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Buquê de Isabel

Casou Maria, com Zé casou
Jogou o bouquet, solteirona Isabel pegou
Isabel, no seu quarto, sozinha e distante da gente
Chorando, desfolha um bouquet, Isabel

Toda vez que uma amiga casava
Comprava um vestido, se empoava pra ver
Se arranjava também casamento
Porque era um tormento viver sem ninguém
Mas o tempo passando esquecia
De dar-lhe algum dia um noivo também
E ela agora já sabe que a vida
Tornou-a esquecida por tudo e por quem

Isabel, diz num olhar esquisito
Num sorriso aflito “pra que o bouquet, pra que?”
E nervosa ela desce o decote
E ajusta um saiote pra forma se ver
E ajeita o cabelo pra frente
Que a faz de repente rejuvenescer
E ao sair olha o quarto calado
Onde fica um passado e pelo chão um bouquet

Acabou solidão de Isabel

Diplomacia

Pouco importa a razão da verdade
Que impede a felicidade
De morar no meu coração
Pouco importa se tudo hoje em dia
Se baseia na diplomacia
Que semeia a desunião

Se é preciso ouvir toda gente
Que só diz aquilo que não sente
Que faz pouco da minha aflição
Pouco importa a razão da verdade
Que impede a felicidade
De morar no meu coração

Se é preciso ouvir toda gente
Que só diz aquilo que não sente
Que faz pouco da minha aflição
Pouco importa a razão da verdade
Que impede a felicidade
De morar no meu coração

Chora tua tristeza

Chora
Tua tristeza
Foge ao teu olhar
Brincando de esquecer
Saudade vai passar
E amor já vai chegar
Então…

Canta
Que a beleza
Volta pra te encantar
Num sonho tão pequeno
Que o dia esqueceu
Guardando pra te dar

É tão bonito gostar
E querer ficar
Com alguém pra quem possa dizer

Olha
Quantas estrelas
Nascem pra te encontrar
Depois do céu azul
A noite vai chegar
E eu pra te amar.

E eu pra te amar

As praias desertas

As praias desertas continuam esperando por nós dois
A este encontro não devo faltar
O mar que brinca na areia está sempre a chamar
Agora sei que não posso faltar

O vento que venta lá fora, o mato onde não vai ninguém
Tudo me diz “não podes mais fugir”
Porque tudo na vida há de ser sempre assim?
Se eu gosto de você e você gosta de mim

As praias desertas continuam esperando por nós dois

A mesma rosa amarela

Você tem quase tudo dela
O mesmo perfume
A mesma cor
A mesma rosa amarela
Só não tem o meu amor (2x)

Mas nesses dias de Carnaval
Para mim você vai ser ela
O mesmo perfume
A mesma cor
A mesma rosa amarela (2x)
Mas não sei o que será
Quando chegar a lembrança dela
E de vocÊ apenas restar
A mesma Rosa amarela
A mesma rosa amarela (2x)

Chão de estrelas

Minha vida era um palco iluminado
Eu vivia vestido de dourado
Palhaço das perdidas ilusões
Cheio dos guizos falsos da alegria
Andei cantando a minha fantasia
Entre as palmas febris dos corações

Meu barracão no morro do Salgueiro
Tinha o cantar alegre de um viveiro
Foste a sonoridade que acabou
E hoje, quando do sol, a claridade
Forra o meu barracão, sinto saudade
Da mulher pomba-rola que voou

Nossas roupas comuns dependuradas
Na corda, qual bandeiras agitadas
Pareciam estranho festival
Festa dos nossos trapos coloridos
A mostrar que nos morros mal vestidos
É sempre feriado nacional

A porta do barraco era sem trinco
E a lua, furando o nosso zinco
Salpicava de estrelas nosso chão
Tu pisavas nos astros, distraída,
Sem saber que aventura desta vida
É a cabrocha, o luar e o violão

Morrer de amor

Andei sozinha, cheia de mágoas
Pelas estradas de caminhos sem fim
Tão sem ninguém que pensei
Até em morrer, em morrer

Mas vendo sempre que a minha sombra
Ia ficando cada instante mas só
Muito mais só, sempre a caminhar
Para não mais voltar, eu quis morrer

Então eu via que eu não morria
Eu só queria morrer de muito amor por ti

E hoje eu volto na mesma estrada
Com esperança infinita no olhar
Para entregar todo um coração que o amor
Escolheu para morrer, morrer de amor

Alguém me disse

Alguém me disse que tu andas novamente
De novo amor, nova paixão todo contente.

Conheço bem tuas promessas, outras ouvi iguais a essas
Esse teu jeito de enganar, conheço bem.

Pouco me importa que te beijem tantas vezes
E que tu mudes de paixão todos os meses.

Se vais beijar como bem sei, fazer sonhar como eu sonhei
Mas sem ter nunca amor igual ao que eu te dei.

Pouco me importa que te beijem tantas vezes
E que tu mudes de paixão todos os meses.

Se vais beijar como eu bem sei, fazer sonhar como eu sonhei
Mais sem ter nunca amor igual ao que eu te dei

Franqueza

Você passa por mim e não olha
Como coisa, que eu fosse ninguém
Com certeza você ja esqueceu
Que em meus braços já chorou também

Eu não ligo, porém, ao seu modo
Isto é próprio de quem é infeliz
Quer mostrar que não sente saudade
De um passado que foi tão feliz

Se eu quisesse eu podia dizer
Tudo, tudo que houve entre nós
Mas pra que destruir seu orgulho
Se eu até já esqueci sua voz

De uma coisa eu tenho certeza
Foi o tempo quem me confirmou
Seus melhores momentos na vida
Nos meus braços você desfrutou

Castigo

A gente briga,
Diz tanta coisa que não quer dizer
Briga pensando que não vai sofrer
Que não faz mal se tudo terminar

Um belo dia,
A gente entende que ficou sozinho
Vem a vontade de chorar baixinho
Vem o desejo triste de voltar

Você se lembra?
Foi isso mesmo que se deu comigo
Eu tive orgulho e tenho por castigo
A vida inteira pra me arrepender

Se eu soubesse
Naquele dia o que sei agora
Eu não seria esta mulher que chora
Eu não teria perdido você

Bronzes e cristais

Se alguém contar pelos dedos
Quantas alegrias provou
Pensará que foram brinquedos
Que criança má, o tempo quebrou

Quem seguir a senda florida
Onde o bem se esquece do mal
Verá que há contrastes na vida
Feitos de bronze e cristal

Bronze, a tristeza que implora
Um novo dia, o clarão da aurora
Cristal, sorrisos, luz da certeza
Tormento e paz são bronzes e cristais

Bronze, a tristeza que implora
Um novo dia o clarão da aurora
Cristal, sorrisos, luz da certeza
Tormento e paz são bronzes e cristais

Quem seguir a senda florida
Onde o bem se esquece do mal
Verá que há contrastes na vida
Feitos de bronze e cristal

Bronze, a tristeza que implora
Um novo dia o clarão da aurora
Cristal, sorrisos, luz da certeza
Tormento e paz são bronzes e cristais

Bronze, a tristeza que implora
Um novo dia o clarão da aurora
Cristal, sorrisos, luz da certeza
Tormento e paz são bronzes e cristais

Hino ao amor (Hymne à L’amour)

Se o azul do céu escurecer
E a alegria na terra fenecer
Não importa, querido
Viverei do nosso amor

Se tu és o sonho dos dias meus
Se os meus beijos sempre foram teus
Não importa, querido
O amargor das dores desta vida

Um punhado de estrelas no infinito irei buscar
E a teus pés esparramar
Não importa os amigos, risos, crenças de castigos
Quero apenas te adorar

Se o destino então nos separar
Se distante a morte te encontrar
Não importa, querido
Porque morrerei também

Um punhado de estrelas no infinito irei buscar
E a teus pés esparramar
Não importa os amigos, risos, crenças de castigos
Quero apenas te adorar

Quando enfim a vida terminar
E dos sonhos nada mais restar
Num milagre supremo
Deus fará no céu te encontrar

Adeus

Adeus, palavra tão corriqueira
Que diz-se a semana inteira
A alguém que se conhece
Adeus, logo mais eu telefono
Eu agora estou com sono
Vou dormir pois amanhece

Adeus, uma amiga diz à outra
Vou trocar a minha roupa
Logo mais eu vou voltar
Mas quando este adeus tem outro gosto
Que só nos causa desgosto
Este adeus você não dá

A noite do meu bem

Hoje eu quero a rosa mais linda que houver
E a primeira estrela que vier
Para enfeitar a noite do meu bem

Hoje eu quero paz de criança dormindo
E abandono de flores se abrindo
Para enfeitar a noite do meu bem

Quero a alegria de um barco voltando
Quero a ternura de mãos se encontrando
Para enfeitar a noite do meu bem

Ah, eu quero o amor, o amor mais profundo
Eu quero toda a beleza do mundo
Para enfeitar a noite do meu bem

Quero a alegria de um barco voltando
Quero a ternura de mãos se encontrando
Para enfeitar a noite do meu bem

Ah,como esse bem demorou a chegar
Eu já nem sei se terei no olhar
Toda a pureza que quero lhe dar

O barquinho

Dia de luz, festa de sol
Um barquinho a deslizar no macio azul do mar
Tudo é verão, amor se faz
Num barquinho pelo mar que desliza sem parar
Sem intenção, nossa canção
Vai saindo deste mar e o sol

Vejo o barco e luz, dias tão azuis

Volta do mar, desmaia o sol
E o barquinho a deslizar e a vontade de cantar
Céu tão azul, ilhas do sul
E o barquinho ao coração deslizando na canção
Tudo isso é paz, tudo isso traz
Uma calma de verão e então

O barquinho vai, a tardinha cai

Volta do mar, desmaia o sol
E o barquinho a deslizar e a vontade de cantar
Céu tão azul, ilhas do sul
E o barquinho ao coração deslizando na canção
Tudo isso é paz, tudo isso traz
Uma calma de verão e então

O barquinho vai, a tardinha cai
O barquinho vai, a tardinha cai
O barquinho vai, a tardinha cai

Ouça

Ouça, vá viver
Sua vida com outro bem
Hoje eu já cansei
De pra você não ser ninguém

O passado não foi o bastante
Pra lhe convencer
Que o futuro seria bem grande
Só eu e você

Quando a lembrança
Com você for morar
E bem baixinho
De saudade você chorar

Vai lembrar que um dia existiu
Um alguém que só carinho pediu
E você fez questão de não dar
Fez questão de negar

Quando a lembrança
Com você for morar
E bem baixinho
De saudade você chorar

Vai lembrar que um dia existiu
Um alguém que só carinho pediu
E você fez questão de não dar
Fez questão de negar

Demais

Todos acham que eu falo demais
E que eu ando bebendo demais
Que essa vida agitada não serve pra nada
Andar por aí, bar em bar, bar em bar

Dizem até que ando rindo demais
E que conto anedotas demais
Que não largo o cigarro e dirijo o meu carro
Correndo, chegando no mesmo lugar

Ninguém sabe é que isso acontece por que
Vou passar minha vida esquecendo você
E a razão por que vivo esses dias banais
É porque ando triste, ando triste demais

E é por isso que eu falo demais
É por isso que eu bebo demais
E a razão porque vivo essa vida agitada demais
É porque meu amor por você é imenso
O meu amor por você é tão grande
É porque meu amor por você é enorme demais

Meu mundo caiu

Meu mundo caiu
E me fez ficar assim
Você conseguiu
E agora diz que tem pena de mim

Não sei se me explico bem
Eu nada pedi
Nem a você nem a ninguém
Não fui eu que caí

Sei que você me entendeu
Sei também que não vai se importar
Se meu mundo caiu
Eu que aprenda a levantar

Se todos fossem iguais a você

Vai sua vida, seu caminho é de paz e amor
A sua vida é uma linda canção de amor
Abre os seus braços e canta a última esperança
A esperança divina de amar em paz

Se todos fossem iguais a você
Que maravilha viver
Uma canção pelo ar
Uma mulher a cantar

Uma cidade a cantar
A sorrir, a cantar, a pedir
A beleza de amar
Como o sol, como a flor, como a luz
Amar sem mentir, nem sofrer
Existiria a verdade, verdade que ninguém vê
Se todos fossem no mundo iguais a você

Uma cidade a cantar
A sorrir, a cantar, a pedir
A beleza de amar
Como o sol, como a flor, como a luz
Amar sem mentir, nem sofrer
Existiria a verdade, verdade que ninguém vê
Se todos fossem no mundo iguais a você