Fininho da Vida

Na parede onde se brinca
No chapisco encarpado
A parede que escora
O fininho da vida
Os verdadeiros heróis são os guerreiros da lida

Por entre as trincheiras, barracos
Passam num sopro da vida
Subindo e descendo em silêncio
No caminho apertado que tem
É o fininho da vida

Disciplina de trem, virtuose na vida tem
Maioria tem, maioria contida tem
Nordestina tem, na havaiana furiosa
Ruminando, engolindo sapo da vida

Disciplina de trem, virtuose na vida, tem
Maioria tem, maioria contida tem
Nordestina tem, na havaiana furiosa
Ruminando em silêncio, engolindo sapo da vida

Olho baixo de quem tem emprego
Enquanto as letras se escrevem nos muros
Nas paredes: grafites, buracos, escrita do futuro
Em meio a tudo e muito, muito barulho
Nervosos, os peitos se aquecem
Respirando cortado, ansiando por furo

No buraco da vala
A laje é brinquedo
Em meio a pet e plásticos
Num domingo festivo, num domingo lindo


Letra Composta por: Marcelo Lobato e Marcos Lobato
Melodia Composta por:
Álbum: 7 VEZES
Ano: 2008
Estilo Musical:

25 comentários em “Fininho da Vida”

    1. Fala sobre a rotina do trabalhador carioca. Veja que quando ele fala “Olho baixo de quem tem emprego
      Enquanto as letras se escrevem nos muros
      Nas paredes: grafites, buracos, escrita do futuro
      Em meio a tudo e muito, muito barulho
      Nervosos, os peitos se aquecem
      Respirando cortado, ansiando por furo”

      Ele está falando do trabalhador que vai vendo as paredes dos muros nas linhas de trem passando, com pichações, mensagens, etc, ao mesmo tempo que está no ambiente claustrofóbico e barulhento do transporte

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      1. Acho que tem mais a ver com a vida dentro das favelas. Fininho da vida que os policiais Passam a todo momento. Buraco de bala nas paredes dos becos e palavras de um futuro melhor que é a esperança dos moradores

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    2. Pode ser também de acordo com o desenrolar da letra “Fininho da vida” ser “A vida por um fio”. A vida nas comunidades são duras, sofridas e arriscadas. Além de batalhar muito ainda tem os riscos “Por entre trincheiras, barracos passam um sopro da vida”. Fininho da Vida vielas estreitas que passam tudo.

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  1. Diego Magno

    “No buraco da vala
    A laje é brinquedo
    Em meio a pet e plásticos
    Num domingo festivo, num domingo lindo”

    Crianças que tem como alegria brincar aos domingos mesmo sendo na beira de córregos nas favelas

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  2. Luiz Felipe Marquez

    fala como as pessoas de baixa renda vivem com coisas simples, apertadas, com pouco espaço, dificuldades q nao as fazem desistir de deixar de seguir em frente.

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  3. ” Por entre as trincheiras, barracos
    Passam num sopro da vida
    Subindo e descendo em silêncio
    No caminho apertado que tem
    É o fininho da vida”

    nas favelas, trincheiras de guerra, estreitos caminhos aonde, pessoas de bem, neste cenario de guerra lutam sem fraquejar, subindo e descendo o morro em silêncio, pesativos, apertando o baseado de maconha… fininho é o nome que se dá ao baseado “fino” pra fumar sozinho… com pouca maconha.

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  4. elton luis

    (titúlo.)ôh! frase acabada. ai,ai,ai,ai,ai,ai.ôh! frase acabada. santo orixá,santo orixá,santo santo orixá.ai ai,ai,ai,ai,ai. oh! frase acabada. Por eu ser um santo orixá. Sou vencedor da vida eterna.santo orixá,santo orixá,santo santo orixá. E se eu não sentir á mesma dor. Sentirei mesmo assim. ai,ai,ai,ai,ai,ai. oh! frase acabada. E eu por ser, fumante das ervas medicinais. E indene que insta integralmente sem faltar palavras nas letras das minhas músicas preferidas. Que fala sobre á vida urbana. santo orixá, santo orixá, santo santo orixá. ai,ai,ai,ai,ai,ai. ôh! frase acabada.

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  5. elton luis

    (titúlo.)Dignamente.Visto por eu olhar.E ao usar um colírio sem quimíca. Instiga que me faz instalar meus amigos em minha casa. E ficamos chamuscando o acanto.Que me faz sonhar. E acordar todos os dias para á batalhar dignamente. E ganhar o pão de cada dia para sobreviver no país da ditadura. Tudo, tudo, tudo, tudo, tudo, tudo p. Menos á pessoa mais bonita. Sabido e dando o valor á vida. Para á pessoa mais bonita.Tudo, tudo, tudo,tudo,tudo, tudo p. Menos á pessoa mais bonita.É porquê eu fiz umas letras de músicas para o cantor Marcelo falcão do grupo o rappa. Caso ele queira ooooê!Pois é gratuito.

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  6. “Na parede onde se brinca
    No chapisco encarpado
    A parede que escora
    O fininho da vida
    Os verdadeiros heróis são os guerreiros da lida”

    Na mesma parede que possa servir como “gol” para crianças brincarem, é a mesma parede que o fininho se escola pra ser enrolado. Lida = ação. Os verdadeiros heróis são os guerreiros que convivem nos morros.

    “Por entre as trincheiras, barracos
    Passam num sopro da vida
    Subindo e descendo em silêncio
    No caminho apertado que tem
    É o fininho da vida”

    Pelas trincheiras criadas para os marginais circularem pelo morro, há as casas (barracos) onde pessoas honestas e trabalhadoras moram. E tanto os comuns como os da margem da sociedade, passam num sopro da vida. Sopro significa a fragilidade da vida em ser perdida. Então essas pessoas sobem e descem em silêncio, pelas trincheiras.

    “No buraco da vala
    A laje é brinquedo
    Em meio a pet e plásticos
    Num domingo festivo, num domingo lindo”

    Como não há data marcada para guerras entre gangues ou com a polícia, muitas vezes tiros para todos os lados eram disparados quando festas estavam ocorrendo, refrigerantes (pet) e plásticos em geral. Era um domingo festivo e lindo.

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  7. “Na parede onde se brinca
    No chapisco encarpado
    A parede que escora
    O fininho da vida”

    Os verdadeiros heróis são os guerreiros da lida
    Eu acho que, com “fininho da vida”, ele estava se referindo aos becos, vielas, e passagens estreitas que tem na favela. E não maconha! rs.Por isso ele diz “no caminho apertado que tem”. E os herois que ele fala, seria apenas nós mesmos que:

    “Por entre as trincheiras, barracos
    Passam num sopro da vida
    Subindo e descendo em silêncio
    No caminho apertado que tem
    É o fininho da vida”

    na 3ª estrofe ele diz:
    “Disciplina de trem, virtuose na vida tem
    Maioria tem, maioria contida tem
    Nordestina tem, na havaiana furiosa
    Ruminando, engolindo sapo da vida”
    Como o pessoal do’rappa adorar retratar o cotidiano, tai uma estrofe inteirinha nos mostrando a nossa propria imagem engolindo os sapos da vida.

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  8. Deni Rodrigues

    Essa música fala sobre a vida do povo das favelas de forma muito explicita pra mim, acredito que de certa forma vc ter crescido numa comunidade, entende muito melhor algumas letras intuitivamente essa é a música desse disco que eu mais gosto.

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  9. Deni Rodrigues

    e o fininho da vida é simplesmente o limite de ter e não ter algo, ele faz uma analogia com o ato de se fumar.

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  10. Douglas Santos

    “Fininho da vida” me remete a pensamentos da brevidade da vida, é sobre nossa “estadia” terrena, que passa em um “sopro”, folego vital que anima nosso barro/corpo.
    A “parede” ou “muro” onde se escreve, penso que seja os peitos alheios onde riscamos nossas marcas, registro de nossa passagem. Nossa viagem pela vida como afirma o compositor é em silêncio, em meio a muito barulho que aquece o peito, e nos faz respirar “cortado”, ansiando por “furo” ou uma brecha para respirar melhor. Esta brecha se encontra nos “Domingos lindos”, que vejo como os “intervalos” de sossego, porem é em meio a “pet e plásticos” dando a entender uma “felicidade” fugaz e volúvel.
    A “disciplina de trem”, são os modelamentos/condicionamentos, e também as idas e vindas da estação vida, pois nunca sabemos a hora que iremos partir da nossa estadia. Embora “ruminando em silencio”, ou digerindo os sapos e as contingencias da vida, nossa virtuose está contida porem presente.
    Somos estrangeiros (Nordestina) e “heróis da lida”, acabamos por nos acostumar e passar depressa e em silencio no caminho apertado que temos, subindo e descendo.
    Com todas as dificuldades de nossa “laje”, preferimos, ela a “vala”, a vida ao invés da morte, está que é um continente desconhecido do qual nenhum viajante voltou para nos dizer como é.

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    1. MARIANA RODRIGUES

      adorei sua análise entendi da mesma forma que você descreveu … estes são poemas reais … da realidade brasileira … abçs

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  11. Jocelino Dos Reis Junior( Mão)

    Na parede onde se brinca
    No chapisco encarpado
    A parede que escora
    O fininho da vida
    Os verdadeiros heróis são os guerreiros da lida “aqui ele mostra o cenário da guerra urbana nas favelas e exalta os trabalhadores que vivem risco de morte porque o fininho da vida é o risco de morte por causa da guerra ”
    Olho baixo de quem tem emprego
    No buraco da vala
    A laje é brinquedo
    Em meio a pet e plásticos
    Num domingo festivo, num domingo lindo
    Enquanto as letras se escrevem nos muros
    Nas paredes: grafites, buracos, escrita do futuro
    Em meio a tudo e muito, muito barulho
    Nervosos, os peitos se aquecem
    Respirando cortado, ansiando por furo

    Disciplina de trem, virtuose na vida tem
    Maioria tem, maioria contida tem
    Nordestina tem, na havaiana furiosa
    Ruminando, engolindo sapo da vida

    Por entre as trincheiras, barracos
    Passam num sopro da vida
    Subindo e descendo em silêncio
    No caminho apertado que tem
    É o fininho da vida
    “retrata o cenário de guerra mais uma vez, mostrando que nem todo morador e bandido e esse trabalhador continua sofreno risco de morte passando por vielas e becos ”

    Disciplina de trem, virtuose na vida tem
    Maioria tem, maioria contida tem
    Nordestina tem, na havaiana furiosa
    Ruminando, engolindo sapo da vida
    “Aqui ele mostra as virtudes dos trabalhadores de sua grande maioria nordestina que foram educados a base de chineladas, mastigando e engolindo os esculachos da sociedade do estado ”

    Olho baixo de quem tem emprego
    Enquanto as letras se escrevem nos muros
    Nas paredes: grafites, buracos, escrita do futuro
    Em meio a tudo e muito, muito barulho
    Nervosos, os peitos se aquecem
    Respirando cortado, ansiando por furo
    “mas uma vez retrata a vida do trabalhador em meio a guerra civil que se vive nas comunidades pixações de facções policiais desconfiados de trabalhadores , e o trabalhador que esta em casa escondido acoado com tiros esperando o novo buraco de bala em seu barraco ”

    No buraco da vala
    A laje é brinquedo
    Em meio a pet e plásticos
    Num domingo festivo, num domingo lindo
    “pra quem esta na vala (na merda ) a laje é só alegria, com pet e plástico é uma festa acontecendo no domingo que pode acabar a qualquer momento ”
    o fininho não é maconha é a vida por um fio

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  12. Jocelino Dos Reis Junior( Mão)

    OUVIR O RAPPA É UMA COISA NORMAL
    ENTENDER O RAPPA É ONDE ESTÁ O MAL “ROUBADO DO MARCELO D2 “

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  13. marcel rene barone

    Essa letra é um jogo de metáforas. “Fininho” é um baseado pequeno, o que já indica “dureza”. Os becos estreitos das favelas onde as crianças brincam entre paredes chapiscadas é a primeira metáfora : o “fininho” ,o “estreito”, a vida limitada. O mesmo se dá no trem, no metrô , no bonde: o espaço apertado, o imigrante de havaianas, a mulher nordestina aguentando, o sufoco, o assédio, a violência, a “disciplina de trem” que embora sendo maioria, é “contida” para não se revoltar. Enfim, entendo como “fininho da vida” todos os espaços estreitos que nos obrigam a suportar: o bagulho malhado, a vulnerabilidade das populações das periferias das grandes cidades, o transporte urbano, as condições de trabalho que tornam nossas vidas estreitas e limitadas.

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  14. Alex Sandro de Lima

    Pra mim fala da vida perigosa que do jovens das favelas vivem todo dia como se fosse algo natural pra eles algo normal, como as comemorações das festas na lajes, ou os corpos mortos encontrados nas balas, até seus caminhos estreitos que para muitos é claustrofóbico para eles faz parte do cotidiano, belíssima música.

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