Eu não quero mais mentir
Usar espinhos
Que só causam dor
Eu não enxergo mais o inferno
Que me atraiu
Dos cegos do castelo
Me despeço e vou
A pé até encontrar
Um caminho, um lugar
Pro que eu sou…
Eu não quero mais dormir
De olhos abertos
Me esquenta o sol
Eu não espero que um revólver
Venha explodir
Na minha testa se anunciou
A pé a fé devagar
Foge o destino do azar
Que restou…
E se você puder me olhar
Se você quiser me achar
E se você trouxer o seu lar…
Eu vou cuidar
Eu cuidarei dele
Eu vou cuidar
Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!
Do seu jardim…
Eu vou cuidar
Eu cuidarei muito bem dele
Eu vou cuidar
Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!
Eu cuidarei do seu jantar
Do céu e do mar
E de você e de mim…
Eu não quero mais mentir
Usar espinhos
Que só causam dor
Eu não enxergo mais o inferno
Que me atraiu
Dos cegos do castelo
Me despeço e vou
A pé até encontrar
Um caminho, um lugar
E pro que eu sou
Oh! Oh! Oh! Oh!…
E se você puder me olhar
Se você quiser me achar
E se você trouxer o seu lar…
Eu vou cuidar
Eu cuidarei dele
Eu vou cuidar
Ah! Ah! Ah! Ah!
Do seu jardim…
Eu vou cuidar
Eu cuidarei muito bem dele
Eu vou cuidar
Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!
Eu cuidarei do seu jantar
Do céu e do mar
E de você e de mim
Oh! De mim!
E você e de mim
E de você e de mim…
Letra Composta por: Nando Reis
Melodia Composta por:
Álbum:
Ano:
Estilo Musical:
Acredito que tem a ver com um estado de espirito, desistiu de acreditar que existia um inferno eterno para os seus pecados, mentir enganar fazer sofrer e sim num inferno temporário que se você puder me achar com suas orações será mais fácil me encontrar me despedir e ir.
Que linda essa interpretação
Pensei parecido, quando ele diz que precisa, já se encontrou!
Oi, Flor. Boa tarde.
Sua análise desta bela letra do Nando Reis tem tudo a ver. No entanto, apenas como crítica construtiva, desejo dar alguns toques. Creio que além desta visão mais global, a letra traz uma posição mais específica que se refere a um possível afastamento das drogas. É sabido que o Nando enfrentou muitos problemas com drogas pesadas e, após vários tratamentos, se limpou. Nesta música ele procura mostrar os danos causados sob a influência das mesmas utilizando imagens: “Eu não quero mais mentir: usar espinhos que só causam dor”… Isso é tão somente o desejo de se livrar da tentação de buscar a sensação de bem-estar (mentira) que uma picada (espinho) nos proporciona. “Eu não enxergo mais o inferno que me atraiu”… (Idem). “Dos cegos do castelo eu me despeço e vou…” Afinal, quem são os cegos do castelo? Simplesmente são as amigos da “rodada”, que ele considera ainda cegos por não conseguirem “enxergar” o mundo fora das muralhas (castelo) das drogas. E por aí vai. No final ele confessa a uma possível pessoa amada que ele precisa daquele apoio, do aconchego de um lar. E o artista faz questão de enfatizar numa linguagem bem simples e familiar (“vou cuidar do seu jardim”… “cuidarei do seu jantar”) que é na simplicidade de uma estrutura familiar que se encontra força pra fugir das tentações mundanas. Espero que minha análise tenha servido de alguma ajuda. Obrigado.
Nossaaaaaaaaa……. ouvi essa musica esses dias e realmente é exatamente oque vive… e entendi desta mesma forma. mesmo sem saber oque ele enfrentou
O próprio Nando já se pronunciou nesse sentido. Ele compôs essa música nesse contexto de drogas mesmo. Contudo, ele mesmo disse que a interpretação é livre. A música, depois de feita, não pertence mais a ele, os significados (todos possíveis) passam a ser livres, abertos. Cada qual vai receber a mensagem de acordo com a percepção de sua alma, no que a música é capaz de tocar a cada um. Logo, todas as interpretações estão corretas (quem interpreta é o intérprete). Contudo, essa que você deu é perfeita e tem tudo a ver com o que “de fato” o Nando estava sentido quando compôs. E convenhamos, que belíssima interpretação, que bela música e que bela mensagem.
Excelentes ambas as críticas. Gostaria apenas de acrescentar uma outra visão: a figura dos cegos do castelo pode fazer referência ao ‘mito da caverna’ de Platão. É notório o tom filosófico das letras de Nando Reis, e no trecho : ‘De olhos abertos me esquento ao sol’, há mais uma referência à teoria platoniana.
Concordo inteiramente com a sua colocação, Suheyla. Com certeza o Nando utilizou como referência (principalmente) a teoria Platoniana para relatar seu drama pessoal. Fico grato pelo esclarecimento.
Ih! Já comentaram tudo o que eu queria comentar!
Considero o comentário feito pela Suheyla o mais válido, pois, O Nando têm uma pegada filosófica em suas composições “em geral”, Os cegos do castelo realmente são aqueles que não enxergam nada além de seu “sistema”, Como os moradores da Caverna em a República(Livro VII).
Concordo com todas as opiniões que foram emitidas aqui. Acrescentando, somente, que a letra pode ser adequada a qualquer drama que vc esteja passando, seja ele, drogas, abandono, sentimental.
Há alguns anos, um amigo me disse que um grupo de nativos sulamericanos tem uma espécie de provérbio sobre como devemos ser: de acordo com esses nativos o homem deve se espelhar em 4 animais: o peixe, que está rodeado por água e assim nós devemos saber que Deus está em toda a parte; o pato, que é versátil, pois nada, voa e anda; o gato, que apesar de ser um animal dócil, é independente, sai e entra quando quer e quando quer sair não se deixa aprisionar por coisa alguma e por último a cobra, que seria o que existe de traiçoeiro em nós, uma instância desconhecida por nós, mas que pode aflorar e nos surpreender.
Esse clip sempre me impressionou, principalmente a parte em que o garoto acorda e se dá conta de que atirou em sua companheira, e isso o conduz a um estado de espírito cada vez mais deteriorado até que ele perde praticamente tudo o que de humano ele tinha. Bem, quase tudo, pois certamente ele tinha vagas recordações do que ele era antes de se desumanizar. Nos versículos 6 e 7 do capítulo 4 do Gênesis, vemos como Caim vai se tornando amargurado até que enfim se transforma em fratricida.
Michel Foucault fala da importância de cuidar, de não nos apegarmos demais à matéria e buscar a transcendência, que afinal constitui nossa verdadeira essência.
Resumindo, o homem é um ser luminoso, não uma rude matéria, e deve acima de tudo se conhecer, conhecer sua essência, sob o risco de cair em uma desumanização total a ponto de se tornar indiferente frente ao mau.
Esse blog seria para analise de letras de música ou cada um dar sua opinião própria sobre asssuntos diversos? ê povo vamos evitar fugir do foco
Me pergunto se existe gente assim no mundo real como o Robet que se expressa tão claramente de forma tão preconceituosa nem mãe solteira ele perdoou :O
Gente assim me faz pensar que existem pessoas que criam pessoas feitas para gostar mais de regras do que de gente. Eu gosto é de gente seja mal solteira, homossexual, desde que tenha uma boa idéia a difundir que traga paz e não violência é muito válido.
A letra desta música trata da visão de Cristo na terra. Na letra o paradgma de que ele veio para sofre por nós não é verdade e nada é destino.
Em suma a letra fala sobre Jesus Cristo. podem Acreditar…
OBS.: Não sou religioso (muito menos o Nando Reis)
“Eu não quero mais mentir
Usar espinhos
Que só causam dor” ——————— Aqui é o lado humano de Jesus Cristo reclamando a dor e o sentimento que qualquer humano sentiria se estivesse em sua pele.
Nesse caso, onde entraria a ” eu nao quero mais mentir?”
“Eu não enxergo mais o inferno que me atraiu
Dos cegos do castelo me despeço e vou”————–Cegos do Castelo é referencia absoluta ao Império Romano onde Jesus foi crucificado por sentença de Pôncio Pilatos, o procurador romano da região.
Cegos por ~enxergar uma relidade turva, a realidade do poder.
“A pé até encontrar
Um caminho, um lugar
Pro que eu sou…”—-Peregrinação de Jesus para agregação de fieis e a confirmação do que ele era.
“Eu não quero mais dormir
De olhos abertos me esquenta o sol”—–Alusão ao dito popular que se refere dormir com o olho aberto, desconfiar de alguem, saber que a qualquer momento alguem pode te trair.
“A pé a fé devagar”—- Referencia à pouca amplitude que Jesus teve em vida em sus pregações, já que a pé ele se deslocava muito lentamente e assim disseminava a fé para poucas pessoas. (se fosse hj era só abrir um Facebook)
logo postarei o resto da música.
“Aos que acharam isso uma bobagem peço minhas desculpas mas foi minha interpretação”
OBS: Leiam do Post 6 até o 2 para entenderem minha interpretação
Para mim esta música faz alusão ao cristianismo.
Do ponto de vista dele, uma hipocrisia.
” Eu não quero mais mentir” – Viver uma vida falsa
” Usar espinhos que só trazem dor” – Quem usou uma coroa de espinhos foi Cristo. No ponto de vista do autor o segundo verso faz concordância com o primeiro, se eu viver uma vida regrada, estarei usando espinhos, e esta vida não é verdadeira, não faz parte do meu ser.(No ponto de vista do autor)
” eu não enxergo mais o inferno que me atraiu”
O inferno no ponto de vista dele, não é um “inferno”, pois o atraiu, e ele gostou.
” Dos cegos do castelo me despeço e vou”
Neste versos tem história.
Quando Martinho Lutero foi defender as suas 95 teses, ele corria um grande risco de vida. Para que nada acontecesse com ele, foi designado que ele fosse hospedado em um castelo, uma fortaleza, para que a sua vida fosse preservada em todo transcorrer do processo. Só que no interior do castelo ele travou uma batalha espiritual terrível, então deu conta de que aquele castelo não podia o esconder das astutas ciladas do inimigo da sua alma, neste tempo, teve uma inspiração para compor uma música muito cantada nas igrejas, onde ele diz que: Castelo Forte é o nosso Deus.
Voltando a análise da letra. ” dos cegos do castelo me despeço e vou”, quer dizer que os cristãos são os cegos, e castelo é Deus.
” a pé até encontrar um caminho, um lugar pro que eu sou”. Aqui ele faz uso do conceito teológico relacionado a filosofia. A predestinação. Onde ele vai a pé até encontrar um lugar para o qual ele é, um lugar determinado pra ele.
” Eu não quero mais dormir de olhos abertos”. É ter os olhos abertos mas não enxergar nada por causa do sono.
“Eu não espero que um revólver venha explodir na minha testa se anunciou a pé a fé devagar”
Alusão a morte por anunciar a fé, ele não quer levar um tiro na testa por falar de uma fé, que não é dele, que ele não tem, por algo que não acredita.
” Foge o destino do azar que restou” – Qual o destino?
o Inferno que o atraiu, qual é o azar? a vida falsa que ele vivia, os espinhos que causavam a dor.
“E se você puder me olhar
Se você quiser me achar
E se você trouxer o seu lar…
Eu vou cuidar
Eu cuidarei dele
Eu vou cuidar
Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!
Do seu jardim…
Eu vou cuidar
Eu cuidarei muito bem dele
Eu vou cuidar
Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!
Eu cuidarei do seu jantar
Do céu e do mar
E de você e de mim…
Os outros versos mostram na verdade quem está por detrás da música.
O diabo, que tem um fim determinado para o qual ele é.
E ele esta querendo cuidar de vocês, do seu jardim, do seu jantar.
Bom dia..
Gostaria de parabenizar todos que participaram da discussão. Entretanto devo ressaltar que tudo em excesso é demais! A questão é quebrar regras então..
Que regras…
Devo incluir aqui a análise jurídica do fato. Este país tem regras, e Deus também. Vejamos o artigo 5 da constituição brasileira: tem que ler heim..
Este artigo não pode ser modificado (cláusulas pétreas), e esta certo! O história do mundo (cheia de guerras e sofrimentos) é divida em a. C e d. C e isto acontece porque todas as religiões oficiais do mundo respeita a proposta de Jesus, e ela é fantástica porque salva a todos..
o ser humano precisa de liberdade para decidir. Perseguir putas, negros, homossexuais, drogados etc; não ajudará estas pessoas a modificarem, somente uma intervenção divina, como a que tirou cristo da terra. Quem quebrou regras..
A imposição de crença, costumes, filosofia, ou outra palhaçada qualquer divide as pessoas, ao passo que a espiritualidade não, ela une. Vejamos então a regra de Deus (perdoar os pecadores e não os pecados). Quem não tiver um atire a primeira pedra, ou então não deveria estar aqui nesta zona! Bom, a regra de Deus também não da para ser modificada. Aliás, da sim, troquemos a constiuição federal pela anarquia e cretinisse e tiramos Deus e colocamos o Diabo.
Devemos presta a atenção porque isto esta acontecendo, cada vez mais e mais…
Nando Reis conversou com Deus e esta cumprindo sua missão, basta olhar com reserva e ver…
A música é boa, a proposta é boa e é sim sobre Jesus e Espitualidade
Vamos mais longe, quem ve toda esta suruba e também não se manifesta, também corre o risco de ficar num mundo anarquico e controlado pelo Diabo, pois nada faz para que sua liberdade seja preservada..
Espero não ter ofendido ninguem…
Abraços..
Como já disseram, faz alusão ao cristianismo:
Eu não quero mais mentir
(Não quer mentir pra si mesmo)
Usar espinhos
Que só causam dor
(Alusão à coroa de Cristo, as religiões trazem mais dor do que conforto)
Eu não enxergo mais o inferno
Que me atraiu
(As pessoas seguem o cristianismo mais por medo do inferno, da morte, do que por qualquer outra coisa; ou seja, o inferno foi o que o atraiu, por medo deste)
E se você puder me olhar
Se você quiser me achar
E se você trouxer o seu lar…
Dos cegos do castelo
Me despeço e vou
(O castelo talvez se refira aos palácios que eram e ainda são as igrejas)
A pé até encontrar
Um caminho, um lugar
Pro que eu sou…
(Eu lírico segue sua vida até encontrar um lugar onde possa ser ele mesmo)
Ola Gente, era que é tudo isso mesmo?
A visão e interessante de todos, mas acho sinceramente que esta baseado mais ao vício da cocaína. Sempre achei isso.
Forte abraço a todos.
Acredito que a letra seja um desabafo de Jesus Cristo na visão de Nando Reis.
Quando ele diz:
“Eu não quero mais mentir
Usar espinhos que só causam dor
Eu não enxergo mais o inferno que me atraiu
Dos cegos do castelo me despeço e vou”
Deixa claro que quem usava espinhos doloridos foi o próprio Cristo. Talvez, Nando considere o discurso de jesus uma mentira daí dizer “eu não quero mais mentir”. Note que ele foi atraido pelo inferno. A Bíblia diz (metaforicamente)que Jesus Cristo foi ao inferno visitar os mortos na sua morte. Os cegos seriam seus seguidores. O fim do verso deixa claro que está se falando de Cristo quando diz “Pro que eu sou”. EU SOU é o nome de Deus, JEOVÁ.
Quando ele diz que não quer um revolver explodindo em sua testa, deixa claro que NÃO QUER MORRER, talvez uma alusão á oração de Cristo no jardim quando disse ao pai “afasta de mim este cálice”.
Por fim ele termina dizendo que quer voltar e CUIDAR DO CÉU E DO MAR, DO JARDIM, DE VOCÊ E DE MIM atividades exercidas por Cristo no Céu.
Bem na minha opniao ele se refere a cocaina injetavel
eu nao quero mais menti, usar espinhos que só me causam dor … seringa
nao enxergo mais o inferno que me atraiu … nao é mais viciado
dos cegos do castelo me despeço e vo … os amigos dele que o induzia a usar e tambem era iludido pelo vicio
apé até encontrar o caminho do que sou … devagar resolvendo meus conflitos um a um até me colocar de volta a uma vida a minha vida
o refrao , se refere a quem ele se apegou para poder sair desse vicio e pede confiança para que ele possa mostra que conseguiu
bem resumir a letra para ser breve , essa é minha percepção
A análise do Sérgio (23) está mais que perfeita!
Parabéns.
Sob uma ótica de crítica às religiões em “Eu não espero que um revólver venha explodir na minha testa se anunciou a pé a fé devagar” há um “jogo de palavras”: o texto se divide, repetindo-se, para fazer sentido a frase na minha testa, assim:
“Eu não espero que um revólver venha explodir na minha testa.
Na minha testa se anunciou a pé a fé devagar.
Devagar foge o destino do azar
Que restou…”
Assim ele não esperar libertar-se abruptamente da visão religiosa que tem do mundo, como uma explosão, iluminando sua cabeça. Assim como os conceitos religiosos foram incutidos lentamente, a pé, portanto devagar, assim também ele espera fugir aos “do azar”, do pouco de religião que ainda lhe restou.
Acredito que ele esteja falando mais da despedida da vida, ou pelo menos dessa fase da vida, alegando que vai se “despedir dos cegos do castelo” ou seja, vai dizer adeus às pessoas do mundo, das quais ele não vai poder levar, para depois dá sequência nos seus passos “andando a pé até encontrar meu caminho” como ele mesmo diz na letra. Não acho que se refira à drogas, nem ao ceticismo. Acho que ele menciona uma nova fase, ele fala mais de uma jornada nova… até porque ele diz “vou cuidar de vc, e vou cuidar de mim”. Numa ótica espiritualista, acredito que ele esteja falando disso!!!
Um dos grandes problemas da interpretação é descobrir o real sentido que o autor quer dar a um texto. É preciso entender o contexto em que coloca suas afirmações.
Dependendo da situação em alguém se encontre, a música pode se encaixar perfeitamente em sua realidade. Vejo a esta letra como ampla por demais para se limitar a algumas análises.
Viva os grandes compositores.
Na minha concepção a música faz uma alusão aos usuários de drogas. Quando ele fala: “Eu não quero mais mentir”, refere-se a todo viciado que quando é perguntado se é viciado em drogas nunca querem admitir que realmente são viciados. Quando fala: “Usar espinhos que só causam dor”, refere-se a drogas injetáveis. “Eu não enxergo mais o inferno que me atraiu”, quer dizer que não é mais viciado. “Dos cegos do Castelo me despeço e vou
A pé até encontrar
Um caminho, um lugar
Pro que eu sou…”,quer dizer que está se despedindo da clínica de viciados e que a pé vai a procura de uma nova vida.
Acredito que a interpretação não será apenas uma, mas várias. Vai depender tanto da visão de mundo de cada pessoa que ler, como também do momneto que se vive. “Os cegos do Castelo” por exemplo, para alguns pode representar a sociedade em si, ou pessoas. Se vc colocar esses dois como tópico terá outro entendimento da letra. Faça um teste.
Eu acho ele fala apenas sobre sair das drogas mesmo, não tem nada a ver com religião essa música, isso porquê o Nando é ateu, se ele estivesse falando de religião cristão como citaram aqui, com certeza seria para critica-la kk como ele já fez outras vezes e de forma genial, mas creio que essa música não seja sobre religião.
acho que fala, em geral, de coisas que não valem a pena levar para o futuro, esquecer coisas ou pessoas que nos fazem mal, tocar a vida pra frente e ser feliz sem deixar as coisas ruins nos abalar!
Pois é, acho que esta música está relacionada as drogas e ao estado de espírito (quando se livrou das drogas). Não tem haver com religião ou com o Diabo, ele é ateu.
Também fui usuária de drogas, isso há 10 anos atrás e penso que se despedir dos cegos do castelo e ir, significa deixar as drogas para atrás e ir em busca, ao resgate de si mesmo…
Esta música pode falar de tudo que qualquer um acredita. Há várias hipóteses aqui. A interpretação é livre, mas eu prefiro e quero acreditar que seja seja uma alusão a nossa sociedade. Os cegos do castelo são meros consumistas e capitalistas, alienados por sentirem uma falsa sensação de liberdade. Algumas pessoas com o tempo sofrem doenças causadas pela pressão vivida nesse sistema (os espinhos). “Eu não quero mais dormir de olhos abertos me esquenta o sol”, todo dia o trabalhador vai trabalhar para cumprir as regras desse sistema capitalista, muitos ainda mortos de sono, trabalham ao sol quente, pra satisfazer seu desejo consumista. No fim, essa musica fala da libertação>> “Eu vou cuidar do seu jardim”, talvez seja só a possibilidade de se tornar um jardineiro, livre das pressões cotidianas impostas nesse sistema. “Cuidarei do céu e do mar e de vc e de mim”, vai ficar mais com a família, afinal não existe felicidade se não compartilhada.
Acredito que essa música tem haver com a mudança de Nando Reis, ou seja, abandonando o seu envolvimento com as drogas e pensando em novas formas de vida .
“Dos cegos do castelo me despeço e vou…” ( “Cegos do castelo” talvez seja viciados ( droga ) que após se envolverem com o mesmo nao enchergam nada além do consumo da droga. “me despeço e vou…” é a procura de uma nova fase de sua vida e de si próprio longe do vicio. DE FORMA BEM RESUMIDA CREIO SER ESSE O SENTIDO DA MÚSICA !
Acho que essa letra tem a ver com sua condição de ateu. na minha opinião os cegos do castelos são os religiosos e suas igrejas. essa estória de que jesus sofreu por nós e usou uma coroa de espinho que simboliza seu sofrimento. a parte do “inferno que nos atraiu” seria porque algumas pessoas procuram deus por medo de ir para o inferno. não pensando livremente e por isso vivendo com medo.
BEM! CREIO QUE O AUTOR FALA DE SUA CONDIÇÃO DE DROGADO EM BUSCA DE LIBERTAÇÃO DO VICÍO, DE FORMA PESSOAL, VOU A PÉ…OU SEJA POR SUA PRÓPRIA CONTA. OS ESPINHOS REFRE-SE ÀS INJEÇÕES DE DROGAS, O CASTELO CASA IMAGINÁRIO DAQUELES QUE SE DROGAM E ACHAM QUE ESTAM NA MORADA DOS MORFEUS, FALSO CASTELO. A FÉ DA QUAL ELE FALE, É MEIO QUE O CONDUZIRÁ A UMA MUDANÇA DE VIDA, SER JARDINEIRO SIGNIFICA DIZER QUE AO INVEZ DE FICAR ATOA AGORA ELE AJUDARÁ A CONSTRUIR COM SUAS PROPRIAS MAOS, A SUA CASA A DA MULHER QUE O QUEIRA COMO ESPOSA, ETC… MENTIR, NÃO QUER MAIS SE AUTO ILUDIR, MENTIR PARA SI MESMO. DE OLHOS ABERTOS ME ESQUENTA O SOL, NUNCA FUI VICIADO MAS IMAGINO QUE UM DIA DE RESSACA NAS DROGAS LEVA VOCE A FICAR A BEL PRAZER DE OLHOS AO SOL INERTE SEM NADA FAZER. EU VOU CUIDAR DO SEU JARDIM, ATITUDE. CUIDAREI DO SEU JANTR, SEREI PROVEDOR E NAO MAIS CONSUMIDOR PASSIVO COMO ERA ANTES.DO CÉU, LUTAR POR SUA SALVAÇÃO, DO MAR, GOZAR DA PLENITUDE DA VIDA, DE VOCE E DE MIM, VIDA A DOIS.
Pra mim, eu, Luciano José, professor, músico, atleta, agente administrativo… essa letra retrata as pessoas cegas como aquelas que vivem em seus castelos (encasteladas) dentro de seu mundo e não enxergam a vida (cegos), como deveriam enxergar. Vivendo mais livres. Eu (o autor) não quer essa vida, ele quer enxergar tudo do mundo… então se despede e vai… se encontrar; ou simplesmente viver
A interpretação é livre, é arte conceitual. O que a musica significa para cada pessoa é algo muito próprio. Para mim esta música traz reflexões filosóficas a cerca da descrença. Sim, tem a ver com o cristianismo e o fato de o autor ser ateu. Fala de uma busca pessoal, da superação do super-homem de Nietzsche. Fala da náo necessidade de respostas pré-fabricadas trazidas pelas crenças. Fala também da idealização de valores e paradigmas a partir do medo.
Todas as interpretações são muito interessantes.
Na minha opinião, acredito que essa música não trate de um tema especificamente (como religião ou drogas), mas sim de alguém que cansou de um determinado estilo de vida ou de algo ao qual era apegado e se deu conta de como aquilo não condizia com seus princípios.
“Eu não quero mais mentir
Usar espinhos
Que só causam dor
Eu não enxergo mais o inferno
Que me atraiu
Dos cegos do castelo
Me despeço e vou”
E nesse momento em que vivia “cego”, reencontrar-se é um caminho longo, “DEVAGAR”, como o próprio autor usa. Nesse processo de estar cego muitas coisas foram perdidas. Admite então uma tentativa de mudar algo “Foge o destino do azar
Que restou…” e ele pede uma segunda chance:
“E se você puder me olhar
E se você quiser me achar
E se você trouxer o seu lar
Eu vou cuidar, eu cuidarei dele
Eu vou cuidar
Do seu jardim
Eu vou cuidar, eu cuidarei muito bem dele
Eu vou cuidar
Eu cuidarei do seu jantar
Do céu e do mar, e de você e de mim”.
belíssima explanação
Boa tarde, lembrem-se do mito da caverna, se encaixa em parte da letra
Eu não li todos os comentarios. Mas, EU PODERIA JURAR QUE ESSA MUSICA FOI ESCRITA DE ACORDO COM OS TEMAS E PALAVRAS DO LICROS:
CASTELO INTERIOR – de Sta Tereza D’avila
Ele leu alguma coisa e depois fez a letra…certeza…
referindo ao VERDADEIRO EU QUE EXISTE ABAIXO DO PECADO E SE NOS DESNUDARMOS DELE, CONHECEREMOS NOSSA PRÓPRIA ESSÊNCIA QUE É DE PESSOA JUSTA MAIS PROXIMA DE DEUS.
Penso que se refira ao homem carnal, pós-moderno, super atarefado e cada dia mais embrutecido pelo excesso de informações inúteis,pseudo-conhecimento de tudo que o faz dele um bom entendedor de tudo, menos de si mesmo. Cada vez mais “possuído” por um materialismo desenfreado e doentio, ávido por inovações nas mais diversas áreas da ciência, sentindo-se um conquistador, quando na verdade tornou-se um escravo de sua própria ambição.
E é quando então surge uma segunda figura da canção: ” o castelo!”, a fortaleça que lhe proporciona a segurança necessária para que permaneça vivendo tranquilo e calmamente “enclausurado” nesta superestrutura que se tornou o sistema de crenças “idiotizantes” fundamentadas num autoritarismo absurdamente institucionalizado, valores extremamente duvidosos e questionáveis, plantados meticulosamente no subconsciente do telespectador incauto que a tudo assiste e mansamente assente e segue o fluxo.
Por estas e outras mais, tudo me leva a crer que a letra desta bela canção faz um sublime apelo a todos quantos vegetam diariamente nesta condição passivamente inconscientemente letárgica, a que despertem do sono e não vivam mais como “cegos” num “castelo” (ou como “gado” marchando em direção ao matadouro!)
FUI…………………..
Li atentamente todos os comentários. Aqueles que associam a música à caminhada de Jesus para o Calvário estão mais próximos da correta interpretação; quem associa a canção a uma luta interior com as drogas está absolutamente enganado. Música é uma maneira muito simples de contar uma história sobre algo, e por mais que ela tente o ouvinte a uma variedade de interpretações, há apenas uma única forma correta de interpretar. Vejamos.
[&] “Eu não quero mais mentir”. Na música há frases extremamente difíceis de interpretar porque todas desdobram de possíveis pensamentos de Jesus não-presentes na Bíblia, ou seja, pensamentos que o autor da canção arriscou adivinhar para escrever a letra; isso impede o ouvinte de compreender a canção porque cogitar materializar algo que Jesus poderia ter pensado é inconcebível para o fiel (seja ele cristão, evangélico etc.). Nessa primeira frase Jesus diz para si mesmo que argumentar com Pilatos, ainda que com calma e dignidade, era um esforço em vão porque o Governante não seria capaz de compreender o Reino dos Céus.
[&] “Usar espinhos que só causam dor”. Nessa segunda frase Jesus percebe a dor que os espinhos causam nas pessoas que o amam e o estão vendo enquanto argumenta com Pilatos. A dor física não é pessoal de Jesus porque ele a estava disposto a suportar; e se suportava, não era incômoda. A dor, em vista do legado de Jesus, era aquela causada nos seus seguidores, emocionalmente impactados com as primeiras notas do seu sacrifício.
[&] “Eu não enxergo mais o inferno que me atraiu”. Nessa terceira frase Jesus expressa estar completamente liberto da traição de Judas e da conspiração articulada com Caifás para colocá-lo naquela situação de julgamento, visto que estava há muito consciente do seu destino.
[&] “Dos cegos do castelo me despeço e vou”. Nessa terceira frase Jesus reafirma sua postura humilde e verdadeira, pois se despede dos sujeitos cegos que habitam o castelo terreno em que foi julgado, ou seja, Caifás (o Sacerdote que articulou com Judas a prisão de Jesus), os Homens (os Soldados que o açoitaram e coroaram; os Populares que apoiaram a condenação) e Pilatos (o Governante que lhe julgou e condenou). A cegueira, aqui, é metafórica sobre tais pessoas serem incapazes de ver a ele, Jesus, e o Reino dos Céus.
[&] “A pé até encontrar”. Nessa quarta frase Jesus começa a caminhada até o Calvário já na sua própria mente.
[&] “Um caminho, um lugar. Pro que eu sou”. Nessa quinta frase Jesus afirma o Calvário como lugar que aclarará ao mundo o que ele é: amor, redenção e sacrifício.
[&] “Eu não quero mais dormir. De olhos abertos me esquenta o Sol”. Nessa sexta frase Jesus coteja a maravilha do Sol tocando seu corpo enquanto já crucificado. O Sol, aqui, dada sua grandiosidade, magnitude, é Deus.
[&] “Eu não espero que um revólver venha explodir.” Nessa sétima frase de difícil de interpretação o autor da letra arrisca mais uma vez, dentre tantas, o que Jesus teria pensado. E, para falar a verdade, essa é a frase mais difícil de toda a música Numa entrevista no YouTube (https://youtu.be/xCGvc9j5NjY?t=233), Nando Reis (autor da canção) fala que escreveu “Cegos do Castelo” pautado na sua luta contra as drogas e que a canção é sobre a autodestruição. Francamente… A má interpretação da própria música é indício de que não foi ele quem a compôs, eis que claramente não a entende. Acredito que, no original da letra, por quem quer que a tenha composto, estivesse-se referindo a “revolver” ou invés de “revólver”. “Revolver” é verbo, cujo sinônimo próximo é “revolta”. Nessa frase Jesus não cogita uma revolta, um revolver explosivo dos seus seguidores para livrá-lo do Calvário, encerrando pontualmente sua jornada terrena para, posteriormente, ser encontrado no Reino dos Céus. É por isso que não tem nada a ver com apontar uma arma para a própria cabeça, como muitos comentaristas anterior falaram; quiçá autodestruição. Lendo sobre Nando Reis, entendi que ele não é religioso e que definitivamente não se interessa por religião. Creio que por isso ele não tenha notado a finalidade da canção; e caso tenha notado depois, optou por manter a errônea interpretação interpessoal para manter a máscara de que a música não é autoral. A propósito, sou ateu, mas isso não quer dizer que não compreendo o amor das pessoas por Jesus; isso que me ajudou a compreender a letra quase instantaneamente quando a ouvi misturada num compêndio de canções brasileiras no Spotify. Depois de trocar algumas palavras com as pessoas que também ouviram, percebi que nenhuma delas compreendeu a letra e fique intrigadíssimo com a interpretação debatida na internet.
[&] “Na minha testa se anunciou”. Nessa oitava frase de difícil de interpretação o autor da letra arrisca mais uma vez o que Jesus teria pensado. Nela, Jesus vislumbra o momento de partir, concluindo a frase anterior.
[&] “A pé, a fé devagar. Foge o destino do azar. Que restou”. Nessa nona frase Jesus aborda que a fé , como destino, é o que resta para cada um. E caminhar com a fé, ainda que devagar, conecta-se às frases seguintes da canção.
[&] “E se você puder me olhar”. Nessa décima frase Jesus desafia o homem a olhar sua imagem crucificado. Pense: a imagem de Jesus crucificado é a imagem de um homem morto, cruelmente morto. É desafiador para qualquer um olhar para uma imagem tão impactando e não pensar a respeito da história de Jesus, do seu significado (verdadeiro ou não).
[&] “E se você quiser me achar”. Nessa décima primeira frase Jesus apenas conclui que para achá-lo é preciso fé. Fé é, também, uma disposição de coragem; quem abraça a fé, quer Jesus.
[&] “E se você trouxer o seu lar”. Nessa décima segunda frase Jesus conclui que se uma pessoa o olhou e o achou, poderá trazer sua família de duas maneiras: a) trazendo, literalmente, a família; b) formando a família sob o Espírito Santo.
[&] “Eu vou cuidar (Eu cuidarei dele), eu vou cuidar (Eu cuidar do seu jardim), eu vou cuidar (Eu vou cuidar, Eu cuidarei muito bem dele), eu vou cuidar. Eu vou cuidar.” Nessa décima terceira frase Jesus dispõe-se além do próprio sacrifício na terra para cuidar dos fiéis com amor incondicional (veja quantas e quantas vezes o autor da canção reitera “cuidar”). Ao receber esse amor e aceitar a fé em Jesus, as pessoas depositam sua confiança nele para cuidar delas. Através desse ato de confiança e fé, Jesus retribui cuidando daqueles que acreditam nele. Essa relação de confiança e cuidado é uma expressão do amor de Jesus, que se manifesta na proteção, orientação e conforto que ele oferece àqueles que depositam sua fé nele (o jardim é tudo aquilo externo ao lar que também está sendo cuidado). Assim, a entrega de Jesus como amor e a fé das pessoas nele formam um ciclo de amor e cuidado mútuo, fortalecendo o vínculo entre o divino e o humano.
[&] “Eu cuidarei do seu jantar.” Nessa décima quarta frase Jesus dispõe-se como provedor de quem necessitado. Numa passagem de Mateus (14:13-21), Jesus multiplica pães e peixes mesmo sib recursos sejam limitados. Essa parte da canção simboliza Jesus como milagre capaz de satisfazer as necessidades espirituais.
[&] “Do céu e do mar, de você e de mim”. Nessa décima quinta, e última frase, Jesus, afirma que cuidará do céu da maneira como popularmente referendado no Novo Testamento, ou seja, como sendo Deus. Sim, essa é uma questão teológica complexa. Mas fato é que com habitualidade as pessoas (e porque não, também o autor da canção), se referirem a Jesus como Deus na crença na Trindade e na natureza divina de Jesus como o Filho de Deus. Por fim, Jesus afirma que cuidará do mar e o mar tem um tratamento peculiar na bíblia: o mar é tratado simbolicamente para representar o desconhecido, o perigo, a instabilidade e a força da natureza (que Jesus acalma em Mateus 8:23-27, Marcos 4:35-41 e Lucas 8:22-25).