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Pé do lajeiro

Ah! Eu vou dar uma volta
Lá na mata do sapé
Onde mora o papa-mé
O furão e a caipora
Que o gato fora de hora
Faz visita no poleiro


É no pé do lajeiro
Aonde a onça mora
É no pé do lajeiro
Aonde a onça mora

Mas inté minha noiva viu
A carreira que eu levei
Nos caminho que eu passei
Quase morro de gritar
Pois a danada com mania de valente
Veio inté o meu terreiro
Pra mode me envergonhar

É no pé do lajeiro
Aonde a onça mora
É no pé do lajeiro
Aonde a onça mora

Ah! eu vou pegar a carabina
Eu vou calçado de botina
Pra cobra não me morder
Que não é de hoje nem é de ontem
Que o bicho vem no terreiro
Pra mode me envergonhar
Mas hoje em dia
Quem pode ter na certeza
Nem que peça a baronesa
Que hoje eu lhe matar
É no pé do lajeiro
Aonde a onça mora
É no pé do lajeiro
Aonde a onça mora

Bonita

Vai dizer meu verso minha canção
Dizer onde existe alguém capaz de amor
O anseio meu nunca mais vai ser só
Procura ser da forma mais precisa
O que preciso for
Pra convencer a toda gente
Que no amor e só no amor
Há de nascer o homem de amanhã
O filho meu, quem quiser fará
Na mulher que não tomei
Porque não pude amar
Minha Maria morena bonita
De pouca renda e vestido de chita
Pensa nas coisas tão lindas
Que a gente faria se pudesse amar
E pensa na imensa tristeza
Que deixa a beleza só no meu cantar
Minha Maria morena bonita
De pouca renda e vestido de chita
Espera e guarda teu pranto
Que um dia meu canto
E tudo que eu possa fazer
Vai salvar esse nosso querer
Que pena, morena bonita
Que agora quem canta
Não tenha poder
Pra ver tão bonita morena
Tomar-te todinha
E todinha te ter
E um dia encontrares alguém
Que te cante meus versos
Não chores sou eu
Voltando bem livre
No canto de quem
Mas feliz ser só eu
Minha Maria morena bonita….