Skip to main content

Balada do Vietnã

Soldado de chumbo, você onde vai?
Vai para a China caçar Mandarim?
Ou vai pro Japão pegar samurai?
Ou vai pra Amazônia criar bacuri?
Soldado de chumbo
Que ontem saiu da saia da mãe
Da casa do pai
Soldado sem ódio que canta Sinatra
Na noite escondida da longe Sumatra

Soldado de chumbo da alma de blue
Que ontem saiu da casa do pai
E hoje já vai conhecer Hong Kong
Tomar Cuba Libre, matar Vietcong

Soldado criança, feroz esperança
Que acaba, que morre, com um tiro na pança
Soldado de louça de olhos azuis
Presépio da morte, menino Jesus
Soldado pretinho, Pelé made in U.S.A
De alma tolinha, de pele cafuza
Soldado vaqueiro, que luta por quê
Na terra sedenta o adubo é você

Soldado que outrora Morria na praia
Mascando chiclete, cantando Bing Crosby
Soldado que agora peleja no escuro
Na terra sem dono, de sangue já duro

Soldado menino, soldado de louça
Soldado de nylon, soldado já velho
De tantos minutos, de tantos mil lutos
Em terras estranhas, você aonde vai?
Soldado carrega nos lábios canção
Nos olhos o medo, a morte na mão
Soldado de pano, fugiu do brinquedo
Pra morte mais cedo, em Paris, em Shangai

Que mata cantando e enterra chorando
Aquele soldado que tem outro pai
Soldado menino, que acaba num parque
Que escapa das balas que vem lá de Marte

Soldado sem nome, do jeito que vai
Quando é que ele volta pra casa do pai

Belinha

Ô bela, minha namorada
Ô belinha, sendo namorada minha
Ô bela, minha namorada
Ô belinha, sendo namorada minha

O meu sorriso largo
tomou conta do meu rosto,
pois vou com todo o gosto
mostrar o que lhe trago
Além do que tem festa
pra viola bem disposta
Além desta seresta
com a voz que ela mais gosta
Trago um samba que lhe mostra
a alegria que me resta

Ô bela, minha namorada
Ô belinha, sendo namorada minha
Ô bela, minha namorada
Ô belinha, sendo namorada minha

Passa gente, passa o tempo,
passa a lua, passa a graça,
passa até nossa amizade
pela peça que me passa
O dia vem chegando,
muda a cor e a madrugada
com ela vai levando
minha festa em retirada
Passa o tempo da demora
e ela dorme e não assiste,
que alguém cansado e triste
cala um samba e vai s´imbora

Ô bela, minha namorada
Ô belinha, sendo namorada minha
Ô bela, minha namorada
Ô belinha, sendo namorada minha

De manhã

Ah! É de manhã, é de madrugada é de manhã
Não sei mais de nada, é de manhã, vou ver meu amor
É de manhã, flor da madrugada é de manhã
Vou ver minha amada é de manhã, vou ver meu amor

Vou pela estrada, e cada estrela é uma flor
Mas a flor amada é mais que a madrugada
E foi por ela que o galo cocorocô, que o galo cocorocô

Sonho de um carnaval

Carnaval, desengano
Deixei a dor em casa me esperando
E brinquei e gritei e fui vestido de rei
Quarta-feira sempre desce o pano

Carnaval, desengano
Essa morena me deixou sonhando
Mão na mão, pé no chão
E hoje nem lembra não
Quarta-feira sempre desce o pano

Era uma canção, um só cordão
E uma vontade
De tomar a mão
De cada irmão pela cidade

No carnaval, esperança
Que gente longe viva na lembrança
Que gente triste possa entrar na dança
Que gente grande saiba ser criança

Carango

Copacabana, carro vai zarpar
Todo lubrificado
Pra não enguiçar
Roda talalarga genial
Botando minha banca
Muito natural
Simbora!…1, 2, 3

Camisa verde claro
Calça saint-tropez
E combinando com o carango
Todo mundo vê
Ninguém sabe o duro que dei
Pra ter fon fon
Trabalhei, trabalhei
Pra ter fon fon
Trabalhei, trabalhei

Depois das seis
Tem que acender farol
Garota de menor
Não pode ser sem sol
Ah!
Barra da tijuca já mixou
A onda agora é
Deixar cair no le bateau
Simbora!…1, 2, 3

Garota mini saia
Essa onda é bem
E todo mundo no carango
Não sobrou ninguém
Ninguém sabe o duro que dei
Pra ter fon fon
Trabalhei, trabalhei
Pra ter fon fon
Trabalhei, trabalhei

Mas em São Paulo
Eu boto pra quebrar
Ah! Eu pego o meu carango
E vou pro Guarujá
Paro o carro em frente pro mar
Barra limpa, bonequinha
Chega mais pra cá
Simbora!…1, 2, 3

Capota levantada
Pra ninguém nos ver
Um abraço e um beijinho
Isso é que é viver
Ninguém sabe o duro que dei
Pra ter fon fon
Trabalhei, trabalhei
Pra ter fon fon
Trabalhei, trabalhei

Pra ter fon fon
Trabalhei, trabalhei
Pra ter fon fon
Trabalhei, trabalhei
Pra ter fon fon
Trabalhei, trabalhei

Samba de negro

Subi lá no morro
só pra ver o que o negro tem
Pra sambar gostoso
e fazer samba como ninguém

Subi lá no morro
só pra ver o que o negro tem
Pra sambar gostoso
e fazer samba como ninguém

Negro sambando esquece da dor
Negro transporta pro samba o amor
E faz sambar muita gente que nunca sambou
Negro se inspira na negra que passa
Não é poeta sem sua cachaça,
que ele não bebe sem antes salvar à xangô

Subi lá no morro
só pra ver o que o negro tem
Pra sambar gostoso
e fazer samba como ninguém


Subi lá no morro
só pra ver o que o negro tem
Pra sambar gostoso
e fazer samba como ninguém

Subi lá no morro
só pra ver o que o negro tem
Pra sambar gostoso
e fazer samba, samba como ninguém

Mamãe passou açúcar em mim

Lá Lá Lá Lá Lalalalalá!
Lá Lá Lá Lá Lalalalalá!
Lá Lá Lá Lá Lalalalalá!

Eu sei que tenho
Muitas garotas
Todas gamadinhas por mim
E todo dia
É uma agonia
Não posso mais andar na rua
É o fim…

Eu era neném
Não tinha talco
Mamãe passou açúcar em mim…

Sei de muito broto
Que anda louco
Prá dá uma bicoca em mim
E na verdade
Na minha idade
Eu nunca vi
Ter tanto broto assim…

Eu era neném
Não tinha talco
Mamãe passou açúcar em mim…

Lá Lá Lá Lá Lalalalalá!
Lá Lá Lá Lá Lalalalalá!
Lá Lá Lá Lá Lalalalalá!

Meu limão, meu limoeiro

Meu limão, meu limoeiro
Meu pé, meu pé de jacarandá
Uma vez eskindolêlê iê iê
Outra vez eskindolálá

Meu limão, meu limoeiro
Meu pé, meu pé de jacarandá
Uma vez eskindolêlê iê iê
Outra vez eskindolálá

La la la la la la la
La la la la la la la la

Meu limão, meu limoeiro
Meu pé, meu pé de jacarandá
Uma vez eskindolêlê iê iê
Outra vez eskindolálá

Meu limão, meu limoeiro
Meu pé, meu pé de jacarandá
Uma vez eskindolêlê iê iê
Outra vez eskindolálá

La la la la la la la
La la la la la la la la

Meu limão, meu limoeiro
Meu pé, meu pé de jacarandá
Uma vez eskindolêlê iê iê
Outra vez eskindolálá

Meu limão, meu limoeiro
Meu pé, meu pé de jacarandá
Uma vez eskindolêlê iê iê
Outra vez eskindolálá

La la la la la la la
La la la la la la la la

Está chegando a hora

Quem parte leva
saudade de alguém,
que fica chorando de dor
Por isso, não quero lembrar
quando partiu meu grande amor

Quem parte leva
saudade de alguém,
que fica chorando de dor
Por isso, não quero lembrar
quando partiu meu grande amor

Ai ai ai ai, tá chegando a hora
O dia já vem raiando, meu bem
Eu tenho que ir s´imbora
Ai ai ai ai, tá chegando a hora
O dia já vem raiando, meu bem
Eu tenho que ir s´imbora

Deixa quem quiser falar

Não vou ligar
Deixa quem quiser falar
Eu sou assim
Só Deus pode me mudar
Mas Deus não quer
Eu não vou com Deus brigar
Não vou me modificar

Deixa todo mundo quem quiser falar

Ainda mais
Se tenho você comigo
Eu sou mais eu
Não temo nenhum perigo
E vou sem medo
Com você sempre ao meu lado
Beijos bom
Amor danado

Deixa todo mundo quem quiser falar

Não ligue não
Tenha resignação
Quem fala mal
Está em outra dimensão
Não ligue não
Pois precisam se afirmar
Mas não vão nos derrubar

Deixa todo mundo quem quiser falar

Mas Deus não quer
Eu não vou com Deus brigar
Não vou me modificar

Deixa todo mundo quem quiser falar

Nem vem que não tem

Ahahahahahaha!
Vamos voltar a pilantragem
Xá comigo, uma musiquinha
Pra machucar os corações

Nem vem que não tem
Nem vem de garfo
Que hoje é dia de sopa
Esquenta o ferro
Passa a minha roupa
Eu nesse embalo
Vou botar pra quebrar
Sacudim, sacundá
Sacundim, gundim, gundá!

Nem vem que não tem
Nem vem de escada
Que o incêndio é no porão
Tira o tamanco
Tem sinteco no chão
Eu nesse embalo
Vou botar pra quebrar
Sacudim, sacundá
Sacundim, gundim, gundá!

Nem vem!
Numa casa de caboclo
Já disseram um é pouco
Dois é bom, três é demais

Nem Vem!
Guarda teu lugar na fila
Todo homem que vacila
A mulher passa pra trás

Nem vem que não tem
Pra virar cinza
Minha brasa demora
Michô meu papo
Nós já vamos embora
Eu nesse embalo
Vou botar pra quebrar
Sacudim, sacundá
Sacundim, gundim, gundá!

Nem vem!
Numa casa de caboclo
Já disseram um é pouco
Dois é bom, três é demais

Nem Vem!
Guarda teu lugar na fila
Todo homem que vacila
A mulher passa pra trás

Nem vem que não tem!

Vesti azul

Estava na tristeza que dava dó
Vivia vagamente e andava só
Mas eis que de repente
Me apareceu um brotinho lindo
Que me convenceu…

Dizendo que eu devia
Vestir azul
Que azul é cor do céu
E seu olhar também
Então o seu pedido
Me incentivou…

Vesti Azul!
(Popopopopó!)
Minha sorte então mudou
(Popopopopó!)
Vesti Azul!
(Popopopopó!)
Minha sorte então mudou…

Passei a ser olhado com atenção
E fui agradecer pela opinião
Então senti que o broto
Estava toda mudada
Parecia até
Que estava apaixonada…

Então eu fiz charminho
E acrescentei
Só vim aqui saber
Como eu fiquei
E aquele olhar do broto
Me confirmou
Vesti Azul!
(Popopopopó!)
Minha sorte então mudou
(Popopopopó!)
Vesti Azul!
(Popopopopó!)
Minha sorte então mudou…(2x)

Vesti Azul!
(Popopopopó!)
Minha sorte então mudou
(Popopopopó!)
Vesti Azul!
(Popopopopó!)
Minha sorte então mudou…(2x)

Os escravos de Jó

Quando eu era menininho
a gente sentava no chão
com uma caixa de fósforo na mão
Eu passava a minha pra ela
e ela passava a dela pra mim
E a gente cantava assim:

Escravos de Jó jogavam caxangá
Tira, bota, deixa ficar
Deixa cair, deixa ficar, deixa cair

Guerreiros com guerreiros
fazem zigue zigue zá
Guerreiros com guerreiros
fazem zigue zigue zá

la la la la la
la la la la la la..

Balanço zona sul

Balança toda pra andar
Balança até pra falar
Balança tanto que já balançou
Meu coração

Balança mesmo que é bom
Do leme até o leblon
E vai juntando um punhado de gente
Que sofre com seu andar

Mas ande bem devagar
Que é pra não se cansar
Vai caminhando
Balam balançando sem parar

Balance os cabelos seus
Balance e vai mas não vai
E se cair vai caindo caindo
Nos braços meus

Tributo a Martin Luther King

Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!

Sim, sou um negro de cor
Meu irmão de minha cor
O que te peço é luta sim
Luta mais!
Que a luta está no fim…

Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Oh! Oh! Oh! Oh!

Cada negro que for
Mais um negro virá
Para lutar
Com sangue ou não
Com uma canção
Também se luta irmão
Ouvir minha voz
Oh Yes!
Lutar por nós…

Luta negra demais
(Luta negra demais!)
É lutar pela paz
(É Lutar pela paz!)
Luta negra demais
Para sermos iguais
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Para sermos iguais
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!

Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Ah! Ah! Ah! Ah!

Sim, sou um negro de cor
Meu irmão de minha cor
O que te peço é luta sim
Luta mais!
Que a luta está no fim…

Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Oh! Oh! Oh! Oh!

Cada negro que for
Mais um negro virá
Para lutar
Com sangue ou não
Com uma canção
Também se luta irmão
Ouvir minha voz
Oh Yes!
Lutar por nós…

Luta negra demais
(Luta negra demais!)
É lutar pela paz
(É Lutar pela paz!)
Luta negra demais
Para sermos iguais
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Para sermos iguais
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!

Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!
Oh! Oh! Oh! Oh!

Nana

Esta noite quando eu vi Nana
Vi a minha deusa ao luar
Toda noite eu olhei Nana
A coisa mais linda de se olhar
Que felicidade achar enfim
Essa deusa vinda só pra mim
Nana
E agora eu só sei dizer
Toda minha vida é Nana
É Nana
NANA

Simbor’a

Esta noite dos delírios meus
Vi nascer um outro amanhã
Meio dia com um novo sol
Sol da luz que vem
De nana
Adorar nana é ser feliz
Tenho a paz no amor
E tudo o que eu quis
E agora eu só sei dizer
Toda a minha vida é Nana
É Nada
É
Nana
É nana
É nana
É nana
É nana………

País tropical

Moro num país tropical, abençoado por Deus
E bonito por natureza, mas que beleza
Em fevereiro (em fevereiro)
Tem carnaval (tem carnaval)

Tenho um fusca e um violão
Sou Flamengo
Tenho uma nêga
Chamada Tereza

Sambaby
Sambaby

Sou um menino de mentalidade mediana
Pois é, mas assim mesmo sou feliz da vida
Pois eu não devo nada a ninguém
Pois é, pois eu sou feliz
Muito feliz comigo mesmo

Moro num país tropical, abençoado por Deus
E bonito por natureza, mas que beleza
Em fevereiro (em fevereiro)
Tem carnaval (tem carnaval)

Tenho um fusca e um violão
Sou Flamengo
Tenho uma nêga
Chamada Tereza

Sambaby
Sambaby

Eu posso não ser um band leader
Pois é, mas assim mesmo lá em casa
Todos meus amigos, meus camaradinhas me respeitam
Pois é, essa é a razão da simpatia
Do poder, do algo mais e da alegria

Sou Flamê
Tê uma nê
Chamá Terê
Sou Flamê
Tê uma nê
Chamá Terê

Do meu Brasil

Sou Flamengo
E tenho uma nêga
Chamada Tereza
Sou Flamengo
E tenho uma nêga
Chamada Tereza

Sá marina

Descendo a rua da ladeira
Só quem viu, que pode contar
Cheirando a flôr de laranjeira
Sá Marina vem prá dançar…

De saia branca costumeira
Gira ao sol, que parou prá olhar
Com seu jeitinho tão faceira
Fez o povo inteiro cantar…

Roda pela vida afora
E põe prá fora esta alegria
Dança que amanhece o dia
Prá se cantar
Gira, que essa gente aflita
Se agita e segue no seu passo
Mostra toda essa poesia do olhar
Huuuuuuummmm!…

Deixando versos na partida
E só cantigas prá se cantar
Naquela tarde de domingo
Fez o povo inteiro chorar
E fez o povo inteiro chorar
E fez o povo inteiro chorar…

Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!

Oh!
Deixando versos na partida
E só cantigas prá se cantar
Naquela tarde de domingo
Fez o povo inteiro chorar
E fez o povo inteiro chorar
E fez o povo inteiro chorar
E fez o povo inteiro chorar…

Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!

E fez o povo inteiro chorar
E fez o povo inteiro chorar
E fez o povo inteiro chorar
E fez o povo inteiro chorar..

Garota moderna

Tão bonita que ela é
Cabelos lisos como eu nunca vi
Camisa esporte sobre a calça lee
Um ar esnobe de quem nada quer

Lá vai ela e pensa que é mulher
Cigarrinho aceso em sua mão
Toca moderninho um violão
Diz que o amor é coisa que não quer
Lá vai ela e pensa que é mulher
(Lá vai ela e pensa que é mulher)

Lá vai ela e pensa que é mulher
Cigarrinho aceso em sua mão
Toca moderninho um violão
Diz que o amor é coisa que não quer
Lá vai ela e pensa que é mulher