O negro pisou no topo do morro
Pegou sua viola e tocou pro povo
Pro povo do crime
Que foi chegando e colocando
As suas armas devagar no chão
O mesmo chão que guarda o sangue
O mesmo chão de correrias
O mesmo chão de tantas famílias
Que hoje batucam o mesmo som
Na palma da mão pra aliviar
O negro brilhou e ajudou
Aquelas almas distorcidas pela guerra
Só com a viola, só com a voz
Só com a viola suas idéias
Onegro falou e falou alto
Inspirou uma calma
E misteriosamente alegre é
Sufocando o pior dos bandidos
E em troca deixou lágrimas
Nos olhos do artista
Lágrimas, lágrimas
Na palma da mão pra aliviar
Hoje mesmo, hoje
Quando o barulho dos tiros sinalizam
O que acontece por lá
Uma comunicação silenciosa
Se faz com a memória das armas no chão
Por algum momento
Ganhando outra missão
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O nome negro que pisa no topo do morro pode ser uma espécie de um santo ou até mesmo Deus, tipo: negro brilhou e ajudou aquelas almas distorcidas pela guerra.
Ele fala sobre o poder social da cultura (musica, artes em geral) O negro chegou e tocou pro povo, pro povo do crime, que foi chegando e colocando suas armas devagar no chão. Ele tenta dizer (e diz) que cultura e educação salva. O refrão na palma da mão pra aliviar diz também que a arte é o único acalento para a comunidade que ele se refere, “na palma da mão” como se batesse as mãos no ritmo do samba.