "Outonos caindo secos no solo da minha mão" (o órgão genital masculino tende a amolecer após o orgasmo) e por ai vai... Pode não ser exatamente isso, mas assim como o Isac, eu concordo que o teor da música é altamente sexual. Apenas acho que o termo "olho cego" está mais para o ânus do que para o pênis...
Joel
17/04/2011
De boa Marcos se você acha isso, porém você está no lugar errado, pois aqui nós estamos tentando interpretar o que o poeta quis dizer, e é normal ter multiplas interpretações.
Ilvy
16/02/2011
Uma vez vi uma matéria em que Zé Ramalho dizia que fez essa música durante uma viagem. Ele estava numa estrada, num hotelzinho, sob efeito de cocaína. Acho que o ritmo vem daí, pela agitação que a droga produz. A ex-mulher dele, Amelinha, gravou, aliás. Talvez ainda estivesse casado com ela na época.
Isac
26/08/2010
Galera, tenho uma interpretação muito interessante pra tal música. Essa música traduz uma masturbação. Se perceberem vários trechos dessa música são muito bem elaborados para que não percebamos: "Quantos elementos amam aquela mulher" (trata-se apenas de uma fotografia que vários homens podem tê-la). "Outonos caindo secos no solo da minha mão" (acredito que seja no momento que ele chega ao orgasmo). E por aí vai, "olho cego" é sinomimo de pênis; "açude do meu amor" é sinônimo da vagina.
"marcos"
08/07/2010
Muito bem, muito se falou de letras de músicas! Os que acreditam estar solucionando todos os parâmetros do autor, mas, esquecem que na verdade o poeta não se prende a dogmas, ou a critérios que a nós, e não a eles nos condenam a restrições! Somos totalmente presos a estes conceitos, e achamos que "todos" estão nesta prisão, mas, eles e somente "eles" não estão presos a nada e exatamente por isso são chamados de "POETAS". Acredito que teremos de deixar nossas "amarras" para podermos entender como funciona o processo de criação de cada música e letra, ou melhor seria perguntar aos próprios autores! E não usarmos o nosso pobre chutometro para entendelos.