Rosa

Tu és, divina e graciosa
Estátua majestosa do amor
Por Deus esculturada
E formada com ardor
Da alma da mais linda flor
De mais ativo olor
Que na vida é preferida pelo beija-flor
Se Deus me fora tão clemente
Aqui nesse ambiente de luz
Formada numa tela deslumbrante e bela
Teu coração junto ao meu lanceado
Pregado e crucificado sobre a rósea cruz
Do arfante peito seu

Tu és a forma ideal
Estátua magistral oh alma perenal
Do meu primeiro amor, sublime amor
Tu és de Deus a soberana flor
Tu és de Deus a criação
Que em todo coração sepultas um amor
O riso, a fé, a dor
Em sândalos olentes cheios de sabor
Em vozes tão dolentes como um sonho em flor
És láctea estrela
És mãe da realeza
És tudo enfim que tem de belo
Em todo resplendor da santa natureza

Perdão, se ouso confessar-te
Eu hei de sempre amar-te
Oh flor meu peito não resiste
Oh meu Deus o quanto é triste
A incerteza de um amor
Que mais me faz penar em esperar
Em conduzir-te um dia
Ao pé do altar
Jurar, aos pés do onipotente
Em preces comoventes de dor
E receber a unção da tua gratidão
Depois de remir meus desejos
Em nuvens de beijos
Hei de envolver-te até meu padecer
De todo fenecer


Letra Composta por:
Melodia Composta por:
Álbum:
Ano:
Estilo Musical: Choro

2 comentários em “Rosa”

  1. Wesdarlley Adorno

    Todo artista gostaria de assinar uma obra prima, esta letra foi o contrário, o Pixinguinha disse que autor da letra era mecânico que ninguem conheceu e que fez somente esta letra, contudo há muito minstério por trás desta letra, não iremos ter resposta. O que nos resta é admirar a combinação perfeita da letra com música, uma valsa que expressa o mais alto refinamento do romantismo do início do século XX.

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  2. José Lacerda

    Acredito que muitos compositores, que se achavam famosos, após de ouvir uma pérola como essa, deixaram o orgulho de lado, puseram a viola no saco e saíram por aí sem rumo.

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