A viatura foi chegando devagar
E de repente, de repente resolveu me parar
Um dos caras saiu de lá de dentro
Já dizendo, ai compadre, cê perdeu
Se eu tiver que procurar cê ta fodido
Acho melhor cê i deixando esse flagrante comigo
No início eram três, depois vieram mais quatro
Agora eram sete os samurais da extorsão
Vasculhando meu carro, metendo a mão no meu bolso
Cheirando a minha mão
De geração em geração
Todos no bairro já conhecem essa lição
E eu ainda tentei argumentá
Mas, tapa na cara pra me desmoralizar
Tapa, tapa na cara pra mostra quem é que manda
Porque os cavalos corredores ainda estão na banca
Nesta cruzada de noite, encruzilhada
Arriscando a palavra democrata
Como um santo graal
Na mão errada dos hômi
Carregada em devoção
De geração em geração
Todos no bairro já conhecem essa lição
O cano do fuzil
Refletiu o lado ruim do Brasil
Nos olhos de quem quer
E quem me viu, único civil
Rodeado de soldados
Como seu eu fosse o culpado
No fundo querendo estar
A margem do seu pesadelo
Estar acima do biótipo suspeito
Nem que seja dentro de um carro importado
Com um salário suspeito
Endossando a impunidade
A procura de respeito
(Mas nesta hora) só tem (sangue quente)
Quem tem (costa quente, quente, quente)
Só costa quente, pois nem sempre é inteligente
(Peitar) peitar, peitar (um fardado alucinado)
Que te agride e ofende (pa te levar, levar, levar)
Pra te levar alguns trocados (diz aê)
Pra te levar, levar, levar
Pra te levar alguns trocados (segue a mão)
Era só mais uma dura
Resquício de ditadura
Mostrando a mentalidade
De quem se sente autoridade
Nesse tribunal de rua
Nesse tribunal
Nesse tribunal de rua
Letra Composta por: Marcelo Yuka
Melodia Composta por:
Álbum: LADO B LADO A
Ano: 1999
Estilo Musical:
Uma menção aos ocorridos nos anos 90 nas grandes periferias no Brasil, que ganharam muita enfase com casos famosos como o do policial rambo em SP e Chachina da Candelária entre outras, como a de Vigário Geral que é citada na música com “os cavalos corredores”. Mostra também o lado preconceituoso do poder público e pensamentos e reações de vítimas desses abusos.
mostra a realidade da policia e mal preparo
Essa música diz simplesmente que o Rappa é foda , e conhece bem a realidade das diferenças sociais, do despraparo da instituição Policia no Brasil ,SALVE SALVE FAMÍLIA O RAPPA
“Cheirando a minha mão” – não entendi…
pra ver se sente cheiro de droga
No final dessa musica no DVD do O Rappa na Rocinha , Falcão fala q isso foi um acontecimento com um deles. E mostra claramente que o “tribunal de rua” existe, qrem julgar as pessoas ai e resolverem do jeito deles”Mostrando a mentalidade de quem se sente autoridade”
Simples, essa musica é muito literal. Conta a história de um jovem usuário de maconha que tinha acabado de fumar um baseado e foi abordado por policiais.
1-“vasculhando meu carro, metendo a mão no meu bolso, cheirando a minha mão” -> Tipica abordagem da PM procurando flagrante de maconha.
2-“De geração em geração
Todos no bairro já conhecem essa lição” -> Uso de violencia por parte da policia existe desde o passado, ja esta enraizado na cultura brasileira.
3-“E eu ainda tentei argumentá
Mas, tapa na cara pra me desmoralizar
Tapa, tapa na cara pra mostra quem é que manda
Porque os cavalos corredores ainda estão na banca
Nesta cruzada de noite, encruzilhada
Arriscando a palavra democrata
Como um santo graal
Na mão errada dos hômi
Carregada em devoção-> Aqui continua a abordagem da PM.
4-“O cano do fuzil
Refletiu o lado ruim do Brasil
Nos olhos de quem quer
E quem me viu, único civil
Rodeado de soldados
Como seu eu fosse o culpado
No fundo querendo estar
A margem do seu pesadelo
Estar acima do biótipo suspeito
Nem que seja dentro de um carro importado
Com um salário suspeito
Endossando a impunidade
A procura de respeito” -> Critica do abordado em relação a PM que pra ela e pra sociedade eles tão agindo certo atacando a parte ruim do Brasil e escolhendo de acordo com a aparencia do cidadão.
5- Por fim, Tribunal de Rua fala da acusação precoce da sociedade e da PM sempre colocando a culpa em jovens de classe baixa e usuários de drogas. E faz questão de lembrar da violência das “autoridades”.
Também acredito que é usuário de droga quando fala: ”e eu ainda tentei argumentar”, típica reação de usuário quando é abordado pra não ser preso como traficante
Não há nada que mostre que ele é usuário. Pelo contrário: sem achar nada, 3 policiais chamam mais 4. E ele é agredido, extorquido e se sente injustiçado “como se eu fosse culpado”. Já cometeram 2 crimes conta ele para tentar flagrar 1. Ele sabe que é porque tem um “biotipo suspeito”. A situação é tão traumática que ele DESEJA ser traficante, porque se tivesse num carro importado, com um salário suspeito, poderia ficar acima disso. “Endossando a impunidade, à procura de respeito”.
Coloca essa letra para um Rastafári e lhe caíra como sua realidade, ou seja a minha !
Essa música descreve minha realidade!
Goostei muitooo do comentariooo que diz sobre oq a musica faala
No livro do “Não se preocupe comigo”, uma biografia do Marcelo Yuka, ele conta que estava voltando de uma festa com uns amigos e isso aconteceu com ele.
musica e como a biblia , cada um esculta aquilo que quer ou precisa ouvir , vc pode pegar uma musica romantica e ouvir deus falando nela , ou vc pode pegar uma musica gospel e achar que ela se encaixa perfeitamente no romance que se esta vivendo , ser um artista e saber traduzir o que se presencia na sua breve existencia na terra , e o rappa sabe muito bem mostrar isso , o cotidiano
essa musica retrata uma bela critica ao sistema, não apenas a PM e sim ao sistema que se estruturou de uma forma arbitrária que ocorre desde o comeco da humanidade com a criação do estado, ele cita o santo graal, calice em que cristo consagrou o vinho como seu sangue e foi sinonimo de poder durante o inicio do cristianismo guardando um segredo desde a época das cruzadas e toda guerra santa que trazia essa desculpa para a centralização de poder nas mãos dos cristãos. e até hj acontece a repreção e a impunidade do estado para com o povo utilizando de suas forças (PM) para reprimir o povo.
SALVE ORAPPA
Geração massa ado rappa! Essa letra é muito, muito massa. Bem profunda, toca até o coração do ateu hahaha
Essa poesia, uma letra linda.
É o relato de uma polícia treinada para ser capitã do mato, capanga da elite.
Onde de em vez de ser uma polícia que previne e reprime o crime, esta sendo treinada e usada para oprimir os pobres.
Um preconceito social velado, disfarçado.
Não há nada que mostre que ele é usuário. Pelo contrário: sem achar nada, 3 policiais chamam mais 4. E ele é agredido, extorquido e se sente injustiçado “como se eu fosse culpado”. Já cometeram 2 crimes conta ele para tentar flagrar 1. Ele sabe que é porque tem um “biotipo suspeito”. A situação é tão traumática que ele DESEJA ser traficante, porque se tivesse num carro importado, com um salário suspeito, poderia ficar acima disso. “Endossando a impunidade, à procura de respeito”. Muito foda.
Cavalos Corredores era um grupo de extermínio, composto por PM’s. Eles foram responsáveis por várias chacinas no RJ, nas décadas e 80 e 90.