Havia um tempo em que eu vivia
Um sentimento quase infantil
Havia o medo e a timidez
Todo um lado que você nunca viu
Agora eu vejo,
Aquele beijo era mesmo o fim
Era o começo
E o meu desejo se perdeu de mim
E agora eu ando correndo tanto
Procurando aquele novo lugar
Aquela festa o que me resta
Encontrar alguém legal pra ficar
Agora eu vejo,
Aquele beijo era mesmo o fim
Era o começo
E o meu desejo se perdeu de mim
E agora é tarde, acordo tarde
Do meu lado alguém que eu não conhecia
Outra criança adulterada
Pelos anos que a pintura escondia
Agora eu vejo,
Aquele beijo era o fim, ah era o fim
Era o começo
E o meu desejo se perdeu de mim
E nunca mais, nunca mais, ou..
Comentários
Tomás Turbando
11/09/2011
Aê galera, a letra é do Paulo Ricardo. Grato
jeff
24/07/2011
acho que foi do momento que ele virou homosexual. Sei la, acho q aconteceu por acaso de ele, em uma epoca da adolosencia, beijar um cara.
ju
08/06/2011
na minha opniao significa uma fase nova, fase essa que vem apos a perda da virgindade, o que no caso foi triste, dai o trecho: "Aquele beijo era mesmo o fim Era o começo E o meu desejo se perdeu de mim" esse era o começo dos desaejos desenfreados, mas notamos uma certa tristeza nisso tudo, parece que nao gostaria que tivesse acontecido.
cida
23/02/2011
vc e muito especial para mim
Vinicius
29/12/2010
A minha interpretação é totalmente diferente. O refrão trata de uma experiência do eu lírico de ter se sentido traído após ver a pessoa amada (provavelmente de forma platônica) beijando outro. Daí o rompimento do "sentimento quase infantil" (= amor platônico). Reparem que todo o texto é direcionado para essa pessoa que o traiu, o que mostra que ele não esqueceu a traição, mas se sente impotente para mudar os fatos. É possível, por exemplo, que a pessoa que ele amava passou a namorar outro cara porque ela nunca soube dos sentimentos dele; ele nunca tomou a iniciativa de conquistá-la. Daí o eu lírico procura "alguém legal para ficar", ou seja, alguém que possa substituí-la. Porém, veja que o refrão sobre o beijo continua até mesmo quando o eu lírico acorda "do lado que alguém que nem conhecia", o que mostra que a experiência é um fracasso em fazê-lo esquecer. Quem já não passou por uma experiência parecida? O oxímoro presente no verso "outra criança adulterada pelos anos que a pintura escondia" realmente não tem a ver com pedofilia. Como disse a Mary, existe uma referência ao eu lírico (que tinha um "sentimento quase infantil" que foi rompido). Só que, embora essa referência pudesse levar a uma identificação entre o eu lírico e a "outra criança", isso não ocorre. Por isso, entendo que no trecho também há referência à decepção de encontrar alguém que por baixo da maquiagem não corresponde às nossas expectativas, uma pessoa vazia, que parece ser alguém infantil, sem graça, incapaz de substituir a pessoa que o traiu. Enfim, acho a letra linda e genial, principalmente por conter o maior oxímoro que já vi (para quem não sabe o que é "oxímoro", veja na Wikipedia, a definição lá é boa). Para mim, rivaliza até com a comparação gigante que há na música "Luiza", de Tom Jobim ("E um raio de sol nos teus cabelos como um brilhante repartindo a luz explode em sete cores revelando então os sete mil amores que eu guardei somente pra te dar") e a metáfora da música do Elton John, "This train don't stop there anymore" ("the chisel chips my heart again, the granite cracks beneath my skin, I crumble into pieces on the ground"). Deve ser realmente difícil para alguém compor letras assim.
João Felipe
09/11/2010
Essa letra não é uma letra retratando a pedofilia, como já li em algum lugar. Simplesmente retrata a realidade de um cara extremamente tímido e até infantil de sentimentos que um dia cismou de se “libertar”, procurando uma festa e conhecendo uma moça adolescente, mas que ele não sabia que era. A parte que deixa isso explícito é essa: “E agora é tarde, acordo tarde Do meu lado alguém que eu não conhecia Outra criança adulterada Pelos anos que a pintura escondia” Vejamos: A moça entrou no baile, usando maquiagem de adulto, e o enganou que era maior idade, mas o que ocasionou nele um complexo de culpa porque ele não queria isso, ao descobrir o erro cometido. “Outra criança adulterada” significa que ela, assim como ele, também tinha perdido a inocência, sendo que ela, a inocência física, e ele, a emocional. “Aquele beijo”, ao qual ele se refere, quer dizer que foi o seu fim, pois ao beijá-la na festa, sentiu uma atração muito forte, o que foi o início da paixão, só que o levou a se perder em amarguras e complexo de culpa. Ele procura a partir disso, outra festa e “alguém legal pra ficar”. “Alguém legal” tem outra conotação além do usual “maneiro”: significa, também, alguém que a justiça aprove enlaces amorosos, ou seja, alguém adulto. Ainda que o personagem tenha muita vontade de esquecer o erro cometido, seu sentimento de culpa o persegue, fato explícito em: “E o meu desejo se perdeu de mim E nunca mais, nunca mais, ou…” Adoro essa música e letra, e prefiro a interpretação do RPM, perfeita na voz do Paulo Ricardo. O título, naturalmente, se refere à expressão popular, “Estar entre a cruz e a espada”, que significa quando uma pessoa entra em situação de difícil solução, ou seja, indo para um lado ou outro, a pessoa vai estar numa enrascada muito grande, que é onde o personagem da música se meteu. Um abração a todos! NOSSA , MUITO BOM MEESMO !
Angelo
22/10/2010
Essa musica retrata em partes o que é minha ou foi minha vida. Pessoas que me conhecem agora, como algum que faz festa e "aproveita" a vida nao conhecem o lado que ja tive, de inocencia e timidez até os 19 anos. Um beijo, de uma namorada nessa epoca, o primeiro beijo fez com que a partir daí minha vida muda-se radicalmente. a Vida foi só festa, um pouco de falta de respeito pelos sentimentos das outras pessoas, pelo desejo absurdo de ser livre e fazer o que bem queria. "agora eu vejo, aquele beijo, era o mesmo fim, e meu desejo, se perdeu de mim"
Milla
13/09/2010
Acho q a pessoa q postou isso interpretou bem... Eu costumava ouvir essa música e identificar a parte q ele fala de um sentimento quase infantiu com uma espécie de amor platônico... e criança adulterada ficava bem em duvida... mais imaginava mesmo q fosse isso, uma menina q perdeu a inoscencia.... ñ sei pq mais essas histórias assim são emocionantes!!! linda letra!
Mary
19/07/2010
Essa letra não é uma letra retratando a pedofilia, como já li em algum lugar. Simplesmente retrata a realidade de um cara extremamente tímido e até infantil de sentimentos que um dia cismou de se "libertar", procurando uma festa e conhecendo uma moça adolescente, mas que ele não sabia que era. A parte que deixa isso explícito é essa: "E agora é tarde, acordo tarde Do meu lado alguém que eu não conhecia Outra criança adulterada Pelos anos que a pintura escondia" Vejamos: A moça entrou no baile, usando maquiagem de adulto, e o enganou que era maior idade, mas o que ocasionou nele um complexo de culpa porque ele não queria isso, ao descobrir o erro cometido. "Outra criança adulterada" significa que ela, assim como ele, também tinha perdido a inocência, sendo que ela, a inocência física, e ele, a emocional. "Aquele beijo", ao qual ele se refere, quer dizer que foi o seu fim, pois ao beijá-la na festa, sentiu uma atração muito forte, o que foi o início da paixão, só que o levou a se perder em amarguras e complexo de culpa. Ele procura a partir disso, outra festa e "alguém legal pra ficar". "Alguém legal" tem outra conotação além do usual "maneiro": significa, também, alguém que a justiça aprove enlaces amorosos, ou seja, alguém adulto. Ainda que o personagem tenha muita vontade de esquecer o erro cometido, seu sentimento de culpa o persegue, fato explícito em: "E o meu desejo se perdeu de mim E nunca mais, nunca mais, ou..." Adoro essa música e letra, e prefiro a interpretação do RPM, perfeita na voz do Paulo Ricardo. O título, naturalmente, se refere à expressão popular, "Estar entre a cruz e a espada", que significa quando uma pessoa entra em situação de difícil solução, ou seja, indo para um lado ou outro, a pessoa vai estar numa enrascada muito grande, que é onde o personagem da música se meteu. Um abração a todos!
INSANA
07/07/2010
Lembrem-se espada é símbolo fálico....cruz é símbolo de religião... Pensem melhor!!!
Monica
02/07/2010
a minha analise em relação a essa musica ée que ela foi tipo assim feita para expressar um sentimento que ele queria viver mas não podia o motivo nãao foi dadoo,quanto ao titulo é que ele estava dividido entre duas coisas.. mas a letra ée óotima...
Letícia Telles
04/05/2010
Desculpe-me, Carla, se eu não me fiz entender por você. É que eu não falo sua língua.(Rsss)
carla
24/04/2010
meeee ajudemmmm por favorrr essa musica é muito dificil de entenderr... socorroooooo!
carla
24/04/2010
e cruz e a espada essa menina escreve tudo do jeito dela e não sabe se espesar... mais ela tem ideia do que fala e fala bem... sabe esclarecer tudooo.. parabens...
Angel
14/02/2010
Eu gosto do Legião. Mas essa letra é bem simplesinha, concordo com a interpretação do sérgio, mas tb acho q seja falando dos jovens em geral e ñ especificamente do renato. Essa letra ñ tem gdes mistério mas é bonitinha.
Erika Valente
25/01/2010
Detalhe: A composição é de Paulo Ricardo
Letícia Telles
05/09/2009
Completando minha análise: Sérgio, quanto ao título A Cruz E A Espada, encaixa-se em minha análise da seguinte forma: acredito que o grande dilema que o eu-lírico enfrentava estava entre o desejo de vivenciar um sentimento novo e o medo do desconhecido, medo de abrir mão de toda fantasia infantil, toda inocência... e entrar de vez em um mundo adulto e complexo. O beijo também simbolizou o fim da inocência (“aquele beijo era mesmo o fim”) e o início de uma nova fase ( “era o começo”), mas “já era tarde”, acabou perdendo a “pureza” e o “desejo” de uma só vez. E teve que seguir “sozinho”, lamentando... Talvez essas análises não passem de uma grande “viagem” nossa mesmo. Mas para que servem as músicas, né? Sérgio, obrigada pela excelente companhoa nessa viagem... Beijos!
Sérgio Soeiro
04/09/2009
Letícia, em primeiro lugar; fico envaidecido pelos elogios. Obrigado, mesmo. Em relação à sua análise, não há o que discordar e acho que ela tem tudo a ver. Eu nunca tinha parado pra tentar analisar esta letra do Renato, pois não costumo fazê-lo com músicas pop. Nada contra - adoro Pop e sua razão de ser é essa mesmo: fugir do lance "cabeça". Voltando à sua análise, percebo que a mesma difere da minha na parte final, ou seja, no fechamento da idéia. Cheguei a ter a mesma impressão que você, na visão dele haver fracassado, por insegurança, numa relação com alguém que não estava "muito afim", daí ele não se faz de rogado, sai em busca de outras aventuras, consegue-as e, por fim, se convence que o erro não estava com ele, pois, apesar da maturidade daquela pessoa, ela sim, agira infantilmente naquela momento. Também pensei na hipótese dele estar se reportando a um interlocutor hipotético (aí já tem muito a ver com a análise do Eduardo Gaia, lá em cima). Por fim, resolvi optar por colocar aquela visão da dúvida que ele sentia entre se relacionar com alguém "mais cabeça", ou alguém da sua realidade. O que me fez decidir por essa idéia foi justamente o título da obra. Acho que o Renato deixou essa pista quando escolheu o título "A cruz e a espada". Bom, de repente estamos vijando legal na maionese, e nada disso tem a ver, afinal, de cabeça de poeta e de bumbum de neném, não sabemos o que pode vir, não é mesmo?. Mas o legal disso aqui é justamente isso: mostrar que cada um tem sua visão de mundo. Parabéns pela sensibiliade. Bjs.
Letícia Telles
04/09/2009
Para mim, na primeira estrofe, Renato Russo apresenta um eu-lírico que assume um dia ter agido de forma infantil e insegura ( “Havia o medo e a timidez”), diante de uma paixão que nutria por uma pessoa mais madura, a qual não se dava conta de tal sentimento ( “Todo um lado que você nunca viu”) Fracassado, “ele” percebe q o beijo q recebeu dessa pessoa – provavelmente no rosto, ou não- era de despedida ( “Agora eu vejo, aquele beijo era mesmo o fim...”). Porém, também percebe, tardiamente, q podia ter sido diferente, caso “ele” tivesse reagido ( “Era o começo”), mas... mais uma vez, tímido, “ele” perdeu a chance de tomar uma postura ativa perante a situação... e deixou de viver tudo o q sonhou... ( “E o meu desejo se perdeu de mim”) Foi preciso uma perda para q “ele” tomasse as rédias de sua vida e fosse à luta ( “Agora eu ando correndo tanto...”), no entanto, “agora é tarde” (“Aquela festa o que me resta... Encontrar alguém legal pra ficar”), o negócio e dormir e acordar tarde, mesmo que seja ao lado de alguém desconhecido. Detalhe importante: “Outra criança ( pessoa frágil, falha, infantil... o q na verdade nunca deixamos de ser, já q estamos sempre em processo de desenvolvimento) adulterada (modificada, transformada, envelhecida...) pelos anos ( pela idade) que a pintura ( maquiagem -ou até mesmo tinta de cabelo- usada para disfarçar os sinais do tempo) escondia”, ou seja, ao contrário da interpretação do Sérgio, acredito q “ele” continuou se relacionando com pessoas mais velhas, e também descobriu q elas não são tão diferentes assim dele, pois “crianças” não têm idade. Gente, sou nova no site e essa é a minha primeira análise. Sérgio, andei lendo algumas análises suas e adorei, meus parabéns, vc é muito bom nisso, menino! Gostaria muito q, se possível, vc comentasse minha análise, ok? Abraços!
Sérgio Soeiro
03/09/2009
Só esclarecendo: na minha análise anterior, procuro não deixar claro se o eu-lírico se relaciona e/ou está em busca de um "parceiro" ou "parceira". Na minha opinião, a letra é impessoal e serve para qualquer jovem, independente do sexo.
Sérgio Soeiro
03/09/2009
Atendendo pedido da Isabel: Quando o grupo RPM gravou esta música do Renato Russo, optou por um arranjo “new wave” (estilo Duran Duran) que ficou muito bacana e, na minha opinião, é este andamento melódico que a valoriza muito. A letra não traz muitos mistérios e/ou metáforas, a não ser no título. Ao batizá-la de “A cruz e a espada”, o Renato quis mostrar o eu-lírico numa situação de dúvida atroz: quando se está entre a cruz e a espada, é porque temos uma difícil escolha a fazer. Não sei se esta letra é autobiográfica – provavelmente não - uma vez que neste período o Renato estava engajado em fazer letras usando como temática os problemas da juventude em geral. Na primeira estrofe ele mostra o eu-lírico envolvido com alguém mais maduro quando declara que “vivia um sentimento quase infantil”, onde “havia medo e timidez”, sentimentos dos quais o parceiro não nutria (“todo um lado que você nunca viu”). Em seguida vem o refrão, onde é mostrada toda sua dúvida se valeria à pena insistir naquela relação por achar que desde o primeiro beijo (“era o começo”) a relação já estava fadada ao insucesso (“e o meu desejo se perdeu de mim”). A decisão de colocar o refrão após cada estrofe é proposital, de forma insistente, para demonstrar que a dúvida persiste. Na segunda estrofe ele mostra que não está passivo e resolve “ir à luta” em busca de outro parceiro, e, para um adolescente, nada melhor do que uma festa para encontrar alguém que tenha os mesmos ideais. Na terceira e última estrofe ele mostra que sua busca tem se mostrado infrutífera. É muito legal o jogo de palavras que ele faz quando diz que “já é tarde” (quer dizer que já perdeu muito tempo procurando alguém), e “acordo tarde” (numa clara alusão às noites em festas procurando alguém). Ele mostra que nessas buscas sempre "fica" com alguém (“do meu lado alguém que eu não conhecia”), e mais uma vez expõe suas dúvidas sobre o que deseja realmente, pois não se mostra satisfeito ao acordar do lado de alguém muito jovem, cuja idade real está disfarçada pelo excesso de maquiagem. Enfim, ele quer dizer que não se sente confortável na situação de namorar alguém mais “madura” que ele, mas também não encontra aconchego nas jovens parceiras encontradas nas noites mundanas. Isabel, desejo que esta análise não tenha traido sua confiança e esteja dentro das expectativas. Bjs.
isabel
01/09/2009
Gostaria de saber análise do Sergio Soeiro , se não for incomodo é claro, acredito muito na sua avaliação bjos obrigada
Eduardo Gaia
29/08/2009
É o fim da infância e o iníco conturbado de uma adolescência infeliz onde toda a sua base familiar construida na infância deixou espaço para uma vida em confronto com o que ele mesmo achava certo, mostrando que nem sempre as emoções conduzem a uma felicdade sedimentada. A cruz e a espada colocam para mim a escolha entre o lógico e o romântico e deixam claro que a razão traz um prazer muito mais sedimentado e com mais chances de se ser feliz. O maior amor é a razão que nós humanos as vezes desprezamos.
Raphael
18/07/2009
Sem duvi da é uma das letras mais belas de Renato Russo,é um exemplo de infidelidade, existem pessoas que por luxuria ou para satisfazer seu ego se submetem a estas atitudes, no caso da letra perdeu seu amor por infidelidade de sua parte, sua amada o viu e terminol o relacionamento mas não o amor que bus caz encontrar. Porem não sei se é com sua amada ou busca de um novo amor, acho que é um mistério da musica.