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Caminho certo

Eu deixei o meu caminho certo,
E a culpada foi ela,
Transformava o lar na minha ausência,
Em qualquer coisa abaixo da decência,
Compreendi que estava tudo errado,
E amargurado parti, perdoando o pecado,
Mas deixei o meu caminho certo,
E a culpada foi ela.

Sei agora,
Que os amigos,
Que outrora,
Sentavam à minha mesa,
Serviam, sem eu saber, o amor por sobremesa,
Acreditem, é muito fácil julgar,
A infelicidade alheia,
Quando a casa não é nossa,
E é outro quem paga a ceia,
Quando a casa não é nossa,
E é outro quem paga a ceia.

Senhor do Bonfim

Senhor, meu Senhor do Bonfim,
Pedimos tanto ao Senhor do Bonfim.
Pra nos mandar à Bahia,
Bahia de São Salvador.

Senhor do Bonfim, nos ouvir,
Senhor do Bonfim, atendei.
Quem nasceu e morreu,
E não viu a Bahia não viveu.

Bahia, cidade de três andares,
Tão alta, que usa elevadores.
Até Senhor do Bonfim,
Mora no alto do morro.

Um morro sem tamborim,
Sem violão e seresta.
É bem feliz todo aquele,
Que for ao Bonfim no seu dia de festa.

Praça onze

Vão acabar com a Praça Onze
Não vai haver mais Escola de Samba, não vai
Chora o tamborim
Chora o morro inteiro
Favela, Salgueiro
Mangueira, Estação Primeira
Guardai os vossos pandeiros, guardai
Porque a Escola de Samba não sai

Adeus, minha Praça Onze, adeus
Já sabemos que vais desaparecer
Leva contigo a nossa recordação
Mas ficarás eternamente em nosso coração
E algum dia nova praça nós teremos
E o teu passado cantaremos

Odete

Odete ouve o meu lamento
Lamento de um coração magoado
Atenda o seu pobre seresteiro
Vem de novo pro terreiro
Se juntar a sua gente
Não ouve o seu coração que ele mente

Lá no morro da mangueira
Quando sol vai se escondendo as cabrochas vão saindo, procurando a batucada
E a noite vem chegando e a lua vem surgindo
Há tanta gente que sobe, só você não vem subindo, Odete

Olha, que o primeiro ensaio é no dia vinte e sete!

A Bahia te espera

Ô Bahia da magia,
Dos feitiços e dá fé,
Bahia que tem tanta igreja,
E tem tanto Candomblé.

Para te buscar,
Nossos saveiros,
Já partiram para o mar,
Iaiá Eufrásia,
Ladeira do Sobradão,
Está formando seu Candonblé,
Velha Damásia, da Ladeira do Mamão,
Esta preparando acarajé.

Para te buscar,
Nossos saveiros,
Já partiram para o mar,
Nossas morenas,
Roupas novas vão botar,
Se tu vieres irás,
Provar o meu vatapá,
Se tu vieres viverás,
Nos meus braços,
A festa de Iemanjá.
Vem, vem, vem,
Vem, vem, vem.

Vem em busca da Bahia,
Cidade da tentação,
Onde o teu feitiço impera,
Vem se me trazes seu coração,
Vem, a Bahia te espera,
Bahia, Bahia, Bahia, Bahia…

Praça onze

Vão acabar com a Praça Onze
Não vai haver mais Escola de Samba, não vai
Chora o tamborim
Chora o morro inteiro
Favela, Salgueiro
Mangueira, Estação Primeira
Guardai os vossos pandeiros, guardai
Porque a Escola de Samba não sai

Adeus, minha Praça Onze, adeus
Já sabemos que vais desaparecer
Leva contigo a nossa recordação
Mas ficarás eternamente em nosso coração
E algum dia nova praça nós teremos
E o teu passado cantaremos

Ave Maria no morro

Barracão de zinco
Sem telhado, sem pintura
Lá no morro
Barracão é bangalô

Lá não existe
Felicidade de arranha-céu
Pois quem mora lá no morro
Já vive pertinho do céu

Tem alvorada, tem passarada
Alvorecer
Sinfonia de pardais
Anunciando o anoitecer

E o morro inteiro no fim do dia
Reza uma prece ave Maria
E o morro inteiro no fim do dia
Reza uma prece ave Maria

Ave Maria
Ave
E quando o morro escurece
Elevo a Deus uma prece
Ave Maria