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Desconstrução

Quando se viu pela primeira vez
Na tela escura de seu celular
Saiu de cena pra poder entrar
E aliviar a sua timidez
Vestiu um ego que não satisfez
Dramatizou o vil da rotina
Como fosse dádiva divina
Queria só um pouco de atenção
Mas encontrou a própria solidão
Ela era só uma menina

Abrir os olhos não lhe satisfez
Entrou no escuro de seu celular
Correu pro espelho pra se maquiar
Pintou de dor a sua palidez
E confiou sua primeira vez
No rastro de um pai que não via
Nem a própria mãe compreendia
No passatempo de prazeres vãos
Viu toda a graça escapar das mãos
E voltou pra casa tão vazia

Amanheceu tão logo se desfez
Se abriu nos olhos de um celular
Aliviou a tela ao entrar
Tirou de cena toda a timidez
Alimentou as redes de nudez
Fantasiou o brio da rotina
Fez de sua pele sua sina
Se estilhaçou em cacos virtuais
Nas aparências todos tão iguais
Singularidades em ruína

Entrou no escuro de sua palidez
Estilhaçou seu corpo celular
Saiu de cena pra se aliviar
Vestiu o drama uma última vez
Se liquidou em sua liquidez
Viralizou no cio da ruína
Ela era só uma menina
Ninguém notou a sua depressão
Seguiu o bando a deslizar a mão
Para assegurar uma curtida

Amei te ver

Ah, quase ninguém vê
Quanto mais o tempo passa
Mais aumenta a graça em te ver, êh

Ah, e sai sem eu dizer
Tem mais do que te mostro
Não escondo quanto gosto de você, êh iêh êh

O coração dispara
Tropeça, quase para
Me encaixo no teu cheiro
E ali me deixo inteiro

Eu amei te ver
Eu amei te ver
Eu amei te ver (x2)

Ah, quase ninguém vê
Quanto mais aumenta a graça
Mais o tempo passa por você, êh

Ah, e sai sem eu dizer
O tanto que eu gosto
Me desmancho quando encosto em você, êh iêh êh

O coração dispara
Tropeça, quase para
Me enlaço no teu beijo
Abraço teu desejo

A mão ampara, acalma
Encosta lá na alma
E o corpo vai sem medo
Descasca teu segredo

Da boca sai, não para
É o coração que fala
O laço é certeiro
Metades por inteiro

Não vou voltar tão cedo
Mas vou voltar porque

Eu amei te ver
Eu amei te ver
Eu amei te ver

Eu amei te ver
Eu amei te ver
Eu amei te ver

Eu amei te ver
Eu amei te ver
Eu amei te ver

Eu amei te ver
Eu amei te ver
Eu amei te ver

Liberdade ou solidão

Livre, era o que ela mais queria ser
Livre, pra ir e vir e ser o que quiser
Quando quiser e se quiser

Mas só o tempo, só pra descobrir
Se a liberdade é só solidão
E só o tempo, só pra descobrir
O que é ser

Livre, se já não faz sentido
Ou nunca fez
Livre, pra encontrar motivo outra vez
Mais uma vez ou de uma vez

E só o tempo, só pra descobrir
Se a liberdade é só solidão
E só o tempo, só pra descobrir
O que é pra ser

Livre, pra rir do que é ruim
Então chorar de feliz
Livre, não por acaso, acaso não condiz
Quando condiz com o que se quis

E só o tempo, só pra descobrir
Se a liberdade é só solidão
E só o tempo, só pra descobrir
O que vai ser

E só o tempo, só pra descobrir
Se a liberdade é só solidão
E só o tempo, só o tempo pra descobrir
O que é viver

Mais bonito não há

Nada mais belo que olhar de criança no sol da manhã
Chuva de carinho é o que posso pedir nessa imagem tão sã
Lindo no horizonte, o amanhã que eu nunca esqueci
Doce lembrança do sonho que eu vejo daqui

Ser amor pra quem anseia
Solidão de casa cheia
Dar a voz que incendeia
Ter um bom motivo para acreditar

Mais bonito, não há
Pode acreditar
Mais bonito, não há

Nada mais belo que abraço sereno e sabor de perdão
Ver a beleza e em gesto pequeno ter a imensidão
Como espalhar por aí qualquer coisa que faça sorrir
Aquietar o silêncio das dores daqui

Ser amor pra quem anseia
Solidão de casa cheia
Dar a voz que incendeia
Ter um bom motivo para acreditar

Mais bonito, não há
Pode acreditar
Mais bonito, não há
Pode acreditar

Ser amor pra quem anseia
Solidão de casa cheia
Dar a voz que incendeia
Ter um bom motivo para acreditar

Mais bonito, não há
Pode acreditar
Mais bonito, não há
Pode acreditar
Mais bonito, não há
Pode acreditar
Mais bonito, não há

Trevo (Tu)

Tu é trevo de quatro folhas
É manhã de domingo à toa
Conversa rara e boa
Pedaço de sonho que faz meu querer acordar
Pra vida
Ai ai ai

Tu, que tem esse abraço casa
Se decidir bater asa
Me leva contigo pra passear
Eu juro afeto e paz não vão te faltar
Ai ai ai

Ah, eu só quero o leve da vida pra te levar
E o tempo para, ah
É a sorte de levar a hora pra passear
Pra cá e pra lá, pra lá e pra cá
Quando aqui tu tá

Tu é trevo de quatro folhas
É manhã de domingo à toa
Conversa rara e boa
Pedaço de sonho que faz meu querer acordar
Pra vida
Ai ai ai

Tu, que tem esse abraço casa
Se decidir bater asa
Me leva contigo pra passear
Eu juro afeto e paz não vão te faltar
Ai ai ai

Ah, eu só quero o leve da vida pra te levar
E o tempo para, ah
É a sorte de levar a hora pra passear
Pra cá e pra lá, pra lá e pra cá
Quando aqui tu tá

Tu
Tu
Tu
Tu

Ah, eu só quero o leve da vida pra te levar
E o tempo para, ah
É a sorte de levar a hora pra passear
Pra cá e pra lá, pra lá e pra cá
Quando aqui tu tá

É trevo de quatro folhas
É trevo de quatro folhas, é
É trevo de quatro folhas
É trevo de quatro folhas, é

Me Espera

Eu ainda estou aqui
Perdido em mil versões
Irreais de mim
Estou aqui por trás de todo o caos
Em que a vida se fez

Tenta me reconhecer no temporal
Me espera
Tenta não se acostumar
Eu volto já
Me espera

Eu que tanto me perdi
Em sãs desilusões ideais de mim
Não me esqueci
De quem eu sou
E o quanto devo a você

Tenta me reconhecer no temporal
Me espera
Tenta não se acostumar
Eu volto já
Me espera

Mesmo quando me descuido
Me desloco
Me deslumbro
Perco o foco
Perco o chão
Eu perco o ar
Me reconheço em teu olhar
Que é o fio pra me guiar
De volta
De volta

Tenta me reconhecer no temporal
Espera
No temporal
Me espera

Tenta não se acostumar
Eu volto já
Me espera

Eu ainda estou aqui