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Pipira

Mané, tem um viveiro
Tem passarinho de toda qualidade
Zabelê, canário, corrupião
Pipira, sábia tem azulão

Rosinha, tava brincando
Pipira, lhe biliscou
O dedo inchava, ela chorava
Ai ai, ai dor

O que é menina
Foi a pipira do mané que biliscou
O que é menina
Foi a pipira de mané que biliscou

Já vi menina da carne reimosa
Pipira do bico venenoso
Deixou todo mundo em alvoroço

Que a menina tá inchando
Do dedo até o pé do pescoço
E a menina tá inchando
Do dedo até o pé do pescoço

Eu via disso lá no bacabal
Ninguém pode ver o trem engordando
Censura ai meu deu que é um horror

Fica o povo comentando
Mais um que a pipira biliscou
E tu também ta engordando
Mais uma que a pipira biliscou
E tu também ta engordando
Mais uma que a pipira biliscou

Amor nas estrelas

No alto de uma montanha
Existe um lago azul
É lá que a lua se banha
Até amanhã de manhã
me banha de luz

A solidão é um Saara
Que o firmamento seduz
E o céu brilha na Guanabara
E sonha só fascinação
Teu olhar me diz

Vendo a lua dizendo pro sol
Eu sou tua namorada
Em meu quarto crescente é você
Quem brilha e me reluz
Se você vai iluminar o Japão
Eu fico abandonada
Num pedaço qualquer de canção
Na voz dessa mulher

E o sol derrama um desejo
Do céu nessa cama azul
Um mel na tua boca e eu te beijo
Até amanhã de manhã
Me banha de luz

Vendo a lua dizendo pro sol
Eu sou tua namorada
Em meu quarto crescente é você
Quem brilha e me reluz
Se você vai iluminar o Japão
Eu fico abandonada
Num pedaço qualquer de canção
Na voz dessa mulher

E o sol derrama um desejo

Vence na vida quem diz sim

Vence na vida quem diz sim
Vence na vida quem diz sim

Se te dói o corpo, diz que sim
Torcem mais um pouco, diz que sim
Se te dão um soco, diz que sim
Se te deixam louco, diz que sim
Se te babam no cangote, mordem o decote,
Se te alisam com chicote, olha bem pra mim

Vence na vida quem diz sim
Vence na vida quem diz sim

Se te jogam lama, diz que sim
Pra que tanto drama, diz que sim
Te deitam na cama, diz que sim
Se te criam fama, diz que sim
Se te chamam vagabunda, montam na cacunda
Se te largam moribunda, olha bem pra mim

Vence na vida quem diz sim
Vence na vida quem diz sim

Se te cobrem de ouro, diz que sim
Se te mandam embora, diz que sim
Se te puxam o saco, diz que sim
Se te xingam a raça, diz que sim
Se te incham a barriga de feto e lombriga,
Nem por isso compra briga, olha bem pra mim

Vence na vida quem diz sim
Vence na vida quem diz sim

Faz escuro mas eu canto

Faz escuro, mas eu canto
Porque a manhã vai chegar
Vem ver comigo, companheiro
Vai ser lindo, a cor do mundo mudar

Vale a pena não dormir para esperar
Porque a manhã vai chegar
Vale a pena não dormir para esperar
Porque a manhã vai chegar

Já é madrugada
Vem o Sol, quero alegria
Que é para esquecer o que eu sofria

Quem sofre fica acordado
Defendendo o coração
Vem comigo, multidão
Trabalhar pela alegria
Que amanhã é outro dia

Feio não é bonito

Salve as belezas desse meu Brasil
Com seu passado e tradição
E salve o morro cheio de glória
Com as escolas que falam no samba
Da sua história

Feio, não é bonito
O morro existe
Mas pede pra se acabar
Canta, mas canta triste
Porque tristeza
E só o que se tem pra contar
Chora, mas chora rindo
Porque é valente
E nunca se deixa quebrar
Ah, ama, o morro ama
Um amor aflito, um amor bonito
Que pede outra história
Salve as belezas desse meu Brasil
Com seu passado e tradição
E salve o morro cheio de glória
Com as escolas que falam no samba
Da sua história

Feio, não é bonito
O morro existe
Mas pede pra se acabar
Canta, mas canta triste
Porque tristeza
E só o que se tem pra contar
Chora, mas chora rindo
Porque é valente
E nunca se deixa quebrar
Ah, ama, o morro ama
Um amor aflito, um amor bonito
Que pede outra história

Atirei o pau no gato

Tim do lêlê .
Tim do lá lá
Toca a viola que é pra nós dançá
Tim do lêlê
Tim do lá lá
Te quer violã pra nós dançar
Toca a viola que é pra nós dançá
Atirei o pau no gato tô
Mas o gato tô
Não morreu reu reu
Dona Chica
Admirou-se
Do berro, do berro que o gato deu
Dona Chica foi à policia
Mas a policia não prendeu
Dona Chica
Admirou-se
Do berro, do berro que o gato deu
Tim do lêlê
Tim do lá lá
Toca a viola que é pra nós dançá
Tim do lêlê
Tim do lá lá
Toca a viola que é pra nós dançá
Toca a vio que é pra…

É tão triste dizer adeus

É tão triste dizer adeus 
É mais triste que morrer 
Quando um morre 
O outro chora 
Mas se um dos dois vai embora 
Os dois é que vão sofrer 

Se eu ficar, 
Tão triste 
Sem você 
Dizer adeus 

Mas pra que 
Que eu vou ficar 
Pra comida eu preparar 
E ter filhos pra criar 
E ter roupa pra lavar 

O melhor 
Tão triste 
É separar 
Dizer adeus 

Pra viver nosso cantinho 
E fazer sempre juntinhos 
Tantas coisas 
Que só dois podem fazer 

E essas coisas tão bonitas 
Se você for mesmo embora 
Vão se embora com você 

Pras despesas aumentar 
E a vida piorar 
Ninguém pode suportar 
O Melhor, 
Tão triste 
É separar 
Dizer adeus

Funeral de um lavrador

Esta cova em que estás com palmos medida
É a conta menor que tiraste em vida
É a conta menor que tiraste em vida

É de bom tamanho nem largo nem fundo
É a parte que te cabe deste latifúndio
É a parte que te cabe deste latifúndio

Não é cova grande, é cova medida
É a terra que querias ver dividida
É a terra que querias ver dividida

É uma cova grande pra teu pouco defunto
Mas estarás mais ancho que estavas no mundo
Estarás mais ancho que estavas no mundo

É uma cova grande pra teu defunto parco
Porém mais que no mundo te sentirás largo
Porém mais que no mundo te sentirás largo

É uma cova grande pra tua carne pouca
Mas a terra dada, não se abre a boca
É a conta menor que tiraste em vida
É a parte que te cabe deste latifúndio
É a terra que querias ver dividida
Estarás mais ancho que estavas no mundo
Mas a terra dada, não se abre a boca

A estrada e o violeiro

Sou violeiro caminhando só
Por uma estrada caminhando só
Sou uma estrada procurando só
Levar o povo pra cidade só

Parece um cordão sem ponta
Pelo chão desenrolado
Rasgando tudo que encontra,
A terra de lado a lado
Estrada de Sul a Norte,
Eu que passo, penso e peço
Notícias de toda sorte,
De dias que eu não alcanço
De noites que eu desconheço,
De amor, de vida e de morte
Eu que já corri o mundo
Cavalgando a terra nua
Tenho o peito mais profundo
E a visão maior que a sua
Muitas coisas tenho visto
Nos lugares onde eu passo
Mas cantando agora insisto
Neste aviso que ora faço
Não existe um só compasso
Pra contar o que eu assisto

Trago comigo uma viola só
Para dizer uma palavra só
Para cantar o meu caminho só,
Porque sozinho vou à pé e pó

Guarde sempre na lembrança
Que esta estrada não é sua
Sua vista pouco alcança,
Mas a terra continua
Segue em frente, violeiro,
Que eu lhe dou a garantia
De que alguém passou primeiro
Na procura da alegria
Pois quem anda noite e dia
Sempre encontra um companheiro
Minha estrada, meu caminho,
Me responda de repente
Se eu aqui não vou sozinho,
Quem vai lá na minha frente?
Tanta gente, tão ligeira,
Que eu até perdi a conta
Mas lhe afirmo, violeiro,
Fora a dor que a dor não conta
Fora a morte quando encontra,
Vai na frente um povo inteiro

Sou uma estrada procurando só
Levar o povo pra cidade só
Se meu destino é ter um rumo só,
Choro e meu pranto é pau, é pedra, é pó

Se esse rumo assim foi feito,
Sem aprumo e sem destino
Saio fora desse leito,
Desafio e desafino
Mudo a sorte do meu canto,
Mudo o Norte dessa estrada
Em meu povo não há santo,
Não há força, não há forte
Não há morte, não há nada
Que me faça sofrer tanto

Vai, violeiro, me leva pra outro lugar
Eu também quero um dia poder levar
Toda gente que virá
Caminhando, procurando
Na certeza de encontrar…

Meu primeiro amor (Lejania)

Saudade, palavra triste
Quando se perde um grande amor
Na estrada longa da vida
Eu vou chorando a minha dor

Igual uma borboleta
Vagando triste por sobre a flor
Seu nome, sempre em meus lábios 
Irei chamando por onde for

Você nem sequer se lembra 
De ouvir a voz desse sofredor 
Que implora por seu carinho
Só um pouquinho do seu amor

Meu primeiro amor
Tão cedo acabou
Só a dor deixou nesse peito meu

Meu primeiro amor 
Foi como uma flor
Que desabrochou e logo morreu
Nessa solidão

Sem ter alegria o que me alivia
São meus tristes ais
São prantos de dor
Que dos olhos caem

É porque bem sei
Quem eu tanto amei
Não verei jamais

Cicatriz

Pobre não é um
Pobre é mais de dois
Muito mais de três
E vai por aí
E vejam só

Deus dando a paisagem
Metade do céu já é meu
Deus dando a paisagem
Metade do céu já é meu

Pobre nunca teve gosto
A tristeza é a sua cicatriz.
Reparem bem que
Só de vez em quando
Pobre é feliz

Ai, quanto desgosto
Ai, quanto desgosto
Assim a vida vale a pena Não.
Mas é explicar a situação
Dizer pra ele que …

Pobre não é um
Pobre é mais de cem,
Muito mais de mil,
Mais de um milhão
E vejam só :

Deus dando a paisagem
O resto é só ter coragem
Deus dando a paisagem
O resto é só ter coragem.

Sina de caboclo

Mas plantar prá dividir 
Não faço mais isso, não. 
Eu sou um pobre caboclo, 
Ganho a vida na enxada. 
O que eu colho é dividido 
Com quem não plantou nada. 
Se assim continuar 
vou deixar o meu sertão, 
mesmos os olhos cheios d’água 
e com dor no coração. 
Vou pro Rio carregar massas 
pros pedreiros em construção. 
Deus até tá ajudando 
tá chovendo no sertão 
Mas plantar prá dividir 
Não faço mais isso, não. 

Quer ver eu bater enxada no chão, 
com força, coragem , com satisfação ? 
e só me dar terra prá ver como é 
eu planto feijão, arroz e café 
vai ser bom prá mim e bom pró doutor 
eu mando feijão, ele manda tractor. 
vocês vai ver o que é produção 
modéstia á parte, eu bato no peito 
eu sou bom lavrador ! 
Mas plantar prá dividir 
Não faço mais isso, não.

Acender as velas

Acender as velas já é profissão
Quando não tem samba, tem desilusão

É mais um coração que deixa de bater
Um anjo vai pro céu
Deus me perdoe, mas vou dizer. Deus me perdoe, mas vou dizer…
O doutor chegou tarde demais
Porque no morro não tem automóvel pra subir
Não tem telefone pra chamar
E não tem beleza pra se ver…
E a gente morre sem querer morrer

Acender as velas já é profissão
Quando não tem samba, tem desilusão

E a gente morre sem querer morrer, e a gente morre sem querer morrer…

Maria Moita

Nasci lá na Bahia
De Mucama com feitor
Meu pai dormia em cama
Minha mãe no pisador
Meu pai só dizia assim, venha cá
Minha mãe dizia sim, sem falar
Mulher que fala muito perde logo seu amor
Deus fez primeiro o homem
A mulher nasceu depois
Por isso é que a mulher
Trabalha sempre pelos dois
Homem acaba de chegar, tá com fome
A mulher tem que olhar pelo homem
E é deitada, em pé, mulher tem é que trabalhar
O rico acorda tarde, já começa resmungar
O pobre acorda cedo, já começa trabalhar
Vou pedir ao meu Babalorixá
Pra fazer uma oração pra Xangô
Pra por pra trabalhar
Gente que nunca trabalhou

Luz negra

Sempre só
Eu vivo procurando alguém
Que sofre como eu também
E não consigo achar ninguém

Sempre só
E a vida vai seguindo assim
Não tenho quem tem dó de mim
Estou chegando ao fim

A luz negra de um destino cruel
Ilumina um teatro sem cor
Onde estou desempenhando o papel
De palhaço do amor

Promessas de você

Quando a gente vai vivendo sem vontade .
Esquecendo sem saudade
Vai morrendo sem saber

Sozinha sem amor

Quando a gente vai seguindo sem caminho
Sem ninguém pra ter carinho
Que promessas pode ter?

Sozinho sem amor

Mas agora eu encontrei tudo em você
E você me fez saber o que é vontade de viver

Com você a vida fica diferente
Sonhos bons que a gente sente
São promessas de você

Com você a vida fica tão bonita
Sonhos bons pra toda vida
São promessas de você

Mas agora eu encontrei tudo em você
E você me fez saber o que é vontade de viver

Com você a vida fica diferente (tão bonita)
Sonhos bons que a gente sente (pra toda vida)
São promessas de você

Saudades de você

Meu amor eu nem quero pensar
Se um dia voltar
Esse tempo feliz de prazer
Que passei junto a ti

Saudades de você
Será que você quer
Curtir um grande amor
Numa viagem de voltar, seja onde for
A gente vai tentar ser feliz enfim

Se lembre por favor
De um tempo que passou
Como eu te amei demais
Não deixe nada pra depois
Venha pra mim como a primeira vez
Como num sonho de amor

Eu canto, eu danço
E fico tão feliz
De ter você bem juntinho a mim
O mar, o céu
A terra, é tudo azul
Vou te contar
Que lindo é o nosso amor

Descansa, coração (My Foolish Heart)

Cansei de tanto procurar
Cansei de não achar
Cansei de tanto encontrar
Cansei de me perder

Hoje eu quero somente esquecer
Quero o corpo sem qualquer querer
Tenhos os olhos tão cansados de te ver
Na memória, no sonho e em vão

Não sei pra onde vou
Não sei
Se vou ou vou ficar
Pensei, não quero mais pensar
Cansei de esperar
Agora nem sei mais o que querer
E a noite não tarda a nascer
Descansa coração e bate em paz

Opinião

Podem me prender
Podem me bater
Podem, até deixar-me sem comer
Que eu não mudo de opinião
Daqui do morro
Eu não saio, não

Se não tem água
Eu furo um poço
Se não tem carne
Eu compro um osso
E ponho na sopa
E deixa andar
Fale de mim quem quiser falar
Aqui eu não pago aluguel
Se eu morrer amanhã, seu doutor
Estou pertinho do céu

O sol nascerá

A sorrir
Eu pretendo levar a vida
Pois chorando
Eu vi a mocidade
Perdida

Finda a tempestade
O sol nascerá
Finda esta saudade
Hei de ter outro alguém para amar

A sorrir
Eu pretendo levar a vida
Pois chorando
Eu vi a mocidade
Perdida

A banda

Estava à toa na vida, o meu amor me chamou
Pra ver a banda passar cantando coisas de amor
A minha gente sofrida despediu-se da dor
Pra ver a banda passar cantando coisas de amor
O homem sério que contava dinheiro parou
O faroleiro que contava vantagem parou
A namorada que contava as estrelas parou
Para ver, ouvir e dar passagem
A moça triste que vivia calada sorriu
A rosa triste que vivia fechada se abriu
E a meninada toda se assanhou
Pra ver a banda passar cantando coisas de amor

Estribilho
O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou
Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou
A moça feia debruçou na janela
Pensando que a banda tocava pra ela
A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu
A lua cheia que vivia escondida surgiu
Minha cidade toda se enfeitou
Pra ver a banda passar cantando coisas de amor
Mas para meu desencanto o que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar depois que a banda passou
E cada qual no seu canto, em cada canto uma dor
Depois da banda passar cantando coisas de amor

Rancho das namoradas

Já vem raiando a madrugada
Acorda, que lindo
Mesmo a tristeza está sorrindo
Entre as flores da manhã se abrindo nas flores do céu
O véu das nuvens que esvoaçam
Que passam pela estrela a morrer
Parecem nos dizer que não existe beleza maior do que o amanhecer
E no entanto maior, bem maior do que o céu
Bem maior do que o mar, maior que toda natureza
É a beleza que tem a mulher namorada
Seu corpo é assim como aurora ardente
Sua alma é uma estrela inocente, seu corpo uma rosa fechada
Em seus seios pudores renascem das dores
De antigos amores que vieram mas não era
Um amor que se espera, o amor primavera
São tantos os encantos que para os comparar
Nem mesmo a beleza que tem as auroras do mar

Diz que fui por aí

Se alguém perguntar por mim
Diz que fui por aí
Levando um violão debaixo do braço
Em qualquer esquina, eu paro
Em qualquer botequim, eu entro
E se houver motivo é mais um samba que eu faço
Se quiseres saber se eu volto diga que sim
Mas só depois que a saudade se afastar de mim
Mas só depois que a saudade se afastar de mim

Eu tenho um violão para me acompanhar
Tenho muitos amigos, eu sou popular
Eu tenho a madrugada como companheira
A saudade me dói no meu peito me rói
Eu estou na cidade eu estou na favela
Eu estou por aí sempre pensando nela

Pensando nela… Pensando…

João e Maria

Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy era você além das outras três
Eu enfrentava os batalhões, os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque e ensaiava o rock para as matinês
Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei a gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país
Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião, o seu bicho preferido
Vem, me dê a mão, a gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido
Agora era fatal que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá desse quintal era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?
(mais…)