Análise de Letras

Flores

Olhei até ficar cansado
De ver os meus olhos no espelho
Chorei por ter despedaçado
As flores que estão no canteiro
Os punhos e os pulsos cortados
E o resto do meu corpo inteiro
Há flores cobrindo o telhado
E embaixo do meu travesseiro
Há flores por todos os lados
Há flores em tudo que eu vejo

A dor vai curar essas lástimas
O soro tem gosto de lágrimas
As flores têm cheiro de morte
A dor vai fechar esses cortes
Flores
Flores
As flores de plástico não morrem

Olhei até ficar cansado
De ver os meus olhos no espelho
Chorei por ter despedaçado
As flores que estão no canteiro
Os punhos e os pulsos cortados
E o resto do meu corpo inteiro
Há flores cobrindo o telhado
E embaixo do meu travesseiro
Há flores por todos os lados
Há flores em tudo que eu vejo

A dor vai curar essas lástimas
O soro tem gosto de lágrimas
As flores têm cheiro de morte
A dor vai fechar esses cortes
Flores
Flores
As flores de plástico não morrem
Flores
Flores
As flores de plástico não morrem

Comentários

Josie

15/09/2011

Concordo com o Sérgio Soeira, boa colocação. Fiz um comentário da música no meu blog, caso queiram é só acessar: http://jujuviajandonamaionese.blogspot.com/2011/09/musica-comentada-flores.html

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janinha

01/09/2011

axo q as flores q despedaçou no canteiro refere-se a ele ter magoado as pessoas q enfeitavam sua vida e a kem ele amava, porém, não soube demonstrar esse amor e talvez sem kerer magoou e as afastou dele e ele sofre muito p isso. Quando ele diz q s flores de plástico não morrem, se refere a pessoas q não trazem nennhum bem a sua vida, nenhuma cor e estas permanecem com ele, mas p ele isso tanto faz.

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greice

17/06/2011

Olhei até ficar cansado De ver os meus olhos no espelho ( olhei sempre desesperadamente para mim próprio, até que cansei) Chorei por ter despedaçado As flores que estão no canteiro (Não valorizei o que de bom tinha ao meu redor) Os punhos e os pulsos cortados E o resto do meu corpo inteiro (agora me arrependo, me feri como um todo e acabei comigo mes- mo, não tenho como reagir) Há flores cobrindo o telhado E embaixo do meu travesseiro Há flores por todos os lados (Fala de todo o mal que causou e isto lhe atormenta) Há flores em tudo que eu vejo (Tudo que ele olha lhe remete ao mal que fez) A dor vai curar essas lástimas (o sofrimento é tanto que supera o arrependimento) O soro tem gosto de lágrimas (o mal que fez, hoje ele sente e percebe no sofrimento das pessoaas e está provando o sabor) As flores têm cheiro de morte (as lembranças são fétidas, acabaram com a sua existência, o que era bonito ele sente que matou) A dor vai fechar esses cortes Flores Flores As flores de plástico não morrem (O sofrimento vale para curar o que fez de mal, já que fez o que fez, ao menos se arrependeu e isso ameniza, mas a lembrança fica e essa jamais morre...) É essa minha interpretaçao. Valeu!

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greice

17/06/2011

Analisando globalmente, que olhou sempre para si e destruiu o que tinha ao seu redor. Agora ela lembrar de todo o mal que causou e isto infesta a sua vida, sofre pelo que fez e retoma a memória. Mas não tem mais retorno,não tem mais forças para mudar. Fala também do gosto das coisas que saboreou e hoje lhe atormenta. O mal que ele causou as pessoas não morre, que são as flores de plástico, aquelas que a pessoa cria não tem como destruir, quer dizer as lembranças não irão morrer. Ele acabou com tudo, destruiu as flores, o organico ou seja, acabou com o que de bom estava ao seu redor. Mas o plástico não tem como destruir, isso é o que ele construiu para ele. Isso não morre jamais...

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Marcelo Miranda

27/04/2011

Essa música retrata o suicídio na visão espírita (Kardecista). Na visão espírita, um suicida não se desprende da matéria após a morte. Ele passa por todas as etapas da morte preso ao corpo. " Os punhos, os pulsos cortados e o resto do meu corpo inteiro" significa que ele se suicidou cortando os punhos, porém o resto do corpo inteiro se refere a autópsia. "Há flores cobrindo o telhado e o resto do meu corpo inteiro" significa que há flores dentro e por cima do caixão onde o suicida se encontra.

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luiza

09/04/2011

Sempre tive muita curiosidade sobre essa música, e na verdade sempre tive a interpretação do velório... mas particularmente gostei muito do comentario do felipe queria deixar minha interpetação sobre o refrão(na verdade acho que talvez não tenham tentado falar isso, mas essa visão me faz bem!!) AS FLORES DE PLÁSTICO NÃO MORREM!! acho que estão dizendo que as flores de plástico(que seriam as ações na nossa vida em que não entramos de cabeça, em que não nos entregamos verdadeiramente) não morrem (ou seja, não machucam não ferem não magoam).... mas acho que dizem isso não no sentido de que: Façam isso...e sim no sentido de que: essas flores de plastico não morrem, mas não tem a beleza e o perfume de uma flor mortal... uma flor de plastico seria como viver um amor superficial, conveniente...vc nunca vai se machucar com ele... já um amor real, muda a nossa vida com toda a beleza o perfume, mas deixa marcas profundas quando acaba... é meio viagem mas levo como lema para minha vida!!

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Eduardo

25/03/2011

A música remete a várias interpretações. Para mim, trata-se de um velório. Assim como o verso "Há flores cobrindo o telhado" me remete aos jardins suspensos.

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Cecilia

20/03/2011

Só quem já perdeu alguem realmente próximo entende q letra expõe a dor da perda. Os cortes da luta q se trava contra o "aceitar a perda" e a vontade de morrer junto. As flores estão no caixão sobre o corpo, sobre os túmulos e o tempo inteiro no pensamento de quem passou a noite num velório seguido de enterro. As flores de plástico não morrem e não precisam ser trocadas. Estão sempre bonitas no cemitério.

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Rafael

23/12/2010

Pra mim ele morreu e esta no caixão, la tem flores cobrindo o telhado e embaixo do meu travesseiro! E a dor vai fechar esses cortes ele fala da dor dos outros ao enterrar ele.

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Rebeca

26/10/2010

Eu lírico é o Brás Cubas ;) A pessoa está dentro do caixão, morta.

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Alana

18/10/2010

Essa música fala claramente sobre uma tentativa de suicídio: "Os punhos e os pulsos cortados e resto do meu corpo inteiro". Ou seja, o personagem tentou se matar atrvés de uma forma bem comum( cortando os pulsos). A parte das flores q ele Vê em todo lugar: " A flores cobrindo o telhado e embaixo do meu travesseiro" Retrata o pensamento obcecado na morte ( flor = símbolo da morte) Provavelmente, ele foi atendido e se salvou e agora recebe flores e toma soro fisiológico durante sua recuperação: " A dor vai curar essas lástimas ( ele lamenta n ter morrido) o soro tem gosto de lágrimas ( a tristeza), as flores tem cheiro de morte ( o q ele realmente desejava) A dor vai fechar esses cortes ( Mais uma vez, o sofrimnento q ele passa agora) E por fim, a observação final: Ele considera-se uma flor de plástico, pq essas não morrem. :)

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fernando

26/09/2010

Sérgio Soeiro, seu comentário foi esclarecedor, e pra mim, oportuno. Agradeço a sua interpretação. Abraço, e à disposição

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Ane

24/08/2010

Não costumo analisar musicas, mas cheguei aki por acidente. Resolvi dar a minha opinião. Acredito que essa musica fala de viver, como são grandes os riscos que se corre lutando pelo que se acredita. Como são grandes os perigos de quem realmente vive. Isso foi meio superficial, mas tudo bem.

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Sérgio Soeiro

16/05/2010

Tem razão Paulo. Foi um grave deslize ter confundido os autores. Desculpem.

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Paulo Pereira

28/04/2010

Pessoal, a música FLORES nem tem autoria de Nando Reis, nem de Arnaldo Antunes, nem de Branco Melo. "FLORES" tem como compositores: Charles Gavin, Tony Beloto, Sérgio Brito e Paulo Miklos (os 4 são integrantes da banda). Gravada em 1989 no disco Ô Blesq Blom.

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Emmanuel Hernutte

23/03/2010

Eu sempre entendi essa letra como sendo de alguém que tentou o suicídio e acabou por se "curar" através da dor: " Ador vai curar essas lástimas/o soro tem gosto de lágrimas" ( possivelmente o personagem da canção tenha sido atendido em algum hospital ou coisa do tipo pois tem essa referência do soro) That´s all!

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Diego

10/02/2010

Essa música fala claramente da morte, de um eu-liríco falando de dentro do caixão. As flores em volta.. Provavelmente suicida, pulsos cortados!

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Thais

12/12/2009

Poxa ,parabéns Felipe! adorei!

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felipe

02/09/2009

eu acho que essa musica Flores pode tá falando de vitoria,pois comentário no comentário anterior fica claro á todos que se trato de um suicida,mais podemos também fazer a seguinte análise´Há flores cobrindo o telhado / E embaixo do meu travesseiro / Há flores por todos os lados / Há flores em tudo que eu vejo" pode dizer que após o Eu-lirico não ter se matado ele vão "glorificado" por ter vencido essa etapadificil de sua vida é só lembrarmos do termo "louros da vitoria" onde o vencedor tem em sua cabeça um coroa de louro, e as flores podem ser a representação de todas as coisas bleas que após o não ato de suicidio o Eu-lirico começa aver o quão bela a vida é e também podem significar purificação

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Sérgio Soeiro

06/04/2009

Atendendo a solicitação do Marinho: A letra desta música gravada pelos Titãs, é de autoria dos vocalistas Branco Melo e Arnaldo Antunes, que sempre utilizaram em seus textos a técnica da poesia concreta, que é basicamente uma técnica de frases soltas. A meu ver, neste texto, eles fizeram um relato de um Eu-Lírico, a partir do ponto de vista de um suicida, que fica relembrando sua morte de dentro do seu túmulo, suicídio este cometido após uma crise de depressão. Quando ele diz: "Olhei até ficar cansado de ver os meus olhos no espelho" – Ele quer dizer que já está cansado de si mesmo, já não agüenta mais a vida que leva. “Chorei por ter despedaçado as flores que estão no canteiro” – Aqui cabem duas análises; tanto pode ser o inconformismo pelo fato das pessoas utilizarem flores naturais (ou seja; que tem vida!) para cultuar a morte. Quanto pode ser a mágoa por ele achar que machucou/magoou alguém. Neste caso, “flores” seria uma metáfora para “pessoas”. “Os punhos e os pulsos cortados” são mensagens claras de suicídio. Nos versos: “Há flores cobrindo o telhado / E embaixo do meu travesseiro / Há flores por todos os lados / Há flores em tudo que eu vejo”... Fica bem claro o ponto de vista do morto, já dentro do caixão. “A dor vai curar essas lástimas / O soro tem gosto de lágrimas”... Aqui ele afirma que a dor da morte irá pôr fim às lamentações das pessoas, ou seja, não vale a pena ficar chorando por quem escolheu morrer. Aliás, não vale à pena nem tentar salvá-lo, pois, segundo ele, até mesmo o remédio (soro) tem sabor de choro. E quando ele afirma que “As flores têm cheiro de morte / A dor vai fechar esses cortes...” ele quer nos dizer que as próprias flores as quais as pessoas usam para cultuar os mortos já trazem em seu estado natural um sinal póstumo (seu cheiro), numa clara alusão ao fascínio pela morte. Por fim, “As flores de plástico não morrem...” é uma metáfora que exige uma análise mais profunda. Pode-se concluir que ele acha um desperdício as pessoas utilizarem flores vivas (o que irá matá-las, também) para cultuar os mortos, quando poderia ser mais útil usarmos flores artificiais. Mas ele também pode estar novamente se referindo às pessoas. Nesta visão, as pessoas sensíveis (metáfora para flores naturais) foram feitas para nascer, crescer e morrer, num processo natural, onde a morte não precisa ser lamentada. Já as pessoas insensíveis, ele considera que são artificiais e não vêem beleza na morte. Um abraço.

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fellipe.a.ferreira

03/04/2009

desculpa..confundi a musica =/ que verginha

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fellipe.a.ferreira

03/04/2009

Esta letra do Nando Reis permite abordagens diferentes, dependendo do ponto de vista. Numa visão global, provavelmente tem a ver com um estado de espírito de alguém que desistiu de acreditar que exista um inferno eterno para os seus pecados (“mentir, enganar, fazer sofrer”) e sim num inferno temporário que se você puder se achá-lo com suas orações será mais fácil se encontrar, se despedir e seguir em frente. Mas também podemos vislumbrar uma posição mais específica que se refere a um possível afastamento das drogas. É sabido que o Nando enfrentou muitos problemas com drogas pesadas e, após vários tratamentos, se limpou. Nesta música ele procura mostrar os danos causados sob a influência das mesmas utilizando imagens: “Eu não quero mais mentir: usar espinhos que só causam dor”… Isso é tão somente o desejo de se livrar da tentação de buscar a sensação de bem-estar (mentira) que uma picada (espinho) nos proporciona. “Eu não enxergo mais o inferno que me atraiu”… (Idem). “Dos cegos do castelo eu me despeço e vou…”. Afinal, quem são os cegos do castelo? Na visão global, esta simbologia pode ser uma referência ao “mito da caverna” de Platão. É notório o tom filosófico das letras de Nando Reis, e no trecho: “De olhos abertos me esquenta o sol”, há mais uma referência à teoria platoniana. Mas na visão específica, os cegos do castelo são os amigos da “rodada”, que ele considera ainda cegos por não conseguirem “enxergar” o mundo fora das muralhas (castelo) das drogas. E por aí vai. No final ele confessa a uma possível pessoa amada que ele precisa daquele apoio, do aconchego de um lar. E o artista faz questão de enfatizar numa linguagem bem simples e familiar (”vou cuidar do seu jardim” / “cuidarei do seu jantar”) que é na simplicidade de uma estrutura familiar que se encontra forças pra fugir das tentações mundanas. marinho,essa interpretaçao eu recebi de uma amigo q sempre deixa analise neste site...acho que vai te ajudar ai.

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Marinho

27/03/2009

Olha, eu tava buscando uma interpretação pois estou trabalhando um arranjo pra coro juvenil. Acho que sou eu que tenho que dar esta interpretação mas, se alguem tiver uma oficial me deixe aqui. A música conta momentos de um cara no hospital após tentativa de suicidio frustado. "os punhos e pulsos cortados" etc. Parece pouco romântica mas é como entendo essa letra.

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