Análise de Letras

Nariz de Doze

Calamidade, tu viu que diabo foi aquilo que passou
cumpade, caiu pra lá do outro lado do rio
Minhas vacas entraram tudo no cio

E a fumaça das abelhas de noite queimando a tchara

A água do poço tá salobra os peixe agora "fala"
O meu cavalo come e caga tanto que enche uma vala.
Parece que o mundo todo ficou doido
E eu fiquei de cara pede pra parar só que não para não

Um bicho verde me assustou quase tive um enfarte
Quando olhei para o pasto estavam por toda a parte
Minha espingarda carregada disse: eu tô preparada,
vamo simbora receber o povo de Marte

Nariz de doze
Fala boca de tucunaré, boca de bote
Levanta, narizinho de morotó.
Tiro bufado pegue a de cano serrado que é melhor.
Venta de jibóia
Boca de gigante, vá chamar beiço de bóia
Que tromba de elefante tá chegando.
Tá na hora de cozinhar vamo comer de dois canos

Foi só na lata beiçudo cuspindo fogo na mata
Devagar, cuidado com o gado pra não errar.
Chegou a pouco de fora e não sabe nem as horas,
Boca de abóbora, chame o caboclo que rouba o ar.

Com um nariz desse tamanho tu erra o tiro
E o terremoto se a pólvora entrar e tu der um espirro
mas se você boceja agora engole a Terra,
É bem melhor que acaba a guerra
E os marcianos vão falar mais fino.

Ei, de onde vieram esses muleque feio.
Cabeça de abacate com os olhinhos de japonês e essas pistola.
Isso é artefato de boiola, Acho que eu vou comer a bala
Ao mesmo tempo que o Digão sola

Comentários

John, The Revelator

13/09/2011

o eu-lírico parece descrever alucinações decorrentes do uso de entorpecentes, provavelmente ocorridas numa fazenda ou área rural. Mistura elementos da vida rural com imagens distorcidas das pessoas ali presentes.

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ivan

02/06/2011

a musica fala em partes de um jogo q os caras da banda jogavam.. "Ei, de onde vieram esses muleque feio. Cabeça de abacate com os olhinhos de japonês e essas pistola." era um jogo q tinha uns ET's q atiravam e por aí vai.. e o refrão era como rodolfo e um amigo da banda se tratavam, colocando apelidos uns nos outros "Nariz de doze, fala boca de tucunaré.."

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Eliz

26/04/2010

Bom, essa música parece realmente muito estranha, mas basta ler o refrão que o entendimento logo vem, ou seja, ele fala do(s) indivíduo(s) que cheira(m) cocaína e a "viagem" causada pela droga, euforia e alucinação.

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