Porque se chamava moço
Também se chamava estrada
Viagem de ventania
Nem se lembra se olhou pra trás
Ao primeiro passo, asso, asso
Asso, asso, asso, asso, asso, asso
Porque se chamavam homens
Também se chamavam sonhos
E sonhos não envelhecem
Em meio a tantos gases lacrimogênios
Ficam calmos, calmos
Calmos, calmos, calmos
E lá se vai mais um dia
E basta contar compasso
E basta contar consigo
Que a chama não tem pavio
De tudo se faz canção
E o coração na curva
De um rio, rio, rio, rio, rio
E lá se vai…
E lá se vai…
E o rio de asfalto e gente
Entorna pelas ladeiras
Entope o meio-fio
Esquina mais de um milhão
Quero ver então a gente, gente
Gente, gente, gente, gente, gente
Letra Composta por: Lô Borges, Márcio Borges, e Milton Nascimento
Melodia Composta por:
Álbum: Clube de Esquina - Milton Nascimento e Lô Borges
Ano: 1972
Estilo Musical:
Esta música linda tambem foi composta por Lô Borges, que também compôs músicas para Elba Ramalho e tem sido esquecido pela MPB, apesar de sua enorme importância para a mesma, visto que foi um dos mais jovens e talentosos compositores de sua época.
nos remete a uma impressão de paz e tranquilidade, uma delícia de ouvir
Está música fala de um tempo que não existe mais, de um tempo de lutas, de persistência, de não se render. Tempo de lutas , “Porque se chamava moço, também se chamava estrada”, de resistência e torturas “Em meio a tantos gases lacrimogênios, ficam calmos, calmos” tempo de esperança, o interessante que a letra casa bem com a luta pela sobrevivência do homem na sociedade com a luta contra os absurdos da ditadura, é um canto de uma juventude que soube compreender seu tempo, seus medos, angústias, derrotas, mas não desistiu, é um clube da esquina, esquina de amigos que estão tentando vencer na vida, assim como os amigos que tentavam vencer a ditadura, belo paralelo, pois acabou a ditadura, mas o clube da esquina, a luta e persistência para vencer na vida, sociedade é algo sempre presente, por isso Clube da Esquina nº2 sempre será eterna e bela como é.
Muito top este belo comentário!!!!
Perfeito!
Belo comentário, a música realmente é muito bonita, mas não houve uma ditadura realmente tão dura… Mais absurdo foi antes do regime militar, as explosões no aeroporto de Guanabara, os assaltos aos bancos… Enfim, o que observo na música são jovens sonhadores com uma utópica sociedade comunista, mas que pelo próprio fato de ser comunista será inatingível… Mas ideologias a parte, a melodia é realmente muito bonita, e nos remete a momentos passados.
Lá vem os facistas estragarem o mérito. E dizer que não houve ditadura ou que ela não foi assassina.
Salve a música !!! Viva a luta por uma sociedade mais igualitária!!!
Que merda, velho.
Deixem essa política nojenta de lado. No Brasil não existe comunismo e nem capitalismo. O que existe é um oportunismo onde a única oposição é deles contra o povo.
Só quem viveu na pele pode dizer o quão dura e difícil foi.
Nem lembra se olhou pra trás
… também se chamavam sonhos e sonhos não envelhecem
a chama não tem pavio, de tudo se faz canção …e lá se vai mais um dia.
Concordo, é o histórico de jovens poetas e cientes de sua condição.
Esta musica eterniza tudo.
o eco das palavras faz alusão à voz que precisa ser ouvida, que clama por paz, liberdade …
clube da esquina, concertesa foi o movemento de meior exprecividade contra a masela ditadorial milton assim como vandre chamava a responsabilidade de mudan
O comentário de numero 4, explica bem o que esse clássico tenta passar. Que musica. que harmonia. As três maneiras como se encabeçam as estrofes, de maneiras distintas, com inversõs de grau, nota menos e nota maior. cobinação perfeita de melodia , harmonia e letra. haja inspiração. A nós, resta aplaudir e apreciar. E, claro, passar às futuras gerações! abço
É pura poesia,a música me faz sentir uma coisa estranha,um aperto no coração e depois uma liberdade junto com esperança e um pouco de nostalgia.è uma obra de arte com a mão de DEUS !
Bela percepção! Exatamente o que sinto também.
Eu não sou expert em cifras e melodias, porém, sou um eterno romântico que me emociono com coisas de amor e paz. Clube da esquina 2 tem tudo isto. Todos os finais de semana quando estou tomando minha cervejinha com minha familia na beira da piscina, ouço a música e completo minha felicidade. Obrigado aos compositores por esta obra…
Sempre amei essa música e sempre achei o arranjo belíssimo e um amigo me falou que ele, o Flavio Venturi se referia também ás torturas peitas pelo regime militar a todos os seres humanos que foram pressos na época.
Nossa, vou solicitar ao Flávio Venturini compor uma para os jovens e soldados mortos, pais de famílias vítimas do terrorismo comunista que assolava na época. Qualquer bom poeta pode transformar galhos secos e belas recordações. Mas a verdade acima de tudo, até mesmo de belas canções…
eu amo essa musica de paixão
essa musica e a minha hitoria toda vez que eu ocho eu choro, sabe pq, pq na pater sentimental eu fui uma mulher muito querreira,sorte esperei no tempo,e quando eu ouvia sempre mer dava fossa pra emfrenta meu albistaculo,po risso que eu falo essa musica e tudo na minha vida, pique-novo e belo vcs estão no meu coração.bjs da sua fán simone
De acordo com o comentário 10.
A parte que fala sobre “rio de asfalto e gente” me remete a essas manifestações que voltaram a acontecer desde junho de 2013 e me faz pensar se ele não se refere aos movimentos do povo para intervir em momentos políticos daquela época.
Outra parte, em que ele fala sobre “o coração na curva de um rio”, me faz pensar que o coração dele muitas vezes sofre por ficar acumulando sentimentos negativos, mais ou menos como as folhas mortas que ficam nas curvas dos rios.
Isso! Obrigada por me ajudar a visualizar o que sentia, mas não conseguia exprimir em palavras..
“E o coração na curva de um rio”, esse trecho me lembra um livro (que ainda não li) que fala sobre o extermínio dos índios da América do Norte na metade do século XIX, a chamada conquista do oeste, o livro se chama “Enterrem meu coração na curva do rio” de Dee Brown.
Mesmo sendo uma escolha dificílima, escolhi esta música como a mais bela canção da MPB. Ela me transmite a paz. Eu adoro ver o pôr do sol enquanto a ouço: “…e lá se vai mais um dia…”
Essa música é sobre a ditadura. Podemos ver várias citações de forma velada, já que não se podia criticar. Além da letra ser inteligente a melodia é envolvente! Essa canção me toca fundo, pois é da época em que eu com apenas 16 anos, já militava lutava por um Brasil mais humano e com liberdade! E digo que sonhos realmente não envelhecem, pois continuo um eterno lutador em prol de liberdade e uma vida melhor a todos meus irmãos.
Essa musica se tornou um dos hinos da minha juventude, no melhor da minha vida de rebeldia, de aventuras com amigas e amigos em acampamentos, viajando e conhecendo cidades interioranas por este brasil afora. Carregava uma bagagem cheia de sonhos e certezas, hoje so carrego sonhos, ja não tenho mais certeza.
Por muitas vezes tomando borrachada nas passeatas, do Colégio Equipe, Teatro Municipal SP, Paulista, e porai afora, Com coragem e vontade de enfrentar governos, policia pelo grito a democracia, Hoje só tenho coragem……….
Essa música me transmite uma paz inexplicável. …Uma obra de arte belíssima,gosto mais na voz de Flávio Venturini
Excelentes comentários!
O que posso dizer é que, temos uma canção que disse o que quis dizer, mas terminou dizendo ainda mais! Isso é próprio da arte.
“E o coracao na curva de um rio” remete ao livro de Dee Brown ” enterrem meu coração na curva do rio” de 1970 sobre o genocídio dos índios norte americanos nos EUA no século XIX, é um livro sobre resistência, perseguição e morte, assim como a letra de Clube da Esquina