Pompém

Menininha da cidade foi pro mato e adoro
Tanta variedade de cobra que apaixonou
Agora ela e viciada, sorriso de orelha em orelha
Atrás da bicharada vive trepando nas telha

Menininha da cidade foi pro mato e se soltou
Levou tanta picada ficou cheia do calor
A noite ela abre a janela que é pra mosquitada entrar
A gente morde nela e ela coça devagar

Mais alto!!
Eu vou subir vamo lá
Mais alto!!
Eu sou baixinho vamo lá
Mais alto!!
Ela gritava mais alto e raca raca relando no asfalto
Mais baixo!!
Ia gemendo mais baixo
Mais baixo!!
O buraquinho é mais embaixo
Mais baixo!!
Ia botando eu pra baixo
Eu digo eita diaxo ela é feia e eu sou macho

Entra na peia ajoelhou vai ter que rezar
Deita na teia aranha malvada que vai me devorar

Menininha da cidade foi pro mato e se mudou
Casou com um borrachudo
Desde o nome ela gostou
Caiçara das mais doidas dos cabelo cheio de nó
Trocou vida moderna
Não larga mais o cipó

Se eu fosse um mosquitinho
Ia te chupar todo dia
Ia te morder com carinho
E nadar na molhadinha
E na noite em que você
Dormisse só de calcinha
Ia pegar na dobrinha
Onde a carne é bem mais macia

Entra na peia ajoelhou vai ter que rezar
Deita na teia aranha malvada que vai me devorar


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