Se voltar não faça espanto, cuide apenas de você
Dê um jeito nessa casa, ela é nada sem você
Regue as plantas na varanda, elas devem lhe dizer
Que eu morri todos os anos, quando esperei você
Se voltar não me censure, eu não pude suportar
Nada entendo de abandono, só de amor e de esperar
Olhe bem pelas vidraças, elas devem lhe mostrar
Os caminhos do horizonte
Onde eu fui lhe procurar
Não repare na desordem, dessa casa quando entrar
Ela diz tudo que eu sinto, de tanto lhe esperar
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Essa música é sensacional.
Nesta canção, o eu lírico reflete a saudade cruciante que um amor pode trazer. Nós podemos interpreta-la de dois modos, que são:
1- A falta que um toque feminino faz à uma casa, a deixando órfã da delicadeza, do zelo e dos detalhes minuciosos.
2- O descuido emocional do sujeito, tendo em vista a imensa saudade ao ver seu amor partir. Podemos comprovar isso através do trecho:” Não repare na desordem, dessa casa quando entrar”. Há um desequilíbrio físico e emocional que assola o poeta, a ponto de causar uma desordem nele como um todo.