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Censura

Unidade repressora oficial

A censura, a censura
unica entidade que ninguém censura

Hora pra dormir
hora pra pensar
Porra meu papai
deixa me falar

Unidade repressora oficial

A censura, a censura
unica entidade que ninguém censura

Contra a nossa arte está a censura
abaixo a postura, viva a ditadura
Jardel com travesti, censor com bisturi
corta toda música que você não vao ouvir

Unidade repressora oficial

A censura, a censura
unica entidade que ninguém censura

Nada para ouvir, nada para ler
nada para mim, nada pra você
nada no cinema, nada na TV
nada para mim, nada pra você

Unidade repressora oficial
Unidade repressora oficial

Brasília

Capital da esperança 
(Brasília tem luz, Brasília tem carros) 
Asas e eixos do Brasil 
(Brasília tem mortes, tem até baratas) 
Longe do mar, da poluição 
(Brasília tem prédios, Brasília tem máquinas) 
mas um fim que ninguém previu 
(Árvores nos eixos a polícia montada) 
(Brasília), Brasília

Brasília tem centros comerciais 
Muitos porteiros e pessoas normais 
(Muitos porteiros e pessoas normais)

As luzes iluminam os carros só passam 
A morte traz vida e as baratas se arrastam 
(Utopia na mente de alguns…) 
Os prédios se habitam as máquinas param 
As árvores enfeitam e a polícia controla 
(Utopia na mente de alguns…) 

Oh.. O concreto já rachou! 
Brasília….

Brasília tem luz, Brasília tem carros 
(Carros pretos nos colégios) 
Brasília tem mortes, tem até baratas 
(em tráfego linear) 
Brasília tem prédios, Brasília tem máquinas 
(Servidores Públicos ali)
Árvores nos eixos a polícia montada 
(polindo chapas oficiais) 
Brasília, (Brasília)

Brasília tem centros comerciais 
Muitos porteiros e pessoas normais 
(Muitos porteiros e pessoas normais)

As luzes iluminam os carros só passam 
A morte traz vida e as baratas se arrastam 
(Utopia na mente de alguns…)
Os prédios se habitam as máquinas param
As árvores enfeitam e a polícia controla
(Utopia na mente de alguns…)

Oh… O concreto já rachou! rachou! rachou! rachou!
Rachou! O concreto já rachou!
Brasília….
Brasília…. Brasilia!

As luzes iluminam os carros só passam
A morte traz vida e as baratas se arrastam
(Utopia na mente de alguns…)

Os prédios se habitam as máquinas param
As árvores enfeitam e a polícia controla
(Utopia na mente de alguns…)

Os comércios só vendem
e os porteiros só olham
E essas pessoas elas não fazem nada
mas essas pessoas elas não fazem nada
Nada! (Brasília…) Nada! (Brasília…)
Nada! (Brasília…) Nada! (Brasília…)

Seu jogo

Sua moral submerge na escuridão
Se mata um pouco a cada dia
Maioridade não é nada então
Maturidade não é covardia

Na sua indecisão você nem viu
Ninguém se importa por seu jogo
Você está em cheque e nem sentiu
E quem move as peças é você

Na batalha onde não me alistei
Procuro orgasmo permanente
Mas finalmente acho que encontrei
Fugindo é que você se sente

Na sua indecisão você nem viu
Ninguém se importa por seu jogo
Você está em xeque-mate viu?
E o culpado é você

Seu sangue é hiper inflamável
Uma faísca para explodir
Recolha a sua insignificância
Há tantos outros por aqui

Remédio que caiu do céu
Para curar a sua insegurança
Se entorpecendo não é vida
É a sua angústia contida
Angústia contida
Angústia contida
O anjo se mordeu, o veneno está embutido
Agora noite, vida, turma, sexo tem sentido

Na sua indecisão você nem viu
Você não morreu mas está sem vida
Você está em xeque-mate, viu?
E o culpado é você
Quem move as peças é você!

Minha renda

Você me prometeu um apartamento em Ipanema
Iate em Botafogo, se eu entrasse no esquema
contrato milionário, grana, fama e mulheres
a música não importa, o importante é a renda!

Ambição – grana, fama e você
Ambição – grana, fama e você

Tenho fazer sucesso antes que seja tarde
Eles acham que eu vendo, eu tenho uma boa imagem
o meu produtor, ele gosta de mim
grana vale mais que a minha dignidade

Tocar no Chacrinha ou na televisão
tudo isso ajuda pra minha divulgação
isso quer dizer mais grana pra produção – e pra mim!

Você me comprou, pôs meu talento a venda
você me ensinou que o importante é a renda
contrato milionário, grana, fama e mulheres
a música não importa, o importante é a renda!

Ambição – grana, fama e você
Ambição – grana, fama e você

Ele trocam minhas letras, mudam a harmonia
no compacto esta escrito que a música é minha
ja sei o que vou fazer pra ganhar muita grana
vou mudar meu nome para Herbert Vianna

Estar no Chacrinha ou na televisão
tudo isso ajuda pra minha divulgação
isso quer dizer mais grana pra produção – e pra mim!

Grana, fama e você!

Um lá menor aqui, um coralzinho de fundo (fundo!)
minha letra é muito forte? Se quiser eu a mudo
e tem que ter refrão (sim!) um refrão repetido (repetido!)
pra música vender, tem que ser accessivel!

Ambição – grana, fama e você
Ambição – grana, fama e você

Não sei o que fazer, grana tá difícil
tenho que me formar e nem escolhi um ofício
Você é músico, não é revolucionário!
Faça o que eu te digo que te faço milionário!

Estar no Chacrinha ou na televisão (a minha renda)
tudo isso ajuda pra minha divulgação (a minha renda)
isso quer dizer mais grana pra produção – e pra mim!

A minha renda!

Johnny vai à guerra (outra vez)

Go Johnny, go!

Johnny vai à guerra outra vez
diversão que ele conhece bem
Johnny vai à guerra outra vez
enquanto que a trégua não vem (não vem…)

Ele era apenas uma pequena ilha de luz na escuridão
sentado debaixo de um poste somente a pensar
Quem está lá fora? Ele queria saber.
O que a noite lhe espera? Ele procura saber. Saber!

Festa cheia de soldados que insistem em batalhar
por ausentes generais

Meia volta volver!

Eles atacaram por trás com tapinhas na costas
já se conheciam há muito tempo mas tinham que disfarçar
Trocarem papéis, informações falsas
Se esconderam atrás de sorrisos procurando vitórias. Vitórias!

Todos sabem a procedência, mas não seu destino
Vão para todos os lugares

Ele não teme o interrogatório, mas as drogas podem fazê-lo falar
revelar segredos sobre ele mesmo
que o tornaria vulnerável demais

Johnny vai à guerra outra vez
diversão que ele conhece bem
Johnny vai à guerra outra vez
enquanto que a trégua não vem (não vem…)

Você os ouve? Estão lá fora!
Você os vê? Estão lá fora!
Seus aliados, estão lá fora!
Contra você!

E a trégua quanto tempo que eu espero
E a trégua quanto tempo que eu espero e não vem (não vem…)

Agora a noite terminou
mais uma batalha foi ganha
Mas ainda restam outras guerras
outros fins de semana
outros fins de semana


E a trégua não vem nunca!

Proteção

Será verdade,será que não
Nada do que eu posso falar
E tudo isso pra sua proteção
Nada do que eu posso falar

A PM na rua, a guarda nacional
Nosso medo sua arma, a coisa não tá mal
A instituição está aí para a nossa proteção
Pra sua proteção

Tanques lá fora, exército de plantão
Apontados aqui pro interior
E tudo isso pra sua proteção
Pro governo poder se impor
A PM na rua nosso medo de viver
O consolo é que eles vão me proteger
A única pergunta é: me proteger do quê?
Sou uma minoria mas pelo menos falo o que quero apesar repressão
É para sua proteção
É para sua proteção

Tropas de choque, PM’s armados
Mantêm o povo no seu lugar
Mas logo é preso, ideologia marcada
Se alguém quiser se rebelar
Oposição reprimida, radicais calados

Toda angústia do povo é silenciada
Tudo pra manter a boa imagem do Estado!
Sou uma minoria mas pelo menos falo o que quero apesar da RAM!
É para sua proteção
É para sua proteção
Armas polidas e canos esquentam
Esperando pra sua função

Exército brabo e o governo lamenta
Que o povo aprendeu a dizer “Não”
Até quando o Brasil vai poder suportar?
Código Penal não deixa o povo rebelar

Autarquia baseada em armas – não dá!
E tudo isso é para sua segurança
Para sua segurança

Até quando esperar

Não é nossa culpa
Nascemos já com uma bênção
Mas isso não é desculpa
Pela má distribuição

Com tanta riqueza por aí, onde é que está
Cadê sua fração
Com tanta riqueza por aí, onde é que está
Cadê sua fração

Até quando esperar

E cadê a esmola que nós damos
Sem perceber que aquele abençoado
Poderia ter sido você
Com tanta riqueza por aí, onde é que está
Cadê sua fração
Com tanta riqueza por aí, onde é que está
Cadê sua fração

Até quando esperar a plebe ajoelhar
Esperando a ajuda de Deus
Até quando esperar a plebe ajoelhar
Esperando a ajuda de Deus

Posso
Vigiar teu carro
Te pedir trocados
Engraxar seus sapatos
Posso
Vigiar teu carro
Te pedir trocados
Engraxar seus sapatos

Sei
Não é nossa culpa
Nascemos já com uma bênção
Mas isso não é desculpa
Pela má distribuição
Com tanta riqueza por aí, onde é que está
Cadê sua fração
Até quando esperar
A plebe ajoelhar
Esperando a ajuda do divino Deus