Salve as crianças do centro crianças da periferia
 Crianças abandonadas se faz constante noite e dia
 São inimigos do rei da lei do mundo atual
 Papelões moleques em trapo decoram a capital
 São crianças de gente carentes num mundo primitivo
 Crianças cheias de sonho nadando à beira do abismo
 Pequenos homens ao léu sem pai sem mãe sem nada
 Tomadas como indigentes fantasmas da madrugada
 Famoso moleques pivetes filhos das ruas
 Anjos das praças mais a sina continua Filhos filhos filhos filhos das ruas
 Filhos das ruas e a sina continua Chacina prosseguem como um filme sem corte
 Onde a vida e a sorte seguem entre o azar e a morte
 Meninos meninas pelo mundo indo e vindo
 Pedem socorro à sociedade que não lhes dá ouvido
 Querem um lugar onde o leito seja feito só pra elas
 ao invés de viadutos becos e vielas
 Nossa esperança se encontra em luto absoluto
 Numa nação que desrespeita o seu próprio estatuto
 Se omite o governo se omite a sociedade
 So que os dois são culpados essa é a grande verdade Filhos filhos filhos filhos das ruas
 Filhos das ruas e a sina continua Em Sampa no Rio em qualquer parte do Brasil
 Crianças morrem de fome crianças morrem de frio
 Sem direito ao lazer cultura e educação
 Se abre o acesso aos vícios e prostituição
 E qual será o destino? o que está preservado?
 Se em plena infância se vêem tão maltratados
 A madrugada é tão fria essa vida é tão crua
 Deus salve todos os filhos das ruasFilhos filhos filhos filhos das ruas
 Filhos das ruas e a sina continua
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